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Biosseguridade avícola

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Resumo elaborado por Júlia Madureira | @surtavet || PUC BETIM 
1
 BIOSSEGURIDADE NA INDÚSTRIA AVÍCOLA: 
Dentro da avicultura, tem se o plantel comercial que é a base da nossa pirâmide 
genética, fundamental para entender onde a biosseguridade se aplica, o plantel comercial são 
as aves que são utilizadas apenas para o abate ou consumo, ou seja, não estão ali para a 
reprodução, acaba que neste não tem tanta rigidez de biosseguridade, acima do plantel, tem se 
as matrizes, avós, bisavós e outros. Sem dúvida nenhuma, a biosseguridade é importante em 
todos os patamares da pirâmide, sendo que se torna muito mais exigente quando se trata do 
plantel de reprodução. 
Biosseguridade na indústria avícola: trata-se de preservar a sanidade das aves, tanto em evitar 
a entrada de patógenos, quanto evitar a disseminação deles, de modo que possa minimizar 
todos os tipos de prejuízo e formas de transmissão. 
Quando se fala em biosseguridade, a princípio é um sistema complexo e dinâmico, visto 
que não parte somente de uma medida ou somente um único problema dentro do ambiente de 
aves, por exemplo a percepção de algum agente patogênico, quando isso ocorre tem que mudar 
todas as medidas. Por essa razão, é necessário fazer quarentena, controle de entrada e saída de 
pessoas, isolamento, distanciamento dos galpões, banhos e vazio sanitário, o cuidado é 
fundamental, devido à alta densidade animal (pois tem galpões com muitos animais alojados). 
Ademais, é importante falar da posição brasileira dentro da produção de aves, porque o Brasil 
tem uma posição nesse contexto, isso porque é o maior exportador de carne e frango do mundo, 
sendo o terceiro maior produtor. Lembrando que uma doença, gera um impacto econômico 
enorme, seja ele qual for, perda de produção, mortalidade, sacrifício de todo o lote, perda de 
peso, sendo que tem que considerar todas as formas de impacto, por isso é legal implantar com 
infraestrutura a biosseguridade. 
O que é? 
A biosseguridade trata-se do planejamento e implementação de um conjunto de 
diretrizes de normas operacionais, objetivando a proteção dos lotes contra á entrada de micro-
organismos patogênicos. Quando algum patógeno consegue ultrapassar a barreira determinada 
pelo Programa, este deve ser revisto e reformulado. Ademais, tudo deve ser 
contabilizado/anotado, tem que estar muito bem registrado e documentado, embora seja 
trabalhoso, é essencial. 
Objetivo: ter a manutenção de planteis livres, ou controlados de microrganismos com impacto 
sobre a produção avícola ou deletérios à saúde pública. Lembrando que o Programa de 
Biosseguridade, precisa ser amplo e preciso adequado a cada setor da avicultura. 
Na prática, nem sempre é possível ter todas as medidas de sanidade adotadas pela 
biosseguridade, seja por: impossibilidade econômica do produtor, ou algum eventual 
desconhecimento técnico (muitas vezes o produtor não sabe o por quê exatamente de ter que 
tomar essas medidas) e também a mera falta de decisão (o produtor simplesmente está 
acomodado a certos tipos de medidas e não toma frente para aderir outras). Um dos pilares 
necessários para o programa dê certo é o conhecimento, isso porque cada elemento envolvido 
na produção deverá ter um claro e profundo conhecimento nos objetivos da biosseguridade. 
Ademais, o Programa depende exclusivamente do tipo de exploração, agentes etiológicos da 
Resumo elaborado por Júlia Madureira | @surtavet || PUC BETIM 
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 região, definição do sistema de criação, tipos de instalações e empresas, pois cada uma tem um 
tipo de esquema. 
Atualmente, pode se dizer que o mercado tem as suas demandas, tais como: bem-estar 
dos animais, redução de preservação do meio ambiente e aumento da produtividade, essas 
demandas determinam investimentos em manejo, nutrição, ambiência e boas práticas de 
biosseguridade. 
A princípio, tem se o uso de promotores de crescimento em rações que são os 
antimicrobianos utilizados como melhoradores de desempenho (prevenção de doenças 
infecciosas), que por sua vez tem como objetivo ser preventivo, normalmente estão inclusos na 
dieta das aves em determinados grupos com baixas doses terapêuticas, fazendo como que essas 
aves tenham maior desempenho, este por sua vez tem como mecanismo de ação: controle de 
infecção subclínica endêmicas, de modo que possa reduzir o “custo metabólico” da ativação 
crônica do sistema imune do animal , também age reduzindo a utilização de nutrientes pela 
microbiota intestinal (redução de competição de nutrientes) e também melhora a absorção e 
utilização dos nutrientes. Falar que esses promotores são ruins é uma mentira, pois essas aves 
tem um bom desempenho com esses promotores nas raçoes, mas estes tem sido combatidos e 
não deve se utilizar, devido o fato de tornar as bactérias mais resistentes, não só para as aves, 
mas para nos humanos também – instrução normativa numero 1 de 13 de janeiro de 2020 = 
proibiu alguns aditivos para essas aves, tais como: tilosina, lincomicina e tiamulina, mas supondo 
que o animal fique doente, pode ser que em baixas doses, estes podem ser utilizados com 
receita para vias de tratamento, mas não para aditivos de ração, por isso tem que cada vez mais 
investir neste de Programa, considerando este aspecto que entra em estudos também. 
O programa de biosseguridade 
tem 9 elos para ser seguidos, por 
isso tem que manter todos elos 
alinhados, sendo eles: isolamento, 
controle de tráfego, higienização, 
quarentena/medicação/vacinação, 
monitoramento/registro e 
comunicação de resultados, 
erradicação de doenças, auditorias 
atualização, educação continuada e 
plano de contingência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira | @surtavet || PUC BETIM 
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 ISOLAMENTO: 
Precisa manter o distanciamento mínimo entre as granjas e o distanciamento entre 
granjas e outros estabelecimentos também. Esse isolamento está de acordo com as instruções 
normativas, sendo que a mais importante é a 56 de 2007 do MAPA, foi a primeira que veio para 
registrar todas granjas com vários pré-requisitos, lembrando que todas as demais instruções são 
do MAPA, apesar das dificuldades tiveram algumas modificações por isso foi criada mais para 
ter uma adaptação melhor. 
- Tem granjas comerciais e granjas reprodutoras, visto que as reprodutoras são bem mais rígidas 
quando se trata de distanciamento. 
Quando se fala em isolamento tem que ter em mente, a distância de aves, a distância 
entre granjas e outros estabelecimentos, barreira vegetal (plantações – arborização), barreira 
física (cerca – tela), restrição da entrada de animais domésticos e silvestres, locais para banho e 
troca de roupa (principalmente em granjas de produção) e contato dos colaboradores com 
outras aves tem que ser evitado 
De acordo com as instruções normativas = distância mínima entre o estabelecimento 
avícola e outros locais de risco sanitário = tem que estar pelo ao menos 3km, além disso não é 
só estabelecimento avícola, mas sim abatedouros e reprodução também. Há limites internos 
também, dentro do estabelecimento avícola precisa de ter entre o núcleo (conjunto de galpões 
onde aves tem quase a mesma idade) e os limites periféricos da propriedade tem que ser de 200 
metros, agora dentro de um núcleo e outro núcleo tem que ser de 300 metros. O núcleo 
geralmente tem 5 galpões com aves de diferenças mínimas de idade, geralmente esses núcleos 
são cercados (PROVA). 
Com relação as cercas de isolamento = se aplica tanto para as granjas reprodutoras, 
quanto para as comerciais, nas reprodutoras tem que ser de no mínimo 1.5m de altura, com 
afastamento mínimo de 10m e nas comerciais tem que ter a cerca de 1,5m de altura, com 
afastamento mínimo de 5m. Ademais, o objetivo dessas cercas é para evitar a proximidade de 
animais domésticos (gado bovino, equinos e cães e gatos). Agora no caso de roedores, as granjas 
colocam uma parte de concreto por baixo da terra, para evitaressa disseminação de roedores 
(rato), podendo ser feito de barra de concreto e/ou metais/alumínio. Além disso, ainda tem o 
controle de roedores na parte interna da granja 
- Todos os aviários devem ser “pelados”, a tela com malha não deve ser superior a 2,54 cm. O 
objetivo dessa tela é impedir a entrada de pássaros 
CONTROLE DE TRÁFEGO: 
 Tudo tem que ter uma única entrada, tem que ser controlado e registrado, muitas 
granjas colocam de onde que veio para onde que vai. O controle e registro do trânsito de 
veículos e do acesso de pessoas ao estabelecimento, há também a colocação de sinais de aviso 
para evitar a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo – tudo tem que ser bem 
registrado e documentado. 
HIGIENIZAÇÃO: 
A higienização é sempre um dos principais fatores em qualquer processo, é 
fundamental, pois tudo que está ligado ao animal se considera “limpo” e tudo que está ligado 
Resumo elaborado por Júlia Madureira | @surtavet || PUC BETIM 
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 ao exterior “sujo”. Para entrar nessa área limpa, utiliza o rodolúvio (desinfecção de veículos): 
procedimentos para a desinfecção de veículos, na entrada e na saída do estabelecimento 
avícola, na saída também, isso porque se tiver um agente infeccioso dentro do estabelecimento, 
assim faz com que este não dissemine. Quando se pensa em trânsito de veículos, o motorista 
não deve entrar em contato com os funcionários e nem com os animais, os veículos sempre são 
estacionados do lado de fora da unidade de produção e no caso de precisar de abastecer a ração 
é pela cerca. Quando se trata da fábrica de ração, não deve se pensar somente em qualidade 
nutricional, tem que se pensar também nas BPF’s, além disso tem que ter transportes de ração 
em veículos próprios e precauções com a entrega de ingredientes, como por exemplo o milho, 
sendo que o primeiro aspecto que tem que olhar é a qualidade do grão, milho principalmente, 
devido a contaminação por aflatoxinas, os parâmetros de umidade são fundamentais não 
podendo passar de 13%, por isso tem que separar e fazer análise de ambos. 
Na higienização pessoal, tem que usar roupas e calçados limpos, sendo que a 
uniformização é obrigatória e os banhos na entrada e saída de granjas de reprodutoras e 
incubatórias, tem até POP do banho e a lavagem adequada das mãos. 
- O destino dos animais mortos é adotar procedimento adequado para o destino de aves mortas, 
ovos, descartados e esterco é a compostagem (conjunto de técnicas adotadas para estimular a 
decomposição de materiais orgânicos). 
A princípio, a limpeza e desinfecção dos galpões: elaborar e executar programa de 
limpeza e desinfecção a ser realizado nos galpões após a saída de cada lote de aves > tudo 
dentro/tudo fora --- vazio das instalações. Tem como função reduzir a quantidade/desafio de 
microrganismos patogênicos no ambiente de criação, deve se seguir um programa de execução, 
sendo: 
I – Retirada de todas as aves; 
II – Retirada dos restos de ração dos comedouros; 
III – Desmontar ou suspender os equipamentos; 
IV – Retirada de toda a cama; 
V – Esvaziar e limpar silos; 
VI – Cortar a grama ao redor dos aviários; 
VII – Varrer teto, paredes, telas e piso; 
VIII – Aplicar lança-chamas no piso e ao redor dos aviários; 
IX – Eliminar roedores e inseto; 
X – Lavagem com água sob pressão (com solução detergente) teto, paredes, piso, cortinas e 
equipamentos; 
XI – Limpeza das áreas externas; 
XII – Consertos e manutenção; 
XIII – Desinfecção de todo o ambiente utilizando amônia quaternária, gluteraldeído, ácido 
peracético ou formol; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira | @surtavet || PUC BETIM 
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 XV – INSPECIONAR; 
✓ Vazio das instalações: considerar o período a partir da instalação limpa e desinfetada 
de no mínimo 15 dias até o próximo alojamento. Diretamente proporcional á saúde do 
lote, manter instalações fechadas durante o período. 
Sempre tem que saber qual o tipo de roedor que está na câmara, pois é necessário 
manter os registros do programa de controle de pragas, a fim de manter os galpões e os locais 
para a armazenagem de alimentos ou ovos livres de insetos e roedores. Ademais, esse controle 
de roedores é importante para verificar as perdas das quais incluem: danos a estrutura das 
instalações, consumo de ração e contaminação dela com urina e fezes e até contaminação das 
aves e do meio ambiente. 
✓ Análise da água: Instrução Normativa 56/2007 MAPA; 
Realizar análise física, química e bacteriológica da água: análise física e química 
anualmente e análise bacteriológica semestralmente para os estabelecimentos avícolas de 
produção 
ARQUIVO DE DOCUMENTOS: 
Todas as granjas que comercializam seu produto têm que ser registradas 
independentemente do tamanho do estabelecimento, porém as granjas em até mil aves que 
não comercializam o seu produto não precisa de registro. 
Precisa deixar arquivado por um período não inferior a 2 anos a disposição do serviço 
oficial o registro das atividades do trânsito de aves (cópias das GTA’s), ações sanitárias 
executadas, protocolos de vacinações e medicações utilizadas e datas das visitas e 
recomendações do RT do médico veterinário oficial. 
- Precisa de requisitos necessários para registro de granjas, como: padrões de cerca e 
isolamento, requerimento de solicitação ao órgão de registro, Médico veterinário responsável 
pelo controle sanitário, planta de localização, planta baixa e memorial descritivo (localização, 
isolamento e existência de barreiras / origem dos pintinhos e destino das aves / manejo das 
aves, sendo iluminação, ventilação, arraçoamento, água / manejo da cama, esterco etc. (Todas 
as medidas higiênico-sanitárias e de biosseguridade adotadas). 
PLANO DE CONTINGÊNCIA: 
É basicamente o que se deve fazer diante de uma doença aviária ou suspeita de 
ocorrência no lote de aves, sendo que é fundamental estabelecer o que está acontecendo > agir 
rapidamente > conjunto de ações tomadas nesta situação = plano de contingência. Agora, se há 
detectação dos vírus nessas aves, o plano de contingência deve ser acionado, sendo que é 
fundamental focar nas doenças de maior prejuízo econômico e de importância na saúde pública. 
No caso de ter uma confirmação da suspeita, as amostras que ser coletadas, registrando seu 
método de coleta e enviar diretamente para o laboratório, a notificação da suspeita é 
determinada pelos órgãos e as medias a serem tomadas são sacrifício, tratamento, restrição da 
saída de produtos da propriedade. 
✓ SUSPEITA: 
• Sintomatologia sugestiva: (sinais respiratórios, nervosos ou digestórios) de Influenza 
Aviária ou Doença de Newcastle em qualquer espécie de ave; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira | @surtavet || PUC BETIM 
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 • Sinais repentinos e acentuados, tais como: produção, consumo de água ou ração e taxa 
de mortalidade; 
*Dentro de 72 horas! (IN 36/2012) 
✓ NOTIFICAÇÃO: 
Médico veterinário, proprietário, produtor e demais envolvidos com a atividade avícola, 
denúncia anônima ou ainda pelas próprias autoridades sanitárias locais que trabalham em 
abatedouros de aves e órgãos competentes. Sendo que para quem se deve notificar são os 
escritórios locais ou diretamente ao MAPA.

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