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- Definida pela presença de dor abdominal crônica ou recorrente associada a alterações do hábito intestinal, na ausência de qualquer lesão orgânica detectável no TGI EPIDEMIOLOGIA - 20-50% das consultas em gastroenterologia - Acomete 10-20% doas adultos em países industrializados - Causa mais frequente de absenteísmo ao trabalho - Mulheres são mais acometidas que homens (3:1) - Mais comum na população mais jovem, mas pode se manifestar em qualquer idade - Portadores de SII apresentam prevalência aumentada de comorbidades psiquiátricas > Presença de transtorno mental não faz parte dos critérios diagnósticos ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA - Participação conjunta de três alterações em mecanismos fisiológicos > Alterações de motilidade do TGI -> Peristalse acelerada ou retardada; aumento das contrações espasmódicas e aumento da pressão luminal > Hipersensibilidade visceral -> Redução do limiar para percepção da distensão mecânica > Processamento sensorial alterado no SNC -> Aumenta sensibilidade à dor visceral - Padrões de dismotilidade podem envolver o ID (contrações jejunais em salvas ou contrações ileais prolongadas) ou o IG (resposta motora exagerada a certos estímulos) > Apesar desses padrões terem sido observados, não há um padrão definido, sendo que alguns pacientes apresentam motilidade normal - Períodos de estresse podem coincidir com o início ou recorrência dos sintomas - SII é particularmente frequente em pessoas com histórico de abuso sexual na infância - Dor em cólicas resulta das contrações anormalmente fortes da musculatura lisa intestinal ou da sensibilidade indevida à distensão do intestino - A única condição que comprovadamente se associa com o desenvolvimento da SII é a gastroenterite bacteriana Diarreia crônica Síndrome do Intestino Irritável Diarreia crônica NÃO INFLAMATÓRIA - Podem ser solicitados exames complementares para exclusão de outras patologias > Quando o paciente preenche os critérios para SII e não apresenta sinais de alerta, os exames complementares podem ser dispensados - Diagnóstico diferencial > Diarreia funcional, intolerância à lactose, doença diverticular, úlcera duodenal, doença do trato biliar, parasitose intestinal, gastroenterite alérgica, DII, pólipos, neoplasias de cólon, doenças MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Sintomas > Dor ou desconforto abdominal recorrente > Alteração do hábito intestinal: diarreia e/ou constipação > Outros sintomas GI: distensão abdominal, flatulência, refluxo gastroesofágico, disfagia, náuseas, vômitos, saciedade precoce e dor torácica não cardíaca >Sintomas extraintestinais: disfunção sexual, dispareunia, dismenorreia, disúria/polaciúria, lombalgia, fibromialgia, cefaleia crônica, disfunção psicossocial, ... - A cólica abdominal, caracteristicamente, apresenta alívio após as evacuações - Constipação: presença de menos de 3 evacuações por semana, fezes endurecidas e com formato alterado - Não há alterações ao exame físico, além de ansiedade e desconforto/dor leve à palpação do abdome - Qualquer que seja a forma de apresentação clínica, os pacientes com SII parecem estar em BEG, sem evidência de doença orgânica DIAGNÓSTICO - Identificação da síndrome clínica típica - Exclusão de outras causas - Aplicação dos critérios de Roma IV resto da vida, com impacto variável na qualidade de vida - Muitos pacientes evoluem com longos períodos de acalmia seguidos de recaídas - Casos leves podem evoluir para cura espontânea Intolerância à lactose da tireoide, doença celíaca, ... TRATAMENTO - Suporte psicossocial > Assegurar a benignidade do processo: o médico deve explicar que o paciente não apresenta nenhuma alteração orgânica e elucidar sobre a doença - Medidas comportamentais > Prática de atividades físicas, evitar tabagismo e etilismo, refeições regulares, reduzir fatores geradores de estresse, ... - Mudanças dietéticas > Evitar alimentos que induzem ou agravam os sintomas -> Cafeína, alimentos gordurosos e ricos em carboidratos fermentáveis > Suplementação com fibras com uso de Psyllium é controversa - Tratamento farmacológico > Mais de 2/3 dos pacientes apresentam um quadro brando e intermitente que responde bem às medidas conservadores > Fármacos são indicados em casos graves e refratários > A terapia medicamentosa deve se pautar no tipo de sintoma predominante > É medida adjuvante e não curativa > Antiespasmódicos: hioscina, escopolamina; redução do reflexo gastrocólico -> Diminuição da dor e da diarreia pós-prandiais > Antidiarreicos: loperamida ou difenoxilato; devem ser empregados apenas de forma "profilática" em antecipação aos desencadeantes da diarreia > Anticonstipantes: laxantes osmóticos (lactulose e sorbitol) são mal tolerados pois aumentam a produção de flatos e a distensão abdominal; polietilenoglicol é bem tolerado > Antagonistas do receptor 5-HT de serotonina: ondansetrona reduz a hipersensibilidade e a motilidade do TGI > Psicotrópicos: pacientes com queixas predominantes de dor abdominal podem se beneficiar de baixas doses de antidepressivos tricíclicos; ansiolíticos não devem ser usados de forma crônica pois podem causar dependência > Probióticos: modificam a microbiota intestinal -> Redução da produção entérica de gás -> Diminuição da distensão abdominal > Antifiséticos: simeticona tem eficácia controversa na distensão abdominal e flatulência - Psicoterapia: técnicas mais usadas são TCC, hipnose, técnicas de relaxamento, biofeedback e ludoterapia PROGNÓSTICO - Entre 60-75% dos pacientes diagnosticados mantêm os sintomas pelo - Lactose é um dissacarídeo composto por dois monossacarídeos (glicose e galactose) - Para plena digestão e absorção da lactose é necessária a plena atividade de enzimas > Amilase salivar e lactase clivam a lactose em glicose e galactose, produtos que são totalmente absorvidos no ID - Intolerância à lactose é causada pela deficiência primária ou secundária da lactase > Manifesta-se na forma de má absorção do açúcar, podendo causar grande desconforto abdominal e diarreia - Diferença entre intolerância, alergia e sensibilidade > Alergia é uma resposta imunológica do organismo a algum componente alimentar > Intolerância é uma reação adversa que envolve digestão, absorção e metabolismo de algum componente do alimento > Sensibilidade é uma resposta normal do organismo, que pode provocar sintomas e reações semelhantes à alergia INCIDÊNCIA - A deficiência de lactase ocorre normalmente em cerca de 75% dos indivíduos adultos em todos os grupos étnicos - A maioria dos não brancos da América do Norte perde sua capacidade de digerir a lactose entre os 10 e 20 anos de idade - Faixas etárias extremas também são afetadas com frequência - Existem determinados grupos étnicos onde a prevalência de intolerância à lactose é maior -> Asiáticos, orientais, sul-americanos e negros FISIOPATOLOGIA - A concentração da lactose nos diferentes tipos de leite varia de acordo com o tipo de mamífero -> 7% no leite de vaca - Quando a lactose chega à luz intestinal deverá ser hidrolisada em monossacarídeos pela lactase > Lactase é uma enzima presente na borda em escova das células da mucosa intestinal - Digestão da lacotse ocorre em todo o ID, mas a atividade é grande no jejuno proximal, pequena no duodeno e jejuno distal e praticamente ausente no íleo terminal - A absorção de glicose e galactose é feita em velocidades diferentes - O fator determinante da velocidade máxima de absorção da lactose Doença celíaca - Enteropatia crônica do ID, de caráter autoimune, desencadeada pela intolerância ao glúten em indivíduos geneticamente predispostos depende da quantidade de lactase presente na mucosa intestinal - Os monossacarídeos resultantes da hidrólise passam pela mucosa e são transportados de maneira ativa até a corrente sanguínea > Transporte depende de sódio - A ausência de lactase causa diarreia osmótica > Permanência de lactose não digerida na luz intestinal, produção de quantidades anormais de hidrogênio, ácido lático, ácido acético e pela decomposição bacteriana > A presença de conteúdo osmoticamentesuperior na luz intestinal determina a passagem de água e de eletrólitos (em menor proporção) para o lúmen, a fim de igualar a pressão osmótica - A deficiência de lactase pode manifestar-se apenas quando o indivíduo aumenta a ingestão de leite e derivados ou quando se associa a outra causa potencial de diarreia (vagotomia ou ressecção gástrica) - A redução da atividade e quantidade de lactase é determinada por fatores genéticos, mas pode ser influenciada por fatores ambientais (desnutrição, parasitoses, infecções intestinais e alcoolismo) > Também pode se apresentar como resposta adaptativa à redução da ingestão de laticínios - A deficiência secundária de lactase ocorre nas doenças associadas à alterações morfológicas da mucosa intestinal (principalmente do jejuno) > Doença celíaca, espru tropical, infecções intestinais agudas e toxicidade por ATB (neomicina) > Na infância, pode ser secundária a infecções entéricas ou à cirurgia abdominal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Sinais e sintomas são semelhantes a qualquer outra deficiência enzimática - Crianças podem ter diarreia e dificuldade de ganho de peso - Adultos apresentam borborigmo, distensão abdominal, flatulência, náuseas, diarreia e cólicas abdominais - A diarreia pode ser intensa o suficiente para eliminar os outros nutrientes antes que eles possam ser absorvidos, podendo provocar desnutrição - Uma história clara de alteração da digestão, com distensão abdominal, empachamento, meteorismo, aumento do número diário de evacuações, fezes pastosas e fétidas, pode ser obtida em pacientes que sofrem de intolerância à lactose - Em alguns pacientes, os sintomas podem simular SII, complicações das úlceras pépticas ou pós-gastrectomia - Indivíduos com hipolactasia podem não apresentar sintomas enquanto mantiverem um hábito alimentar padrão, com pequenas in- gestão de leite - Dependendo da intensidade da intolerância à lactose, as perdas líquidas decorrentes da diarreia podem ser muito grandes e acarretar, além da desidratação, em importante espoliação de eletrólitos, sobretudo sódio e potássio DIAGNÓSTICO - Suspeita diagnóstica pode ser feita pela eliminação de fezes líquidas ou semilíquidas, com pH ácido (menor que 6) ou quando, após tomar um copo de leite, o paciente desenvolve distensão abdominal e diarreia aquosa em 20 a 30 minutos - O diagnóstico pode ser confirmado pelo achado de baixa atividade da lactase na biópsia da mucosa jejunal - Teste de tolerância à lactose é específico para a deficiência de lactase > Dose oral de aproximadamente 50g de lactose causa diarreia com distensão e desconforto abdominal e a curva glicêmica é baixa ou plana > Quantidades equivalentes de glicose e galactose produzem aumento normal na glicemia sem diarreia - Teste de liberação do hidrogênio respiratório (HBT) tem sido considerado a base para o diagnóstico de má absorção de lactose > Avalia se há decomposição bacteriana excessiva, por deficiência na absorção ou por aumento do crescimento da população bacteriana > Sensibilidade de 86% e especificidade se aproxima de 100% > Não é exame de rotina e não é disponível na maioria dos serviços médicos - Investigação conjunta, utilizando-se de testes para avaliação do tempo de trânsito intestinal e o teste respiratório, em associação com o índice de digestão da lactose têm demonstrado uma correlação entre eles TRATAMENTO - Consiste, basicamente, em excluir os alimentos que contêm lactose - Nos pacientes com diarreia infecciosa aguda, não se deve administrar lactose -> Deficiência transitória de lactase e consequente diarreia osmótica que poderá ocorrer > Reposição hídrica e eletrolítica - A ingestão de bebidas fermentadas de leite (kefir) podem melhorar a tolerância à digestão da lactose em adultos - Pode-se consumir a lactase antes de refeições que contenham leite e derivados para evitar o aparecimento dos sintomas - Fatores ambientais também podem estar associados ao aparecimento de doença celíaca > Idade do desmame, parasitoses intestinais, enteroinfecções repetidas, época de introdução do glúten e quantidade na dieta MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Manifesta-se de forma heterogênea conforme a extensão e grau da lesão na mucosa intestinal > Quanto mais grave a lesão e maior o segmento acometido, mais graves serão os sintomas - Outros fatores que influenciam na sintomatologia > Sensibilidade individual ao glúten, idade de sua introdução, quantidade de glúten na dieta e aleitamento materno - Sintomas mais comumente associados à doença celíaca são diarreia com esteatorreia, vômitos, distensão abdominal, perda de peso, anemia e deficiência de nutrientes ou vitaminas - Durante a infância, os sintomas aparecem geralmente após o desmame, durante a introdução alimentar com o incremento de cereais na dieta > Sintomas surgem de forma progressiva > Mais frequente diarreia com ou sem esteatorreia que varia com episódios de obstipação, distensão abdominal, perda de peso ou dificuldade de ganho de peso, perda de massa muscular, hipotonia e irritabilidade - Em crianças mais velhas e adolescentes, costuma se manifestar como diarreia, atraso no desenvolvimento estrutural e ponderal, anemia, dificuldade de alcançar bom desempenho escolar, atraso na puberdade, cansaço crônico inespecífico, sinais de desnutrição e alterações no ciclo menstrual - Além das manifestações GI, relacionadas à má absorção, os pacientes podem apresentar manifestações extra-intestinais > Dermatite herpetiforme, hipoplasia de esmalte dentário, hipertransaminemia isolada, epilepsia, alteração do humor e artrite **TIPOS DE DOENÇA CELÍACA** - Forma clássica (típica): > Início precoce (entre os 2 e 24 meses de vida), logo após a introdução do glúten na dieta > Sintomas predominantemente GI -> Diarreia crônica com distensão abdominal, dificuldade de ganho de peso ou perda ponderal, atrofia muscular na região glútea, falta de apetite, vômitos, anemia, alteração do humor e diminuição do tecido celular subcutâneo > Pode evoluir para crise celíaca -> Evolução com diarreia aquosa grave e distensão abdominal importante, que levam à desidrata- - Glúten -> Principal fração proteica presente no trigo, centeio e cevada - Enteropatia mediada por linfócitos T - Manifestações intestinais e extraintestinais - Caracteriza-se pela atrofia total ou parcial da mucosa do ID proximal, levando à má absorção de micronutrientes (vitaminas e minerais) e macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) - Resultado da interação de fatores ambientais, genéticos e resposta imunológica EPIDEMIOLOGIA - Frequência ainda é subestimada - A doença atinge pessoas de todas as idades, mas compromete principalmente crianças de 6 meses a 5 anos - Prevalência maior em mulheres, na proporção de 2:1 - Prevalência de 0,5 a 1% da população geral - Distribuição global da doença FISIOPATOLOGIA - Quando um indivíduo geneticamente predisposto ingere um alimento que contém glúten, inicia-se uma resposta inflamatória na mucosa intestinal - Cronicamente, essa resposta inflamatória leva à atrofia das vilosidades - Suscetibilidade genética ocorre pela presença do HLA DQ2 ou HLA DQ8 -> Codificam proteínas que se ligam a peptídeos e formam um complexo antígeno-HLA > Na mucosa intestinal, esses complexos são reconhecidos por receptores na superfície de células T CD4 - Fisiopatologia multigênica - Transaminase tecidual (liberada em momentos de estresse, apoptose, infecção e inflamação) é encontrada em todas as camadas do intestino e, em contato com a glutamina do glúten, retira o radical amina de sua molécula, transformando-a em ácido glutâmico - Ácido glutâmico tem alta afinidade pelo HLA DQ2 e DQ8, situados nas APR - Forma-se um complexo HLA-ácido glutâmico que induz alterações nas células envolvidas na resposta imune > Responsável pelas modificações intestinais e sistêmicas da doença celíaca > No intestino, leva à atrofia das vilosidades e hipertrofia das criptas do ID -> Má absorção dos nutrientes pecificidade IgA e o contrário em IgG - Caso o paciente apresente algum dos testes sorológicos positivo,deve ser encaminhado para biópsia duodenal (padrão ouro) > Também está indicada caso haja suspeita clínica evidente e sorologias negativas > Deve ser realizada com o paciente em dieta rica em glúten, retirando pelo menos um fragmento do bulbo e quatro da segunda porção do duodeno > Histopatologia - Marsh 0: sem alterações histológicas - Marsh 1: lesão infiltrativa com vilos arquiteturalmente normais, mucosa normal, com aumento de LT intraepiteliais - Marsh 2: lesão com hiperplasia dos elementos glandulares, com aumento do número de mitoses - Marsh 3: graus variados de atrofia vilositária com hiperplasia das criptas glandulares, altura reduzida da superfície dos enterócitos e bordas em escova irregulares, aumento dos LT - Marsh 4: atrofia total com hipoplasia das criptas ção grave com distúrbio hidroeletrolítico (hipopotassemia) e letargia - Risco de morte - Forma não clássica (atípica): > Quadro mono ou oligossintomático que se inicia mais tardiamente > Presença de manifestações extraintestinais causadas pelo déficit nutricional ou por reações imunológicas e com sintomas intestinais ausentes ou discretos - Forma assintomática: > Presença de alterações sorológicas e histológicas na mucosa intestinal compatíveis sem que haja sintomatologia para suspeita clínica de doença celíaca - Forma latente: > Paciente com diagnóstico prévio de doença celíaca com lesão duodenal comprovada histologicamente que após um período de dieta isenta de glúten, volta a consumi-lo e não apresenta qualquer sintoma associado a patologia e não há lesão histológica na mucosa - Forma potencial > O paciente possuir testes sorológicos com anticorpos específicos para doença celíaca e HLA compatíveis, mas não apresenta alteração histológica no ID > Podem evoluir com doença celíaca EXAMES COMPLEMENTARES - Na suspeita clínica de doença celíaca, o diagnóstico deve ser confirmado por sorologia e biópsia da mucosa intestinal - Testes sorológicos > Devem ser realizados com o paciente em uso de dieta com glúten > Podem ser de dois tipos -> Autoanticorpos, anticorpos antiendomísio e anti-transglutaminase; e anticorpos dirifidos contra a gliadina, anticorpos contra peptídeos de gliadina desaminados sintéticos > Anticorpos baseados em IgA > Anti-tranglutaminase IgA: ELISA; considerado o teste de triagem para doença celíaca; valor possui correlação direta com o grau de atrofia das vilosidades intestinais > Antiendomísio IgA: teste de imunofluorescência; especificidade de 100% > Antigliadina pode ser IgA ou IgG: valor preditivo positivo baixo; não recomendado na prática clínica > Anti-DPG IgA e IgG: ELISA, identifica anticorpos contra peptídeos de gliadina desaminados sintéticos; alta sensibilidade e baixa es- - Se o paciente apresentar títulos muito elevados não é necessário fazer biópsia intestinal, porém é recomendado fazer HLA DQ2 e DQ8 e antiendomísio IgA para reforçar o diagnóstico - Biópsia de controle não é necessária após a retirada do glúten da dieta se o paciente obteve melhora clínica - Pacientes assintomáticos com alto risco para doença celíaca devem ser investigados por testes sorológicos e histopatológicos > Parentes de primeiro grau de celíacos, pacientes com síndrome de Down, síndrome de Turner, hepatite autoimune, tireoidite e DM1 TRATAMENTO - Diagnóstico precoce é fundamental para estabelecimento de tratamento precoce - Fundamentado em uma dieta isenta de glúten por toda a vida - Exclusão completa do glúten na dieta induz a remissão clínica, sorológica e histológica em grande parte dos pacientes > Cerca de 70% dos pacientes apresenta melhora dos sintomas após 2 semanas de dieta - Acompanhamento multiprofissional com nutricionistas e médicos - Importante informar sobre contaminação cruzada > Importância de higienizar adequadamente os utensílios utilizados para preparar alimentos com glúten
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