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Anemia falciforme x África

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A anemia falciforme é uma doença hereditária do sangue que altera a forma dos glóbulos vermelhos (hemácias). A hemoglobina, pigmento que dá cor ao sangue e responsável pelo transporte de gases nos tecidos e órgãos, tem suas propriedades químicas alteradas pela troca de um aminoácido (glutamina) em uma das cadeias que a compõem. Essa alteração resulta na mudança morfológica das células vermelhas, que assumem a forma de foice e fica mais rígida.
Neste caso, o sangue não consegue circular bem pelos vasos de menor calibre, reduzindo o suprimento de oxigênio para o organismo e aumenta o risco de lesões, que ocorrem em decorrência de obstruções em seus pequenos vasos e artérias. Além disso, o formato alterado das hemácias faz com que elas tenham uma duração menor de vida, causando um quadro permanente de anemia.
A anemia falciforme é uma doença hereditária comum no Brasil. Esta patologia
atinge principalmente a população negra. A alteração genética que determina a doença Anemia Falciforme é decorrente de uma mutação dos genes, predominantemente, no continente africano. Vários pesquisadores associam a mutação genética como resposta do organismo à agressão sobre os glóbulos vermelhos pelo Plasmodiun falciparum, agente etiológico da malária. A prevalência da malária é alta nestas regiões, e os portadores do traço falciforme adquiriram uma resistência a essa doença. 
As pessoas com Anemia Falciforme não são resistentes a malária. Nas regiões da África, onde se deram as mutações, o gene HbS pode ser encontrado na população, em geral, em uma prevalência que varia de 30 a 40%. 
Com a emigração compulsiva dos povos africanos e pelos processos recentes de emigração da África, o gene foi difundido a todos os continentes, constituindo-se, na atualidade, a doença genética prevalente de caráter mundial.

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