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PSIQUIATRIA TRANSTORNOS ALIMENTARES: COMPULSÃO ALIMENTAR TRANSTORNOS ALIMENTARES Pertubarção persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação. O DSM-5 aprova 06 tipos de transtornos alimentares: • Anorexia nervosa • Bulimia nervosa • Transtorno de compulsão alimentar • PICA • Transtorno de ruminação • Transtorno alimentar restritivo/evitativo ETIOLOGIA • Multifatorial • Fatores biológicos: fatores herdados, seratonina, leptina, grelina, peptídeo YY, recompensa: opioides e dopamina. • Fatores psicológicos: alta esquiva ao dano e baixa busca por recompensas, afeito a rotina e controlador, abuso sexual e físico na infância • Fatores familiares: histórico familiar, famílias pouco afetivas e distantes, mães rígidas, controladoras ou ausentes • Fatores culturais: tem impacto, mas não determinante, ideal de magreza Questões Importantes: • Sociedade moderna e sua relação com a comida: alimentação e culpa, ansiedade; tirando o prazer da aliementação • Ser magra x ter saúde → padrão de beleza feminino é magro → redes sociais, influencia das mídias → não precisa ser saudável, apenas parecer • Dietas restritivas, poucas calorias, emagrecimento excessivo = pode gerar distúrbios alimentares. COMPULSÃO ALIMENTAR • Conceito de acordo com DSM-5: ingestão, em um período de duas horas, de uma quantidade de alimentos maior do que outras pessoas consumiriam em circunstâncias parecidas. O indivíduo come mais rápido até se sentir mais cheio que o que é considerado normal, mesmo não estando mais com fome. • IMPORTANTE: Diferentemente da Bulimia nervosa, no transtorno de compulsão alimentar, os episódios de compulsão alimentar sem comportamento compensatório . EPIDEMIOLOGIA • É o transtorno alimentar mais comum de todos; Alta prevalência: 2 a 6% - muita relação com obesidade (cerca de 25% dos pacientes que procuram ajuda médica quanto à obesidade apresentam o transtorno). Mais comum em mulheres. ETIOLOGIA • Não tem causa conhecida. Pensa-se numa grande associação com quadros de humor, dependência de drogas e transtornos de personalidade. Pode ocorrer compulsão alimentar em períodos de estresse (redução da ansiedade ou aliviar humor deprimido). DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Critérios diagnósticos de acordo com o DSM-5: • Episódios de compulsão alimentar (grande quantidade, tempo curto, sensação de falta de controle sobre essa ingestão) • Sintomas associados. Os episódios devem estar associados a três ou mais dos seguintes aspectos: a. Comer rápido b. Comer até anormalmente cheio c. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome d. Comer sozinho, sentir vergonha e. Desgosto, culpa e tristeza de si mesmo. • 1x na semana por 3 meses • Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar • Não associação de comportamentos compensatórios como ocorre na bulimia. Gravidade do quadro atual do paciente: • LEVE: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar/semana • MODERADA: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar/semana • GRAVE: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar/semana • EXTREMA: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar/semana Diagnóstico diferencial • Lembrar de sempre diferenciar da bulimia, já que o sintoma cardinal de ambas os transtornos é a compulsão alimentar, mas na compulsão alimentar não há associação de mecanismos compensatórios. • Lembrar que também é diferente da anorexia já que na compulsão alimentar o paciente não tem fissura excessiva com magreza, normalmente têm peso normal ou são obesos. TRATAMENTO • Tratar comorbidades psiquiátricas • Tratar comorbidades clínicas: obesidade, HAS e DM, questões osteomusculares Primeira escolha: terapia e nutrição. • O TCC é o tratamento mais efetivo para tratar a compulsão alimentar (TCC associada com tratamento farmcológico tem apresentado resultados mais efetivos); Farmacoterapia: associação dos medicamentos com TCC tem apresentado resultados mais efetivos. a. ISRS (fluoxetina) b. estabilizadores do humor c. promotores da saciedade (sibutramina e antidiabéticos) d. topiramato e. Lisdexanfetamina: a anvisa aprovou o uso da lisdexanfetamina para tratar transtorno de compulsão alimentar. O dimesilato de lisdexanfetamina já era anteriormente aprovado pela Anvisa para o tratamento do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Agora, o medicamento também é indicado para o tratamento de adultos com TCA moderado (quatro a sete episódios de compulsão alimentar por semana) ou grave (8 a 13 episódios por semana) – a inclusão da nova indicação terapêutica ocorreu em novembro de 2018.
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