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Aula 14 – 27/05/2021 Anestesia em Equinos Desafios relacionados a anestesia de grandes animais: · Temperamento · Reações violentas a estímulos externos, dor · Riscos de injúria ao animal/pessoal · Animais de grande porte · Alterações cardiopulmonares relacionadas ao porte · Neuropatias periféricas · Miosites · Aparelho digestório propenso à complicações gastrointestinais Desafio da anestesia em Equinos: · Taxa de mortalidade trans-anestésica: homem (0,01%), pequenos animais (0,1%) e equinos (1-2%). Como melhorar esse índice? · Avaliação e estabilização pré-anestésica · Escolha da técnica/ protocolo adequado · Monitoração/ terapia de suporte transanestésica · Suporte na recuperação · Traumatismos: retorno violento, miosites, edema de vias aéreas. · Fluidoterapia: quando necessário jejum (8 – 12h) · Tipo de procedimento: raça do animal, estado sistêmico do animal, temperamento, disponibilidade de recursos. · FC, FR, SPO2, ETCO2, PAS, TPC... Preparo do animal: · Acesso venoso · Lavar boca · Lavar cascos · Cateter de acordo: limitação para Fluidoterapia. · Pacientes com cólica (até 60ml/kg/h) · Cateter 14g (fluxo livre) – 4 – 6L/h · Cateter 14g (sob pressão) – 10 – 12L/h · Cavalo 400kg pode chegar a 24L/h · Antissepsia adequada: flebite, abcessos, sepse. · Fixar cateter. Avaliação pré-anestésica: · Exame clínico completo · Garantir que esteja apto ou detecção de anormalidades · Histórico e anamnese (cirurgias antigas, doenças) · Exame físico · FC, f,Temperatura, mucosas, TPC · Basais! Alterações transoperatórias · Exames laboratoriais · Quando necessário · Disponibilidade · Função hepática e renal · HT, PPT Medicação pré-anestésica: · Diminuição da ansiedade · Manuseio pré-operatório · Cateteres · Remoção de bandagens · Diminuição de agressividade · Redução de efeitos indesejáveis da anestesia · Salivação, excitação · Indução mais “leve” · Reduz CAM · Analgesia!!!! · Ambiente tranquilo, silencioso! MPA: Fenotiazínicos · Acepromazina · Tranquilizante suave · Demora pra iniciar os efeitos · Pode combinar com opióide ou agonistas alfa- · Recuperação melhorada · Vasodilatação – hipotensão · Prolapso de penis · Paralisia peniana (dose dependente) – raro · Será? Doses: 0,03 – 0,1mg/kg – IM. No mínimo 1 hora antes do procedimento. 0,01 – 0,05mg/kg – IV. No mínimo, 30 minutos antes do procedimento. Agonistas alfa-2 adrenérgicos: · Grande importância na anestesia de equinos · Tranquilizantes, sedativos e analgésicos · Fármacos mais amplamente utilizados para sedação em estação · Pode ser feito infusão contínua (sedação mais longa) Doses: Xilazina: 0,3 – 1,0mg/kg Detomidina: 5 – 20ug/kg 0,6ug/kg/min após bolus de 7 a 8ug/kg Antagonista: raramente utilizados, overdose, encurtas sedação, loimbina e Atipamezole. Agonistas alfa-2 adrenérgicos: + POSITIVO: · Boa analgesia · Sedação dose-competente · Compatível com muito anestésicos · Volume baixo · Reversível - NEGATIVOS: · Efeitos cardiovasculares · Bradicardia · Hipotensão · Redução do débito cardíaco · Redução da motilidade gastrointestinal Opioides: · Analgésicos potentes · Usar associado, não seda · Potencializam efeito de alfa-2 agonistas · Monitorar rigorosamente motilidade intestinal!! · Liberação de histamina Morfina 0,1 - 0,15mg/kg, IV; 0,25mg/kg, IM Butorfanol 0,02 a 0,05mg/kg, IV Meperidina 0,5 a 2mg/kg IM – não fazer IV - MÉ Metadona 0,1mg/kg, IV ou IM Tramadol: analgésico de ação central. Agonista opióide fraco. Menos efeito com motilidade que a morfina. 1 – 2 mg/kg Contenção química: manutenção da posição quadrupedal · Excelente para realização de muitos procedimentos · Neuroleptoanalgesia · Opioide + Sedativo · Analgesia potencializando a sedação · Doses menores · Anestesia local · Variedade de procedimentos · R$!!! Desmotornia: curativos, debridamento de feridas, suturas, retirada de nódulos. Indução anestésica: · Mais tranquila possível · Gente treinada · Muito ajuda quem não atrapalha · Apoiar, não empurrar · Lado do cateter! Barbitúricos – Tiopental: · Curta duração (10 minutos) · Indução rápida · Retorno rápido – descoordenado · Se não repicado · Sensibiliza miocárdio às catecolaminas · Depressão miocárdica Cetamina: · Anestésico intravenoso mais utilizado em equinos · Promove analgesia somática em doses subanestésica · Anestesia dissociativa · Analgesia, amnésia e catalepsia · SEDAR!!! · Mínima alteração cardiovascular · A campo ou antes da inalatória · EGG ou BZD · Repicar de ¼ a ½ dose conforme necessidade · Seringa do “vai que né” ÉTER GLICERIL GUAIACOL (GUAIFENESINA / EGG): · Relaxante muscular de ação central · Efeitos cardiorrespiratórios mínimos · Associado ao tiopental ou a cetamina · Intravenoso exclusivo · Melhora qualidade da indução · Segurança · Boa doses · PROCEDIMENTOS CURTOS E A CAMPO! Protocolos de indução: · Tiopental Sódico (5 – 8 mg/kg IV) – garantir vaso · EGG (50mg/kg, IV) + Cetamina (2,2mg/kg, IV) · Cetamina (2 a 3mg/kg) + DZP/MDZ (0,05 – 0,1mg/kg, IV) · Bem sedado antes (mioclonias) · EGG (100mg/kg, IV) 1. EQUIPAMENTOS? · Aparelho de anestesia ( Traquéia, balão, oxigênio) · Monitor (cabos, cabo de força, adaptador) · Gaveteiro(reposto?) 2. FLUIDOTERAPIA? · Equipo, fluido, torneira de 3 vias, PRN, agulhas 3. PRESSÃO INVASIVA? · Sistema pronto? Manômetro funcional? Heparinizada? 4. FÁRMACOS CALCULADOS? · MPA?? INDUÇÃO?? Manutenção?? ATB??? Antinflamatório?? Analgesia??? 5. FÁRMACOS DE EMERGÊNCIA? · Vasoativos??? Vai que ne?? 6. INTUBAÇÃO? · Sonda ok? Lido gel? Abre-bocas?? Seringa cuff?? 7. CIRCUITO PREENCHIDO? · Saturado? Fechado? 8. AVALIAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA REALIZADA? Tudo certo? Sedar o paciente. Sedação ok? Induzir paciente. Anestesia a campo: Anestesias curtas (até 30 minutos): · Induzir e repicar se necessário – CUIDADO! · Alfa-2 + DZP + Cetamina (15 a 20 minutos) · Alfa-2 + DZP + Cetamina + EGG (30 – 40 minutos) · Alfa-2 + tiopental (5 – 10 minutos) Anestesia intravenosa por infusão contínua (TIVA): · Menor depressão cardiorrespiratória · Analgesia boa · Morbidade e mortalidade podem ser menores · Recuperações boas Analgesia intravenosa total: Triple Drip: SHUNT PULMONAR Um shunt pulmonar é uma condição fisiológica que resulta quando os alvéolos são perfundidos normalmente com sangue, mas a ventilação falha em suprir a região perfundida. Anestesia inalatória: · Manutenção da anestesia geral · Indução de anestesia em potros · Intubação orotrqueal · Saturação do sistema e do balão reservatório · Qualidade da recuperação negativamente correlacionada com a duração da anestesia · Isoflurano, sevoflurano e desflurano + PONTOS POSITIVOS: · Profundidade anestésica rapidamente alterada: agentes modernos · [ ] do agente podem ser monitoradas por um vaporizador calibrado e por um analisador de gases · Acumulo mínimo do agente com o passar do tempo · Eliminação é dependente da ventilação - PONTOS NEGATIVOS: · Poluição do centro cirúrgico · Anestesistas gestantes · Depressão cardiorrespiratória · Analgesia mínima · Equipamento caro · Índice terapêutico estreito · Recuperação não tão boa quanto de gentes intravenosos Anestesia inalatória – hipotensão: · Mais comum em inalatória · Fortemente relacionada com miopatia pós-operatória · Pressão arterial média > 70mmHG · Neonatos PAS 40 – 60 mmHg – tônus vascular reduzido Anestesia balanceada: Redução dos riscos de hipotensão transoperatória. Recuperação: · Período crítico · Lesão do animal e do pessoal envolvido · Reflexo do período trans-anestésico · Hipotensão, repiques... · Sedação/analgesia essenciais · Xilazina 0,2 – 0,5mg/kg IV · Conforto · Técnica das 3 cordas · Elevação da cabeça · Tipo de piso · Acolchoado · Grama mais plana possível Complicações: · Edema de cavidade nasal · Respiração ruidosa · Anestesias longas · Decúbito dorsal · Paralisia do nervo radial · Paralisia do facial
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