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É evidenciado no documentário como o Brasil está atrasado em questões de processo pedagógico, como: o professor ser a figura central em uma sala de aula, estando em posição superior aos alunos enfileirados, como era no ensino Jesuítico, as escolas praticamente como “mini prisões”, dando a ideia do estudante estar preso ao local. Também é mostrado um professor, ou mediador, sentado junto aos alunos, tendo um diálogo de “igual para igual” de modo que sejam incentivados a expressar suas opiniões e aprendendo um com o outro, um método de ensino construtivista. O documentário traz uma visão de mais liberdade e autonomia, fora dos padrões escolares sem testes, provas, avaliações formais com o objetivo de que é possível fazer diferente na educação. Traz o respeito pela individualidade de cada aluno e pelo contexto social em que se inserem. Aplicar esse tipo de ensino que centraliza o aluno no processo vai de encontro com o pensamento de que ele é produto na linha de produção. Esse debate é uma questão política, por trazer formatos inovadores para escolas públicas tendo como clientela classes sociais pobres, que são os futuros trabalhadores, que sustentarão a economia. Classes sociais privilegiadas tem acesso a todo tipo de escola, com característica construtivista, progressista, tecnicista, entre outros, e ter pessoas de classes mais baixas com voz ativa é uma “ameaça”, por ter acesso a empregos melhores, na política, etc. As classes dominantes não querem perder seus privilégios, então é imposto a população em geral uma educação tradicional tendo o aluno passivo do conhecimento, sem que ele desenvolva senso crítico para questionar o sistema. A mudança desse paradigma só vai acontecer quando deixar de ser um assunto politizado e ser um tabu, e tratar sobre o sujeito/infante como ser pensante e autônomo que está no processo de aprendizagem.