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Embriologia do sistema respiratório · Langman (Embrio médica); Moore (Embriologia Clínica) · Sistema respiratório tem origem do Intestino primitivo (porção do intestino primitivo: intestino anterior) · Porção mais cranial do intestino anterior: faringe primitiva é daí que surge o sistema respiratório · “Bolsinha” que sai da faringe primitiva: divertículo laringotraqueal (também chamado de broto respiratório) · Intestino primitivo intestino anterior Faringe primitiva Divertículo laringotraqueal VIAS AÉREAS INFERIORES · As vias aéreas superiores se desenvolvem da faringe primitiva; dessa faringe, surgem estruturas de cabeça e pescoço (inclusive vias aéreas superiores) · Para a embriologia, a laringe é considerada via aérea INFERIOR (surge do divertículo) tudo que veio do divertículo, vias aéreas inferiores. FARINGE PRIMITIVA · Face externa: 6 pares de arcos faríngeos 5º e 6º pares são rudimentares, por isso a gente estuda de fato apenas até o 4º arco (e por isso nem sempre o 5 e o 6 aparecem) Via aérea inferior: Sulco laringotraqueal · O intestino primitivo é formado pelos três folhetos embrionários: · AMARELO: ENDODERMA · ROSA: MESODERMA · AZUL: ECTODERMA (vem por fora e entra forma boca) · 4ª semana: no nível do 4º par de arcos faríngeos, surge um sulco, uma depressão; essa depressão é chamada de sulco laringotraqueal, que é o primeiro indício do desenvolvimento do Sistema Respiratório · O sulco vai invaginando até formar uma bolsa chamada de divertículo laringotraqueal DESENVOLVIMENTO DA LARINGE · Primeira porção que surge do divertículo · O resto desenvolve a traqueia; se divide e forma os brônquios, etc · A laringe surge do divertículo · O mesoderma se divide em mesênquimas · Mesênquima do intestino primitivo: mesênquima esplâncnico (ou mesênquima original) · 3ª semana: Sistema Nervoso se desenvolvendo; durante a 3ª semana, células da crista neural começam a migrar para a região da cabeça e invadem o mesênquima da faringe primitiva (mesênquima esplâncnico) assim, o mesenquima da faringe primitiva deixa de ser esplâncnico e torna-se o mesênquima das células da crista neural · A laringe, então, tem mesênquima das células da crista neural (assim como o esôfago por isso a parte inicial do esôfago tem musculo esquelético, tal como na laringe) · Obs: disfagia baixa: doenças que afetam o musculo liso; disfagia alta, doenças que atingem músculo esquelético · Ou seja, quanto à laringe, é considerada VAS pois tem mesmo tecido da faringe primitiva ou pode ser considerada VAI pois vem do divertículo. · 4ª semana: Abertura da laringe tem forma de fenda · 5ª semana: Mesênquima começa a se multiplicar e surgem duas saliências (elevações) ao lado dessa abertura adquire formato de “T”; essas saliências são chamadas de aritenóides (formam cartilagem aritenóide) · Todas as cartilagens vem do mesênquima das células da crista neural · 6ª semana: células do endoderma vão se multiplicar até obstruir completamente a luz da laringe por volta da 10ª semana essa luz é recanalizada (abre novamente) · Quando a recanalização não acontece da maneira correta: · ATRESIA LARÍNGEA: quando uma região permanece totalmente obstruída essa região não se desenvolve, ela “não existe”; ou seja, uma agenesia parcial, ausência de uma parte da estrutura; houve algum defeito e a região não recanalizou. · REDE LARÍNGEA: há recanalização, mas não foi completa; a luz ficou um pouco reduzida (o ar passa, mas tem dificuldade para passagem do ar) estenose. · A partir da faringe primitiva, surge Eminência Hipofaríngea · Se forma a partir do 3º e 4º par de arcos faríngeos · Da eminência hipofaringea, uma parte vira epiglote e a outra a parte posterior da língua (por isso existe a valécula ponto entre as duas) TRAQUEIA · Endoderma origina epitélio de revestimento e glândulas e mesoderma (Mesênquima esplâncnico) dá origem às cartilagens e músculos · SEPTAÇÃO TRAQUEOESOFÁGICA: separação da traqueia e do esôfago · Na fase inicial, traqueia se comunica com o esôfago surgem pregas (pregas traqueoesofágicas), que se fundem até que separa a traqueia do esôfago · Entre a 5ª e a 6ª semana embrionária · Se a septação não ocorre, há uma comunicação que se chama FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA tipo de malformação mais comum no sistema respiratório. · ATRESIA ESOFÁGICA pode ocorrer, comumente, junto à fístula traqueoesofágica indica erro de septação. Essa atresia é diferente da atresia esofágica por erro de recanalização; nesse caso, separa-se esôfago de esôfago e mantém-se a comunicação com a traqueia. · Muito raro acontecer somente a fístula ou somente a atresia. · Observações para saber se o recém-nascido tem atresia esofágica: refluxo do leite imediatamente após as primeiras mamadas há obstrução impedindo que o leite passe · Toda vez que tem atresia esofágica, tem polidramnio · Atresia esofágica com fístula traqueoesofágica com A. Fístula superior bebê tem polidramnio, refluxo do leite e pode ter pneumonia (leite entra e passa para o sistema respiratório) B. Fístula inferior bebê não tem pneumonia, mas pode apresentar pneumonite e apresenta estômago cheio de ar; bebê tem polidramnio (excesso de liquido amniótico) e refluxo do leite após a primeira amamentação. C. Fístula mista (superior e inferior) DESENVOLVIMENTO DOS BRÔNQUIOS E PULMÕES · A porção mais caudal do divertículo dilata e vira broto brônquico, que se divide em dois e forma os brotos brônquicos primários (da origem aos brônquios primários direito e esquerdo). · A raiz do lado direito é maior e se divide em três, enquanto a do lado esquerdo se divide em dois. · Vão se dividindo até formar os secundários, terciários, etc · PLEURA: · À medida que os pulmões crescem, as pleuras se encontram, mas no inicio estavam separadas · Parietal: mesoderma somático · Visceral: mesênquima esplâncnico DESENVOLVIMENTO DOS PULMÕES · Quatro períodos de desenvolvimento · 1º período: PSEUDOGLANDULAR · De 6 até 16 semanas de vida embrionária · O tecido que vai ser o pulmão parece com uma glândula · O que vem a ser o pulmão, nesse período, apresenta epitélio colunar simples · Nesse período já tem traqueia, brônquios, bronquíolos terminais... Mas não tem alvéolos · Por isso, se nascer nessa fase, não há como sobreviver ausência de alvéolos · 2º período: CANALICULAR · Da 16ª até a 26ª semana (esse tempo pode variar, alguns bebes amadurecem mais rápido, outros mais lentamente) · Aumento dos diâmetros e do numero de canais aumento dos brônquios, dos bronquíolos, mais ramos vão surgir e surgem bronquíolos respiratórios · Luz mais ampla · Se há bronquíolos respiratórios, já há presença de alguns alvéolos · Tecido pulmonar mais vascularizado · Epitélio cúbico simples · Nascendo nesse período, a sobrevivência é rara, pois não há área suficiente para troca gasosa. · 3º período: SACO TERMINAL · Surgimento de alvéolos primitivos de epitélio muito delgado · Epitélio pavimentoso · Alvéolos próximos de capilares formação da membrana alvéolo capilar (ou barreira hematogasosa) · Produção de surfactante (mais ou menos com 24 semanas, mas o terceiro período é mais característico da produção de surfactante) · Se nascer nesse período, é possível sobreviver (sobrevivência comum); porém pode apresentar síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido (SDRRN) deficiência de surfactante, pois o pico de produção de surfactante só acontece 15 dias antes do nascimento. · Quando nasce prematuro, os níveis de surfactante podem estar baixos, gerando a SDRRN. se eu desconfio que o bebê vai nascer prematuro, dou corticoide para a mãe, pois pneumócitos II são sensíveis a essas substancias glico. · PARA PREVENIR: corticoide; PARA CORRIGIR: surfactante (para amadurecer pulmão) · Surfactante: recobre a parede dos alvéolos e é produzido pelos pneumócitos tipo II · Pode-se estimar data de nascimento a partir da frequência ou quantidade de Movimentos Respiratórios Fetais (MRF) bebê treina os músculos da respiração durante a gestação; muita produção de surfactante leva a mais movimentos. · 4º período: ALVEOLAR · De 32semanas até 8 anos de idade · Sistema respiratório não nasce pronto (a gente nasce com apenas 5% dos alvéolos que temos adultos) · Nascemos com alvéolos primitivos (pode gerar outros alvéolos, e o maduro não) · Pulmões capazes de realizar troca gasosa · Alvéolos maduros típicos se formam após o nascimento (95%) · Temos mais alvéolos do que precisamos
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