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AVE e Psicologia

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Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ 
 
O AVE (ou AVC) é uma morte de uma parte 
específica do cérebro causada por irrigação 
sanguínea insuficiente sendo provocada por um 
bloqueio (oclusão) de um dos principais vasos que 
irrigam o cérebro, obstrução parcial ou total de um 
grande vaso ou por hemorragia. 
O idoso pode ter um AVE em 
decorrência de estresse e, quando 
isso acontecem, é recomendado 
que o mesmo não passe por fortes 
emoções. 
OBS. Atualmente também há um alto 
índice de jovens sofrendo AVE. Isso 
ocorrem em razão do cérebro jovem 
ainda não ter desenvolvido um número 
grande de vasos que irrigam o cérebro. 
Isquemia é qualquer processo que um tecido não recebe nutrientes – principalmente 
oxigênio – indispensáveis para o seu funcionamento) prolongada 
 
 
 
 
 
 Contextualização 
 
 
 
 
 
 
 
Também pode ser definido como sinais súbitos e 
rapidamente evolutivos de déficit neurológico focal 
(focado em um lugar) ou global (quando abrange tudo) 
com duração maior que 24hrs (quando o déficit é focal 
ele pode ser reversivo quando cuidado em menos de 
24hrs – um tipo específico de AVE) ou levando à morte, 
sem outra causa aparente que não de origem vascular. 
É a 3ª causa de morte no mundo e a 1ª cauda de 
invalidez devido as deficiências neurológicas deixadas nos 
sobreviventes dessa patologia. No Brasil é a 1ª causa de 
morte e 7-8% dos pacientes permanecem inválidos, 
sendo a maior taxa de mortalidade em idosos. 
 
 Fatores de risco 
 Hipertensão 
 Colesterol alto 
 Obesidade 
 Tabagismo 
 Doenças cardiovasculares 
 Stress e depressão 
 Etilismo (abuso de álcool) 
 
 Indivíduos com maior chance de ter um ave 
 Idosos 
 Hipertensos 
 Cardíacos 
 Diabéticos 
 Fumantes 
 Obesos 
 Sedentários 
 
 
 
 
 Indícios que antecedem o ave (que podem resultar 
em um) 
 Pressão alta 
 Cigarro 
 Gordura abdominal 
 Diabete 
 Dieta desequilibrada 
 Estresse e depressão 
 Falta de atividade física 
 Níveis elevados de 
certas proteínas 
 Doenças do coração 
 Álcool em excesso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tipos de ave 
Cada tipo vai depender do mecanismo que o 
originou. Assim, os tipos também podem divididos em 
subtipos. 
 
 
 
 
 
 
 AVE ISQUÊMICO 
 
 
Responde a 80% de todos os casos de AVE. 
 
① Como ocorre 
O cérebro possui vasos e artérias que se ramificam 
no interior do tecido cerebral para levar oxigênio e 
nutrientes necessários para o seu funcionamento. 
Quando uma dessas artérias sofre obstrução, o território 
que deveria ser irrigado sofre escassez de oxigênio e 
muitas células, principalmente neurônios, morrem. Ou 
seja, há basicamente uma falta de oxigenação. 
 
 
 
 
AVE
AVEI
Embólico
Aterotombáti-
co pequenos 
vasos
Aterotombáti-
co grandes 
vasos
AVEH
Hemorragia 
intraparenqui-
matosa
Hemorragia 
subaracnoide
Ocorre quando há uma isquemia prolongada de um 
território do encéfalo (cérebro, cerebelo ou tronco 
encefálico) nutrido por uma artéria que sofreu 
obstrução (oclusão) aguda. Ou seja, quando essas 
áreas são impedidas de serem irrigadas com sangue. 
Trombo é quando está grudado no vaso Embolia é quando o trombo se solta 
 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ 
 
Ocorre quando há uma pressão nas artérias do 
cérebro que pode fragilizar as paredes dos vasos e, 
consequentemente, ocasionar uma ruptura 
(hemorragia). Basicamente é o fenômeno inverso ao 
da isquemia: quando o sangue extravasa para fora 
dos vasos. 
② Sintomas 
 Tonturas 
 Dificuldade na fala 
 Alterações da 
memória 
 Perda repentina na 
força muscular e/ou 
da visão 
 Formigamento em 
um dos lados do corpo 
Algumas vezes os sintomas podem ser transitórios, 
quadro conhecido como Ataque Isquêmico Transitório 
(AIT). Ou seja, quando essa falta de nutrientes ocorre e 
é combatida em menos de 24hrs ela pode ser reversível, 
evitando assim das lesões definitivas. 
 
③ Tratamento 
 Tromboembolítico 
venoso: alteplase 
 Ventilação 
 Nutrição precoce e 
hidratação adequada 
 Não usar AAS ou 
heparina nas 24hrs 
subsequentes 
 Controlar 
agressivamente 
glicemia, sódio sérico e 
temperatura corporal 
(correção dos 
distúrbios 
metabólicos/hipertemia) 
 
 Ave hemorrágico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Está altamente associado ao aumento da pressão 
arterial (hipertensão) e geralmente costuma ser fatal 
(quando não é, costuma deixar lesões significativas na 
vida do paciente). 
 
① Como ocorre 
Acontece quando uma artéria se rompe e o sangue 
extravasa para o tecido cerebral, gerando um hematoma 
ou coágulo. Quando ocorre uma hemorragia o sangue 
pode derramar para o interior do cérebro (hemorragia 
intracerebral) ou para um espaço cheio de fluido entre o 
cérebro e uma membrana (hemorragia subaracnóidea). 
Já a hemorragia pode ocorrer em forma de aneurisma 
(pontos fracos e finos na parede das artérias que com o 
tempo aumentam e a pressão arrebenta) e de uma 
ruptura de uma parede arterial (a parede encrostada 
perdem a elasticidade, ficam rígidas e finas). 
 
 
② Sintomas 
 Dor de cabeça 
 Déficits neurológicos 
semelhantes aos 
provocados pelos 
AVE Isquêmico 
 Aumento da pressão 
intracraniana 
 Náuseas e vômitos 
 Edema cerebral 
 
 Possíveis danos 
 Danos físicos 
Os sinais vão variar conforme a localização do AVE 
no cérebro, no geral os pacientes vão ter paralisia, 
confusão, desorientação e perda da memória, podendo 
ter, também, fraqueza muscular, espasticidade (distúrbio 
que causa alterações no tônus muscular) e padrões 
motores atípicos. 
O paciente com o AVE de um lado do cérebro, terá 
seus efeitos no outro lado do corpo. Assim, afetando o 
hemisfério esquerdo, o paciente pode apresentar 
dificuldades na fala ou na compreensão da palavra falada 
(afasia), e afetando o hemisfério direito, poderá ter 
problemas de percepção. 
 
 Danos psicológicos 
O paciente atingido por um AVE poderá desenvolver 
ansiedade, depressão, distúrbios do sono e da função 
sexual, distúrbios motores, sensoriais, cognitivos e de 
comunicação, além de alterações fisiológicas durante 
atividade físicas que causam limitações para retornar às 
atividades produtivas do dia a dia. 
O pós AVE pode exigir um grande esforço 
adaptativo ao sujeito, pois é um evento que causa 
desequilíbrio no funcionamento físico, social e psicológico 
e essas diferentes condições de vida associadas a essas 
incapacidades podem alterar a forma como o individuo 
percebe o seu bem estar subjetivo (que está 
intimamente ligado a avaliação própria que a pessoa faz 
sobre sua vida com base em seus critérios pessoais e 
valores). Essa avaliação pode ser feita baseando-se ao 
julgamento que se faz de satisfação no geral com a vida, 
como em capacidade mentais e físicas ou 
relacionamentos sociais, por exemplo. 
O AVE também poderá interferir nos aspectos que 
regem a identidade pessoal e a autodefinição do sujeito, 
impedido a pessoa de se engajar em atividades que 
constituem um aspecto importante da sua identidade 
pessoal – uma pessoa que praticava ativamente um 
esporte e é impossibilitada, por exemplo –, interferir na 
capacidade de autonomia ou de se relacionar com as 
pessoas. 
 
 Neurológicos 
 Alterações do tônus muscular: O lado afetado 
apresenta um estado de flacidez sem 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ 
 
A neuropsicologia é uma especialidade da psicologia 
vai tentar entender as áreas do cérebro e os 
respectivos comportamentos afetados no indivíduo, 
relacionando com as atividades psicológicas 
superiores (percepção, memória, linguagem, 
atenção e etc) e analisando as variáveis biológicas, 
sociocultural e psicoemocional. A partir disso, é 
observável que a abordagem mais usada na 
neuropsicologia é a TCC. 
movimentos voluntários, então o paciente não 
consegue deixar um membro em qualquer 
posição e, principalmente nas primeiras semanas, 
não conseguirá fazer alguns movimentos 
sozinhos. 
 Perda do mecanismo de controle postural: Perda 
do controlede movimentos voluntários que 
adquirimos na infância como o de manter a 
posição normal da cabeça no corpo, reações de 
equilíbrio e de reflexo. 
 Alterações da função sensorial: Os mais 
perceptíveis são os de déficits sensoriais 
superficial (tátil, térmica e dolorosa), 
proprioceptivos (relacionado ao equilíbrio do 
corpo) e visuais. Os superficiais podem contribuir 
para o aparecimento de disfunções perceptivas 
(alterações da imagem corporal, por exemplo) e 
para o aumento de lesões corporais. A 
diminuição da noção de equilíbrio do corpo afeta 
a capacidade de fazer movimentos eficientes e 
controlados. O déficit na visão pode alterar o 
campo visual e pode interferir no nível de 
consciência. 
 Alterações da função perceptiva: O tipo e a 
extensão dessas alterações vão depender do 
local da lesão. Pode ocorrer distúrbios a nível de 
figura de fundo, posição no espaço, constância 
da forma, percepção da profundidade, relações 
espaciais, orientação topográfica e o indivíduo 
poderá ser acometido por apraxia (dificuldade 
em realizar movimentos motores) e por agnosia 
(perda da capacidade de identificar objetos e 
pessoas) 
 Alterações da comunicação: Pode ocorrer vários 
tipos de afasia (distúrbio da linguagem provocado 
por uma lesão cerebral que afeta a capacidade 
de comunicação da pessoa) 
 Alterações do comportamento: Essas alterações 
vão divergir de acordo com o lado do cérebro 
afetado podendo, inclusive, deixar os indivíduos 
com emoções instáveis. 
 
 Neuropsicologia como tratamento para o ave 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A reabilitação cognitiva da neuropsicologia vai tentar 
aplicar alguns recursos com objetivo de melhorar a 
capacidade do paciente lesionado de processar e usar 
informações para buscar uma vida mais satisfatória e 
independente, auxiliando a restabelecer o seu amor 
próprio e convivo social. Também vai procurar o alivio 
das deficiências cognitivas e o tratamento das deficiências 
emocionais, comportamentais e de personalidade, 
auxiliando a entender e, se possível, superar este desafio, 
pois ele possui algumas diferenças e necessidades que 
devem ser respeitadas. 
O psicólogo nesses casos irá oferecer a escuta ao 
paciente e a seus familiares para tentar amenizar a 
ansiedade e promover a motivação para buscar a 
recuperação e evitar crises depressivas e outros 
transtornos. Ele irá ajudar o paciente a construir o seu 
processo de resiliência, podendo molda-lo no modelo de 
desafio (quando o paciente reconhece a verdadeira 
dimensão do problema), nos vínculos afetivos (a 
aceitação da família e das redes sociais de apoio são 
importantes para o desenvolvimento de um 
comportamento resiliente) e no sentido de proposito 
futuro.

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