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ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – ATPS DISCIPLINA – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO . ADMINISTRAÇÃO SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03 ETAPA 1: PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO ........................................................ 04 ETAPA 2: ASPECTOS GERAIS DA PROGRAMAÇÃO ........................................... 06 ETAPA 3: CONTROLE ............................................................................................. 08 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 11 3 INTRODUÇÃO As decisões tomadas no sistema de PPCP afetam a competitividade da empresa, repercutem no desempenho percebido pelo cliente e afetam o desempenho da manufatura, devendo ser gerenciadas de maneira a suportar a estratégia competitiva da empresa. Como consequência, tem-se que, caso o sistema a ser utilizado para o desenvolvimento do PPCP não seja adequado ou não apresente as características funcionais necessárias, a estratégia empresarial poderá ser comprometida. Assim, a programação da produção deve assegurar uma alta taxa de utilização das instalações, e a sequência da programação dos produtos deve minimizar os tempos de setup. De acordo com o abordado acima, é importante que se entenda melhor sobre o tema. O objetivo do trabalho é observar, portanto, as questões de planejamento, programação e controle da produção. 4 ETAPA 1: PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO Todo o planejamento agregado precisa cumprir as seguinte fases: A) Precisão da demanda: feita para um período que vai comumente a 6 a 12 meses, a previsão pode ser obtida usando-se os métodos de regressão e médias, por exemplo; B) Escolha do conjunto possível de alternativas que serão usadas para influenciar a demanda e ou os níveis de produção; tais alternativas estarão sujeitas às restrições estabelecidas pela gerência, tais como manter baixos estoques, evitar demissões de pessoal tanto quanto possível, atendimento rápido ao cliente, e assim por diante; C) Determinar, a cada período, quais as particularidades alternativas, dentre os previamente selecionadas, que serão usadas para influenciar a demanda e ou níveis de produção; a escolha entre as várias alternativas disponíveis obedecerá a critérios de minimização de custos de produção ou maximização de lucros. As alternativas tradicionalmente utilizadas são: Propaganda – tipicamente, a propaganda de produtos, serviços e empresas serve para aumentar a demanda em períodos de baixa ou deslocá-la de períodos de alta, onde não pode ser integralmente atendida, para períodos de baixa, onde a capacidade produtiva está disponível. Mais raramente, servem para reduzir a demanda, como exemplificado por campanhas governamentais para redução do consumo de água, eletricidade e combustíveis. Promoções e preços diferenciados – também servem ao aumento da demanda em certos períodos, ou para desviá-los de épocas de alta para épocas de baixa. Muito usadas pelas atividades de serviços que, por não poderem estocar, batem-se constantemente com a dificuldade de atender a demanda em momentos de pico. São exemplos de reduções de tarifas telefônicas em horários especiais, tarifas reduzidas em dias de semana para espetáculos e apresentações artísticas, pacotes promocionais par viagens, etc. Reservas e demoras na liberação dos produtos ou serviços – constituem-se em um recurso típico para transferir demanda de um período para outro. Na indústria é muito comum quando se trata de máquinas, equipamentos e veículos especiais; frequente, porém, em serviços – hotéis, consultas médicas, reservas para 5 espetáculos, etc – onde não há possibilidade de se trabalhar com estoques. O grande problema associado com as demoras é a possível perda do cliente ou o desgaste da imagem da empresa. Desenvolvimento de produtos complementares – companhias que trabalham com produtos de sazonalidade acentuada podem desenvolver produtos complementares, com tendências sazonais, contracíclicas, de forma que, estando a demanda de um produto em época sazonal em baixa, ele possa ser substituído por outro de época sazonal alta. Essa possibilidade, além de aumentar a demanda, permite um aproveitamento mais uniforme da mão-de-obra. São exemplos clássicos da indústria de sorvetes que no inverno fabrique chocolate ou, no comércio, as lojas que trabalham com artigos de época. A partir do momento em que o plano mestre de produção diz o que vai fazer – quais produtos e quanto de cada um deles, começa então o problema de programar e controlar a produção para obedecê-lo. Programar e controlar a produção são atividades marcadamente operacionais que encerram um ciclo de planejamento mais longo que teve início com o planejamento de capacidade e a fase intermediária com planejamento agregado. Os objetivos da programação da produção – potencialmente conflitantes entre si – são os seguintes: a) Permitir que os produtos tenham a qualidade especificada; b) Fazer com que máquinas e pessoas operem com os níveis desejados de produtividade; c) Reduzir os estoques e os custos operacionais; d) Manter ou melhorar o nível de atendimento ao cliente. Reduzir custos operacionais requer que sejam reduzidos os estoques de produtos acabados, de matérias-primas e de material em processo; por sua vez, atingir a produtividade desejada de pessoas e máquinas pode exigir um grau de ocupação desses recursos que acabe levando ao aumento dos estoques. Finalmente, manter ou melhorar o nível de atendimento do cliente pode também levar ao aumento de estoques, principalmente se a demanda for muito flutuante. 6 ETAPA 2: ASPECTOS GERAIS DA PROGRAMAÇÃO Existem, essencialmente, três estratégias de planejamento da produção. Estas estratégias envolvem um compromisso entre a quantidade de mão-de-obra, os horários de trabalho, os estoques e outras reservas. 1) Estratégia de acompanhamento da demanda. Nivelar a taxa de produção para atingir exatamente a taxa de saída exigida pela demanda, através da contratação e da demissão de empregados. O sucesso da estratégia depende da existência de um grupo de candidatos a emprego treinados, prontos para serem contratados quando do aumento no volume de pedidos. Existem impactos motivacionais óbvios. Quando a reserva de pedidos em carteira estiverem baixas, os empregados podem sentir-se se compelidos a reduzir a velocidade de produção pelo medo de serem demitidos, assim que os pedidos existentes sejam concluídos; 2) Mão-de-obra estável – horas de trabalho variáveis. Variar a produção pela variação do número de horas trabalhadas através das programações flexíveis de trabalho e de horas extras. Pela variação do número de horas de trabalho, as quantidades de produção podem ser equilibradas, dentro dos limites, com os pedidos existentes. Esta estratégia fornece continuidade da mão-de-obra e evita tanto os custos emocionais como os tangíveis, de contratar e despedir pessoal, associados à estratégia de acompanhamento da demanda; 3) Estratégia da capacidade constante. Manter a mão-de-obra estável trabalhando com uma taxa de produção constante. A escassez e o excesso não absorvidos pelos níveis flutuantes de estoques, de pedidos em carteira e de vendas perdidas. Os empregados beneficiam-se das horas de trabalho estáveis, mas os custos com estoques são aumentados.Uma outra preocupação é a possibilidade dos produtos; Quando uma dessas variantes é utilizada para absorver flutuações da demanda, tem-se a estratégia pura; quando uma ou mais são utilizadas em combinação, tem-se a estratégia mista. Algumas indústrias, devido às suas características inerentes à operação, favorecem frequentemente um tipo de estratégia de acompanhamento da demanda, visto que o cliente é envolvido no processo de entrega do serviço. 7 Muitos serviços têm uma estrutura de custos que consiste em custos altamente fixos e pouco variáveis. Exemplos de tais serviços, incluem companhias aéreas, hotéis, e companhias de alugueis de carros. Para esses tipos de serviços, os lucros estão diretamente relacionados às vendas, porque os custos variáveis, como uma porcentagem de vendas, são muito baixos. Consequentemente, a meta para estas empresas é maximizar as vendas ou revendas da capacidade a preços reduzidos – contando que esses preços sejam maiores que o custo variável. O desafio para os gerentes nestes tipos de empresas de serviços é determinar qual a porcentagem da capacidade disponível a alocar por diferentes preços. De um lado, quantidades substanciais de capacidade podem ser normalmente vendidas antecipadamente a taxas não significativas descontadas. Ao mesmo tempo, o gerente do serviço não deseja recusar um cliente de última hora que paga normalmente tarifa cheia, porque a capacidade foi previamente vendida a uma tarifa com desconto. Quando isso acontece, incorre em custos de oportunidade. 8 ETAPA 3: CONTROLE Um controle das atividades produtivas é de extrema importância para o desenvolvimento do produto. Ao determinar a sequência em que o trabalho é desenvolvido, algumas operações requerem um cronograma detalhado, mostrando em que momento os trabalhos devem começar e quando eles devem terminar – isso é um programa. Programas são declarações de volume e horários familiares em muitos ambientes. A posição de volume e a variedade de uma operação têm um efeito sobre a natureza de seu planejamento e controle. A prontidão da resposta ao consumidor, o horizonte de planejamento, as principais decisões de planejamento e controle são especialmente afetados pelo volume e pela variedade. A facilidade com que o controle pode ser mantido varia entre as operações. O grau de incerteza da demanda afeta o equilíbrio entre o planejamento e o controle. Quando maior a incerteza, mais difícil será planejar, e maior ênfase deverá ser dada ao controle. Tendo definido a capacidade de longo prazo, os gerentes de produção devem decidir como ajustar a capacidade da operação de médio prazo. Isso normalmente envolve uma avaliação da demanda futura em um período de 2 a 18 meses, durante o qual o volume de produção pode variar, por exemplo, aternando o número de horas que os equipamentos são usados. Na prática, entretanto, poucas previsões são exatas, e a maioria das operações também precisa responder a mudanças na demanda que ocorrem em um período de tempo menor. As decisões tomadas por gerentes de produção no planejamento de suas políticas de capacidade afetarão diversos aspectos de desempenho: Os custos serão afetados pelo equilíbrio da capacidade de demanda; As receitas também serão afetadas pelo equilíbrio da capacidade e a demanda; O capital de giro será afetado se uma operação decidir produzir estoque de bens acabados antecipados à demanda; A qualidade dos bens e serviços pode ser afetada por um planejamento de capacidade, por meio da contratação de pessoal temporário, por exemplo; 9 A velocidade de resposta à demanda do cliente pode ser melhorada, seja pelo aumento dos estoques ou pela provisão deliberada da capacidade excedente evitando-se filas; A confiabilidade do fornecimento também será afetada pelo nível de proximidade máxima de operações: a confiabilidade do fornecimento de serviços e produtos será menor, quando mais próximo da capacidade total estiver a demanda, pois menos a operação conseguirá lidar com possíveis interrupções; A flexibilidade, especialmente a de volume, será melhorada por capacidade excedente. Se a demanda e a capacidade estiverem em equilíbrio, a operação na será capaz de responder a quaisquer aumentos inesperados de demanda. A característica importante do planejamento e controle da capacidade é que visa definir os níveis de capacidade no médio e curto prazos em termos agregados. Isto é, toma decisões de capacidade amplas e gerais, mas não se preocupa com todos os detalhes dos produtos e serviços individuais oferecidos. Logo, políticas agregadas assumem que o mix de diferentes produtos e serviços permanecerá relativamente constante durante o período de planejamento. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebe-se, portanto, que o processo de planejamento varia de empresa para empresa. Em algumas é um relatório formal contendo tanto os objetivos como as premissas nas quais o planejamento é baseado. Em outras empresas, em particular as menores, pode ser muito mais informal na forma verbalizada. O processo pelo qual o plano é derivado também varia. Uma abordagem comum é desenvolvê-lo a partir de um plano anual da organização. Um plano de grupo típico contém uma seção de manufatura que especifica quantas unidades devem ser produzidas em cada linha de produção, nos próximos 12 meses, para atender a previsão de vendas. O programador parte desta informação e tenta determinar a melhor maneira de atingir estas exigências com os recursos disponíveis. 11 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CHIAVENATO, Idalberto C. Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Manole, 2008.
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