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CONCEITUANDO ENSINO INTEGRADO E O INCLUSIVO

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EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA
Michela Carvalho da Silva
Conceituando o ensino 
integrado e o inclusivo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Comparar o ensino integrado com o inclusivo.
 � Reconhecer o processo de inclusão de alunos com alguma deficiência.
 � Conceituar o ensino integrado e o inclusivo.
Introdução
Você já escutou a expressão “ensino integrado na educação inclusiva”? Os 
termos inclusivo e integrado muitas vezes são utilizados como se tivessem 
o mesmo significado, porém, no âmbito educacional essas duas expressões 
apresentam diferenças dependendo da situação vivencial em que cada
uma delas é utilizada. Neste texto, você vai conhecer o conceito de ensino
inclusivo e de ensino integrado e quais as suas vertentes frente ao ensino.
Ensino integrado e ensino inclusivo: 
características e diferenças
Você iniciará esta etapa conhecendo os conceitos de ensino integrado e ensino 
inclusivo. No ensino integrado, as pessoas com necessidades educacionais 
especiais frequentam a mesma instituição de ensino que as pessoas ditas 
normais, mas em grupos separados. Isso quer dizer que estão inseridas na 
escola regular, mas podem ser dispostas em classes ou grupos diferenciados 
para serem atendidas separadamente. Já no ensino inclusivo, as pessoas com 
necessidades educacionais especiais estão inseridas na mesma escola e frequen-
tam o mesmo grupo que as pessoas ditas normais, pois o modelo de inclusão 
prevê um ensino que seja capaz de abranger a todos em uma mesma classe, 
dentro de uma mesma escola, compartilhando espaços físicos e vivências.
A partir da definição dos conceitos, você pode verificar as diferenças 
entre os dois modelos:
 � Ensino integrado: defende a inserção parcial e condicional da criança
no ambiente da escola regular, uma vez que esta precisa “se preparar”
para tanto. Também propõe mudanças que visam conceder prioridades 
à pessoa com deficiência, criando a ideia de que ela é “especial”. Essa 
modalidade de ensino acaba se contentando com transformações super-
ficiais, pois não exige mudanças de paradigmas sociais e pedagógicos. 
É um modelo que pede concessões ao sistema, uma vez que as pessoas 
com deficiência precisam de adaptar às necessidades dos modelos 
preestabelecidos na sociedade, que apenas se ajustam para recebê-las. 
Além disso, incentiva a inserção, nos grupos, de pessoas “excluídas, 
mas que provaram estar preparadas” para isso. Assim, a integração 
busca a qualidade das estruturas que atendem apenas às pessoas com 
deficiência consideradas aptas, tendendo a disfarçar as limitações para 
aumentar as possibilidades de inserção. A presença de pessoas com e 
sem deficiência no mesmo ambiente, somente compartilhando o espaço 
físico, tende a ser suficiente para o uso do adjetivo “integrador”. Por 
fim, a integração incentiva pessoas com deficiência a seguir modelos, 
não valorizando, por exemplo, outras formas de comunicação, como 
a Libras. Tem-se como modelo um bloco majoritário e homogêneo 
de pessoas sem deficiência rodeado pelas que apresentam diferenças.
Figura 1. Integração.
Fonte: Adaptada de Bombeiro Oswaldo (2016). 
Educação inclusiva2
 � Ensino inclusivo: propõe a inclusão total e incondicional das crianças
com deficiência no ambiente da escola regular. Aqui, não há a neces-
sidade de nenhuma “preparação” para a sua inserção. As mudanças 
propostas beneficiam a todas as pessoas e partem do pressuposto de 
que são todas iguais. É uma modalidade de ensino que exige mudanças 
profundas de paradigmas e extinção de preconceitos. É a sociedade que 
se adapta para atender às necessidades das pessoas com deficiência e, 
com isso, se torna mais atenta às necessidades de todos, defendendo os 
direitos de todas as pessoas, com e sem deficiência. Incentiva a inserção 
nos sistemas dos grupos de “excluídos” e, paralelamente, transforma 
esses sistemas para que se tornem de qualidade para todos, valorizando 
a individualidade das pessoas com deficiência e as diferenças. Não tem 
por objetivo disfarçar as limitações, porque elas são reais e assim devem 
ser aceitas e respeitadas. Caracteriza-se pela presença de pessoas com 
e sem deficiência em um mesmo ambiente, interagindo e participando, 
compartilhando espaços físicos e experiências. Promove a certeza de 
que todas as pessoas são diferentes, não existem “os especiais”, “os 
normais”, “os excepcionais”, mas apenas pessoas com deficiência.
Figura 2. Inclusão.
Fonte: Adaptada de Bombeiro Oswaldo (2016). 
3Conceituando o ensino integrado e o inclusivo
A integração pode ser considerada uma forma de exclusão. Isso ocorre porque, apesar 
de os alunos com deficiência estarem inseridos na escola regular, eles ficam excluídos 
dos grupos de alunos ditos normais, em classes especiais.
A integração e a inclusão na prática 
de sala de aula
De acordo com os principais teóricos atuais da área da educação (Romeu 
Sassaki, Maria Teresa Mantoan, entre outros), com documentos sobre edu-
cação especial inclusiva reconhecidos internacionalmente (a Declaração de 
Salamanca, entre outros) e com a legislação brasileira (o Capítulo III da Cons-
tituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases e outros decretos e portarias), 
o ensino inclusivo é o modelo mais apropriado para a educação de pessoas
com deficiência (SASSAKI, 1997). Você imagina por quê? O motivo são as
características democráticas desse modelo, que têm o objetivo de promover
o alcance e a qualidade do ensino para todos.
As políticas públicas e as iniciativas para a implantação da educação
inclusiva são inúmeras, pois essa é uma tarefa de transição. Isso significa que 
não é possível simplesmente substituir o ensino das pessoas com necessidades 
educacionais especiais em escolas especiais pelo ensino inclusivo na escola 
regular de uma hora para outra. Como você deve imaginar, essa transição 
requer mudanças no sistema escolar como um todo. É necessário modificar 
desde as estruturas físicas e as instalações dos estabelecimentos de ensino 
regular para receber esses alunos até os paradigmas sociais e pedagógicos 
dos gestores, educadores e demais profissionais envolvidos no processo. 
Além disso, há a necessidade de se rever conceitos e preconceitos sobre a 
inclusão na prática.
Se você refletir sobre as práticas pedagógicas de sala de aula, essa realidade 
se torna bastante peculiar. Você já parou para pensar em como aplicar atividades 
para um grupo visando a inclusão, e não a integração? Apesar de os conceitos 
serem bastante diferentes, a prática ainda não está bem definida, ocasionando 
dúvidas sobre como direcionar a aula para uma conduta inclusiva. É importante 
que você considere que uma prática inclusiva é a que deve proporcionar a 
todos os alunos oportunidades educacionais adequadas e desafiadoras, porém 
Educação inclusiva4
ajustadas às necessidades e habilidades de cada um. Veja a seguir algumas 
sugestões de ações e posturas que você pode colocar em prática.
 � Partir da premissa de que todos os alunos são diferentes. Assim, suas
experiências prévias proporcionam a construção de saberes e resultados
pedagógicos singulares, que não poderão ser desconsiderados no moni-
toramento e no registro do desempenho escolar de cada aluno em relação 
às metas propostas para o grupo. Ou seja, a avaliação deve ser sobre 
o desenvolvimento do aluno em relação a ele mesmo anteriormente, e
não em relação ao grupo, evitando comparações.
 � Pedir ajuda quando necessário e saber que os alunos podem dar infor-
mações preciosas sobre como aprendem. Isso o ajudará a elaborar as
metas a alcançar e as atividades e materiais mais apropriados.
 � Incentivar os alunos a fazerem escolhas e a aprenderem com seus su-
cessos e erros, criando um ambiente ativo de aprendizagem que permita
a resolução de problemas e a colaboração com seus pares, estimulando 
a autonomia. Atividades e trabalhos em grupos são muito indicados 
para estimular a troca de experiências.
 � Ter sempre em mente que os alunos têm ritmose estilos diferentes de
aprendizagem e que eles devem ser levados em conta.
 � Desenvolver a criatividade, buscando alternativas que despertem o
interesse e a curiosidade de todos os alunos, trabalhando com uma
variedade de materiais, jogos, brinquedos e atividades. Também é fun-
damental investir em uma organização diferente da rotina e do espaço 
da sala de aula, o que irá colaborar para a ampliação das experiências 
de aprendizagem.
 � Sair da sala de aula e explorar outros ambientes, que podem se tornar
fontes muito ricas de conhecimento. Ir ao parque, ao zoológico, ao
museu, à biblioteca, à feira, ao mercado, fazer uma horta, plantar flores 
no jardim, entre outras atividades que contribuem para a vivência na 
prática dos conteúdos abordados na sala de aula.
 � Criar espaços cênicos, improvisando, usando o mobiliário já existente, 
trazendo outros materiais, como cortinas, caixas grandes, almofadas,
retalhos, sucatas, fantasias, para que as crianças utilizem a imaginação, 
atribuindo novos sentidos aos objetos.
 � Contar histórias utilizando recursos como sons, imagens e objetos,
até que todos possam entendê-las, incentivando o desenvolvimento
dos sentidos.
 � Incentivar as brincadeiras e as diferentes formas de expressão.
5Conceituando o ensino integrado e o inclusivo
É importante que você saiba, no entanto, que cada grupo tem as suas ca-
racterísticas. Assim, os tipos de atividades vão depender daquilo que desperta 
o interesse de cada um. Nesse sentido, você deve sempre adequar os assuntos
e conteúdos de acordo com o plano de estudos do estabelecimento de ensino.
De qualquer forma, é importante sempre incentivar a interação e a troca de
experiências entre os alunos, levando em conta o aprendizado em conjunto
e direcionando-os a explorar, pesquisar e questionar, para que se tornem
autônomos, críticos e construtores do próprio saber.
Políticas públicas de inclusão: é um compromisso do poder público, da escola e dos 
professores (PRIETRO, 2004).
Educação inclusiva6
7Conceituando o ensino integrado e o inclusivo
BOMBEIRO OSWALDO. Entendendo a Política Populacional - Exclusão - Segregação 
- Integração – Inclusão. [S.l.]: Bombeiro Oswaldo, 2016. Disponível em: <http://bom-
beiroswaldo.blogspot.com.br/2016/08/entendendo-politica-populacional.html>. 
Acesso em: 13 dez. 2016.
PRIETO, R. G. Políticas públicas de inclusão: compromissos do poder público, da es-
cola e dos professores. [S.l.]: Educação on-line, 2004. Disponível em: <http://www.
educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=73:po
liticas-publicas-de-inclusao-compromissos-do-poder-publico-da-escola-e-dos-
-professores&catid=6:educacao-inclusiva&Itemid=17>. Acesso em: 13 dez. 2016.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3. ed. Rio de Janeiro: 
WVA, 1997.
Leituras recomendadas
INSTITUTO PARADIGMA. Atividades inclusivas. [S.l.]: Instituto Paradigma, 2008. Dispo-
nível em: <http://iparadigma.org.br/arquivos/cartilha%20atividades%20inclusivas.
pdf>. Acesso em: 13 dez. 2016.
PRINCIPAIS Diferenças entre Inclusão e Integração. [S.l.: s.n., 2000?]. http://www.social.
mg.gov.br/conped/images/conferencias/inclusao_integracao.pdf
SASSAKI, R. K. Entrevista com Romeu Kazumi Sassaki realizada pela Secretaria de Edu-
cação Especial, do Ministério da Educação e do Desporto. [S.l.]: Educação on-line, 2001. 
Disponível em: <http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_conten
t&view=article&catid=6%3Aeducacao-inclusiva&id=108%3Aentrevista-com-romeu-
-kazumi-sassaki-realizada-pela-secretaria-de-educacao-especial-do-ministerio-da-
-educacao-e-do-desporto&Itemid=17>. Acesso em: 13 dez. 2016.

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