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DOENÇA ATEROSCLERÓTICA DEFINIÇÃO: É uma inflamação que acontece pelo acúmulo de gorduras, colesterol e substâncias nas paredes e dentro das artérias, o que causa obstrução do fluxo sanguíneo. As placas podem se romper e provocar oclusão aguda da artéria por meio de coágulos. COMPLICAÇÕES: Início precoce na vida → influência de fatores genéticos e ambientais Comprometimento variável → acometimento simultâneo de vários vasos CONTINUUM CARDIOVASCULAR: estudo elaborado por Dzau e Braunwald e cardiologistas como modelo etiofisiopatológico que direciona o desenvolvimento de medidas intervencionistas para prevenção das doenças cardiovasculares. Sete parâmetros para medida da saúde cardiovascular: Pressão arterial, Glicemia, Colesterol, Índice de massa corpórea, Atividade física, Não fumar, Dieta saudável. ESTUDO DE FRAMINGHAN Fatores de risco que surgiram por análises da coorte: PA elevada, diabetes, colesterol elevado, obesidade e sedentarismo. Levam a aterosclerose em diferentes graus de gravidade. Fatores de risco constitucionais: familiar/hereditário, idade, sexo masculino Fatores de risco modificáveis: dieta, atividade física, PA, diabetes mellitus, tabagismo, etilismo Fatores de risco adicionais: inflamação – exame PCR ultra sensível, homocisteína, síndrome metabólica, lipoproteína A, oxidação de LDL, fatores de coagulação elevados, estresse Quilomícrons e seus resíduos → maiores lipoproteínas Lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) → rica em triglicerídeos produzida pelo fígado. A remoção de triglicerídeos da VLDL converte essa partícula em lipoproteína de densidade intermediária (IDL), que é metabolizada para produzir lipoproteína de baixa densidade (LDL) Lipoproteína de alta densidade (HDL) → forma-se no sangue como subproduto do metabolismo de lipoproteínas ricas em triglicerídeos e da aquisição de colesterol esterificado a partir de tecidos periféricos ETAPAS DA FISIOPATOLOGIA: FASE INICIAL DA ATEROGÊNESE a) Citocinas inflamatórias (fase de rolamento): Moléculas de adesão pelas células endoteliais permitindo a adesão dos leucócitos à parede arterial Citocinas → interleuclina-1beta (IL-1beta), interleucina 4 (IL-4), interleucina 6 (IL-6), interleucina 18, angiotensina II, PCR Outros fatores: Mutações clonais de células hematopoiéticas (CHIP); Fatores psicossociais à estado de estresse b) VCAM-1 (fase de adesão forte): Molécula de adesão celular vascular (VCAM-1) → responsável por permitir a adesão das células sanguíneas ao endotélio A VCAM-1 liga-se a monócitos e linfócitos T (principais leucócitos na fase inicial da placa aterosclerótica) c) Fluxo sanguíneo: Fluxo sanguíneo → áreas onde o fluxo é turbulento, há uma maior propensão para formação de placas aterosclerótica d) Acúmulo extracelular de lípides na íntima: Ligação das partículas de LDL aos proteoglicanos da matriz extracelular arterial, através de um sítio específico da apoproteína B que compões as LDLs. Uma vez no espaço intimal, as lipoproteínas apresentam suscetibilidade aumentada à oxidação e) Microbiota intestinal: Formação de trimetilamina (TMA) → induz expressão de diversas substâncias pró-inflamatórias RESUMINDO: ➔ Fase de rolamento ➔ Fase de adesão firma ➔ Migração de monócitos até a íntima do vaso FASE DE DESENVOLVIMENTO DA ESTRIA GORDUROSA Maturação de monócitos em macrófagos → expressão de receptores scavenger que permitem a internalização excessiva de lipídeos modificados (LDL-oxidada). O colesterol acumula-se no citoplasma dos macrófagos (célula espumosa). Há liberação de fatores de crescimento e citocinas que amplificam e sustentam os sinais pró- inflamatórios. FASE DE PROGRESSÃO PARA PLACA COMPLEXA Macrófagos e linfócitos T infiltram as lesões ateroscleróticas e localizam na borda do ateroma, onde a atividade inflamatória é mais ativa e por onde se dá o crescimento da placa. As células musculares lisas migram da túnica média para íntima e sintetizam matriz extracelular e na formação de matriz ocorre mineralização (calcificação) da placa. Há formação de novos vasos sanguíneos a partir da vasa vasorum que favorecem a hemorragia intraplaca e trombose in situ. FASE DE ROTURA DA PLACA Pode ocorrer estenose do lúmen do vaso. A lesão passa a crescer em direção à luz do vaso, podendo causar lesões estenóticas que é responsável por quadros clínicos crônicos como angina estável. Rotura da placa é a complicação mais temida das síndromes coronarianas agudas: Permite que o sangue tenha contato com o material trombogênico do core lipídico ou com espaço subendotelial da íntima a) Rotura da capa fibrosa b) Erosão superficial da íntima COMPLICAÇÕES: Isquemia: Redução ou interrupção do fluxo sanguíneo para uma porção do tecido. Pode ser transitório ou permanente. Dentro da isquemia, tem as sub classificações: Cardiopatia isquêmica, Isquemia cerebral, Infarto Cardiopatia isquêmica: Desequilíbrio entre o suprimento sanguíneo cardíaco (perfusão) e as necessidades de oxigênio e nutrientes do miocárdio - Angina pectoris ➔ Estável: ocorre de modo previsível durante certo grau de esforço físico ➔ Instável: ocorre durante esforços físicos progressivamente menores ou mesmo no repouso ➔ Prinzmetal: ocorre por espasmo vascular - Infarto do miocárdio: Isquemia com gravidade suficiente para causar a morte de cardiomiócitos. - Doença isquêmica crônica do coração (ICC): Descompensação progressiva da função cardíaca após IAM ou lesões isquêmicas pequenas que, com o passar do tempo, acumulam-se e levam à falência mecânica da bomba. - Morte súbita cardíaca: Consequência da lesão tecidual promovida por um IMA ou arritmia fatal Isquemia cerebral global: Redução ou interrupção do fluxo sanguíneo generalizada. Leves → estado confusional pós-isquêmico transitório com completa recuperação Graves → dados irreversíveis com morte cerebral. Causas: PCR, choque hemorrágico, hipotensão arterial grave Isquemia cerebral focal: Redução ou interrupção do fluxo sanguíneo para uma área do encéfalo. Quando é sustentada pode ocorrer o infarto no território do vaso comprometido. Polígono de Willis: principal fonte de fluxo colateral Principal causa: ateroma local ou êmbolos Outras causas: vasculites infecciosas (sífilis, TB), vasculites não infecciosas, uso de estrógenos e anabolizantes) Infarto: Área tecidual de necrose isquêmica causada pela obstrução seja do suprimento arterial ou da drenagem venosa.
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