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07/06/2021 1 EUCARIOTOS: -Fungos -Protozoários -Algas -Helmintos 446 446 447 07/06/2021 2 Fungos 1. Micologia é o estudo dos fungos. 2. O número de infecções fúngicas graves está aumentando. 3. Os fungos são aeróbicos ou anaeróbicos facultativos quimio-heterotróficos. 4. A maioria dos fungos é decompositora; alguns são parasitas de plantas e animais. 449 448 449 07/06/2021 3 Características dos fungos 1. O talo de um fungo consiste em filamentos de células denominados hifas; uma massa de hifas é chamada de micélio. 2. Leveduras são fungos unicelulares. 3. Para se reproduzir, as leveduras que realizam fissão se dividem simetricamente, enquanto as leveduras que realizam brotamento dividem-se assimetricamente. 4. Os brotos que não se separam da célula parental formam pseudo-hifas. 5. Os fungos dimórficos patogênicos são leveduriformes a 37oC e filamentosos a 25oC. 451 450 451 07/06/2021 4 Características dos fungos 7. Os fungos são classificados de acordo com o rRNA. 8. Esporangiósporos e conidiósporos são produzidos assexuadamente. 9. Esporos sexuais geralmente são produzidos em resposta a circunstâncias especiais, muitas vezes durante mudanças ambientais. 10. Os fungos são capazes de crescer em ambientes ácidos, com pouca umidade e aeróbicos. 11. Eles são capazes de metabolizar carboidratos complexos. 452 A maioria das espécies de fungos é benéfica para os seres humanos. • São encontrados na natureza, sendo essenciais à degradação e reciclagem da matéria orgânica. • Alguns fungos melhoram acentuadamente nossa qualidade de vida ao contribuir para a produção de alimentos e bebidas alcoólicas, como o queijo, o pão e a cerveja. • Outros já prestaram serviço à medicina, fornecendo metabólitos secundários bioativos de grande utilidade, como os antibióticos (penicilinas) e imunossupressores (p. ex., ciclosporina). 453 452 453 07/06/2021 5 Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark Na maioria dos fungos filamentosos, as hifas contêm paredes cruzadas denominadas septos, que dividem as hifas em distintas unidades celulares uninucleadas (um único núcleo). Essas hifas são chamadas de hifas septadas (Figura 12.1a). Em algumas poucas classes de fungos, as hifas não contêm septos e se apresentam como células longas e contínuas com muitos núcleos. Elas são chamadas de hifas cenocíticas (Figura 12.1b). Mesmo nos fungos com hifas septadas, geralmente há aberturas nos septos que fazem com que o citoplasma de “células” adjacentes seja contíguo; esses fungos também são, na verdade, organismos cenocíticos. As hifas crescem por alongamento das extremidades (Figura 12.1c). Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark A porção de uma hifa que obtém nutriente é chamada de hifa vegetativa; a porção envolvida com a reprodução é a hifa reprodutiva ou aérea, assim chamada porque se projeta acima da superfície sobre a qual o fungo está crescendo. As hifas aéreas frequentemente sustentam os esporos reprodutivos (Figura 12.2a) 454 455 07/06/2021 6 Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark No brotamento (Figura 12.3), a célula parental forma uma protuberância (broto) na sua superfície externa. À medida que o broto se alonga, o núcleo da célula parental se divide, e um dos núcleos migra para o broto. O material da parede celular é então sintetizado entre o broto e a célula parental, e o broto acaba se separando. Uma célula de levedura pode produzir mais de 24 células--filhas por brotamento. Algumas leveduras produzem brotos que não se separam uns dos outros; esses brotos formam uma pequena cadeia de células denominada pseudo-hifa. Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark O dimorfismo nos fungos patogênicos é dependente de temperatura: a 37°C, o fungo apresenta forma de levedura; a 25°C, de fungo filamentoso 456 457 07/06/2021 7 Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark Esporos assexuais. Os esporos assexuais são produzidos pelos fungos por mitose e subsequente divisão celular; não há fusão de núcleos de células. Dois tipos de esporos assexuais são produzidos pelos fungos. Um deles é o conidiósporo ou conídio, um esporo unicelular ou multicelular que não é armazenado em uma bolsa (Figura 12.5a). Os conídios são produzidos em cadeias na extremidade do conidióforo. Tais esporos são produzidos por Aspergillus. Os conídios formados pela fragmentação de uma hifa septada em células únicas, levemente espessas, são denominados artroconídios (Figura 12.5b). Uma espécie que produz esses esporos é o Coccidioides immitis. Outro tipo de conídio, o blastoconídio, consiste em um broto originado de uma célula parental (Figura 12.5c). Esses esporos são encontrados em algumas leveduras, como Candida albicans e Cryptococcus. Um clamidoconídio é um esporo com paredes espessas, formado pelo arredondamento e alargamento no interior de um segmento de hifa (Figura 12.5d). Um fungo que produz clamidoconídios é a levedura C. albicans. Outro tipo de esporo assexual é o esporangiósporo, formado no interior de um esporângio, ou bolsa, na extremidade de uma hifa aérea denominada esporangióforo. O esporângio pode conter centenas de esporangiósporos (Figura 12.5e). Esses esporos são produzidos por Rhizopus 458 459 07/06/2021 8 Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark 460 461 07/06/2021 9 462 463 07/06/2021 10 Doenças causadas por fungos • Micoses sistêmicas são infecções fúngicas quem afetam muitos tecidos e órgãos. • As micoses subcutâneas são infecções fúngicas que ocorrem abaixo da pele. • Micoses cutâneas afetam tecidos contendo queratina, como cabelo, unhas e pele. 465 464 465 07/06/2021 11 466 467 07/06/2021 12 468 469 07/06/2021 13 Doenças causadas por fungos • Micoses superficiais são localizadas nos fios de cabelo e nas células superficiais da pele. • Micoses oportunistas são causadas por fungos que normalmente não são patogênicos . • Micoses oportunistas podem infectar qualquer tecido. No entanto, geralmente são sistêmicas. 470 470 471 07/06/2021 14 472 473 07/06/2021 15 474 475 07/06/2021 16 Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark Reino Protoctista Algas e protozoários 477 476 477 07/06/2021 17 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia “Alga” não é um grupo taxonômico; é uma forma de se descrever os fotoautotróficos que não possuem as raízes e os caules das plantas Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Algas 1. As algas são unicelulares, filamentosas ou multicelulares (talos). 2. A maioria das algas vive em ambientes aquáticos. Características das algas 3. As algas são eucarióticas e a maioria é fotoautotrófica. 4. O talo das algas multicelulares geralmente consiste em uma haste, uma estrutura de fixação e lâminas folhosas. 5. As algas reproduzem-se assexuadamente por divisão celular e fragmentação. 6. Muitas algas reproduzem-se sexuadamente. 7. Algas fotoautotróficas produzem oxigênio. 8. As algas são classificadas de acordo com suas estruturas e pigmentos. 478 479 07/06/2021 18 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 480 481 07/06/2021 19 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Filos selecionados de algas 9. As algas marrons (kelp) podem ser coletadas para extração da algina. 10. As algas vermelhas crescem em regiões maisprofundas do oceano em comparação com outras algas. 11. As algas verdes possuem celulose e clorofilas a e b e armazenam amido. 12. As diatomáceas são unicelulares e possuem parede celular de pectina e sílica; algumas produzem neurotoxina. 13. Os dinoflagelados produzem neurotoxinas que causam paralisia por envenenamento por moluscos e ciguatera. 14. Os oomicetos são heterotróficos; eles incluem decompositores e patógenos. 482 483 07/06/2021 20 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 484 485 07/06/2021 21 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia O papel das algas na natureza 15. As algas são os produtores primários na cadeia alimentar aquática. 16. As algas planctônicas produzem a maioria do oxigênio molecular da atmosfera terrestre. 17. O petróleo representa os restos fósseis de algas planctônicas. 18. As algas unicelulares são simbiontes em animais, como Tridacna. Muitas algas unicelulares são simbiontes em animais. O molusco gigante Tridacna desenvolveu órgãos especiais que abrigam dinoflagelados. Como o molusco vive em águas rasas, as algas proliferam nesses órgãos quando eles estão expostos ao sol. As algas liberam glicerol na corrente sanguínea dos moluscos, suprindo as necessidades de carboidrato desses animais. Além disso, evidências sugerem que o molusco obtém proteínas essenciais pela fagocitose de algas velhas. 486 487 07/06/2021 22 Protozoários 1. Os protozoários são unicelulares, eucarióticos e quimio-heterotróficos. 2. Os protozoários são encontrados no solo e na água e como parte da microbiota normal de animais. Características dos protozoários 3. A forma vegetativa é chamada de trofozoíto. 4. A reprodução assexuada é por fissão, brotamento ou esquizogonia. 5. A reprodução sexuada é por conjugação. 6. Durante a conjugação ciliada, dois núcleos haploides se fundem para produzir o zigoto. 7. Alguns protozoários podem produzir um cisto para proteção durante condições ambientais adversas. 8. Os protozoários possuem células complexas com uma película, um cistóstoma e um poro anal. 488 Filos de protozoários de importância médica 9. Os Archaezoa não possuem mitocôndrias, mas possuem flagelos; esse filo inclui os gêneros Trichomonas e Giardia. 10. Os microsporídios não possuem mitocôndrias e microtúbulos; os microsporídios causam diarreia em pacientes com Aids. 11. Os Amoebozoa são as amebas; eles incluem os gêneros Entamoeba e Acanthamoeba. 12. Os Apicomplexa possuem organelas apicais para penetrar no tecido do hospedeiro; eles incluem os gêneros Plasmodium e Cryptosporidium. 13. Os Ciliophora se locomovem por meio de cílios; Balantidium coli é o ciliado parasita de humanos. 14. Os Euglenozoa movimentam-se por meio do batimento dos flagelos e não ocorre reprodução sexuada; eles incluem o gênero Trypanosoma. 489 488 489 07/06/2021 23 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Os Archaezoa são eucariotos que não possuem mitocôndrias. Eles têm uma organela singular chamada de mitossomo. Os mitossomos aparentam ser remanescentes de mitocôndria, que estava presente em um ancestral de archaezoa. Muitos Aarchaezoa vivem em simbiose no trato digestório de animais. Os Archaezoa são tipicamente em forma de fuso, com flagelos projetados na extremidade frontal (Figura 12.16a). A maioria apresenta dois ou mais flagelos. Um exemplo de um arquezoano parasita de humanos é o Trichomonas vaginalis, mostrado na Figura 12.16b 490 491 07/06/2021 24 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 492 493 07/06/2021 25 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 494 495 07/06/2021 26 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 496 Curiosidades: A moda utiliza a imagem de paramércio. Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 496 497 07/06/2021 27 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Curiosidade Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Curiosidade Fungos gelatinosos 1. Os fungos gelatinosos celulares assemelham-se a amebas e ingerem bactérias por fagocitose. 2. Os fungos gelatinosos plasmodiais consistem em uma massa multinucleada de protoplasma que engolfa restos orgânicos e bactérias à medida que eles se movem. 498 499 07/06/2021 28 Helmintos 1. Os vermes achatados parasitas pertencem ao filo Platelmintos. 2. Os vermes redondos parasitas pertencem ao filo Nematoda. Características dos helmintos 3. Os helmintos são animais multicelulares; alguns são parasitas de humanos. 4. A anatomia e o ciclo de vida dos helmintos parasitas são modificados para o parasitismo. 5. O estágio adulto de um helminto parasita é encontrado no hospedeiro definitivo. 6. Cada estágio larval de um helminto parasita requer um hospedeiro intermediário. 7. Os helmintos podem ser monoicos ou dioicos. 500 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia • Video : verme grilo e louva a deus 500 501 07/06/2021 29 Platelmintos 8. Os platelmintos são animais achatados dorso ventralmente; os platelmintos parasitas podem não apresentar sistema digestório. 9. Os trematodas adultos possuem uma ventosa oral e uma ventosa ventral, com as quais eles se aderem aos tecidos do hospedeiro. 10. Os ovos de trematodas eclodem em miracídios livres nadantes, que entram no primeiro hospedeiro intermediário; duas gerações de rédias se desenvolvem; as rédias tornam-se cercárias, que saem do primeiro hospedeiro e penetram no segundo hospedeiro intermediário; as cercárias encistam na forma de metacercárias; as metacercárias se desenvolvem em vermes adultos no hospedeiro definitivo. 11. Um cestoda, ou tênia, consiste em um escólex (cabeça) e proglótides. 12. Os humanos servem como hospedeiros definitivos para a tênia da carne de boi, e o gado é o hospedeiro intermediário. 13. O homem serve como hospedeiro definitivo e pode ser um hospedeiro intermediário para a tênia do porco. 14. O homem serve como hospedeiro intermediário para o Echinococcus granulosus; os hospedeiros definitivos são cães, lobos e raposas. 502 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 502 503 07/06/2021 30 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 504 505 07/06/2021 31 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Nematodas 15. Os vermes redondos possuem um sistema digestório completo. 16. Os nematodas que infectam os humanos com seus ovos incluem os vermes oxiúros e Ascaris. 17. Os nematodas que infectam os humanos com suas larvas incluem os ancilóstomos e Trichinella. Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 506 507 07/06/2021 32 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Artrópodes como vetores 1. Animais providos de patas articuladas, como carrapatos e insetos, pertencem ao filo dos Artrópodes. 2. Os artrópodes que podem carregar doenças são chamados de vetores. 3. Doenças transmitidas por vetores são eliminadas de maneira mais eficiente por meio do controle ou a erradicação dos vetores. 508 509 07/06/2021 33 Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 510 511 07/06/2021 34 Gerard J. Tortora,Berdell R. Funke, Christine L. Case – Microbiologia 512 513 07/06/2021 35 Os avanços nas técnicas de biologia molecular nos anos de 1980 e 1990 permitiram a identificação de vários novos vírus, incluindo o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o coronavírus associado a síndrome respiratória aguda severa (SARS). A hepatite viral e uma das doenças infecciosas mais comuns no mundo. Já foram identificados vários vírus diferentes de hepatite, incluindo os vírus da hepatite B e da hepatite C transmissíveis pelo sangue, e o vírus da hepatite A transmissível por alimentos, Há cem anos, os pesquisadores não imaginavam que poderiam existir partículas submicroscópicas, assim, descreveram esses agentes infecciosos com o termo contagium vivum fluidum – um fluido contagioso. Por volta da década de 1930, os cientistas começaram a usar a palavra vírus, palavra que no latim significa veneno, para descrever esses agentes filtráveis. A natureza dos vírus, no entanto, permaneceu uma incógnita até 1935, quando Wendell Stanley, químico americano, isolou o vírus do mosaico do tabaco, tornando possível pela primeira vez o desenvolvimento de estudos químicos e estruturais em um vírus purificado. A invenção do microscópio eletrônico, aproximadamente na mesma época, possibilitou a sua visualização. https://arstechnica.com/science/2020/01/never-before-seen- virus-may-be-behind-mystery-outbreak-in-china/ Enlarge / Colored image of coronaviruses made from a transmission electron microscopy. 514 515 https://arstechnica.com/science/2020/01/never-before-seen-virus-may-be-behind-mystery-outbreak-in-china/ https://cdn.arstechnica.net/wp-content/uploads/2020/01/GettyImages-1141934378.jpg 07/06/2021 36 Características gerais dos vírus • 1. Dependendo do ponto de vista, os vírus podem ser considerados como agregados muito complexos de substâncias químicas ou como micróbios extremamente simples. • 2. Os vírus possuem um único tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA) e um envoltório proteico, algumas vezes coberto por um envelope composto de lipídeos, proteínas e carboidratos. • 3. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Sua multiplicação depende da maquinaria de síntese proteica da célula hospedeira que é utilizada para produzir elementos especializados na transferência do ácido nucleico viral a outras células. 516 Obs: pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, descobriram que dentro da partícula viral do vírus, o HCMV (citomegalovírus humano, em inglês), além do genoma de DNA, havia quatro tipos de RNA. HCMV • Dentro da partícula viral do vírus, o HCMV (citomegalovírus humano, em inglês), além do genoma de DNA, havia quatro tipos de RNA. • Quando o HCMV infecta uma célula, o DNA (material genético) viral é transportado até o núcleo da mesma. A partir daí, começa a "dar ordens" para que a célula produza as proteínas do vírus. 517 ▪ Com a presença do RNA na partícula viral, certas proteínas serão imediatamente produzidas após a infecção, antes mesmo que o DNA atinja o núcleo. "Quanto mais rápido o vírus tomar conta da célula, melhor para ele", disse à Folha Wade Bresnahan, o outro autor da pesquisa. ▪ O HCMV pertence à subclasse dos herpesvírus, agentes causais do herpes e da mononucleose. Ele é o maior dos herpesvírus, com um genoma de mais de 235 mil pares de bases ("letras" químicas do código genético) e 200 genes. ▪ Apesar de não causar sintomas num indivíduo saudável, o HCMV pode ser fatal em pessoas com o sistema imune (de defesa) comprometido, como portadores do HIV ou pacientes que tenham sofrido um transplante. (IG). 516 517 07/06/2021 37 Tamanho dos vírus: O tamanho da partícula viral é determinado por microscopia eletrônica.; O tamanho dos vírus varia de 20 a 1.000 nm. 518 519 07/06/2021 38 Espectro de hospedeiros dos vírus • O espectro de hospedeiros se refere ao espectro de células hospedeiras em que um vírus pode se multiplicar. • A maioria dos vírus infecta somente tipos específicos de células em uma espécie de hospedeiros. • O espectro de hospedeiros é determinado pelo sítio específico de adsorção na superfície da célula hospedeira e da disponibilidade de fatores celulares. 520 Cientistas chineses descobrem como o vírus da Chikungunya entra nas células humanas 521 520 521 07/06/2021 39 Fiocruz registra momentos em que células são atacadas pelo novo coronavírus 522 Estrutura viral • 1. Um vírus consiste em uma partícula viral totalmente desenvolvida composta por ácido nucleico envolto por uma cobertura proteica. (Um vírion é uma partícula viral infecciosa completa, totalmente desenvolvida, composta por um acido nucleico e envolta por um revestimento proteico que a protege do meio ambiente.) Ácido nucleico • 2. Os vírus possuem DNA ou RNA, nunca ambos, e o ácido nucleico pode ser de fita simples ou fita dupla, em forma linear, circular ou segmentada. • 3. A proporção de ácido nucleico para proteína viral varia de 1 a 50%. Capsídeo e envelope • 4. O envoltório proteico que envolve o ácido nucleico do vírus é chamado de capsídeo. • 5. O capsídeo é composto por subunidades, os capsômeros, que podem ser formados por proteínas de um único tipo ou de diversos tipos. • 6. O capsídeo de alguns vírus é envolto por um envelope consistindo de lipídeos, proteínas e carboidratos. • 7. Alguns envelopes são cobertos com complexos de carboidratos e proteínas chamados de espículas. 523 522 523 07/06/2021 40 Morfologia geral 8. Os vírus helicoidais (p. ex., Ebola) lembram longos bastões, e seus capsídeos são cilindros ocos que circundam o ácido nucleico. 9. Os vírus icosaédricos (p. ex., adenovírus) são multifacetados. O capsídeo em geral é um icosaedro. 10. Os vírus envelopados são cobertos por um envelope e são quase esféricos, mas altamente pleomórficos. Existem vírus envelopados helicoidais (p. ex., Influenzavirus) e icosaédricos (p. ex., Simplexvirus). 11. Os vírus complexos possuem estruturas complexas. Por exemplo, muitos bacteriófagos possuem um capsídeo poliédrico com uma cauda helicoidal. 524 524 525 07/06/2021 41 526 527 07/06/2021 42 Taxonomia dos vírus • 1. A classificação dos vírus é baseada no tipo de ácido nucleico, na estratégia de replicação e na morfologia. • 2. Os nomes das famílias virais terminam em -viridae; os nomes dos gêneros terminam em -virus. • 3. Uma espécie viral consiste em um grupo de vírus que compartilham a mesma informação genética e o mesmo nicho ecológico(espectro de hospedeiros). . • Epítetos específicos não são utilizados para os vírus. Dessa forma, as espécies virais são designadas por nomes descritivos vulgares, como vírus da imunodeficiência humana (HIV), e as subespécies (se existirem) são designadas com um número (HIV-1). 528 528 529 07/06/2021 43 530 531 07/06/2021 44 Isolamento, cultivo e identificação de vírus 1. Os vírus só se multiplicam em células vivas. 2. Os vírus que se multiplicam mais facilmente são os bacteriófagos. O cultivo de bacteriófagos em laboratório 3. O método de placa de lise mistura os bacteriófagos com as bactérias hospedeiras e ágar nutriente. 4. Após vários ciclos de multiplicação viral, as bactérias na área circundante à bactéria originalmente infectada pelo vírus são destruídas; a área de lise é denominada placa de lise. 5. Cada placa de lise é originada de uma única partícula viral; a concentração de vírus é dada em unidades formadoras de placas. 533 532 533 07/06/2021 45 Cada placa de lise corresponde, teoricamente, a uma única partícula viral da suspensão original. Dessa forma, a concentração das suspensões virais, medida pelo número de placas formadas, em geral é dada em unidades formadoras de placas (UFPs). O cultivo de vírus animais em laboratório 6. O cultivo de alguns vírus animais requer o uso de animais inteiros. 7. A Aids símia e a Aids felina são modelos para o estudo da Aids humana. 8. Alguns vírus animais podemser cultivados em ovos embrionados. 9. Culturas de células consistem em células que proliferam em meios de cultura no laboratório. 10. Linhagens celulares primárias e linhagens de células diploides embrionárias se desenvolvem in vitro por um curto período. 11. Linhagens celulares contínuas podem ser mantidas in vitro indefinidamente. 12. A multiplicação viral causa efeitos citopáticos em culturas celulares. Identificação viral 1. Os testes sorológicos são os mais frequentemente utilizados na identificação dos vírus. 2. Os vírus podem ser identificados por RFLPs e por PCR. 535 534 535 07/06/2021 46 536 537 07/06/2021 47 Multiplicação viral 1. Os vírus não possuem enzimas para produção de energia ou síntese de proteínas. 2. Para um vírus se multiplicar, ele deve invadir uma célula hospedeira e direcionar a maquinaria metabólica do hospedeiro para produzir enzimas e outros componentes virais. Multiplicação de bacteriófagos 3. Durante o ciclo lítico, um fago causa a lise e a morte da célula hospedeira. 4. Alguns vírus podem tanto causar lise como incorporar seu DNA, como um profago, no DNA da célula hospedeira. A última situação é chamada de lisogenia. 539 538 539 07/06/2021 48 540 541 07/06/2021 49 5. Durante a fase de adsorção do ciclo lítico, os sítios na superfície das fibras da cauda do fago ancoram-se em sítios receptores complementares na célula hospedeira. 6. Durante a penetração, a lisozima do fago faz uma abertura na parede da célula bacteriana, a cobertura da cauda se contrai e impulsiona a região central da cauda através da parede, e o DNA do fago penetra na célula. O capsídeo permanece do lado de fora. 7. Na biossíntese, o DNA do fago produz mRNA, que codifica as proteínas necessárias para sua multiplicação. O DNA do fago é replicado, e as proteínas do capsídeo são produzidas. Durante o período de eclipse podem ser encontrados, separadamente, DNA e proteínas. 8. Durante a maturação, o DNA do fago e os capsídeos são montados em vírus completos. 542 9. Durante a liberação, a lisozima do fago rompe a parede bacteriana, e os novos fagos produzidos são liberados. 10. Durante o ciclo lisogênico, os genes do profago são regulados por um repressor codificado pelo profago. Cada vez que uma célula se divide, o profago é replicado. 11. A exposição a determinados agentes mutagênicos pode levar à excisão do profago e ao início do ciclo lítico. 12. Devido à lisogenia, as células lisogênicas tornam-se imunes à reinfecção pelo mesmo fago e podem sofrer conversão fágica (ou conversão lisogênica). 13. Um fago lisogênico pode transferir genes bacterianos de uma célula para outra através da transdução. Na transdução generalizada qualquer gene pode ser transferido e na transdução especializada são transferidos genes específicos. 543 542 543 07/06/2021 50 544 545 07/06/2021 51 Multiplicação de vírus animais 14. Os vírus animais ancoram-se na membrana plasmática da célula hospedeira. 15. A penetração ocorre por endocitose ou fusão. 16. Os vírus animais são desnudados por enzimas virais ou da célula hospedeira. 17. O DNA da maioria dos vírus de DNA é liberado no núcleo da célula hospedeira. A transcrição do DNA e a tradução produzem respectivamente DNA viral e as proteínas do capsídeo. Essas proteínas são sintetizadas no citoplasma da célula hospedeira. 18. Os vírus de DNA incluem membros das famílias Adenoviridae, Poxviridae, Herpesviridae, Papovaviridae e Hepadnaviridae. 546 546 547 07/06/2021 52 19. A multiplicação dos vírus de RNA ocorre no citoplasma da célula hospedeira. A RNA-polimerase dependente de RNA sintetiza a fita dupla de RNA. 20. A fita positiva de RNA dos Picornaviridae atua como mRNA e direciona a síntese da RNA-polimerase dependente de RNA. 21. A fita positiva de RNA dos Togaviridae atua como molde para a RNA-- polimerase, e o mRNA é transcrito a partir de uma nova fita negativa de RNA. 22. A fita negativa de RNA dos Rhabdoviridae é o molde para a RNA-- polimerase dependente de RNA, que transcreve o mRNA. 23. Os Reoviridae são digeridos no citoplasma da célula hospedeira, liberando o mRNA para a biossíntese viral. 24. A transcriptase reversa dos retrovírus (DNA-polimerase dependente de RNA) transcreve DNA a partir de RNA. 25. Após a maturação, os vírus são liberados. O brotamento é um dos métodos de liberação (e de formação do envelope). Os vírus não envelopados são liberados pela ruptura da membrana da célula hospedeira. 548 548 549 07/06/2021 53 550 551 07/06/2021 54 552 553 07/06/2021 55 Vírus e câncer 1. A relação mais antiga entre câncer e vírus foi demonstrada no início do século XX, quando a leucemia e o sarcoma aviários foram transferidos para animais sadios por meio de filtrados livres de células. Transformação de células normais em células tumorais 2. Os oncogenes, quando ativados, transformam células normais em células cancerosas. 3. Os vírus capazes de produzir tumores são denominados vírus oncogênicos. 4. Muitos vírus de DNA e retrovírus são oncogênicos. 5. O material genético dos vírus oncogênicos integra-se no genoma da célula hospedeira. 6. As células transformadas perdem a inibição por contato, possuem antígenos virais específicos (TSTA e antígeno T), exibem anormalidades cromossômicas e podem, ainda, produzir tumores quando injetadas em animais suscetíveis. 554 Vírus de DNA oncogênicos 7. Os vírus oncogênicos são encontrados entre as famílias Adenoviridae, Herpesviridae, Poxviridae e Papovaviridae. 8. O vírus EB, um herpesvírus, causa linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaríngeo. O Hepadnavirus causa câncer hepático. Vírus de RNA oncogênicos 9. Entre os vírus de RNA, somente os retrovírus parecem ser oncogênicos. 10. HTLV-1 e HTLV-2 têm sido associados com leucemia e linfoma em seres humanos. 11. A capacidade de um vírus em produzir tumores está relacionada com a presença da transcriptase reversa. O DNA sintetizado a partir do RNA viral incorpora-se ao DNA da célula hospedeira como um provírus. 12. Um provírus pode permanecer latente, produzir novos vírus ou transformar a célula hospedeira. 555 554 555 07/06/2021 56 Infecções virais latentes 1. Uma infecção viral latente é aquela em que o vírus permanece dentro da célula hospedeira por longos períodos, sem produzir uma infecção. 2. Os exemplos são o herpes labial e o herpes zoster. Infecções virais persistentes 1. As infecções virais persistentes são processos patológicos que se estendem por um longo período, sendo geralmente fatais. 2. As infecções virais persistentes são causadas por vírus convencionais; os vírus se acumulam por um longo período. 556 557 07/06/2021 57 Prions (proteinaceous infectious particle (partícula infecciosa proteinácea). 1. Os prions são proteínas infecciosas descobertas na década de 1980. 2. Todas as doenças causadas por prions, como a CJD (doença de Creutzfeldt-Jakob) e a doença da vaca louca, envolvem a degeneração do tecido cerebral. 3. As doenças causadas por prions são resultantes de uma proteína alterada; a causa da alteração pode ser uma mutação no gene da PrPC ou o contato da proteína normal com a proteína alterada (PrPSc). Vírus de plantas e viróides 1. Os vírus de plantas entram nas plantas hospedeiras através de lesões ou com parasitas invasivos como os insetos. 2. Alguns vírus de plantas podem se multiplicar em células de insetos (vetores). 3. Os viróides são fragmentos de RNA infecciosos causadores de algumas doenças em plantas, como o viróide do tubérculo afilado da batata (potato spindle tuber viroid disease). Viróides, são portanto, pedaços pequenos de RNA, com cerca de 300 a 400 nucleotídeos somente e sem qualquer envoltório proteico. Os nucleotídeos em geral são pareados internamente, de forma que a molécula possui uma estrutura tridimensional fechada e dobrada, o que provavelmente protege do ataque de enzimas celulares. Esse RNA não codifica para nenhuma proteína. Até agora, osviroides têm sido identificados como patógenos exclusivos de plantas. 559 558 559 07/06/2021 58 Os vírus de plantas se parecem, em muitos aspectos, com os vírus animais: os vírus de plantas são morfologicamente similares aos vírus animais e possuem ácidos nucleicos semelhantes Pesquisas atuais revelaram similaridades entre as sequências de bases dos viroides e dos íntrons. Íntrons são sequências de material genético que não codificam polipeptídeos. Essas observações têm conduzido à hipótese de que os viroides teriam evoluído dos íntrons, levando à especulação de que no futuro pesquisadores poderiam vir a descobrir viroides animais. 560 561
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