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Antiprotozoários

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Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
 
 
➢ PROTOZOÁRIOS 
- são seres eucariontes unicelulares; 
- possui processos metabólicos similares aos dos hospedeiros humanos → maior dificuldade 
no tratamento das doenças promovidas por protozoários; 
- fármacos antiprotozoários causam graves efeitos tóxicos no hospedeiro. 
 
➢ AMEBÍASE 
- infecção causada por Entamoeba histolytica → pode provocar: 
 1. infecção intestinal assintomática; 
 2. colite leve a moderada; 
 3. infecção intestinal grave (disenteria); 
 4. ameboma; 
 5. abscesso hepático; 
 6. infecções extraintestinais. 
- escolha dos fármacos para tratamento da amebíase depende da apresentação clínica; 
- existem 3 classes de amebicidas → luminais, sistêmicos e mistos; 
- ciclo de vida da Entamoeba histolytica, mostrando os locais de ação dos fármacos amebicidas: 
 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
✓ FÁRMACOS MISTOS 
- agem contra formas luminal e sistêmica da doença: 
 
❖ METRONIDAZOL 
- amebicida misto de escolha no tratamento das infecções por amebas; 
- mata os trofozoítos, mas não os cistos de E. histolytica → erradica efetivamente as infecções 
teciduais intestinais e extra intestinais; 
- seu mecanismo de ação é através do grupo nitro → capaz de servir como aceptor de elétrons 
no lugar da ferridoxina (participa da cadeia transportadora de elétrons nas amebas) → formação 
de compostos citotóxicos reduzidos (radicais livres) que se ligam às proteínas e ao DNA → 
morte dos trofozoítos da E. histolytica; 
- é um medicamento útil em infecções por: 
 1. Giardia lamblia; 
 2. Trichomonas vaginalis; 
 3. Cocos anaeróbicos; 
 4. Bacilos gram-negativos anaeróbicos. 
- a farmacocinética do metronidazol: 
 1. é completa → medicamento é rapidamente absorvido após administração oral → se 
distribui bem por todos os tecidos e líquidos do organismo; 
 2. níveis terapêuticos são encontrados nos líquidos seminal e vaginal, na saliva, no leite e no 
líquido cerebrospinal; 
 3. ocorre acúmulo do fármaco na insuficiência hepática; 
 4. excreção na urina. 
- efeito semelhante ao dissulfiram → pode haver náuseas e vômitos se o paciente consome 
bebida alcoólica durante a terapia. 
 
❖ TINIDAZOL 
- possui espectro de atividade, absorção, efeitos adversos e interações similares aos do 
metronidazol; 
- é tão eficaz quanto o metronidazol → duração de tratamento mais curta, mas é mais 
dispendioso; 
- é usado para o tratamento de: 
 1. amebíases; 
 2. abscesso amébico hepático; 
 3. giardíase; 
 4. tricomoníase. 
 
- os efeitos adversos desses fármacos mistos incluem: 
 1. náuseas, êmese, azia e cólicas abdominais → administração do fármaco com as refeições 
diminui a irritação gastrintestinal; 
 2. gosto metálico; 
 3. monilíase oral → infecção da boca com leveduras; 
 4. neurotoxicidade → tontura, vertigem e entorpecimento ou parestesia → pode obrigar a 
suspender o uso. 
 
- administração do fármaco com refeições → diminui a irritação gastrointestinal; 
- a posologia deve ser ajustada para os pacientes com doença hepática ou renal grave; 
- dados sobre teratogenicidade são inconsistentes → melhor evitar o metronidazol em 
gestantes ou nutrizes. 
 
 
 
Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
 → INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM INDUTORES E INIBIDORES DE CYP450: 
1. metronidazol → potencializa o efeito de anticoagulantes do tipo cumarina → aumenta risco 
de sangramentos; 
2. fenitoína e fenobarbital → podem acelerar a eliminação do fármaco → reduz a efetividade 
do fármaco no combate ao protozoário; 
3. cimetidina → pode diminuir a depuração plasmática → metronidazol fica circulando por mais 
tempo no organismo; 
4. risco de intoxicação por lítio. 
 
✓ FÁRMACOS LUMINAIS 
- atuam nos parasitas no lúmen do intestino → apresentam efeitos maiores nos cistos do que 
no trofozoítos. 
 
❖ IODOQUINOL 
- efetivo contra os organismos no lúmen intestinal → mas não contra trofozoítos na parede 
intestinal ou em tecidos extraintestinais; 
- 90% do fármaco fica retido no intestino → excretado nas fezes; 
- o restante entra na circulação → meia-vida de 11 a 14 horas → excretado na urina; 
- o mecanismo de ação é desconhecido; 
- os efeitos colaterais são raros → diarreia, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, cefaleia, 
exantema e prurido; 
- deve ser administrado com alimentos → reduzir a toxicidade gastrointestinal; 
- deve ser suspenso quando produzir diarreia persistente ou sinais de intoxicação por 
iodo (dermatite, urticaria, prurido, febre) → ↑ iodo sérico ligado à proteína; 
- deve ser usado com cautela nos pacientes com neuropatia óptica, doença renal ou tireoidiana, 
ou doença hepática não amebiana; 
- usado em combinação com o metronidazol no tratamento de indivíduos com colite amebiana 
ou abscesso hepático amebiano; 
- pode ser usado como um agente isolado em indivíduos assintomáticos nos quais se 
descobre uma infecção por E. histolytica; 
- sua posologia é: 
 1. adultos → dose recomendada é de 650 mg VO, 3 vezes/dia, durante 20 dias; 
 2. crianças → recebem 10 mg/kg de peso corporal, VO 3 vezes/dia (sem exceder 1,95 g/dia) 
durante 20 dias. 
 
❖ FUROATO DE DILOXANIDA 
- amebicida luminal eficaz → não é ativo contra os trofozoítos teciduais; 
- no intestino é desdobrado em diloxanida + ácido furoico; 
- cerca de 90% da diloxanida é rapidamente absorvida → conjugada para formar a glicuronida 
excretada na urina; 
- diloxanida não absorvida → substância antiamebiana ATIVA; 
- mecanismo de ação é desconhecido; 
- não produz efeitos colaterais graves; 
- flatulência é comum, mas náuseas e cólicas abdominais são pouco frequentes e os exantemas 
são raros; 
- não é recomendado na gravidez. 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
❖ PAROMOMICINA 
- fármaco de escolha para o tratamento da colonização intestinal por E. histolytica; 
- usada em combinação com o metronidazol → tratar colite amebiana e abscesso amebiano 
hepático; 
- pode ser usada como agente único em indivíduos assintomáticos; 
- não tem efeito contra as infecções amebianas extraintestinais; 
- pequena quantidade absorvida e lentamente excretada inalterada, principalmente por FG; 
- pode acumular-se nos pacientes com insuficiência renal → contribui para a toxicidade renal; 
- é um aminoglicosídeo da família neomicina; 
- seu mecanismo de ação tem relação com a ligação à subunidade 30S do ribossomo → inibição 
da síntese proteica dos protozoários; 
- eficácia similar e menor toxicidade que outros agentes luminais → fármaco de escolha; 
- os efeitos colaterais incluem desconforto, abdominal ocasional e diarreia. 
 
✓ FÁRMACOS SISTÊMICOS 
- agem contra amebas na parede intestinal e no fígado; 
- úteis no tratamento de abscessos hepáticos e infecções da parede intestinal causados por 
amebas. 
 
❖ CLOROQUINA 
- usada em associação com o metronidazol; 
- essa medicação elimina os trofozoítos no abscesso hepático, mas não é útil no tratamento da 
amebíase luminal; 
- o tratamento deve ser seguido com um amebicida luminal. 
 
❖ DESIDROEMETINA 
- eficaz contra trofozoítos teciduais da E. histolytica; 
- inibe a síntese proteica → bloqueia o alongamento da cadeia; 
- uso limitado devido a sua toxicidade → arritmias, insuficiência cardíaca e hipotensão; 
- empregado em situações incomuns em que um paciente com amebíase grave requeira terapia 
eficaz e o metronidazol não possa ser empregado; 
- usado durante o período mínimo necessário para aliviar os sintomas graves → 3 a 5 dias; 
- administrado via SC ou IM → ambiente supervisionado; 
- os efeitos colaterais são: 
 1. dor, sensibilidade e abscessos estéreis no local da injeção; 
 2. diarreia, náuseas e vômitos; 
 3. fraqueza e desconforto musculares; 
 4. alterações eletrocardiográficas menores. 
 
✓ TRATAMENTO DE FORMAS ESPECÍFICAS 
❖ INFECÇÃO INTESTINAL ASSINTOMÁTICA 
- portadores assintomáticos não são tratados nas regiões endêmicas; 
- em áreas não endêmicas, são tratados com um amebicida luminal → furoato de diloxanida, 
iodoquinole paromomicina; 
- terapia com amebicida luminal → tratamento de todas as outras formas de amebíase. 
 
❖ COLITE AMEBIANA 
- Metronidazol + amebicida luminal → tratamento preferencial para colite e disenteria 
amebianas; 
- tetraciclinas e eritromicina → medicamentos alternativos para a colite moderada, mas não 
são eficazes contra a doença extraintestinal; 
- as alternativas são deidroemetina ou emetina → recomenda-se evitar em razão da toxicidade. 
Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
❖ INFECÇÕES EXTRAINTESTINAIS 
- utilizado metronidazol + agente luminal; 
- se falha terapêutica → aspiração do abscesso e adição de cloroquina a uma nova série de 
metronidazol devem ser consideradas; 
- deidroemetina e emetina → são fármacos alternativos tóxicos. 
 
 
 
➢ GIARDÍASE 
- infecção causada pelo protozoário flagelado Giardia intestinalis; 
- resulta da ingestão da forma cística do parasito → encontrada na 
água ou em alimentos com contaminação fecal. 
 
❖ METRONIDAZOL 
- é o medicamento preferencial para tratamento; 
- posologia é muito menor do que aquela para a amebíase → fármaco 
é melhor tolerado; 
- eficácia depois de um único tratamento é de cerca de 90%. 
 
❖ TINIDAZOL 
- uma dose única é provavelmente superior ao metronidazol. 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
 
❖ PAROMOMICINA 
- já foi usada no tratamento de gestantes → evitar quaisquer possíveis efeitos mutagênicos dos 
outros fármacos. 
 
❖ NITAZOXANIDA 
- agente antiparasitário oral de amplo espectro; 
- NTZ e tizoxanida (metabólito ativo) → inibem o crescimento de esporozoítos e oocistos de C. 
parvum e de trofozoítos de G. intestinalis, E. histolytica e T. vaginalis, in vitro; 
- seu mecanismo de ação é: 
 → NTZ inibe a enzima piruvato ferrodoxina oxirredutase (PFOR) → essencial ao metabolismo 
anaeróbio em protozoários → essa enzima é responsável pela descarboxilação oxidativa do 
piruvato em acetil coenzima A (acetil CoA) e CO2. 
 
 
- biodisponibilidade após uma dose oral é excelente → concentrações plasmáticas máximas 
dos metabólitos são detectadas em 1-4 h após a administração do composto original; 
- tizoxanida → excretada na urina, bile e fezes; 
- glicuronídeo de tizoxanida → é excretado na urina e na bile; 
- os efeitos adversos incluem: 
 1. dor abdominal; 
 2. diarreia e vômitos; 
 3. dor de cabeça; 
 4. tonalidade esverdeada da urina na maior parte dos indivíduos que recebem nitazoxanida. 
- uso na gestação → esse medicamento faz parte da categoria B mas não há experiência clínica 
com o seu uso em gestantes ou lactantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB 
➢ TRICOMONÍASE 
- causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis; 
- habita o trato geniturinário do hospedeiro humano → causa vaginite nas mulheres e, 
incomumente, uretrite nos homens; 
- apenas as formas de trofozoíto do T. vaginalis têm sido identificadas nas secreções infectadas. 
 
❖ METRONIDAZOL 
- fármaco de primeira escolha; 
- falhas de tratamento decorrentes de organismos resistentes ao metronidazol estão se 
tornando mais frequentes. 
 
❖ TINIDAZOL 
- parece ser mais bem tolerado que o metronidazol; 
- usado com sucesso em doses mais altas para tratar T. vaginalis resistente ao metronidazol.

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