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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 Biópsia e processamento laboratorial Existem diversas lesões que acometem a cavidade oral, sendo elas de tecido mole, ou de tecido ósseo, ocorrendo em maxila e/ou mandíbula e a depender do aspecto clinico, deve-se indicar a biópsia e o tipo, sendo fundamental para que possamos ter o máximo de precisão no diagnóstico definitivo do paciente. OBS.: é fundamental conhecer o grupo de lesões bucais, antes de indicar uma biópsia, pois algumas lesões podem ser facilmente tratadas com antifúngicos, anti-inflamatórios e/ou antibióticos. Processamento histológico de tecidos • Biópsia: a biópsia é o procedimento de remoção de uma parte (incisional) ou da totalidade (excisional) de uma lesão para realizar a análise microscópica; • Punção aspirativa por agulha fina (PAAF): colher cultura de células; • Citologia esfoliativa: esfregaço de células; • Autópsia (necrópsia): remoção de tecidos de pacientes que já estão em óbito. Biópsia A biópsia excisional é indicada quando a lesão é bem delimitada com aspecto de benignidade, bem circunscrita, sem aparecia de invasão dos tecidos vizinhos, pequena; dessa forma a lesão já é removida de maneira cirúrgica. A biópsia incisional é indicada quando a lesão é muito extensa, e quando há suspeita de malignidade; nenhuma das formas de hipótese diagnóstica é indicada como tratamento cirúrgico. OBS.: a excisão de uma lesão neoplásica maligna não é feita em ambulatório; deve ser feita em centro cirúrgico, deixando uma margem de segurança do tecido a ser removido. OBS.: confirmada a malignidade da lesão, o paciente deve ser encaminhado para um cirurgião de cabeça e pescoço. OBS.: a remoção deve ser feita de uma área que esteja afetada com o tumor; com uma profundidade de permita a coleta de tecido contaminado e não contaminado. OBS.: os exames de imagens são fundamentais para definirmos quando e onde deve ser feita a biópsia. Punção explolatória Tem o intuito de aspirar líquidos e explorar a textura de uma lesão; feita no interior de lesões ou em cavidades ósseas; com agulhas de grosso calibre. Quando feitas com agulhas finas, tem-se o intuito de remover células para fazer uma análise citológica. Manejo: inserção da agulha na lesão, fazendo movimentos que possibilitem o corte do tecido, e ao puxar o embolo da seringa, havendo conteúdo liquido ou celular, deve ser colocado em uma lâmina, a qual será preparada para a análise. Citologia esfoliativa Indicada para lesões superficiais, não queratóticas, principalmente infecções fúngicas e virais; feita por uma raspagem da superfície com uma espátula de madeira ou uma escovinha, e é colocada na lâmina, que será preparada para análise. Constra-indicações • Suspeita de lesões vasculares; • Lesões pigmentadas (enegrecidas) – biópsia excisional; Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 Processamento histológico dos tecidos A fixação dos tecidos tem como objetivo impedir a autólise do material/espécime; conservar o tecido em sua forma original (tanto a morfologia, quanto a composição química); deve ser realizada imediatamente após a obtenção do material; utilizar o fixador, formol à 10% ou a 4% OBS.: junto ao espécime deve ir a indicação e formulário com a descrição do paciente e da lesão. OBS.: quando a lesão é intraossea o clinico deve enviar os exames de imagem em conjunto para análise do patologista. Formol – 10% • Preserva um grande número de estruturas, sendo elas citoplasmáticas e nucleares; • Requer um tempo curto de fixação, penetrando uniformemente – 1 a 2h – 1mm; • Pode ser usado após longo tempo de estocagem; • Pode ser fixado posteriormente em outro agente – microscopia eletrônica; • É irritante; • A quantidade usada, deve ser 3x maior que a peça. Etapas do processamento: • Remover excesso de água dos espécimes de tecido; • Substituir por material que se solidifica, para permitir o corte; Referências: NEVILLE, B. W.; ALLEN, C. M.; DAMM, D. D.; et al. Patologia: Oral & Maxilofacial. 4ª Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Fixação: 1.as peças são fixadas e formol a 10% por 24h; Desidratação: 1.remoção de água dos tecidos – banhos em concentrações diferentes de etanol (70 – 100%); Clareamento ou diafanização: 1.clareamento do tecido – transparente; 2.Substituição do etanol por um liquido miscível com meio de inclusão ( parafina → xilol – dissolve gordura); Impregnação: 1.feita com parafina fundida – penetra nos vasos, espaços intracelulares e no interior das células; 2.facilita o corte no micrótomo; Inclusão: 1.peça → molde retangular (bloco de alumínio) – parafina fundida; 2.bloco de parafina regular; 3.corte no micrótomo; Coloração: 1.hematoxilina-eosina(HE); 2.desparafinizar – hidratar (sequencia) Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2
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