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Videolaparoscopia

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1 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
PRINCÍPIOS DA VIDEOLAPAROSCOPIA 
 
Videocirurgia 
Maneira de operar, não deixa de ser diferente da cirurgia convencional (cirurgia a céu aberto). 
Considerada como via de acesso cirúrgico. 
• Via de acesso para cirurgia onde utiliza-se materiais laparoscópios, sendo uma cirurgia 
minimamente invasiva dado que causa menor trauma (maior visualização/ precisão quanto 
às estruturas além de movimentos mais precisos durante a cirurgia, assim como a dissecação 
mais cautelosa, gerando menor trauma tecidual também no campo operatório e não só na 
parede abdominal), com pequenos cortes (incisões pequenas na parede abdominal → faz-se 
pequenos orifícios e não incisões maiores). 
o Praticamente tudo que se faz em cirurgia normal (a céu aberto) pode ser feito por 
videocirurgia. 
o Possível fazer tireoidectomia por vídeo, entretanto não é vantajoso (devido a 
necessidade de deslocamento de um espaço que não existe), por ser uma cirurgia 
difícil e demorada. **Não existe um espaço potencial para a cirurgia, como ocorre no 
peritônio em que consegue-se criar um espaço amplo de trabalho. 
 
Cirurgia por laparoscopia (cavidade abdominal). Na cavidade 
abdominal tem esse espaço potencial que, para que se consiga 
trabalhar, é ampliado (elevando-o através da ingestão de gás 
carbônico, ampliando o espaço da cavidade abdominal). 
**No caso da imagem: processo ginecológico (uterino, na trompa 
→ posição de trendelenburg para auxiliar/ facilitar → alças 
intestinais caindo em sentido cranial → maior espaço de trabalho 
na região pélvica). 
Videocirurgia: usada de forma geral. Quando for na cavidade 
abdominal → videolaparoscopia. Assim, colecistectomia → 
videocolecistectomia ( colecistectomia laparoscópica). 
 
• Técnica de pneumoperitônio: coloca-se um gás (ambiente – usava-se oxigênio em 
eletrocautério – oxigênio não muito recomendado) na cavidade para expandir o peritônio e 
observar melhor o campo. 
o De início, só se colocava uma câmera com uma lente e usava-se pinças para fazer 
biópsias. Com o surgimento de microcâmeras, se filma com uma lente e se forma 
imagem em uma tela: desenvolvimento da videocirurgia. 
• Polipectomia: para ressecar um pólipo pediculado usa-se uma alça para laçar o pólipo e a 
alça tem um eletrocautério, que aperta e queima o pólipo. 
• Se a lesão é plana (úlcera gástrica, carcinoma restrito à mucosa) → ecoendoscopia. Injeta 
soro abaixo da submucosa, disseca a submucosa com a alça. 
• Laparoscopia, coledocoscopia, colecistectomia (remoção da vesícula biliar), toracoscopia 
(cirurgia na cavidade pleural). 
o Laparoscopia: nome certo para videocirurgia na cavidade abdominal 
• Como a cavidade torácica (caixa torácica) está sempre expandida, faz-se pneumotórax, mas 
não se injeta pressão, apenas abre a caixa. Ele colaba, atelectasia, faz intubação seletiva. 
Quando termina a cirurgia, insufla-se os dois. Pressão positiva para expandir. O vídeo muda 
a pressão, o pulmão de um dos lados colaba, e o gradil costal deixa espaço. 
 
2 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
TIPOS LOCALIZAÇÃO EXEMPLOS 
ENDOSCOPIA 
• EDA 
• Colonoscopia 
• Coledoscopia 
 
Lúmen do EED 
Lúmen do cólon 
Lúmen do colédoco 
 
Diverticulectomia de Zenker 
Polipectomia 
Coledocolitotomia endoscópica 
LAPAROSCOPIA Cavidade peritoneal Colecistectomia 
TORACOSCOPIA Cavidade pleural Segmentectomia pulmonar 
RETROPERITONEOSCOPIA Espaço retroperitoneal Nefrectomia 
CERVICOTOMIA Espaço pré-traqueal Tireoidectomia 
CELIOSCOPIA RETROPUBICA Espaço de Retzius Herniorrafia inguinal 
NOTES Cavidade peritoneal Colecistectomia 
 
• Através do ducto cístico posso colocar um aparelho de endoscopia dentro do colédoco, a fim 
de procurar cálculos na via biliar. 
• Endoscopia: não deixa de ser um procedimento cirúrgico diagnóstico. EDA (localização: feita 
no lúmen do EED, exemplo: diverticulectomia de Zenker → divertículo que aparece no 
esôfago: tratamento cirúrgico por via endoscópica ), colonoscopia (feita no lúmen do cólon, 
exemplo: polipectomia), coledocoscopia (lúmen do ducto colédoco, exemplo: 
coledocolitotomia endoscópica, a fim de procurar cálculos). 
• Toracoscopia: na cavidade pleural, exemplo: segmentectomia pulmonar. Cria o pneumotórax, 
mas não precisa colocar pressão para fazer a cirurgia, pois a caixa torácica já é expandida. 
Intubação seletiva: ventila um pulmão, o outro sofre atelectasia. No final, insufla ambos, com 
pressão positiva, expandem como bolhas de ar que explodem. 
• Retroperitoneoscopia: acesso do espaço retroperitoneal, como a nefrectomia (pode-se 
acessar a cavidade retroperitoneal através da cavidade peritoneal ou diretamente pelo 
retroperitônio). Acesso mais difícil: pâncreas (devido a presença de abcessos), então se usa 
a endoscopia. Para os rins é usada a cirurgia convencional. Usa-se material de endoscopia. 
• Cervicotomia: feita no espaço pré-traqueal, como a tireoidectomia. Paratireoidectomia por 
vídeo. Não é vantajosa. **A cirurgia aberta é mais rápida. 
• Celioscopia retropúbica: feito no espaço de Retzius ou Bogros ou pré-vesical ou retro-púbico 
→ entre o púbis e a bexiga), como hernioplastia inguinal por vídeo. Com acesso pela cavidade 
peritoneal ou pré-peritoneal, sem adentrá-la ou então através da cavidade abdominal, 
adentrando-a, com descolamento do peritônio. **Colocação da tela é feita no espaço pré-
peritoneal. 
• NOTES: abreviação em inglês de cirurgia através de orifícios naturais, ainda em estudo (não 
funciona devido ter muitas limitações). Colecistectomia seria feita então por uma entrada 
natural, entrando-se pela vagina/ reto/ estômago para chegar na vesícula/apêndice. Feita na 
cavidade peritoneal, como a colecistectomia. Usa-se material de endoscopia. 
o Transretal é feita para a ressecção de tumores de reto por via endoscópica através 
do ânus. 
 
3 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
• SILS (Cirurgia laparoscópica de incisão única): realização de uma única incisão para realizar 
todo o procedimento. 
o Realizada através da cicatriz umbilical, com uma única incisão. ** Pensa-se que pode 
ser um dos futuros da cirurgia auxiliado à robótica laparoscópica → procedimentos 
maiores através de uma incisão pequena dentro da cicatriz umbilical. 
** A robótica é outro ponto que, assim como a vídeo cirurgia, é um recurso quanto a cirurgia. A 
robótica então é basicamente a videocirurgia entretanto, operada por meio de um braço robótico. 
 
Cirurgias mais frequentes 
Usa-se pinças diferentes quanto às cirurgias abertas: grampos/ clipes de titânio são mais usados 
mas os de plástico são mais seguros porque conseguem pegar vasos de maior calibre. 
• Colecistectomia (principalmente a videolaparoscópica) → retirada de vesícula biliar. 
**Procedimento mais realizado. 
o Quando vesícula muito distendida, com paredes espessadas, impossibilitando a 
apreensão por pinça: usa-se uma agulha acoplada a um aspirador com o intuito de 
esvaziar essa vesícula e permitir a apreensão da vesícula pela pinça. 
o Uso de clipes: o clipe distal é extraído junto com a retirada da vesícula. Ficando, ainda, 
2 clipes: um de fechamento e outro de segurança. ** Por isso a regra é utilizar 3 clipes 
em cada ligadura. 
• Operações ginecológicas. 
o Videolaparoscopia diagnóstica principalmente para procura de endometriose (com 
recurso de imagem), tratamento de cistos ovarianos, ligaduras. 
• Hernioplastias hiatais (hernioplastia do hiato esofágico, geralmente relacionada ao refluxo 
gastroesofágico)/ Cirurgia anti-refluxo (geralmente relacionado a pequenas hérnias hiatais → 
cirurgia de Nissen → fechamento do hiato esofágico para correção da hérnia hiatal). 
• Hernioplastias inguinais (através do espaço retropúbico). 
** As cirurgias são as mesmas, mas por vídeo. Entretanto, são chamadas de minimamente invasivas: 
Menos cortes na barriga (menos corte na parede → menos dor muscular). 
 
Características da videocirurgia 
• Imagens do campocirúrgico em vídeos de alta resolução, com aumento da imagem, boa 
iluminação. 
• Campo operatório igual para todos os membros da equipe. 
o Clínica: Cirurgia de vesícula: 
▪ Através de uma pequena incisão na cavidade abdominal, na técnica 
tradicional, por laparotomia, é feito uma incisão abaixo do rebordo costal direito 
para olhar no interior da cavidade abdominal, com pouca luz e com visão 
distante. Com dificuldade para fazer com que a luz chegue no ducto cístico. 
▪ Já a cirurgia por vídeo, a ótica está próxima ao local de trabalho, com luz direta 
no local (boa iluminação), imagem aumentada e de alta resolução, com 
realização de movimentos mais delicados e mais precisos. 
• Manobras cirúrgicas mais precisas com menor trauma cirúrgico (menos edema, 
sangramento, menor liberação de cininas e substâncias inflamatórias e menor trauma 
cirúrgico de maneira geral). **Não sendo, portanto, apenas cortes menores na pele. 
 
Vantagens 
• Melhor resultado estético e menor trauma cirúrgico, com recuperação mais rápida. ** Uso de 
pinças mais delicadas que entram com precisão. 
 
4 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
• Luz direcionada e formação de imagem aumentada. 
• Menor incidência de aderências pós-operatórias. 
o Cirurgia convencional: realização de grande laparotomia no abdome → grande 
incisão expondo as alças intestinais ao ambiente (ar em contato direto com as alças) 
assim como a luz da sala cirúrgica (luz intensa que corrobora para o ressecamento 
das alças/ serosa), o contato do talco das luvas e das mãos sobre as alças intestinais 
gera trauma, propiciando o surgimento de aderência das alças. São microtraumas 
acima da serosa, das alças e das vísceras que, a partir disso, formam-se as 
aderências. 
o Quando operação por vídeo: esse tipo de problema é muito menor. Trabalho em 
sistema fechado com auxílio de gás para expansão, não ocorrendo contato direto, 
ressecamento → menor trauma e menos aderências. 
▪ Aderências corroboram para obstrução intestinal. 
• Menor incidência de infecções (dependendo ainda do tipo de procedimento e do sítio 
operatório → cortes menores = menor infecção). Menor resposta inflamatória. 
• Menor tempo de internação e menos dor. 
 
Material 
• Monitor de vídeo ( além da tela na torre, tem mais duas ou três telas disponíveis em cada 
lado do paciente para que toda equipe tenha visão da cirurgia, melhor ergonomia e 
visualização do campo operatório). 
• Câmera de vídeo (vai filmar o que o cirurgião está vendo → conectado a um cabo com uma 
câmera na ponta). **A câmera (micro câmera) está acoplada na ponta da ótica. 
• Ótica (bastão de vidro que é como se fosse a lente de uma máquina fotográfica, permitindo 
um aumento na visão das estruturas, aproximação). 
• Fonte de luz, cabo ótico (ainda, a luz é transmitida na ponta da ótica, tendo luz durante todo 
o procedimento, exatamente onde o cirurgião necessita iluminação). 
• Insuflador (material que joga o gás carbônico de forma controlada → controla a entrada e 
saída de gás), gás CO2. 
o No insuflador não se deve passar de 12 mmHg, fluxo e velocidade de gás e 
quantidade de gás gasto. 
▪ O insuflador controla o volume de gás injetado, o volume, fluxo e velocidade. 
• Instrumental (pinças, tesouras). 
 
Instrumental cirúrgico 
 Material semelhante ao utilizado em cirurgia convencional, entretanto, muito pequenos. A ponta do 
material é miniatura através de uma longa haste, sendo controlada da mesma maneira. 
• Trocartes (portais/ cânulas por onde se consegue alcançar a cavidade, de 5 mm até 10-
15mm). Podem ser descartáveis ou permanentes, reutilizáveis (autoclavados → são mais 
seguros, não possuem uma ponta cortante). 
• Agulhas de Veress (através dessa agulha, que geralmente é introduzida por um corte no 
umbigo, pode ser insuflado gás no abdômen). 
o Possui uma mola e um mecanismo de estilete sem corte semelhante à agulha (parte 
romba retrátil). **Quando atravessa uma cavidade a molinha faz com que a agulha 
recue, cortando a parede → no momento que perdeu a força e caiu na cavidade 
abdominal a molinha dispara e a parte romba previne lesões. **Aumenta a segurança 
mas não elimina totalmente o risco. 
 
5 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
• Pinças de preensão (Graspers), pinças de dissecção, pinça Maryland (semelhante a uma 
Halstead → mosquitinho), tesouras (curvas, retas), porta agulhas.**Pinças de 4,5 mm. 
o Pinça cirúrgica ultrassônica: cauteriza e corta ao mesmo tempo. Vantagem: causa 
pouco dano. 
▪ Funciona através de uma vibração que causa um atrito tão intenso na estrutura 
que queima e sela (selagem de plástico/ veda/ fecha) devido a vibração de alta 
frequência. **Para vasos de até 7 cm. 
• Grampeadores (permite grampear estruturas como alças intestinais, estômago, vasos). 
Esses grampeadores grampeiam e cortam ao mesmo tempo. 
• Ganchos (são eletrodos que levam energia elétrica → eletrocautérios usados para dissecção 
e cauterizar pequenos sangramentos), aspirador (aspirar e irrigar, como aplicação de soro), 
eletrocautério, clipadores (permitem a aplicação dos clipes). 
 
Instalação do pneumoperitônio 
• Punção com agulha de Veress (agulha com ponta romba retrátil). 
• Técnica de Hasson. 
• Gás carbônico. 
• Pneumoperitônio - CO2. 
o Gás disponível, barato. **Liberado rapidamente pela respiração. 
o Coeficiente de difusão alto e não mantém a combustão. 
 
• Teste da gota: coloca-se uma gota de soro e, se não escorrer, está no lugar errado (não está 
dentro da cavidade abdominal, podendo estar dentro do subcutâneo ou, ainda, sair sangue, 
que pode ser a ruptura de um vaso). 
 
** Pinça bipolar: queima os vasos como uma pinça, só queima o que está entre as pinças. A pinça 
bipolar melhorada identifica o tecido que está sendo queimado e diminui o trauma. É eletrônico, 
queima vasos de maior calibre, mínima área de lesão a volta, pouco risco de lesões adjacentes. 
** Grande limitação: para no material. Plano pode não cobrir, são caros. Fontes de energia e 
grampeadores são bastante caros. 
** Pinças de fontes de energia são muito mais seguras, funcionam como o eletrocautério e queimam 
e selam. 
 
 
• Riscos: 
o Lesão de grandes vasos, alças intestinais, vaso mesentérico (causando hematoma). 
o Ingestão de gás dentro de algum vaso/ víscera. 
 
Acesso à cavidade abdominal 
• Dependendo da cirurgia é necessário mais ou menos trocartes, de tamanhos diferentes.

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