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Soluções Farmaceuticas

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As soluções farmacêuticas apresentam como 
constituinte principal o soluto, que é o fármaco, e 
o solvente, que é o veículo. 
As soluções são sistemas homogêneos e 
estáveis, podendo ser dos tipos: 
1. Soluções aquosas (gotas); 
2. Soluções açucaradas (xarope); 
3. Soluções contendo mel (melitos); 
4. Soluções hidro alcoólicas açucaradas 
(elixir); 
5. Soluções não aquosas, onde utilizamos 
solventes como propilenoglicol, glicerina, 
óleo vegetal e etanol. 
Seus usos podem ser externos (pele, mucosas, 
ocular, nasal ou auricular) e também pode haver 
uso interno (oral, retal, intravaginal e parenteral). 
A solubilidade de uma substância em um 
determinado solvente indica a concentração 
máxima na qual uma solução com aquela 
substância e aquele solvente pode ser 
preparada. 
Quando um solvente tiver dissolvido todo o 
soluto, se diz que a solução está saturada. 
Por definição, a dissolução consiste em dividir 
uma substância até o estado molecular no interior 
de um líquido, que resulta em uma fase 
homogênea. 
A dissolução pode ser simples ou completa, onde 
todo o soluto é dissolvido. Mas também há a 
dissolução parcial ou incompleta, onde apenas 
uma parte do soluto se encontra dissolvido. 
Fatores que interferem na dissolução: 
1. Temperatura: o aumento da energia 
cinética melhora a dissolução (o calor tem 
um efeito positivo sobre a dissolução); 
2. pH: alguns fármacos são mais solúveis e 
estáveis em faixas ou valores de pH 
específicos; 
3. Estado de divisão da substância: a 
diminuição do tamanho das partículas 
melhora a dissolução; 
4. Agitação aplicada no processo de 
dissolução: aumento da energia cinética 
favorece a dissolução; 
5. Substâncias aditivas: uso de co-solventes 
melhora a solubilidade de determinados 
ativos, 
6. Viscosidade: diminui a velocidade de 
dissolução porque diminui a 
movimentação das moléculas. 
Os solventes apresentam algumas características 
desejáveis, sendo elas: 
 Atóxico e não irritante; 
 Compatível com o fármaco, 
 Inócuo. 
Dependendo do fármaco, será necessário utilizar 
solventes não aquosos, podendo ser: 
1. Acetona; 
2. Álcoois (benzílico, etílico, isopropílico); 
3. Propilenoglicol; 
4. Glicerina; 
5. Sorbitol (solução a 70 %); 
6. Polietilenoglicol (PEG); 
7. Óleos (algodão, milho); 
8. Parafina líquida. 
Em casos do uso de solventes não aquosos, é 
preciso ter cuidado em avaliar a toxicidade, 
inocuidade e segurança para o uso. 
Ao levar em consideração que a água é um 
solvente universal e é o solvente de melhor 
escolha, essa água precisa apresentar algumas 
características. Logo, seu uso na farmácia exige 
que ela seja purificada por filtração, destilação, 
deionização ou osmose reversa. 
 
Água deionizada: 
Vantagens: 
1. Remove o material inorgânico dissolvido; 
2. Fácil operação, 
3. Regenerável. 
Desvantagens: 
1. Não remove partículas, material orgânico 
ou microorganismos; 
2. As resinas podem acumular bactérias; 
3. Altos custos de operação: regeneração da 
resina trocadora. 
Água destilada: obtida em aparelhos 
denominados destiladores que devem sofrer 
manutenção periódica preventiva 
Vantagens: 
1. Remove boa parte dos contaminantes; 
2. Fácil operação; 
3. Investimento financeiro médio. 
Desvantagens: 
1. Arraste de contaminantes pela 
condensação (íons e voláteis); 
2. Requer manutenção regular; 
3. Altos custos de operação por 
aquecimento elétrico; 
4. Consumo elevado de água. 
Osmose reversa: uma corrente pressurizada de 
água passa paralelamente à face interna de um 
núcleo constituído por uma membrana filtrante. 
Uma parte da água permeia a membrana como 
filtrado. Este processo permite a utilização de 
água ultrapura porque é capaz de reter partículas 
microbianas. 
Vantagens: 
1. Baixo consumo de energia elétrica, 
2. Fácil manutenção; 
Desvantagem: 
1. Custo das membranas, 
2. Gasto elevado de água. 
Essas técnicas de purificação permitem a 
eliminação de sais, substancias orgânicas e 
inorgânicas, partículas e coloides, 
microrganismos e gases dissolvidos. 
A água purificada apresenta um prazo de 
validade de 24 horas após a obtenção e o 
armazenamento deve ser feita em recipientes 
sanitizados. 
Amostragem adequada para ensaios físico 
químicos e microbiológicos, com registro de 
coletas e análises em formulário específico. 
Parâmetros farmacopeicos: 
1. Condutividade: < 1.3 (µS/cm), à 25ºC; 
2. pH: entre 5.0-7.0; 
3. Isenta de metais pesados; 
4. Contaminantes Orgânicos Totais (TOC): 
máx 500 ppb; 
5. Análise Microbiológica: ≤ 100UFC/mL; 
ausência de Pseudomonas e coliformes. 
Análise de pirogênio e esterilidade (para 
uso injetável). 
São preparações líquidas que contém uma ou 
mais substâncias dissolvidas em solvente 
adequado ou em uma mistura de solventes 
mutuamente miscíveis. 
São aquelas que podem ser dispensadas em 
colheres dosadoras, seringas ou em gotas. 
Vantagens: 
1. Os líquidos são mais facilmente 
deglutidos do que os sólidos e, portanto, 
mais indicados para uso pediátrico e 
geriátrico; 
2. Sistema homogêneo: o sólido dissolvido 
está distribuído uniformemente garantindo 
homogeneidade durante estocagem; 
3. Administração de fármacos irritantes para 
mucosa gástrica na forma de solução 
diminui o efeito irritante, pois o fármaco é 
rapidamente diluído no conteúdo gástrico. 
4. Homogeneidade de dose, quando 
comparada às suspensões orais, que 
dependem de agitação antes do uso. 
Desvantagens: 
1. Formas farmacêuticas líquidas são mais 
difíceis de transportar quando 
comparadas às formas sólidas; 
2. Maior instabilidade físico-química e 
microbiológica do que as formas sólidas 
(mais vulneráveis à hidrolise); 
3. Solubilização realça o sabor dos 
fármacos, portanto para princípios ativos 
com sabor desagradável esta forma de 
apresentação pode ser inadequada. 
1. Promover a dissolução de um fármaco 
muito pouco solúvel ou insolúvel no 
solvente; 
2. Evitar o desenvolvimento de micro-
organismos na solução; 
3. Assegurar estabilidade química suficiente 
– retardando oxidação e hidrólise; 
4. Melhorar a aceitação do medicamento 
pelo paciente, camuflando, na medida do 
possível, o odor e/ou sabor desagradável 
característico de algum fármaco, 
5. Conseguir o máximo de atividade e 
prolongar o efeito terapêutico de uma 
preparação. 
 
1. Calcular a quantidade de princípio(s) 
ativo(s) (soluto); 
2. Pesar ou medir o(s) princípio (s) ativo(s); 
3. Escolher o solvente ou sistema de 
solventes para solubilizar o(s) fármaco(s). 
Para conhecer a solubilidade do fármaco 
consultar literatura especializada tais 
como farmacopeias e certificados de 
análise enviados pelo fornecedor; 
4. Identificar a possibilidade de interação 
fármaco e fármaco-solvente; 
5. Verificar a necessidade de adjuvantes: 
antioxidantes, tampão, corretivo do sabor, 
co-solventes (ex. glicerina, PEG 400, 
álcool), etc; 
6. Verificar a ordem de adição de cada 
componente da fórmula; 
7. Determinar uma técnica para a 
manipulação: necessidade de 
aquecimento (qual temperatura?); qual (is) 
e em que proporção constará cada 
componente do veículo; ordem de adição 
de cada componente; embalagem para 
acondicionar a solução; 
8. Filtração: operação obrigatória ao preparo 
de soluções orais, exceto, suspensões; 
9. Embalar e rotular: frasco âmbar ou 
transparente; vidro ou plástico. 
 
Os adjuvantes vão determinar o tipo de forma 
líquida que teremos, ou seja, se adicionarmos 
açúcares, teremos um xarope, etc. 
 
Etapas do procedimento: 
 
A filtração é uma operação obrigatória ao preparo 
de líquidos em escala magistral e industrial, por 
isso, torna-se necessário pensamos nos fatores 
que influenciam no débito da filtração ou a 
velocidade. 
Os objetivos dessa filtração são: 
1. Melhorar aparência das soluções; 
2. Remover partículas que podem causar 
irritação; 
3. Clarificação desoluções; 
4. Esterilização de líquidos quando não se 
pode autoclavar. 
Fatores que influenciam a velocidade de filtração:

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