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Neoplasias gástricas não epiteliais » MALToma » Tumor carcinoide (neuroendócrino) » Tumor do estroma gastrointestinal (GIST) MALTOMA → Linfomas que se originam no tecido linfoide associado a mucosa. » Cerca de 5% de todas as malignidades gástricas são linfomas » primários de células B da zona marginal extranodal » A maioria é indolente » O estômago é o local mais comum » Idade média: 7a década de vida (60 anos) » H:M = ~ 1/1,5:1 MALTOMA – Patogênese » Geralmente surgem em locais de inflamação crônica » É induzido, geralmente, como resultado de gastrite crônica. » Associado a h. pylori H. pylori gera a proliferação de linfócitos B e T e neutrófilos → neutrófilos produz radicais livres → ROS → mutação cromossômica que desregulam fatores de crescimento como o NF-kB. → 3 translocações estão associadas ao MALToma gástrico: a t(11;18) (q21;q21) e as menos comuns t(1;14) (p22;q32) e t(14;18) (q32;q21) → A translocação t(11;18) (q21;q21) traz junto com ela o gene inibidor de apoptose 2 (API2) no cromossomo 11 com o gene “mutado em linfoma MALT”. MALTOMA – MORFOLOGIA » Presença de infiltrado denso e difuso de células da zona marginal da lâmina própria com lesões linfoepiteliais proeminentes. *perda das fossetas gástricas MALTOMA – quadro clínico » Dor epigástrica » Anorexia e perda de peso » Ulcera » Saciedade precoce, febre, hemorragia e anemia » Vômitos eventuais → Sistema de pontuação de Wotherspoon TUMOR CARCINOIDE » Surgem de componentes difusos » Tumores neuroendócrinos bem diferenciados » Curso clinico mais indolente do que os carcinomas GI » 40% ocorre no intestino delgado, 10% no estômago » Já no estômago, estão associados a hiperplasia de células endócrinas, gastrite atrófica crônica autoimune, MEN-I e síndrome de Zollinger-Ellison. » Associados a terapia de inibidores de bombas de prótons. → LOCALIZAÇÃO: corpo e fundo gástrico. » Idade média de diagnóstico: 55 anos » Produto de secreção: histamina, somatostatina e serotonina. (células ECL) » Positivo para marcadores endócrinos: sinaptofisina e cromogranina A (CgA) TUMOR CARCINOIDE - classificação 1. Tipo I: surge da gastrite autoimune » Constituem cerca de 65% de todos os tumores neuroendócrinos gástricos » ÓTIMO PROGNÓSTICO! 2. Tipo II: associados à Neoplasia endócrina múltipla tipo I » (MEN-I) e à síndrome de Zollinger-Ellison » Constituem cerca de 15% dos tumores NE gástricos » Prognóstico intermediário entre os tipos 1 e 3. 3. Tipo III: são esporádicos e representam +/- 20% dos tumores NE gástricos » Maior propensão a invasão e metástases e pior prognóstico 4. Tipo IV: apresentam características de diferenciação glandular e neuroendócrina e são incomuns TUMOR CARCINOIDE - PATOGÊNESE Em condições normais, as células parietais produzem H+, que se une ao Cl formando o HCL. Células D → somatostatina que controla a secreção de H+. → Células ECL produzem histamina, que também controla a gastrina. → Histamina também estimula a produção de H+. Gastrite autoimune → produz anticorpos contra as células parietais. (APCA). → Não libera H+, pH sobe. Inativando enzimas. → Estimulo para produção de gastrina aumenta, que estimula células ECL, na tentativa de produzir mais H+ e produz mais histamina. → Á medida que essas células se proliferam, a chances de mutações aumentam. → Dessa forma se dá o surgimento do tumor carcinoide. TUMOR CARCINOIDE - MORFOLOGIA » massas intramurais ou submucosas que criam pequenas lesões polipoides » tendem a ser amarelos ou castanhos e são muito firmes, como consequência de uma reação desmoplásica intensa, o que pode causar torção e obstrução do intestino. » são compostos de ilhas, trabéculas, cordões, glândulas ou ninhos de células uniformes » citoplasma rosa granular e escasso » Núcleo partilhado de redondo a oval » Colorações imuno-histoquímicas são tipicamente positivas em marcadores de grânulos endócrinos, tais como sinaptofisina e cromogranina A A, nódulo tumoral submucoso. B, o nódulo é composto por células tumorais em meio a tecido fibroso denso. C, Em outras áreas, o tumor espalhou-se, extensamente, dentro dos canais linfáticos da mucosa. D, citologia simples dos tumores carcinoides. um padrão semelhante a “sal e pimenta”. E, A microscopia eletrônica revela grânulos neurossecretores citoplasmáticos densos. TUMOR DO ESTROMA GASTROINTESTINAL (GIST) » Tumores originados das células intersticiais de Cajal (peristaltismo do TGI) » Mais frequentes no estômago do que em outras partes do TGI » Incidência: ~ 60 anos » Mutações: - 80% c-Kit (IHQ = CD117) em 80% dos casos - 10%: PDGFRA (receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas. » Localização: preferencialmente no corpo e fundo gástrico » Grau de malignidade: •Tamanho (> 10,0 cm - potencial metastático) •Índice mitótico • Necrose GIST - patogênese → Entre 75% e 80% de todos os GISTs possuem mutações oncogênicas de ganho de função no receptor tirosina- cinase KIT. » GISTs portando mutações PDGFRA são mais frequentes no estômago. » Mutações do gene KIT e PDGFRA são mutuamente exclusivas, refletindo suas atividades dentro da mesma via de transdução de sina » Outros genes relacionados: NF1, BRAF, HRAS ou NRAS » SDHA, SDHB, SDHC, SDHD » As mutações do KIT ou PDGFRA, sozinhas, são insuficientes para a gênese do tumor. → O acúmulo de succinato leva à desregulação do fator induzível por hipoxia 1α (HIF-1α), o qual resulta no aumento da transcrição dos genes do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e no fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF1R). → Quando tenho uma mutação nos genes, estimulam a cascata de proliferação celular → estimula a célula a entrar em divisão celular → neoplasia. GIST – MORFOLOGIA » Até 30mm de diâmetro » Massa bem circunscrita e solitária » Coberta por uma mucosa intacta ou ulcerada » Hemorragia e anemia » Células bem epiteliodes (redondinhas) » Núcleo central e citoplasma abundante. Imunohistoquimica positiva para ckit. (Cd117)