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Gabriela Vieira ESTOMAGO • Secreção Gástrica: • INCIDÊNCIA: - Homem: 5,8% - Mulheres: 3,5% - Mas ambos vem diminuindo. Obs: O H. pylori, o seu tratamento tem ajudado com a diminuição da neoplasia do estômago NEOPLASIAS MALIGNAS EM ESTOMAGO • Acontecem entre 65 e 70 anos. • Adenocarcinoma: 90 – 95% das neoplasias. É o mais frequente. - Ele é derivado do epitélio glandular e/ou são células que produzem mucina. • Tumores de estroma gastrointestinal (raro): forma massas muito grandes e carnosa (pode chegar a 30cm). FISIOPATO 2 Gabriela Vieira - Esse tumor se deriva das células de Cajal (céls. Que servem como regulador, estimula o peristaltismo), elas servem como marca-passo. • Linfoma MALT (tecido linfoide associado a mucosa): Ocorre em 3% da população, linfoma que deriva do MALT. - Particularidade, ele e o linfoma compartilham o fator etiológico (h. pylori) • Tumor carcinoide: Massas menores, tumor derivado das células enteroendócrinas -> secretam moléculas bioativas (hormônios...) - 10% dos casos pode desenvolver sintomas relacionados a esses produtos gerados pelas cels. Enteroendócrinas. ADENOCARCINOMA • É a neoplasia mais frequente e importante do estômago. • Multifatorial (depende de vários fatores, é um somatório) que resulta da interação de fatores ambientais e do indivíduo; • Doença em que células malignas (câncer) se formam no revestimento do estômago. • Mais comum em homens (2:1) • Doença multifatorial: fatores ambientais e do indivíduo. • 8% tem componente familiar • Células basais sofrem metaplasia/transformação tumoral. • Os primeiros sintomas assemelham-se aos da gastrite crônica: dispneia, disfagia e náuseas. FATORES QUE INFLUENCIAM àCagA é uma cepa que induz a proliferação de células hospedeiras. à VacA s1/i1 é uma proteína citotóxica que vai causar dano no epitélio à Polimorfismo: Sequência em alguns genes que 1% da população compartilha. à Correlacionada a resposta inflamatória exacerbada, gerando dano tecidual, perda de função. Gera muito radical livre, pode levar a esse carcinoma por aumentar as proliferações. Gabriela Vieira à Cigarro: altamente carcinogênico à n-nitrosos e nitrato: esses compostos + alimentação rica em amina, geram nitrosaminas que são altamente carcinogênico. OBS: Embora H. pylori seja mais comumente associada a câncer gástrico, cerca de 10% dos adenocarcinomas gástricos estão associados a infecção por vírus Epstein- Barr. Tumores EBV-positivo tende a ocorrer no estomago próximas e mais comumente tem morfologia difusa com infiltrado linfocítico acentuado. PATOGÊNESE • H. pylori chega com a enzima uréase -> converte a ureia em amônia • Amônia neutraliza a camada protetora de HCl e então o acido clorídrico lesa o epitélio. • Acarreta a inflamação, mas pode ser exacerbado por conta do polimorfismo- radical livre (EROS) à Se soma podendo levar ao adenocarcinoma. • Vitamina combate radicais livres; se o paciente fizer uma dieta com pouca vitamina, vai levar a esse polimorfismo. • Inicio (H. pylori, CagA, NaCl) é o momento de proliferação. • Atrofia: Diminuição de HCl, perdendo barreira proteica, levando a metaplasia intestinal. • • Na imagem, na metaplasia, o epitélio fica parecido com o do intestino. Tem células caliciformes. • Na imagem da Displasia: Tem epitélio atípico, mas continua glandular. • Livro: • A perda da função da E-caderina parece ser um passo importante para o desenvolvimento do câncer gástrico difuso. • A invasão local para o duodeno, pâncreas e retroperitoneo também é típica. Gabriela Vieira • Paciente com polipose adenomatosa familiar que tem mutações germinativas em genes de polipose adenomatosa coli tem risco aumentado do câncer gástrico do tipo intestinal. • H. pylori promove desenvolvimento e progressão de canceres que podem ser induzidos por diversas alterações genéticas. A gastrite crônica induzida por H. pylori está associada ao aumento da produção de proteínas pro inflamatórias, como interleucina e fator de necrose tumoral (TNF). • Portanto, não é surpreendente que os polimorfismos associados ao aumento da produção dessas citocinas confiram maior risco de câncer gástrico do tipo intestinal associado a gastrite crônica naqueles com infecção coexistente por H. pylori. • Epissomas do Epstein-Barr (EBV) nesses tumores sejam frequentemente clonais, sugerindo que a infecção precedeu a transformação neoplásica, Além disso, mutações de TP53 são incomuns nos tumores gástricos EBV-positivos, sugerindo que a patogenia molecular desses canceres é distinta da de outros adenocarcinomas gástricos. • Tumores EBV-positivos tendem a ocorrer no estomago proximal e, mais comumente, tem morfologia difusa com infiltrado linfocitico acentuado. MORFOLOGIA • São classificados de acordo com a sua localização no estomago e também pela morfologia macroscópica e histológica. • A classificação Lauren, separa em tipo intestinal e difuso, correlaciona-se com padrões distintos de alterações moleculares. à Tipo intestinal: - Incidência variável associada a fatores ambientais e predisposição genética: - Infecção pelo H. pylori (risco 4-9x>) - Nitritos derivados de nitratos (conservas) - Alimentos salgados ou defumados - Tabaco - Adenomatose poliposa familiar- mutação do gene da wnt/beta-caderina e alterações em outros genes (BAX, TGFbRII, p16/INK4a, etc.) - Livro: Tende a ser volumoso, composto por estruturas glandulares semelhantes a adenocrcinoma esofágico e do cólon. - Tipicamente crescem ao longo de frentes coesivas amplas formando uma massa exofitica ou um tumor ulcerado. - As células neoplásicas frequentemente contêm vacúolos apicais de mucina, e mucina abundante pode estar presente na luz da glândula. - Glândulas atípicas Gabriela Vieira Tipo intestinal porem mais unidas. à Tipo difuso: - Incidência similar em varias regiões - Patogênese pouco conhecida (mutação no gene CDH1 codificador da E-caderina) - CDH1: mutado em 50% dos casos esporádicos. Restante: expressão de E-caderina reduzida por alterações epigenéticas. - Livro: Padrão de crescimento infiltrativos e são compostos por células desconexas com vacúolos grandes de mucina que ampliam o citoplasma e empurram o núcleo para a periferia, criando uma morfologia de célula de anel em sinete (essas cels. Permeiam a mucosa da parede do estômago individualmente ou em pequenos grupos). - Reação desmoplásica: enrijece a parede gástrica e pode causar achatamento rugal difuso e uma parede rígida e espessa que confere aparência “garrafa de couro” denominada linite plástica. Estão mais claras por causa da mucina. Perceptivel no circulado a célula em anel de sinete. • Padrão macroscópico de Borman - Tipo I- Vegetante: tende a ser do tipo intestinal Massa tumoral exofitica Gabriela Vieira - Tipo II: Ulcero-vegetante: tende a ser do tipo intestinal. Bordas elevadas - Tipo III: Ulcero-infiltrado: Tende a ser tipo difuso - Tipo IV: Infiltrado difuso: tende a ser tipo difuso EVOLUÇÃO • Contiguidade: - Fígado, pâncreas e peritônio: essas são as 3 regiões primeiramente afetadas. • Metastase: - Linfonodo sentinela supraclavicular (nódulo de virchow) - Pulmão, fígado e ovário (Tumor krukenberg) - Região periumbelical- sinal da “irmã mary joseph LINFOMA MALT • Linfoma B (CD20+) • Linfoma das células da marginal • Associado á infecção pelo HP • Agressão linfoepitelial - Livro: nos receptores de célula-tronco hematopoética alogênica e nos receptores de transplante de órgãos, o intestino também é o local mais frequente de linfoproliferações de células B positivas para vírus Epstein-Barr. • ROS: Radicais livres • API2-MLT:MALT • T(11; 18) (q21121) à principal translocação= acontece no contexto de infecção por H. pylori • Linfócito B proliferam muito e causam o linfoma. Gabriela Vieira - No local mais claro tem um ninho de células epiteliais. • Proliferação de células da zona marginal, semelhantes a linfócitos pequenos, centrocitos ou células monocitoides; pode haver diferenciação para plasmocitos. • Lesão linfoepitelial • Pode evoluir para linfoma de alto grau. • Linfonodos pequenos • Ninhos de células epiteliais abaixo no circulado • CD20/CD19- Marcadores - No circulo há pequenos nódulos espalhados pela parede da mucosa. TUMOR CARCINOIDE • Surgem de componentes difusos do sistema endócrino • Surgem a partir de órgãos neuroendócrinos como: pâncreas e de epitélios gastrointestinais neuroendócrino-diferenciados como: células G. • Curso clínico mais indolente do que os carcinomas GI; • Podem estar associados a: hiperplasia de células endócrinas, gastrite atrófica crônica autoimune, neoplasia endócrina múltiplo tipo I e síndrome de Zollinger-Ellison; • O pico na 6º década, mas eles podem aparecer em qualquer idade • Tende a não ter sintomatologia no inicio - Alguns vão para o fígado e são inativados. -Células parietais: Gastrina Gabriela Vieira MACROSCOPIA • São massas intramurais ou submucosas que criam pequenas lesões polipoides. • Tendem a ser amarelos ou castanhos e são muito firmes, como consequência de uma reação desmoplásica intensa. • Essa reação desmoplasica intensa pode causar torcao do intestino e obstrução. MICROSCOPIA • Compostos de ilhas, trabéculas, cordões, glândulas ou ninhos de células uniformes, com citoplasma granular rosado escasso e um núcleo pontilhado, de redondo a oval; • Positivas em marcadores de grânulos endócrinos, tais como sinaptofisina e cromogranina A. • Os sintomas são determinados pelos hormônios produzidos • O fator prognóstico à Localização: - Tumores carcinoides do intestino anterior - Os Tumores carcinoides do intestino médio - Os carcinomas do intestino inferior.
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