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COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR AULA 05 AS INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS - PRIMEIRA PARTE Os indivíduos compram diferentes produtos e serviços durante a vida. As empresas buscam o relacionamento entre seus produtos e os diferentes estágios da vida do consumidor. Cabe ressaltar que os padrões de consumo também são moldados de acordo com os aspectos psicológicos de cada fase deste ciclo. Os fatores psicológicos afetam integralmente o comportamento do indivíduo. A mercadologia progrediu muito neste campo, embora existam aspectos da influência psicológica sobre o consumidor que ainda não foram entendidos por completo. Os principais fatores psicológicos que influenciam o comportamento de compra do consumidor são: O ponto de partida do ato de compra é a motivação, que vai conduzir a uma necessidade, a qual despertará um desejo. É o estado de impulso que “empurra” o indivíduo em direção a um objetivo ou meta. As metas específicas que selecionam e os padrões de ação que empreendem para alcançar suas metas são resultado do pensamento e da aprendizagem individual. Vale ressaltar que os cursos específicos de ação que os consumidores seguem e seus objetivos especiais são selecionados com base em seus processos de pensamento e aprendizado prévio. Por essa razão, as empresas que entendem a teoria motivacional tentam influenciar os processos cognitivos do consumidor. Esta força é produzida por um estado de tensão, que existe em função de uma necessidade não satisfeita. Os consumidores se empenham – tanto consciente quanto inconscientemente – para reduzir esta tensão através do comportamento que eles esperam que irá satisfazer suas necessidades e aliviá-los do estresse que sentem. Motivação Positiva e Negativa A motivação pode ser positiva ou negativa em termos de direção. Podemos sentir uma força que nos afasta de algum objeto ou condição. Podemos sentir uma força que nos impele a um restaurante para satisfazer uma necessidade de fome e ser afastada do transporte por motocicleta para satisfazer uma necessidade de segurança. Alguns psicólogos referem-se às forças positivas como necessidades, desejos ou vontades, e às forças negativas como medos ou aversões. Contudo, apesar de forças motivacionais positivas e negativas parecerem ser drasticamente diferentes uma da outra em termos de atividade física e algumas vezes emocionais, elas são basicamente semelhantes no sentido de que ambas servem para iniciar e manter o comportamento humano. O despertar de motivos A maioria das necessidades específicas de um indivíduo está em repouso na maior parte do tempo. O despertar de qualquer conjunto particular de necessidades em um ponto específico no tempo pode ser causado pelos estímulos internos encontrados na condição fisiológica do indivíduo, nos processos emocionais ou cognitivos ou pelos estímulos no ambiente exterior. Campanha Promocional Nívea: informar – atrair – persuadir - motivar - estimular - impulsionar – induzir a participação do consumidor. Necessidades “Todo o indivíduo tem necessidades; algumas são inatas, outras são adquiridas. As necessidades inatas são fisiológicas- elas incluem as necessidades de alimento, de água, de ar, de roupa, de abrigo e de sexo. Uma vez que são necessidades para manter a vida, as necessidades biogênicas são consideradas necessidades primárias. As necessidades adquiridas são necessidades que aprendemos em resposta à nossa cultura ou meio ambiente. Podemos incluir necessidades de auto-estima, de prestígio, de afeto, de poder e de aprendizagem. Uma vez que as necessidades adquiridas são psicológicas, são consideradas necessidades secundárias. Elas resultam do estado psicológico e subjetivo do indivíduo e do relacionamento com outros. Exemplo: todos os indivíduos precisam de abrigo; portanto, achar um lugar para morar satisfaz uma necessidade primária importante de uma executiva recém- transferida. Contudo, o tipo de residência que ela aluga ou compra pode ser resultado de necessidades secundárias. Ela pode procurar um lugar onde ela e o marido possam receber grupos grandes de pessoas (e satisfazer necessidades sociais); ela pode desejar morar em um bairro nobre para impressionar as amigas e a família (e satisfazer necessidades do ego). A casa que um indivíduo compra pode servir para satisfazer tanto as necessidades primárias quanto as secundárias”. Freios Verifica-se que as necessidades ativam as motivações, que por sua vez, movem os indivíduos em direção a possíveis modos de satisfazê-las. Contudo, as motivações encontram resistências, os chamados freios. Os freios são forças que vão na direção contrária à motivações. Os freios podem ser classificados em: Inibições: são forças que reprimem uma motivação de comprar em função do desconforto potencial ante os outros. Na realidade, as inibições estão diretamente ligadas à opinião de outras pessoas ou grupos. Medos: são forças vinculadas a pensamentos internos, como o risco físico ou financeiro. Os medos estão mais estreitamente vinculados a pensamentos internos. Os freios não podem ser eliminados, apenas reduzidos. À medida que são atenuados, a força das motivações sobressai-se e vice-versa. Para tanto, vale ressaltar que é importante para o profissional de marketing tentar antecipá-los e procurar reduzi-los, por meio de mecanismos como itens adicionais de segurança, adaptações da oferta e garantia aos consumidores. Exemplo: Uma inibição poderá reprimir o desejo de uma advogada de comprar vestidos coloridos para uso cotidiano em seu ambiente formal de trabalho. Essa mesma advogada, ao pretender financiar a compra de uma casa, poderá ter a sua motivação freada pelo medo do desemprego e adiar a compra. Hierarquia das necessidades humanas de Maslow De acordo com a teoria do psicólogo Dr. Abraham Maslow, pioneiro no estudo da motivação humana, as necessidades e os desejos humanos são organizados em uma hierarquia. As necessidades de nível mais elevado permanecem adormecidas até que as necessidades de nível mais baixo sejam satisfeitas. Embora o estudo de Maslow tenha focalizado as necessidades e as motivações humanas básicas e não as necessidades e as motivações do consumidor, vivemos no contexto de uma sociedade de intenso consumo de massa, no qual a tentativa dos indivíduos de satisfazer suas necessidades humanas mais básicas manifesta-se parcialmente na aquisição de bens e serviços. Por seu caráter universalista, os motivos humanos de Maslow servem eficazmente para orientar os profissionais de marketing em suas estratégias e em seus programas mercadológicos. Muitos produtos são direcionados às exigências desses estados de necessidade. Os sistemas de segurança residencial e a afiliação aos planos privados de assistência médica, por exemplo, ajudam a satisfazer as necessidades de segurança. Na busca de estima, muitos consumidores compram produtos que consideram dotados de status e prestígio, como jóias caras, automóveis e mansões. Objetivos Objetivos são resultados do comportamento motivado. O comportamento é orientado para objetivos. A natureza dinâmica da motivação A motivação é um construto altamente dinâmico que está constantemente mudando em reação às experiências da vida. - Necessidades e objetivos estão constantemente mudando: Necessidades e objetivos estão crescendo e mudando constantemente em resposta à condição física de um indivíduo, ao ambiente, a interações com os outros e a experiências. À medida que os indivíduos alcançam seus objetivos, eles desenvolvem outros. Se não os alcançam, eles continuam a se dedicar a velhos objetivos ou desenvolvem objetivos substitutos. Podemos apontar como algumas das razões pelas quais a atividade humana voltada para as necessidades nunca pára os seguintes aspectos: 1. As necessidades existentes nunca estão completamente satisfeitas; elas continuamente impelem atividade planejada paraalcançar ou manter a satisfação; 2. À medida que as necessidades são satisfeitas, necessidades novas e de ordem mais alta emergem e causam tensão; 3. Os indivíduos que alcançam seus objetivos estabelecem objetivos novos e mais altos para si próprias. Frustração O fracasso em alcançar um objetivo resulta em sentimentos de frustração. Pelo menos uma vez todo mundo já experimentou a frustração que vem com a inabilidade de se alcançar um objetivo. A barreira que impede o alcance de um objetivo pode ser própria do indivíduo – recursos físicos ou financeiros limitados, ou pode ser um obstáculo no ambiente físico ou social. Independentemente da causa, os indivíduos reagem de forma diferente a situações frustrantes. Algumas pessoas se adaptam e conseguem administrar descobrindo um caminho que contorne um obstáculo ou, se isso falhar, escolhendo um objetivo substituto. Outros se adaptam menos e podem considerar sua inabilidade em alcançar um objetivo como um fracasso pessoal e experimentar sentimentos de ansiedade. Pesquisa motivacional O termo pesquisa motivacional, que deveria logicamente incluir todos os tipos de pesquisa dos motivos humanos, tornou-se um termo usado para se referir à pesquisa qualitativa idealizada para descobrir as motivações inconscientes ou ocultas do consumidor. Com base na premissa de que os consumidores não estão sempre conscientes das razões de suas ações, a pesquisa motivacional tenta descobrir sentimentos fundamentais, atitudes e emoções relativas ao uso do produto, serviço ou marca. Uma vez que a pesquisa motivacional normalmente revela motivações insuspeitas do consumidor acerca de uso de produto ou de marca, seu principal uso hoje é no desenvolvimento de novas idéias para campanhas promocionais, idéias que podem penetrar no consciente do consumidor através do estímulo de necessidades desconhecidas. A pesquisa motivacional também oferece às empresas uma orientação básica para categorias de novos produtos e serviços. A pesquisa motivacional é uma ferramenta útil para muitas empresas que querem saber a razão real em que se fundamenta o comportamento do consumidor. Aula 06 Aprendizado: Atitude: Percepção É o processo por meio do qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações recebidas (estímulos) para criar uma imagem significativa do mundo. A percepção depende não apenas de estímulos físicos, mas também da relação desses estímulos com o ambiente e das condições interiores da pessoa. A palavra-chave na definição de percepção é “indivíduo”. Outro fator a ser bastante considerado é o da psicologia da Gestalt – escola que defende que o cérebro humano é voltado para concluir a interpretação com base no conjunto de estímulos recebidos. Uma das ideias principais do grupo é apresentada na famosa frase “O todo é maior que a soma das partes”. Para esta teoria, os princípios mais básicos são: - figura-fundo; - complementação; - ambiguidade; - similaridade. O Efeito das Cores da Percepção A utilização de cores como elementos visuais para estimular a percepção e traduzir significado tem sido freqüente em peças publicitárias por sua capacidade de influenciar diretamente as emoções e as atitudes do consumidor. As embalagens também podem aumentar seu potencial de comunicação ao aproveitar o conhecimento da psicologia das cores e sua influência na percepção. Personalidade: É normalmente descrita em termos de características como autoconfiança, domínio, autonomia, submissão, sociabilidade, resistência e adaptabilidade. Toda pessoa tem uma personalidade distinta que influencia seu comportamento de compra. A personalidade exerce uma influencia psicológica no processo decisório. Todos nós possuímos uma personalidade distinta que influencia nosso comportamento. A personalidade tende a se desenvolver com o tempo, resultando em traços individuais que criam uma orientação geral para as situações. A personalidade pode ser definida como um conjunto de características psicológicas singulares que levam a reações relativamente coerentes e contínuas em relação ao ambiente. Às vezes, os consumidores escolhem produtos que se encaixam à sua personalidade. Por exemplo, uma pessoa tímida pode dispensar um carro chamativo porque “não parece comigo”. Outras vezes, os consumidores utilizam produtos para favorecer uma área de sua personalidade que eles acham fraca. Dessa forma, uma pessoa tímida que quer se sentir mais assertiva pode dirigir um carro esportivo poderoso e chamativo. É claro que os produtos e marcas ajudam os consumidores a expressar sua personalidade. Estilo de Vida: É o padrão de vida da pessoa expresso por atividades, interesses e opiniões. O estilo de vida representa a “pessoa por inteiro” interagindo com seu ambiente. A análise do Estilo de Vida ou análise Psicográfica é o estudo do padrão de vida de um indivíduo, expresso por suas atividades, interesses e opiniões. Essa abordagem é uma tentativa de descrever os consumidores com base em suas respostas a declarações sobre seus valores, interesses e modalidades de vida. Uma das formas de segmentação de mercado, o estilo de vida vai além da classe social e da própria personalidade, descrevendo todo um padrão de ação e de interação com o mundo. Compreender como o estilo de vida afeta os hábitos de compra das pessoas é uma função importante para o profissional de marketing. Por exemplo, nos últimos anos, diversas grifes de luxo abriram suas lojas no Brasil, oferecendo seus produtos caros a um seleto, mas crescente, nicho de consumidores. Marcas como Cartier, Louis Vuitton, Montblanc, Giorgio Armani, Tiffany, Versace são apenas alguns exemplos dessas supergrifes que focalizaram o desenvolvimento de produtos diferenciados para consumidores que gostam de coisas finas e têm estilo de vida voltado para o luxo e para sofisticação. Autoconceito ou Auto-imagem: Relacionada com a personalidade. É possível que a auto-imagem real de uma pessoa (como ela se vê) seja diferente de sua auto- imagem ideal (como ela gostaria de se ver) e de sua auto-imagem de acordo com os outros (como ela pensa que os outros a veem). De acordo com a ideia de auto-imagens múltiplas, cada indivíduo tem uma imagem de si mesmo com um certo tipo de pessoa, com certos traços, hábitos, posses, relacionamentos e formas de comportamento.Da mesma maneira que em outros tipos de imagens e personalidades, a auto-imagem do indivíduo é única, ou seja, é o resultado da evolução da história e da experiência daquela pessoa. Os indivíduos desenvolvem suas auto-imagens através das interações com outras pessoas: inicialmente os seus pais e, então, outros indivíduos ou grupos com quem eles se relacionam ao longo dos anos. A comunicação é um instrumento singular que os profissionais de marketing usam para persuadir os consumidores a agirem de um jeito desejado. A comunicação assume muitas formas: pode ser verbal (escrita ou falada), pode ser visual (uma ilustração, um quadro, uma demonstração de produto, um franzir de testa), ou uma combinação das duas. Também pode ser representada, simbolicamente, por um preço alto, por uma embalagem de qualidade superior ou por um logotipo de fácil memorização e conter um significado especial que os profissionais de marketing queiram transmitir. A comunicação pode evocar emoções que ponham os consumidores num estado mental mais receptivo. Em geral, as comunicações de marketing de uma empresa estão direcionadas para induzir à compra, criar uma atitude positiva em relação ao produto, dar um significado simbólico ao produto ou mostrar que ele pode resolver o problema do consumidor melhor do que faria o produto ou o serviço concorrente. A comunicação é a ponte entre os profissionais de comunicação e marketing e os consumidores, e entre os consumidores e seu ambiente sociocultural. Embora existam muitas maneiras de se definircomunicação, a maioria dos autores concordaria que comunicação é a transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor por via de algum meio. Muitos estudiosos acreditam que o quinto componente essencial da comunicação seria o feedback, que alerta o emissor se a mensagem pretendida foi de fato recebida. Aula 07 Pesquisa POPAI - Comportamento dos consumidores nos pontos-de-venda Pesquisas realizadas pelo POPAI - Point-Of- Purchase Advertising International revelaram o alto índice de decisões de compras realizadas nas lojas. Pesquisas no Brasil, em super e hipermercados, revelaram que 85% dos mais de 81.000 itens comprados tiveram suas marcas escolhidas nas lojas, resultando um altíssimo índice de compras por impulso, que não são planejadas. Seja em função de descontos, promoções, mechandising, layout, ambientação das lojas, embalagens e dos produtos, este comportamento é semelhante em vários países pesquisados, segundo a mesma metodologia. Na Inglaterra 75,5%, nos EUA 60%, na França 76% e na Alemanha 49,9%. Pesquisa POPAI Brasil: compra programada X escolha da marca no ponto-de- venda - universo: 81.723 itens 2. Ambiente Social O ritmo frenético do mundo de hoje tem provocado alterações no campo do consumo, este novo momento vem transformando radicalmente a vida do homem contemporâneo, tanto nas suas relações de trabalho como nas suas relações de socialização e lazer e, principalmente, nas suas relações de consumo. “O local social diz respeito ao ambiente dos grupos interpessoais que nos cercam e com os quais interagimos na situação de compra. As interações com outras pessoas – amigos, parentes, colegas de trabalho, vendedores e outros clientes – podem variar conforme a circunstância que envolve o processo de decisão de compra. A convivência com algumas pessoas, por exemplo, pode levar o consumidor a se sentir estimulado a consumir determinados produtos em função desse relacionamento, como a compra de bebidas e alimentos, e até escolher destinos de viagens.” 3. Tempo No mundo contemporâneo o fator tempo passou a exercer forte influência no processo de compra. De acordo com a maior ou menor disponibilidade de tempo o consumidor poderá buscar informações sobre o produto ou serviço almejado. O tempo pode ser considerado como um recurso valioso na vida dos consumidores, e a maneira que cada um o utiliza está ligada ao seu estilo de vida, aos seus valores e à sua personalidade. Na vida agitada dos grandes centros, o consumidor, cada vez mais, está buscando produtos e serviços ajustados a esta nova realidade. Exemplo: Banco 24 horas – caixas eletrônicos, serviços financeiros on-line, comidas congeladas, compras via Internet. A consciência cada vez maior dos profissionais de comunicação e marketing em relação ao fator tempo tem contribuído bastante para o desenvolvimento de estratégias adequadas ao novo consumidor. Estado de espírito e predisposição O estudo do comportamento do consumidor inclui muitos aspectos subjetivos, tais como efeitos do estado de espírito, emoções, sentimentos. O estado de espírito afeta profundamente a forma de o indivíduo processar suas compras. O estado de espírito do consumidor, como sentimentos de ansiedade, raiva ou alegria, e as condições do momento, como cansaço, estresse, excitação, doença ou falta de dinheiro, influenciam na decisão de compra. “As predisposições emocionais temporárias que afetam o estado de espírito são denominadas por alguns especialistas de humores. Essas emoções de vida curta estão sempre presentes nas pessoas. Sempre estamos com algum tipo de humor – felizes ou tristes, pensativos ou alienados, irritados ou contentes, divertidos ou aborrecidos.” Aula 08 O comportamento do consumidor organizacional apresenta grande complexidade, em virtude dos três principais fatores a seguir: A estrutura do mercado e as inter-relações entre as empresas. O número de setores da empresa envolvidos na decisão de compra. Os papéis representados pelos profissionais envolvidos no processo decisório de compras. O papel do comprador organizacional é de extrema importância para a empresa. É sua responsabilidade buscar as fontes de suprimentos e obter a entrega em tempo hábil dos produtos e serviços, a uma qualidade aceitável e ao melhor preço. Para muitas organizações, a capacidade de fazer compras com eficácia traduz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso. A seguir estão relacionados alguns fatores importantes aplicados na avaliação do comprador organizacional: Facilitar o trabalho dos departamentos ou indivíduos usuários do produto ou serviço a ser adquirido, assegurando qualidade e prazos de entrega; Obter preços aceitáveis; Adequar-se às expectativas e normas da empresa relativas a compras; Gerenciar os recursos para localização de fontes de suprimento; Gerenciar as despesas de overhead relativas ao centro de compras; Adequar-se a outras políticas da empresa. O centro de compras de uma organização inclui todos os membros da empresa que exercem os seguintes papéis no processo de decisão de compra: 1 Iniciadores: aqueles que solicitam a compra de um produto. Podem ser os usuários do produto ou outros membros da empresa. 2 Usuários: aqueles que utilizarão o produto ou serviço. Em muitos casos, os usuários iniciam a proposta de compra e ajudam a definir as exigências que devem ser atendidas pelo produto. 3 Influenciadores: pessoas que influenciam a decisão de compra. Freqüentemente ajudam a definir especificações e ainda fornecem informações sobre outras alternativas disponíveis. Nesse caso, a equipe técnica é uma fonte particularmente importante. 4 Decisores: pessoas que decidem as exigências que devem ser atendidas pelo produto ou serviço. 5 Aprovadores: pessoas responsáveis pela autorização das ações propostas por decisores ou compradores. 6 Compradores: pessoas com autoridade formal para selecionar o fornecedor e estabelecer os termos de compra. 7 Barreiras Internas: pessoas com o poder de evitar que vendedores ou informações cheguem até os membros do centro de compras. Convém lembrar que cada um desses papéis pode ser representado por um ou mais indivíduos, e cada indivíduo pode desempenhar mais de um papel. Todos estes profissionais, com seus respectivos papéis, tornam muito complexa a tarefa de se estudar o processo de compra de uma organização. CULTURA ORGANIZACIONAL Como estudado anteriormente, o modelo do comportamento do consumidor individual sofre influencias de diferentes fatores psicológicos, entre eles podemos citar a auto- imagem e o estilo de vida. Para Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007), as organizações também têm um tipo de auto-imagem nas crenças e atitudes que os membros da organização apresentam em relação à organização e como ela funciona. Da mesma forma, as organizações têm um tipo de estilo de vida, visto que apresentam diferentes modos de funcionamento. Caracterizamos esses dois aspectos como sua cultura organizacional. A cultura organizacional reflete e molda as necessidades e os desejos da organização, que, por sua vez, influenciam o modo como as organizações tomam decisões. Veja o quadro com as diferenças entre O Consumidor Organizacional e o consumidor pessoal. Antes de escolher um fornecedor o centro de compras de uma organização já realizou inúmeras tarefas. Conhecer todo o processo de tomada de decisão dos compradores organizacionais é fundamental para elaborar uma correta estratégia de marketing. Veja neste exemplo os critérios adotados pela Xerox Corporation, como é complexo o universo organizacional. A Xerox qualifica somente fornecedores que sigam os padrões de qualidade ISO 9000. Mas, para ganhar o prêmio mais importante da empresa - receber o status de certificado –, um fornecedor precisa primeiro completar o Questionário de Qualidade do Fornecedor Multinacionalda Xerox. O questionário exige que o fornecedor apresente um manual de qualidade garantida, para que ele possa adquirir princípios de melhoria contínua, além de demonstrar uma implementação efetiva de sistemas. Uma vez qualificado, ele precisa participar do processo Envolvimento da Xerox com o Fornecedor Contínuo, em que as duas empresas trabalham juntas a fim de criar especificações de qualidade, custos, prazos de entrega e capacidade de processamento. O último passo para a certificação requer que o fornecedor seja submetido a um rigoroso treinamento de qualidade adicional e seja avaliado com base nos mesmos critérios utilizados pelo prêmio Malcolm Baldrige National Quality. Não chega a ser surpreendente que apenas 176 fornecedores no mundo conseguiram atingir os 95% na avaliação, exigidos para ser considerado um fornecedor da Xerox. Aula 09 Existem três dimensões de satisfação. Estas dimensões de satisfação representam os diferentes tipos de satisfação que os consumidores podem esperar de um produto ou serviço. SATISFAÇÃO FUNCIONAL: São atributos tangíveis, e podem ser mensurados de forma padronizada. As características ou especificações tangíveis que integram o produto fornecem uma proposição de valor específica ao consumidor, por meio de determinada função ou utilidade que esses atributos executem. A satisfação resulta, então, da função do uso do produto. Como exemplo de atributos tangíveis a economia de combustível de um novo modelo de automóvel. Preço, garantia e desempenho são outras importantes características funcionais que podem ser consideradas como fatores avaliadores da satisfação do produto ou serviço. A dimensão da avaliação de desempenho e qualidade pelo consumidor levou as empresas a investir vultuosamente na melhoria contínua de seus produtos, sistemas e processos produtivos. SATISFAÇÃO EMOCIONAL: São benefícios intangíveis. Também chamada de satisfação psicológica, é perseguida pelos consumidores na forma de status, prestígio, segurança ou qualquer outro benefício que seja intangível (não físico) e não mensurável por meio de um padrão. Alguns atributos não físicos fornecem benefícios emocionais importantes para o consumidor, e, eventualmente, essa satisfação pode ser igual ou maior do que a satisfação funcional. No mercado automobilístico, os atributos emocionais fornecidos pelas marcas de automóveis são usualmente explorados pela publicidade, juntamente com os outros atributos funcionais, uma vez que muitos consumidores avaliam fortemente as características intangíveis vinculadas ao carro. O valor do automóvel, além de relacionar a transporte, economia, desempenho e durabilidade, por exemplo, pode também dizer respeito aos sentimentos quanto à importância e à auto-estima de seu proprietário. SATISFAÇÃO DE BENEFÍCIO DE USO: É o valor ganho pela propriedade e pelo uso de um produto ou serviço. Está relacionada ao valor ganho pela propriedade e ao uso de um bem ou serviço. É considerada uma área intermediária entre os benefícios funcionais e emocionais. Os benefícios de uso são critérios importantes na avaliação da satisfação pelo consumidor. A razão de compra é um dos fatores determinantes da escolha do produto pelo comprador e sua satisfação será resultante da capacidade do bem ou serviço de fornecer valor esperado pelo usuário. Modelo do processo de pós-compra e de satisfação/insatisfação do consumidor Para UNDERHILL (1999), as compras podem ser vistas como “terapia, recompensa, suborno, passatempo, uma desculpa para sair de casa, um meio de paquera, entretenimento, uma forma de educação ou mesmo devoção, uma forma de matar o tempo”. Assim, respeitar as necessidades individuais de cada cliente é fator decisivo para desenvolvimento satisfatório do negócio. Segundo ZEITHAML e BITNER (2003), “uma estratégia central para as empresas com foco no cliente constitui-se da mensuração e do monitoramento da satisfação do cliente e da qualidade dos serviços. Tais medidas são necessárias para acompanhar tendências, diagnosticar problemas e vinculá-las a outras estratégias voltadas aos clientes. Hoje a perspectiva é bem diferente, o ponto de partida deve ser o consumidor, suas necessidades, desejos, emoções e não a empresa, o produto ou o serviço. De acordo com BARLOW e MAUL (2001), “a criação de clientes pode se dar no nível emocional e humano, em qualquer lugar, a qualquer momento”. Para vencer neste ambiente competitivo, a empresa precisa reconhecer que o seu verdadeiro patrimônio é o seu cliente satisfeito. A organização precisa se concentrar no desenvolvimento de vínculos emocionais mais sólidos com seus clientes. Hoje, não basta dominar as técnicas para atrair novos clientes, a empresa precisa retê-los. De acordo com CARLZON (2005), estamos numa era impulsionada pelo cliente, “a companhia orientada para o cliente está preparada para a mudança. Aquela que funciona com uma liderança distante, burocratizada, de cima para baixo, não sobreviverá”. Para ter um bom desempenho a organização precisa estar pronta para entregar valor e satisfação para o cliente. Outra questão a ser evidenciada é que a empresa não pode dissociar as necessidades, os desejos e as atitudes de um indivíduo de suas emoções. Segundo ZEITHAML e BITNER (2003), “as emoções do consumidor também podem afetar suas percepções de satisfação com relação a produtos e serviços”. Segundo Samara e Morsch (2005), “como seres humanos, somos emotivos. Assim como as necessidades e os desejos nos estimulam a buscar a solução dos problemas de consumo, as emoções também podem nos mobilizar na direção do alcance de objetivos esperados. As emoções são, portanto, forças potenciais na determinação de nossas escolhas de consumo”. Acredita-se que a maioria dos clientes prefere ser fiel a empresa. Para KOTLER (2000), “a satisfação de clientes é ao mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de marketing”. Para tanto, pode-se apontar que a tarefa da empresa é elaborar estratégias calcadas na filosofia de identificação dos diferentes aspectos que promovem a satisfação e a retenção dos clientes. A empresa precisa se esforçar ao máximo para atender às expectativas emocionais de cada cliente. Neste sentido e de acordo com UNDERHILL (1999), “as pessoas querem ir onde todos saibam seu nome. As pessoas comprarão onde se sintam desejadas e, geralmente, pagarão até um pouco mais pelo privilégio. Mesmo as menores lojas podem desenvolver a fidelidade dos clientes, fazendo com que sintam especiais. Nossos estudos mostram que qualquer contato iniciado por um funcionário da loja aumenta a probabilidade de o freguês comprar algo”. Clientes fiéis representam um volume substancial dos lucros de uma empresa. Por isso, a chave para se gerar um grande nível de fidelidade e satisfação é entregar um alto valor para o cliente. DESCARTE DO PRODUTO O descarte do produto é uma das consequências comuns que advém da insatisfação do consumidor. Embora muitas vezes possa ser doloroso se desfazer de um produto (como é sabido, alguns consumidores se apegam a velhos pertences, principalmente em função de seu significado), os compradores tendem a descartar os que não os satisfazem ou que não têm mais utilidade. Muitas vezes, o descarte ocorre em virtude de uma substituição, isto é, da compra de um novo produto, mais econômico, moderno ou preferível por qualquer outra razão, que passa a oferecer maiores benefícios e / ou menores custos, proporcionando ao cliente uma satisfação maior do que o anterior. O descarte tornou-se uma questão vital em razão das enormes implicações que podem trazer ao meio ambiente. Diariamente, milhares de produtos são descartados em todo o planeta, gerando desperdícios e perdas lastimáveis. Como também, provocando graves impactos em nosso ecossistema. Consumidores conscientes têm incluído, em seus critérios de avaliação no processo de escolha, a possibilidade de o produto ser reciclávelou a utilização, em sua produção, de material reutilizável. Avaliar o uso e a intenção pós-compra, sobretudo como os produtores são descartados, pode auxiliar o profissional de marketing no desenvolvimento de estratégias multiuso para o produto, além de criar mecanismos para proteger as novas vendas. Algumas empresas incluem a troca de produtos usados na aquisição de novos produtos, oferecendo descontos aos compradores. Outra estratégia que vem sendo aplicada é o desenvolvimento de ações socialmente responsáveis para atender à crescente consciência ecológica do consumidor. Como exemplo, pode-se citar a Natura que promove a venda de refis para muitos dos seus produtos, evitando o descarte dos frascos, assim, contribuindo para a diminuição do impacto ambiental. De acordo com Philip Kotler, as empresas que realmente desejam colocar o cliente em primeiro plano devem tomar algumas medidas, tais como... Aula 10 O novo consumidor é um indivíduo que possui múltiplas facetas, formando um perfil distinto do consumidor do século passado. Ele consome bens e serviços em um mercado global, é consciente de seus direitos e exerce plenamente sua dimensão de cidadão, bem como utiliza a Web cotidianamente para aprender, trabalhar e viver, além de ser bem informado. O consumidor do século XXI é um consumidor mais consciente de seu papel como agente transformador da qualidade das relações de consumo e como influenciador no comportamento das empresas e instituições. Questões como aquecimento global, poluição, degradação do meio ambiente, esgotamento dos recursos naturais, miséria e exclusão social, exploração de mão-de- obra infantil, trabalho em regime de semi-escravidão são alguns dos temas que têm inquietado esse consumidor. Afinal, ele é um cidadão do planeta, um consumidor cidadão. A figura a seguir ilustra as múltiplas facetas do novo consumidor. “Também chamado de consumidor consciente, esse novo tipo de consumidor é um indivíduo politizado, bem informado e ético. Posiciona-se e participa ativamente de questões que lhe afetam, luta por seus direitos e exige das empresas e organizações o devido cumprimento de seu papel na sociedade. Ele não só exige qualidade e preço justo dos produtos e serviços que consome, como também demanda interações mais éticas nas relações de consumo e nos relacionamentos de que faz parte e reclama que cada organização cumpra devidamente seu papel na sociedade.” A todo instante, qualquer pessoa, em qualquer lugar, independentemente de fronteiras, pode comunicar-se, interagir, persuadir, dominar, consumir pela Internet e, além de tudo, ter acesso aos bens culturais, produtos de consumo e serviços, em localidades antes praticamente inacessíveis à comercialização convencional. Como o acesso às informações está cada vez mais ágil e globalizado, há oferta de soluções para o consumidor quase que imediatas, graças à rede. Como conseqüência dessas transformações, o consumidor globalizado, nesse novo ambiente, apresenta-se mais exigente, informado, antenado, inovador, esperto, contestador, auto-suficiente, ágil, perspicaz e interativo. É preciso compreender, portanto, que as formas com que a globalização, a facilidade de acesso às informações e a mudança no comportamento do sujeito da era digital alteram o comportamento de compra. ÉTICA E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: CONSUMERISMO - O MOVIMENTO DO CONSUMIDOR CONSUMERISMO: Movimento de consciência dos consumidores em busca da defesa de seus interesses. São políticas e atividades projetadas para proteger os interesses e os direitos dos consumidores nas suas relações de consumo. O consumerismo representou um grande avanço nos relacionamentos de trocas entre produtores, vendedores e consumidores. Vale ressaltar que na década de 1960, nos Estados Unidos, o descontentamento dos consumidores com mercadorias malfeitas, com defeito, de baixa qualidade, perigosos, com garantias inadequadas, levou o Congresso Americano a aprovar uma série de leis elaboradas, exclusivamente, para protegê-los. Em 1962, o presidente Jonh Kennedy declarou que os consumidores tinham direito à segurança, á informação e a serem ouvidos. O movimento de defesa do consumidor espalhou-se internacionalmente. No Brasil o movimento consumerista ganhou força com o Código de Defesa do Consumidor – Lei nº 8.078/90, em vigor desde 11 de março de 1991. A velocidade do tempo está ficando cada vez maior com as novas tecnologias dos meios de comunicação, transportes e fluxos financeiros mais velozes. Os mais recentes estudos apontam para o fato de os consumidores estarem muito mais críticos em relação ao seu cotidiano de consumo e suas escolhas. Estão sempre à procura de novidades e aplicam os conhecimentos adquiridos por meio da quase permanente busca de informações na Internet para pesquisar ou ratificar a informação já obtida em algum momento, julgar sua veracidade, justificar suas decisões, apresentar e defender suas idéias. Dessa forma, produtos desenvolvidos em determinado país, como as bolsas Gucci, as canetas Mont Blanc, os hambúrgueres do McDonald’s, o sushi japonês, os tailleurs Channel e os carros Toyota encontram entusiasmada aceitação em outros países. Por exemplo, um executivo alemão pode vestir um terno Armani para encontrar um amigo inglês em um restaurante japonês e, mais tarde, quando chegar a casa, tomar uma vodca russa e assistir a um seriado norte-americano na televisão sentado em um sofá brasileiro. O quadro a seguir apresenta diferenças de comportamento entre consumidores antigos e novos. Os novos consumidores são diferentes. Observe na imagem: “A integração e a concorrência com os outros podem ser estimulantes, mas continuam existindo necessidades locais em meio à globalização. É indispensável possuir informação internacional, não só para estarmos atualizados tecnológica e esteticamente, mas também para nutrirmos a elaboração simbólica no multiculturalismo das migrações, nos intercâmbios e nos cruzamentos. Mas também há momentos em que nós devemos nos dobrar sobre o específico, sobre a peculiaridade nacional ou étnica, sobre as interações pessoais em espaços domésticos ou a modesta busca individual. “A integração e a concorrência com os outros podem ser estimulantes, mas continuam existindo necessidades locais em meio à globalização.” O Consumo em Transformação O novo consumidor exige novas atitudes e novas posturas do profissional de marketing. Para fidelizar o novo consumidor, o marketing também precisa evoluir. A gestão mercadológica e o relacionamento com o consumidor precisarão ser reinventados continuamente para acompanhar as mudanças e as transformações, sob pena de se tornarem desatualizados e ineficazes. Assim, entre os principais desafios do profissional de marketing do século XXI estão a flexibilidade, a atualização e a capacidade de antecipação para ajudar as organizações a compreender intimamente a evolução permanente do consumidor e fornecer a proposição de valor adequada a suas novas necessidades e desejos. Você pode conhecer alguém on-line. Você pode se apaixonar on-line. Você pode até consumar esse amor on-line. Desse modo, é inevitável que alguém pense que você pode fazer compras on-line. O Consumo em Transformação Podemos dizer que um novo modo de interação homem e tecnologia mais dinâmico e cada vez mais tecnológico, ainda se apresenta e se apresentará em estado nascente tendo como ponto de partida as constantes alterações tecnológicas. Outro importante fator a ser ressaltado é a acelarada penetração e aceitação no mercado empresarial e, principalmente, no mercado doméstico das novas tecnologias provocando uma transformação na realidade cultural. O motivo da preocupação não é apenas o fato de ter mudanças, mas a sua velocidade. Segundo Philip Kotler, algumas empresas nem sempre percebem que seus mercados estão sempremudando. ”O ritmo de mudança é tão rápido que a capacidade de mudar se tornou, agora, uma vantagem competitiva. A capacidade de mudança requer a capacidade de aprender". De acordo com Castells (1999), “no fim do segundo milênio da Era Cristã, vários acontecimentos de importância histórica têm transformado o cenário social da vida humana”. Para este autor, “uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação está remodelando a base material da sociedade em ritmo acelerado”. Para Ortiz, “na virada do século, percebemos que os homens encontram-se interligados, independentemente de suas vontades. Somos todos cidadãos do mundo, cidadãos mundiais, mesmo quando não nos deslocamos, o que significa dizer que o mundo chegou até nós, penetrou o nosso cotidiano. O planeta, que no início se anunciava tão longínquo, se encarna assim em nossa existência, modificando nossos hábitos, nossos comportamentos, nossos valores”. Fim
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