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Funções e anatomia do cerebelo

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O cerebelo (pequeno cérebro) regula o movimento e 
a postura e possui participação em certas formas de 
aprendizado motor. Ele ajuda a controlar a frequência, o 
alcance, a força e a direção dos movimentos (sinergias). Dessa 
forma, lesões cerebelares resultam em falta de 
coordenação/incapacidade de realizar os movimentos 
adequadamente. Por fim, vale ressaltar que cerca de 50% dos 
neurônios estão no cerebelo. 
 
São responsáveis por conectar o tronco ao cerebelo. 
• A maioria das aferências para o córtex e os núcleos entra 
no cerebelo pelos pedúnculos inferior e médio. 
• As fibras eferentes, originárias dos núcleos cerebelares, 
saem pelo pedúnculo superior. 
 
 
 
 
 
• Espinocerebelo: Compreende o vérmis e a zona intermédia 
dos hemisférios e tem conexões com a medula. Na região 
intermédia do espinocerebelo está o núcleo fastigial, que 
faz projeção para o sistema medial, e nas regiões laterais 
do espinocerebelo está o núcleo interpósito (globoso + 
emboliforme), que faz projeção para o sistema lateral. 
Ambos os núcleos estão relacionados com a execução 
motora. 
• Cérebrocerebelo: Compreende a zona lateral e tem 
conexões com o córtex cerebral. Nessa região está o 
núcleo denteado (maior dos núcleos), que recebe e emite 
informações para o córtex e está relacionado com o 
planejamento motor. 
• Vestíbulocerebelo: Compreende o lobo floculonodular 
(nódulo + flóculo). Nessa região estão os núcleos 
vestibulares, que são responsáveis pelo equilíbrio e 
movimentos oculares. 
 
 
 
 É a camada celular mais externa do córtex do 
cerebelo. É constituída pelas fibras paralelas das células 
granulosas, que ascendem a partir da camada interna. Estão 
presentes também as células estreladas e as células em cesto, 
que são interneurônios inibitórios, e os dendritos das células 
de purkinje. 
As células granulares são excitatórias, elas excitam 
as células de Purkinje. Enquanto que os interneurônios (células 
estreladas e células em cesto) são inibitórios e, portanto, 
responsáveis por modular a ação das células de purkinje. 
 
 É a camada média do córtex do cerebelo. É 
constituída pelas células de purkinje, que são células dotadas 
de dendritos que se ramificam abundantemente na camada 
molecular. Essas células formam a única via eferente do 
córtex cerebelar e que vai exclusivamente para os núcleos 
profundos, exercendo poder inibitório. 
 
Pedúnculo cerebelar superior: liga o cerebelo ao 
mesencéfalo. 
Pedúnculo cerebelar médio: Liga o cerebelo à ponte e 
constitui a parede dorsolateral da metade cranial do IV 
ventrículo. 
Pedúnculo cerebelar inferior: Liga o cerebelo à medula. 
espinocerebelo cérebrocerebelo vestíbulocerebelo 
• Células granulosas excitam as células de purkinje. 
• Células granulosas liberam glutamato. 
 
• Interneurônios inibitórios (células em cesto e células 
estreladas) modulam a atividade das células de Purkinje. 
• Células em cesto e células estreladas liberam GABA. 
 
 É a camada mais interna do córtex do cerebelo. É 
constituída por células de Golgi e por uma quantidade muito 
grande de células granulares (menores células do corpo). 
Essas células possuem vários dendritos e um axônio. Este 
axônio atravessa a camada média e quando atinge a camada 
molecular se bifurca em T. Os ramos que se formam dessa 
bifurcação constituem as fibras paralelas, as quais fazem 
sinapse com os dendritos das células de Purkinje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As fibras musgosas se originam de diversas fontes, 
mas as principais são os núcleos basais da ponte. Elas entram 
no cerebelo pelos três pedúnculos e, antes de seguirem para 
o córtex, elas emitem ramos colaterais para os núcleos 
profundos do cerebelo. Elas são responsáveis por estimular as 
células granulares, que, por sua vez, excitam as células de 
Purkinje. Além disso, elas transferem informações 
proprioceptivas e exteroceptivas do corpo e da cabeça. 
 
 As fibras trepadeiras tem origem na oliva inferior 
(bulbo), a qual possui apenas células de projeção. Elas entram 
no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior e antes de 
seguirem para o córtex, elas emitem ramos colaterais para os 
núcleos profundos do cerebelo. Elas são responsáveis por 
estimular as células de Purkinje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Células dos núcleos profundos são estimuladas pelas fibras 
musgosas e trepadeiras. 
2. Sinal excitatório chega às células de Purkinje: 
• Indiretamente pelas fibras paralelas das células 
granulosas, que foram excitadas pelas fibras musgosas. 
• Diretamente pelas fibras trepadeiras. 
3. Neurônios dos núcleos profundos são inibidos pelas células 
de Purkinje. 
• As células de Purkinje formam a única via eferente do 
cerebelo. 
• Células de purkinje inibem os núcleos profundos, que são 
responsáveis por enviar sinais excitatórias para as 
regiões que eles inervam. 
• Células de Purkinje liberam GABA. 
 
• As células de Golgi são responsáveis por modular a 
interação entre as células musgosas e as células 
granulares. 
• Células de Golgi são neurônios inibitórios. 
• Células de Golgi liberam GABA. 
• As fibras musgosas são excitatórias. Portanto, 
liberam glutamato. 
• As fibras musgosas excitam as células granulares. 
• Origem das fibras musgosas: fibras cortico-ponto-
cerebelares, fibras vestíbulocerebelares, fibras 
reticulocerebelares e fibras espinocerebelares. 
• As fibras musgosas que transportam informações 
relacionadas ao sistema vestibular estão restritas ao 
lobo floculonodular e regiões do vérmis. 
• As fibras trepadeiras excitam as células de Purkinje. 
• Fibras trepadeiras liberam glutamato. 
• Origem: oliva inferior. 
 
1. O cerebelo envia um rápido sinal excitatório que auxilia no 
início da execução do movimento. 
2. Uma fração de segundo depois, ele envia um sinal inibitório 
que auxilia o amortecimento dos movimentos (evita que os 
movimentos passem do ponto desejado). 
3. Compara o padrão de movimento enviado à medula ou 
durante sua execução (sinais aferentes) com o padrão 
planejado. 
4. Auxilia no planejamento de movimentos sequenciais 
completos (corrida, fala, escrita, etc.). 
 
 
 
 Falta de coordenação, decorrente de falhas na 
frequência, no alcance, na força e na direção dos movimentos. 
Pode ocorrer retardo no início do movimento ou execução 
falha da sequência do movimento, fazendo com que esse 
movimento pareça incoordenado. 
 
Causam distúrbios do equilíbrio e o paciente 
apresenta ataxia (marcha insegura), caracterizada por 
oscilações de um lado para o outro. Os movimentos oculares 
também ficam perturbados, muitas vezes com nistagmo, 
grosseiro e mantido = oscilação acentuada dos olhos. 
 
Síndrome de “apontar além”. Durante movimentos 
como os de apontar para diferentes alvos, a sequência das 
contrações musculares é perturbada, de modo que os 
movimentos ficam irregulares e, muitas vezes, passam o alvo 
= dismetria. Pacientes com essas lesões espinocerebelares 
também apresentam Tremor acentuado, além de redução 
geral do tônus muscular. 
 
 
 
As lesões nessa região causam retardo na iniciação 
dos movimentos. Também pode ocorrer dismetria e 
lentificação da fala, que fica muitas vezes incompreensível = 
disfonia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O presente resumo foi baseado na aula de 
fisiologia da professora Lucília Maria Abreu 
Lessa Leite Lima e nos livros abaixo. 
 
• BERNE, Robert; LEVY, Matthew. Fisiologia. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2009. 
• MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 3º ed. 
São Paulo: Editora Atheneu, 2014. 
 
Dismetria: Condição na qual erros na direção e força do 
movimento, evitam que o membro se mova suavemente até 
a posição desejada. 
Disdiadococinesia: Dificuldade em realizar movimentos 
rápidos e repetitivos de supinação e pronação do braço. 
Decomposição do movimento durante movimentos 
complicados:O movimento é feito em série de etapas 
discretas e não como sequência fluida. 
Tremor de intenção: É desenvolvido um tremor que 
aumenta a amplitude à medida que se aproxima do alvo. 
Fala escandida: fala lenta e enrolada 
Inibitórios / GABAérgicos: 
1. Interneurônios (células estreladas e células 
em certo) 
2. Células de Golgi 
3. Células de Purkinje 
Excitatórios / glutamatérgicos: 
1. Células granulares 
2. Fibras musgosas 
3. Fibras trepadeiras 
4. Núcleos profundos 
Eferência 
1. Fibras das células de Purkinje 
Aferências 
1. Fibras musgosas 
2. Fibras trepadeiras 
Núcleos profundos do cerebelo: 
1. Fastigial 
2. Interpósito (globoso + emboliforme) 
3. Denteado

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