Buscar

Anatomia do Sistema Respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anatomia do Sistema Respiratório 
O sistema respiratório contribui para a homeostasia ao realizar a troca gasosa – oxigênio e dióxido 
de carbono – entre o ar atmosférico, o sangue e as células teciduais. Também ajuda a ajustar o pH 
dos líquidos corporais. 
As células obtêm energia principalmente por meio de metabolismo aeróbico, um processo que 
precisa de O2 e produz CO2 (que precisa ser eliminado). O sistema circulatório oferece uma ligação 
entre o líquido intersticial em torno das células e as superfícies de difusão gasosa nos pulmões. 
O sistema respiratório facilita a difusão gasosa entre o ar e o sangue. Conforme circula, o sangue 
transporta O2 dos pulmões para os tecidos do corpo, além de receber o dióxido de carbono 
produzido por esses tecidos e o transportar até os pulmões para a eliminação. 
Inclui o nariz, a cavidade nasal e os seios paranasais, a faringe, a laringe, a traqueia e os ductos 
condutores menores que levam às superfícies de difusão gasosa dos pulmões (brônquios, 
bronquíolos e alvéolos). 
Pode ser dividido em parte 
condutora e parte respiratória 
1. Zona condutora: 
entrada da cavidade nasal até os 
bronquíolos terminais 
A filtração, o aquecimento e o 
umedecimento do ar inspirado 
começam na entrada da parte 
superior do sistema respiratório e 
continuam por todo o restante da 
via condutora 
2. Zona respiratória: 
bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares, sacos alveolares e os 
alvéolos, onde ocorre a difusão 
gasosa 
 
Trato respiratório superior: cavidade nasal, faringe 
Trato respiratório inferior: laringe, traqueia, brônquios e pulmões 
 
 
 
Funções 
O sistema respiratório desempenha funções com a cooperação dos sistemas circulatório e 
linfático, de alguns músculos esqueléticos e do sistema nervoso 
1. Oferecer uma extensa área para difusão gasosa entre o ar e o sangue circulante 
2. Conduzir o ar a a partir de e para as superfícies de difusão gasosa dos pulmões 
3. Proteger as superfícies respiratórias contra a desidratação, mudanças de temperatura e outras 
variações ambientais 
4. Defender o sistema respiratório e outros tecidos da invasão por microrganismos patogênicos 
5. Produzir sons envolvidos na fala, no canto e na comunicação não-verbal 
6. Auxiliar na regulação do volume sanguíneo, da pressão arterial e no controle do pH dos 
líquidos corporais 
 
Epitélio respiratório 
Epitélio colunar pseudo-estratificado ciliado, com numerosas células mucosas 
Reveste todo o trato respiratório, exceto a parte inferior da faringe, as menores vias condutoras e 
os alvéolos 
Um epitélio escamoso estratificado reveste a porção inferior da faringe, protegendo-a de 
abrasão e agressão química (essa parte da faringe conduz o ar para a laringe e o alimento para o 
esôfago) 
Células mucosas no epitélio e glândulas mucosas profundas ao epitélio respiratório na lâmina 
própria produzem um muco viscoso que recobre as superfícies expostas 
Na cavidade nasal, os “cílios” varrem qualquer resíduo ou microrganismo aprisionado no muco 
até a faringe, onde serão deglutidos e expostos aos ácidos e às enzimas do estômago 
Em porções inferiores do trato respiratório, os cílios também se movimentam em direção à faringe, 
criando um mecanismo semelhante ao de uma “escada rolante” que limpa as vias respiratórias 
Sistema de defesa respiratória: mecanismos de filtração respiratória 
Na cavidade nasal, virtualmente todas as partículas maiores que 10µm são removidas do ar 
inspirado. Partículas maiores são removidas pelos pelos nasais (vibrissas) 
Partículas menores podem ser capturadas pelo muco da parte nasal da faringe ou por secreções 
da faringe antes de prosseguir pela via condutora 
A exposição a estímulos irritantes (gases tóxicos, grandes quantidades de poeiras e resíduos, 
alérgenos, patógenos) causa um rápido aumento na produção de muco 
A filtração, o aquecimento e o umedecimento do ar inspirado ocorrem por toda a porção 
condutora do sistema respiratório, mas as maiores modificações ocorrem na cavidade nasal 
A respiração bucal elimina grande parte da filtração, do aquecimento e do umedecimento 
preliminares do ar inspirado. Pacientes respirando por meio de respiradores ou pelo processo de 
ventilação mecânica recebem ar que é introduzido diretamente na traqueia e, por isso, esse ar deve 
ser filtrado e umedecido externamente para prevenir danos aos alvéolos 
 
 
Nariz e cavidade nasal 
O ar normalmente entra na cavidade nasal através das narinas 
O vestíbulo do nariz, a porção da cavidade nasal limitada pelos tecidos flexíveis do nariz, é 
sustentado por duas finas cartilagens laterais e dois pares de cartilagens alares 
O epitélio do vestíbulo do nariz contém pelos que se estendem a partir das narinas (impedem 
grandes partículas de adentrar no restante da cavidade nasal) 
O septo nasal separa as partes direita e esquerda da cavidade nasal - a parte óssea é formada 
pela lâmina perpendicular do osso etmoide e pelo vômer, que se articulam – a parte anterior é 
formada por cartilagem hialina, que sustenta o dorso e o ápice do nariz 
As maxilas, os ossos nasais e frontal, o etmoide e o esfenoide formam as paredes laterais e 
superior da cavidade nasal 
A secreção mucosa produzida pelos seios paranasais associados, auxiliada pela drenagem de 
lágrima através dos ductos lacrimonasais, ajudam a manter a superfície da cavidade nasal úmida e 
limpa 
A parte superior, ou parte olfatória, inclui as áreas revestidas pelo epitélio olfatório: (1) à superfície 
inferior da lâmina cribriforme, (2) a concha nasal superior e etmoide e (3) a parte superior do septo 
nasal 
As conchas nasais superior, média e inferior se projetam em direção ao septo nasal a partir da 
parede lateral da cavidade nasal 
Do vestíbulo do nariz até os cóanos, o ar tende a fluir por entre as conchas nasais adjacentes 
(meatos nasais superior, médio e inferior). Essas passagens são mais estreitas e fazem com que o ar 
inspirado colida contra as superfícies das conchas nasais, produzindo um turbilhonamento que faz 
com que o ar gire e colida, aumentando as chances de que as pequenas partículas em suspensão 
entrem em contato com o muco que recobre a superfície da cavidade nasal. Além disso, gera um 
tempo extra para o aquecimento e o umedecimento do ar inspirado 
Conforme o ar inspirado circula pelas conchas e meatos, é aquecido pelo sangue nos capilares. O 
muco secretado pelas células caliciformes umedece o ar e retém as partículas de poeira. A drenagem 
do ducto lacrimonasal também ajuda a umedecer o ar e às vezes é assistida por secreções dos seios 
paranasais. Os cílios movem o muco e as partículas de poeira retidas em direção à faringe, onde 
podem ser engolidas ou cuspidas, removendo assim as partículas do sistema respiratório. 
As células receptoras olfatórias, as células de sustentação e as células basais se encontram na região 
respiratória, que está perto da concha nasal superior e septo adjacente. Essas células formam o 
epitélio olfatório. Este contém cílios, mas não há células caliciformes. 
O palato duro, formado pelos ossos maxila e palatino, forma o soalho da cavidade nasal e separa 
as cavidades oral e nasal 
O palato mole muscular se estende posteriormente ao palato duro, marcando o limite entre a 
parte nasal da faringe superiormente e o restante da faringe 
 
 
Faringe 
É compartilhada pelos sistemas respiratório e digestório e estende-se desde os cóanos até o início 
da traqueia e do esôfago 
É um tubo em forma de funil com aproximadamente 13 cm de comprimento que começa nos 
cóanos e se estende para o nível da cartilagem cricóidea, a cartilagem mais inferior da laringe 
Suas paredes são musculares 
Dividida em três regiões: 
1. Nasofaringe: porção superior; comunica-se com a parte posterior da cavidade nasal através 
dos cóanos e é separada da cavidade oral pelo palato mole 
Revestida por epitélio respiratório típico 
Há cinco aberturas na sua parede: dois cóanos, dois óstios que conduzem às tubasauditivas e a 
abertura para a parte oral da faringe. A parede posterior também contém a tonsila faríngea. Por 
meio dos cóanos, a parte nasal da faringe recebe o ar da cavidade nasal, juntamente com o muco 
com pó. A parte nasal da faringe é revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado, e os 
cílios movem o muco para baixo em direção à parte mais inferior da faringe. A parte nasal da faringe 
também troca pequenos volumes de ar com as tubas auditivas para equalizar a pressão do ar entre 
a orelha média e a atmosfera. 
2. Orofaringe: estende-se entre o palato mole e a raiz da língua no nível do hioide 
A parte posterior da cavidade oral comunica-se diretamente com a parte oral da faringe, assim como 
com as regiões posterior e inferior da nasofaringe 
No limite entre a parte oral e nasal, o epitélio se modifica, passando de colunar pseudoestratificado 
ciliado para epitélio escamoso estratificado (semelhante ao da cavidade oral) 
Dois pares de tonsilas, as tonsilas palatina e lingual, são encontradas na parte oral da faringe. 
3. Laringofaringe: estreita, inclui a região da faringe localizada desde o nível do hióide até o 
início do esfôfago; revestida por epitélio escamoso estratificado, resistente a abrasões 
mecânicas, agressões químicas e invasão de patógenos 
Laringe 
É uma pequena conexão entre a parte laríngea da faringe e a traqueia. Encontra-se na linha média 
do pescoço anteriormente ao esôfago e às vértebras cervicais IV a VI 
Composta por nove fragmentos de cartilagem (3 isoladamente – cartilagem tireóidea, epiglote e 
cartilagem cricóidea; 3 em pares – cartilagens aritenoidea, cuneiforme e corniculada) 
Os músculos extrínsecos da laringe conectam as cartilagens a outras estruturas na garganta; os 
músculos intrínsecos conectam as cartilagens entre si. A cavidade da laringe é o espaço que se 
estende desde a entrada da laringe até a margem inferior da cartilagem cricóidea. A parte da 
cavidade da laringe acima das pregas vestibulares (cordas vocais falsas) é chamada de vestíbulo da 
laringe. A parte da cavidade da laringe abaixo das pregas vocais é chamada de cavidade infraglótica. 
A cartilagem tireóidea (pomo de Adão) consiste em duas lâminas fundidas de cartilagem hialina 
que formam a parede anterior da laringe e conferem a ela um formato triangular. Ela é encontrada 
tanto em homens quanto em mulheres, mas geralmente é maior no sexo masculino em decorrência 
da influência dos hormônios sexuais masculinos em seu crescimento durante a puberdade. O 
ligamento que liga a cartilagem tireóidea ao hioide é chamado membrana tíreohióidea. 
A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em forma de folha que é recoberta por 
epitélio. Existe uma parte inferior afilada (pecíolo epiglótico) que está conectada à margem anterior 
da cartilagem tireóidea. A parte superior ampla em forma de “folha” da epiglote (cartilagem 
epiglótica) não está presa a nenhuma estrutura e se move para cima e para baixo como um alçapão. 
Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem para cima. A elevação da faringe amplia-a para 
receber alimentos ou bebidas; a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para baixo e 
cubra a glote, fechando-a. 
A glote é composta por um par de pregas de túnica mucosa, as pregas vocais (cordas vocais 
verdadeiras) na laringe, e o espaço entre elas é chamado de rima da glote. O fechamento da laringe 
desta maneira durante a deglutição desvia líquidos e alimentos para o esôfago e os mantêm fora 
da laringe e das vias respiratórias. Quando pequenas partículas de poeira, fumaça, alimentos ou 
líquidos passam para a laringe, ocorre um reflexo de tosse, geralmente expelindo o material. 
A cartilagem cricóidea é um anel de cartilagem hialina que forma a parede inferior da laringe. Ela 
se insere ao primeiro anel de cartilagem da traqueia pelo ligamento cricotraqueal. A cartilagem 
tireóidea está ligada à cartilagem cricóidea pelo ligamento cricotireóideo. A cartilagem cricóidea é 
o marco para fazer um acesso de emergência às vias respiratórias chamado de traqueotomia (ver 
Correlação Clínica | Traqueotomia e intubação). 
O par de cartilagens aritenóideas são segmentos triangulares formados principalmente por 
cartilagem hialina localizados na margem posterior superior da cartilagem cricóidea. Eles formam 
articulações sinoviais com a cartilagem cricóidea e têm uma ampla gama de mobilidade. 
O par de cartilagens corniculadas, peças em forma de chifre de cartilagem elástica, está localizado 
no ápice de cada cartilagem aritenóidea. O par de cartilagens cuneiformes, cartilagens elásticas em 
forma de taco anteriores às cartilagens corniculadas, apoia as pregas vocais e as faces laterais da 
epiglote. 
O revestimento da laringe superiormente às pregas vocais é de epitélio escamoso estratificado 
não queratinizado. O revestimento da laringe inferiormente às pregas vocais é de epitélio colunar 
pseudoestratificado ciliado, constituído por células colunares ciliadas, células caliciformes e células 
basais. O muco produzido pelas células caliciformes ajuda a reter a poeira que não foi removida nas 
vias superiores. Os cílios da parte superior do sistema respiratório movem o muco e as partículas 
aprisionadas para baixo em direção à faringe; os cílios da parte inferior do sistema respiratório os 
movem para cima em direção à faringe. 
 
Traqueia 
É uma via tubular para o ar com aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro 
Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe até a margem superior da 
vértebra T V , onde se divide em brônquios primários, direito e esquerdo 
Camadas: 
(1) túnica mucosa: camada de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado e uma camada subjacente 
de lâmina própria que contém fibras elásticas e reticulares. Oferece proteção contra poeira 
(2) tela submucosa: tecido conjuntivo areolar que contém glândulas seromucosas e seus ductos 
(3) cartilagem hialina: Os 16 a 20 anéis horizontais incompletos de cartilagem hialina se assemelham 
à letra C, estão empilhados uns sobre os outros e estão ligados por tecido conjuntivo denso. Podem 
ser palpados através da pele inferiormente à laringe. A parte aberta de cada anel de cartilagem em 
formato de C está voltada posteriormente em direção ao esôfago (Figura 23.6) e é cruzada por uma 
membrana fibromuscular. Nessa membrana estão fibras musculares lisas transversais – chamadas 
músculo traqueal – e tecido conjuntivo elástico, que possibilita que o diâmetro da traqueia mude 
sutilmente durante a inspiração e a expiração; isso é importante para manter o fluxo de ar eficiente. 
Os sólidos anéis de cartilagem em formato de C fornecem um suporte semirrígido para manter a 
desobstrução de modo que a parede traqueal não colapse para dentro (especialmente durante a 
inspiração) obstruindo a passagem de ar. 
(4) túnica adventícia: composta de tecido conjuntivo areolar que une a traqueia aos tecidos 
circunvizinhos 
Brônquios 
Na margem superior da vértebra T V, a traqueia se divide em um brônquio principal direito, que vai 
para o pulmão direito, e um brônquio principal esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. 
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como 
resultado, um objeto aspirado tem maior probabilidade de entrar e se alojar no brônquio principal 
direito do que no esquerdo. Tal como a traqueia, os brônquios principais contêm anéis incompletos 
de cartilagem e são revestidos por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. 
No ponto em que a traqueia se divide em brônquios principais direito e esquerdo, uma crista interna 
chamada de carina é formada por uma projeção posterior e um pouco inferior da última cartilagem 
traqueal. A túnica mucosa da carina é uma das áreas mais sensíveis de toda a laringe e traqueia para 
desencadear um reflexo da tosse. O alargamento e distorção da carina é um sinal grave, pois 
geralmente indica um carcinoma dos linfonodos ao redor da regiãoonde a traqueia se divide. 
Ao entrar nos pulmões, o brônquio 
principal se divide formando 
brônquios menores – os brônquios 
lobares, uma para cada lobo do 
pulmão. (O pulmão direito tem três 
lobos, o pulmão esquerdo tem dois.) Os 
brônquios lobares continuam 
ramificando-se, formando brônquios 
ainda menores, chamados brônquios 
segmentares, que irrigam segmentos 
bronco pulmonares específicos dentro 
dos lobos. Os brônquios segmentares 
então se dividem em bronquíolos. Os 
bronquíolos também se ramificam 
repetidamente e o menor dos ramos 
ramifica-se em tubos ainda menores 
chamados bronquíolos terminais. 
Estes bronquíolos contêm células 
exócrinas bronquiolares, células 
colunares não ciliadas intercaladas 
entre as células epiteliais. As células 
exócrinas bronquiolares podem 
proteger contra os efeitos nocivos de toxinas inaladas e substâncias cancerígenas, produzem 
surfactante (discutido em breve) e funcionam como células-tronco (células estaminais), que dão 
origem a várias células do epitélio. Os bronquíolos terminais representam o fim da zona de 
condução do sistema respiratório. Esta extensa ramificação da traqueia até os bronquíolos terminais 
se assemelha a uma árvore invertida e é comumente chamada árvore bronquial. 
À medida que a ramificação se torna mais extensa na árvore bronquial, várias mudanças estruturais 
podem ser observadas. 
A túnica mucosa na árvore bronquial muda de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado nos 
brônquios principais, brônquios lobares e brônquios segmentares para 
Bronquíolos maiores: epitélio colunar simples ciliado com algumas células caliciformes 
Bronquíolos menores: epitélio cúbico simples ciliado sem células caliciformes 
Bronquíolos terminais: para principalmente epitélio cúbico simples não ciliado. 
Recorde-se que o epitélio ciliado da membrana respiratória remove as partículas inaladas de duas 
maneiras. O muco produzido pelas células caliciformes retém as partículas, e os cílios movem o 
muco e as partículas retidas para a faringe para serem removidos. Em regiões com epitélio cúbico 
simples não ciliado, as partículas inaladas são removidas por macrófagos. 
As lâminas de cartilagem gradualmente substituem os anéis incompletos de cartilagem nos 
brônquios principais e por fim desaparecem nos bronquíolos distais. 
À medida que a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. O 
músculo liso circunda o lúmen em faixas espiraladas e ajuda a manter a permeabilidade. No entanto, 
como não há cartilagem de suporte, espasmos musculares podem fechar as vias respiratórias. Isto 
é o que acontece durante uma crise de asma brônquica, uma situação potencialmente fatal. 
Durante o exercício, a atividade na parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) 
aumenta e a medula da glândula suprarrenal libera os hormônios epinefrina e norepinefrina; estes 
dois eventos causam o relaxamento do músculo liso nos bronquíolos, que dilata as vias respiratórias. 
Como o ar chega aos alvéolos mais rapidamente, a ventilação pulmonar melhora. A parte 
parassimpática do SNA e os mediadores de reações alérgicas, como a histamina, têm efeito oposto, 
causando contração do músculo liso brônquico, o que resulta em constrição dos brônquios distais. 
 
Pulmões 
São órgãos cônicos pareados na cavidade torácica, são separados um do outro pelo coração e 
por outras estruturas do mediastino, que dividem a cavidade torácica em duas câmaras 
anatomicamente distintas 
Cada pulmão é fechado e protegido por uma túnica serosa de camada dupla chamada pleura 
A camada superficial, chamada de pleura parietal, reveste a parede da cavidade torácica; a camada 
profunda, a pleura visceral, recobre os pulmões propriamente ditos. Entre a pleura visceral e a 
pleura parietal há um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém um pequeno volume de 
líquido lubrificante que é secretado pelas membranas. 
O líquido pleural reduz o atrito entre as membranas, o que lhes possibilita deslizar facilmente uma 
sobre a outra durante a respiração. O líquido pleural também faz com que as duas membranas 
adiram uma à outra, assim como uma película de água faz com que duas lâminas microscópicas de 
vidro fiquem juntas, um fenômeno chamado de tensão superficial. 
Cavidades pleurais separadas circundam os pulmões esquerdo e direito. A inflamação da membrana 
pleural, chamada de pleurisia ou pleurite, pode em seus estágios iniciais causar dor decorrente do 
atrito entre as camadas parietal e visceral da pleura. Se a inflamação persistir, o líquido em excesso 
se acumula no espaço pleural, em uma condição conhecida como derrame pleural. 
Os pulmões se estendem desde o diafragma até a região discretamente superior às clavículas e 
encontra-se contra as costelas anterior e posteriormente. 
A larga parte inferior do pulmão, a base, é côncava e se encaixa sobre a zona convexa do 
diafragma. 
A parte superior estreita do pulmão é o ápice. 
A superfície do pulmão apoiada sobre as costelas, a face costal, coincide com a curvatura 
arredondada das costelas. 
A face mediastinal (medial) de cada pulmão contém uma região, o hilo do pulmão, por meio 
da qual os brônquios, os vasos sanguíneos pulmonares, os vasos linfáticos e os nervos entram e 
saem. 
Estas estruturas são mantidas unidas pela pleura e tecido conjuntivo e constituem a raiz do pulmão. 
Medialmente, o pulmão esquerdo também contém uma concavidade, a incisura cardíaca, em 
que o vértice do coração se encontra. Em razão do espaço ocupado pelo coração, o pulmão 
esquerdo é aproximadamente 10% menor do que o pulmão direito. Embora o pulmão direito seja 
mais espesso e mais largo, é também um pouco mais curto do que o pulmão esquerdo, porque o 
diafragma é maior no lado direito, acomodando o fígado que se encontra inferiormente a ele. 
Os pulmões preenchem quase todo o tórax. O ápice dos pulmões encontrasse superiormente ao 
terço médio das clavículas, e esta é a única área em que ele pode ser palpado. As faces anterior, 
lateral e posterior dos pulmões se apoiam sobre as costelas. A base dos pulmões se estende da 6a 
cartilagem costal anteriormente ao processo espinhoso da vértebra T X posteriormente. A pleura se 
estende de aproximadamente 5 cm abaixo da base, da 6a cartilagem costal anteriormente à costela 
XII posteriormente. Assim, os pulmões não preenchem completamente a cavidade pleural nesta 
área. 
A remoção do excesso de líquido na cavidade pleural pode ser feita sem lesionar o tecido pulmonar 
por meio da inserção de uma agulha anteriormente através do 7o espaço intercostal, em um 
procedimento chamado de toracocentese. A agulha é passada ao longo da margem superior da 
costela inferior para evitar danos aos nervos intercostais e vasos sanguíneos. Inferiormente ao 7o 
espaço intercostal há o perigo de penetrar o diafragma. 
 
 
Lobos, fissuras e lóbulos 
Uma ou duas fissuras dividem cada pulmão em lobos. 
Ambos os pulmões têm uma fissura oblíqua, que se estende inferior e anteriormente; o pulmão 
direito tem também uma fissura, a fissura horizontal do pulmão direito. A fissura oblíqua no pulmão 
esquerdo separa o lobo superior do lobo inferior. No pulmão direito, a parte superior da fissura 
oblíqua separa o lobo superior do lobo inferior; a parte inferior da fissura oblíqua separa o lobo 
inferior do lobo médio, que é limitado superiormente pela fissura horizontal. 
Cada lobo recebe seu próprio brônquio lobar. Assim, o brônquio principal direito dá origem a 
três brônquios lobares chamados brônquios lobares superior, médio e inferior; o brônquio principal 
esquerdo dá origem aos brônquios lobares superior e inferior. 
No pulmão, os brônquios lobares dão 
origem aos brônquios segmentares, que são 
constantes tanto em origem quanto em 
distribuição – existem 10 brônquios 
segmentares em cada pulmão. O segmento 
de tecido pulmonar que cada brônquio 
segmentar supre é chamado segmento 
bronco pulmonar. As doenças brônquicas e 
pulmonares (como os tumoresou abscessos) 
que estão localizados em um segmento 
bronco pulmonar podem ser removidas 
cirurgicamente sem perturbar gravemente o 
tecido pulmonar circundante. 
Cada segmento bronco pulmonar dos 
pulmões tem muitos pequenos 
compartimentos, chamados lóbulos; cada 
lóbulo é envolvido por tecido conjuntivo 
elástico e contém um vaso linfático, uma 
arteríola, uma vênula e uma ramificação de 
um bronquíolo terminal. 
Os bronquíolos terminais subdividem-se 
em ramos microscópicos chamados bronquíolos respiratórios. Eles também têm alvéolos (descritos 
adiante) ramificando-se de suas paredes. 
Os alvéolos participam das trocas gasosas; portanto, os bronquíolos respiratórios iniciam a zona 
respiratória do sistema respiratório. Conforme os bronquíolos respiratórios penetram mais 
profundamente nos pulmões, o revestimento epitelial passa de cúbico simples para escamoso 
simples. Os bronquíolos respiratórios por sua vez se subdividem em vários (2 a 11) ductos alveolares, 
que consistem em epitélio escamoso simples. As vias respiratórias da traqueia aos ductos alveolares 
contêm aproximadamente 25 ordens de ramificação; a ramificação da traqueia em brônquios 
primários é chamada de ramificação de primeira ordem; aquela dos brônquios principais em 
brônquios lobares é chamada ramificação de segunda ordem, e assim por diante até os ductos 
alveolares. 
O sistema nervoso autônomo regula a atividade da camada muscular lisa dos bronquíolos 
terminais e, dessa forma, controla seu diâmetro. A estimulação simpática e a liberação de 
adrenalina (epinefrina) pela medula da glândula suprarrenal determinam o alargamento das vias 
aéreas, ou broncodilatação. A estimulação parassimpática causa a broncoconstrição. Essas 
modificações alteram a resistência ao fluxo de ar em direção ou a partir das superfícies respiratórias 
de difusão gasosa. A contração do músculo liso geralmente produz uma série de pregas na túnica 
mucosa dos bronquíolos, e a estimulação excessiva, como na asma, pode praticamente impedir o 
fluxo aéreo ao longo dos bronquíolos terminais. 
Cada bronquíolo terminal conduz ar a um único lóbulo pulmonar. No interior do lóbulo, o 
bronquíolo terminal divide-se para formar vários bronquíolos respiratórios, que são os mais finos 
e delicados ramos da árvore bronquial e conduzem o ar às superfícies de difusão gasosa dos 
pulmões. A filtração e o umedecimento preliminares do ar inspirado são completados antes de o ar 
deixar os bronquíolos terminais. As células epiteliais dos bronquíolos respiratórios e dos bronquíolos 
terminais menores são cubóides. Cílios são raros, e não há células mucosas ou glândulas mucosas 
subjacentes. 
Ductos alveolares e alvéolos 
Os bronquíolos respiratórios são conectados a alvéolos individuais e a múltiplos alvéolos ao longo 
de regiões denominadas dúctulos alveolares. 
Essas passagens de ar terminam em sáculos alveolares, câmaras comuns conectadas a vários 
alvéolos individuais (Figuras 24.11 e 24.12a-c). Cada pulmão contém aproximadamente 150 milhões 
de alvéolos, o que confere ao pulmão uma aparência aberta e esponjosa. Uma extensa rede de vasos 
capilares está associada com cada alvéolo (Figura 24.12c); os vasos capilares são envolvidos por uma 
rede de fibras elásticas. Esse tecido elástico ajuda a manter as posições relativas dos alvéolos e dos 
bronquíolos respiratórios. 
O retorno à posição original dessas fibras durante a expiração reduz o tamanho dos alvéolos e auxilia 
no processo de expiração. 
O alvéolo e a membrana respiratória 
O epitélio alveolar é composto primariamente de epitélio escamoso simples. As células epiteliais 
escamosas, denominadas pneumócitos tipo I, ou células alveolares tipo I, são extremamente finas 
e delicadas. 
Os pneumócitos tipo II, ou células alveolares tipo II, encontram-se esparsos por entre as células 
escamosas. Essas células grandes produzem uma secreção oleosa que contém uma mistura de 
fosfolipídios. Essa secreção, denominada surfactante, reveste a superfície interna de cada alvéolo 
e reduz a tensão superficial do revestimento líquido da superfície alveolar. Sem o surfactante, os 
alvéolos colapsariam. Macrófagos alveolares (“células de poeira”) esparsos pelo epitélio patrulham 
a região, fagocitando qualquer partícula que ultrapasse as defesas respiratórias e atinja as superfícies 
alveolares. 
As difusões gasosas ocorrem em áreas onde as lâminas basais do epitélio alveolar e do endotélio 
dos vasos capilares adjacentes estão fundidas. Nessas áreas, a distância total que separa o sistema 
respiratório do sistema circulatório pode chegar a 0,1 μm. A difusão através desta membrana 
respiratória (alveolocapilar) processa-se muito rapidamente, pois (1) a distância é pequena e (2) os 
gases são lipossolúveis. 
As membranas das células epiteliais e endoteliais também não oferecem obstáculo para o 
movimento do oxigênio e do dióxido de carbono entre o sangue e os espaços aéreos alveolares. 
 
Suprimento sanguíneo aos pulmões 
As superfícies respiratórias de difusão gasosa recebem sangue das artérias da circulação pulmonar. 
As artérias pulmonares direita e esquerda penetram no hilo do pulmão correspondente e se 
ramificam juntamente com os brônquios até atingirem os lóbulos pulmonares. Cada lóbulo recebe 
uma arteríola e uma vênula, e uma rede de vasos capilares envolve cada alvéolo imediatamente 
subjacente à membrana respiratória. Além de oferecer um mecanismo para a difusão gasosa, os 
capilares alveolares são as principais fontes de enzima conversora da angiotensina, que converte a 
angiotensina I circulante em angiotensina II, um hormônio envolvido na regulação do volume e da 
pressão sanguíneos. 
O sangue advindo dos vasos capilares alveolares passa pelas vênulas e atinge as veias pulmonares, 
que o conduzem para o átrio esquerdo. A parte condutora do sistema respiratório recebe sangue 
da artéria carótida externa (nariz, faringe e laringe), do tronco tireocervical (ramo da artéria subclávia 
que supre a parte inferior da laringe e a traqueia) e das artérias bronquiais (Figura 24.11a). Os 
capilares que resultam da ramificação das artérias bronquiais fornecem oxigênio e nutrientes às vias 
aéreas dos pulmões, enquanto o sangue venoso é drenado pelas próprias veias pulmonares, que o 
desviam da circulação sistêmica, misturando-o ao sangue oxigenado proveniente dos alvéolos. 
 
Fisiologia respiratória 
 
A respiração provê oxigênio aos tecidos e remove o dióxido de carbono. A fim de alcançar tais 
objetivos, a respiração pode ser dividida em quatro funções principais: 
(1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e o e fluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos 
pulmonares; 
(2) difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue, 
(3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas 
com as células de todos os tecidos do corpo; e 
(4) regulação da ventilação e outros aspectos da respiração. 
Músculos que produzem a expansão e a contração pulmonares 
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: 
1 – Por movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a cavidade 
torácica 
Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para 
baixo 
Durante a expiração o diafragma relaxa e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e 
das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar 
2 – Pela elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o diâmetro anteroposterior da 
cavidade torácica 
Todos os músculos que elevam a caixa torácica são classificados como músculos da inspiração, e 
os que deprimem a caixa torácica são classificados como músculos da expiração. Os músculos mais 
importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos,mas outros que auxiliam são 
(1) músculos esternocleidomas-tóideos, que elevam o esterno; (2) serráteis anteriores, que 
elevam muitas costelas; e (3) escalenos,que elevam as duasprimeiras costelas. 
Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o (1) 
reto abdominal,que exerce o efeito poderoso de puxar para baixo as costelas inferiores, ao mesmo 
tempo em que, em conjunto com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo 
abdominal para cima contra o diafragma e (2) os intercostais internos. 
Referências: 
Martini, Frederic H., Michael J. Timmons, and Robert B. Tallitsch. Anatomia Humana-: Coleção Martini. Artmed 
Editora, 2009. 
Tortora, Gerard J., and Bryan Derrickson. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Artmed Editora, 
2016.

Outros materiais