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@gavagiuh – FMT / 103 Situação-problema 2 1. Compreender o mecanismo de liberação de neurotransmissores Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, percorrem distâncias curtas e permitem que os neurônios se comuniquem. Através destes, é possível enviar informações a outras células por diversas partes do corpo. Dado que os neurônios formam uma rede de atividades elétricas, eles de algum modo têm que estar interconectados. Quando um sinal nervoso, ou impulso, alcança o fim de seu axônio, ele viajou como um potencial de ação ou pulso de eletricidade. As membranas das células emissores e receptoras estão separadas entre si pelo espaço sináptico, que é preenchido por um fluido. Portanto, o sinal não pode ultrapassar eletricamente esse espaço. Assim, os neurotransmissores são liberados pela membrana emissora pré-sináptica e se difundem através do espaço para os receptores da membrana do neurônio receptor pós-sináptico. A ligação dos neurotransmissores para esses receptores tem como efeito permitir que íons fluam para dentro e para fora da célula receptora (condução nervosa). DIREÇÃO DO FLUXO DE INFORMAÇÃO: do axônio terminal (pré-sináptico) para o neurônio alvo (pós- sináptico). SINAPSE Os sinais são passados de um neurônio pré-sináptico para um pós-sináptico através da fenda sináptica. Um potencial de ação (abertura e fechamento de canais de sódio e potássio) no neurônio pré-sináptico segue pelo axônio até chegar no terminal axonal. O botão terminal do terminal axonal contém inúmeras vesículas preenchidas com neurotransmissores, substâncias químicas que carregam a informação através da sinapse. Quando o potencial de ação atinge o botão terminal, as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática do neurônio pré-sináptico, liberando os neurotransmissores para a fenda sináptica. Os neurotransmissores afetam o neurônio pós- sináptico, mudando a distribuição de cargas ao longo da membrana (canais de íon). https://www.youtube.com/watch?v=1r-A9RpbIr8 2. Entender o funcionamento das vias aferentes e eferentes Vias aferentes AS GRANDES VIAS AFERENTES SÃO COMO CADEIAS NEURONAIS, UNINDO OS RECEPTORES AO CÓRTEX. São aquelas que levam aos centros nervosos supra- segmentares (cérebro e cerebelo) os impulsos nervosos originados nos receptores periféricos. Em cada uma das vias aferentes, deve-se saber o receptor, o trajeto periférico, o trajeto central e a área de projeção cortical. Receptor: terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via. Trajeto periférico: compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a este nervo. Trajeto central: no trajeto pelo SNC, as fibras das vias aferentes, se agrupam em feixes de acordo com suas funções. Área de projeção cortical: está no córtex cerebral ou no córtex cerebelar; no primeiro caso, a via nos permite distinguir os diversos tipos de sensibilidade https://www.youtube.com/watch?v=1r-A9RpbIr8 @gavagiuh – FMT / 103 (consciente). Quando a via não termina no córtex cerebelar, o impulso não determina qualquer manifestação sensorial e é utilizado pelo cerebelo para realização de sua função primordial de integração motora (inconsciente). VIAS INCONSCIENTES: constituídas por dois neurônios. VIAS CONSCIENTES: constituídas por três neurônios. NEURÔNIO 1: geralmente fica fora do SNC em um gânglio sensitivo (ou na retina e mucosa olfatória, no caso das vias óptica e olfatória). É um neurônio sensitivo (em geral pseudo-unipolar), cujo dendraxônio se bifurca em “T”, dando um prolongamento periférico e outro central. O prolongamento periférico liga-se ao receptor, enquanto o prolongamento central penetra no SNC pela raiz dorsal dos nervos espinhais ou por um nervo craniano. NEURÔNIO 2: localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos de nervos cranianos do tronco encefálico (exceto vias óptica e olfatória). Origina axônios que geralmente cruzam o plano mediano logo após sua origem e entram na formação de um trato ou lemnisco. NEURÔNIO 3: fica no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex por uma radiação talâmica (exceto via olfatória). Vias eferentes Põem em comunicação os centros supra-segmentares do sistema nervoso com órgãos efetuadores. Formam um sistema de resposta aos estímulos que chegam ao sistema nervoso. Podem ser divididas em dois grupos: vias eferentes somáticas e vias eferentes viscerais. VIAS EFERENTES VISCERAIS: destinam-se ao músculo liso, músculo cardíaco ou às glândulas, regulando o funcionamento das vísceras e dos vasos. O sistema nervoso supra-segmentar liga-se aos neurônios efetuadores através de conexões diretas pelo trato hipotálamo-espinhal. VIAS EFERENTES SOMÁTICAS: controlam a atividade dos músculos estriados esqueléticos, permitindo a realização de movimentos voluntários ou automáticos, regulando ainda o tônus e a postura. São divididas em: VIAS PIRAMIDAIS– compreende os tratos córtico- espinhal e córtico-nuclear e suas áreas de origem. Responsáveis pelos movimentos voluntários. Trato córtico-espinhal Trato córtico-nuclear VIAS EXTRAPIRAMIDAIS – compreende todas as demais estruturas e vias motoras somáticas. Responsável pelos movimentos automáticos e regulação do tônus e da postura. Trato rubro-espinhal Trato tecto-espinhal Trato vestíbulo-espinhal Trato retículo-espinhal @gavagiuh – FMT / 103 269 – neuroanatomia clínica de snell 3. Discutir o funcionamento do arco reflexo Arco reflexo é a resposta dada a um estímulo recebido por um nervo, ocorrendo de forma inconsciente / involuntária (excitação processada na medula e não no encéfalo). A interrupção do arco reflexo em qualquer ponto ao longo de seu trajeto abole a resposta. Um arco reflexo é constituído de: ÓRGÃO RECEPTOR: reage ao estímulo CONDUTOR AFERENTE: transmite os impulsos para um centro reflexo. CENTRO REFLEXO: local onde os estímulos recebidos dos receptores ou de outros centros podem modificar o efeito do estímulo recebido. CONDUTOR EFERENTE: conduz a resposta para o órgão efetor. ÓRGÃO EFETOR: produz a reação ou reações. Na medula, os arcos reflexos desempenham papel importante na manutenção do tônus muscular (estado de tensão do músculo no repouso), que é a base da postura corporal. ÓRGÃO RECEPTOR: pele, músculos ou tendões. NEURÔNIO AFERENTE: está localizado no gânglio da raiz posterior (corpo) e o axônio central de primeira ordem termina em sinapse com o neurônio efetor. Como as fibras aferentes são de grande diâmetro e condução rápida e como há apenas uma sinapse, a resposta é muito rápida. Os arcos reflexos podem simples ou complexos conforme o número de componentes envolvidos. REFLEXO SIMPLES: componentes são menores e geralmente a resposta é obtida em um único órgão efetor. Ex: reflexo de estiramento, onde um único músculo é recrutado. REFLEXO COMPLEXO: diversos músculos respondendo a um estímulo. Ex: a deglutição e o ato de coçar. Os reflexos podem ser separados quanto à sua localização no SNC, sendo eles reflexos bulbares e reflexos medulares. REFLEXOS BULBARES: são os reflexos capazes de controlar os sistemas respiratório e cardiovascular. REFLEXOS MEDULARES: são divididos em dois – os exteroceptivos e os proprioceptivos. Exteroceptivos: estimulados por receptores cutâneos sensíveis à pressão, temperatura, dor e tato; Proprioceptivos: estimulados por receptores localizados nos músculos, ligamentos, articulações e tendões. TIPOS DE REFLEXOS REFLEXO DE ESTIRAMENTO: também chamado de reflexo profundo reflexo tendíneo ou miotático. Acontece no nível muscular (fuso muscular), sendo extremamente sensível ao alongamento das fibras. Este reflexo se inicia com um estímulo aferente no receptor muscular (fuso muscular), ao ser estirado este gera um potencial de açãoque é transmitido pelos axônios das células localizadas nos gânglios dorsais (condutor aferente) que irão terminar no centro reflexo. O centro reflexo está situado na medula espinhal, sendo constituído pelos neurônios motores; ao fazer a conexão com os neurônios motores alfa, estes irão se despolarizar e conduzir os estímulos (potencial de ação) @gavagiuh – FMT / 103 para a periferia através de seus axônios (condutores efetores) que compõem as raízes anteriores. Estes potenciais são conduzidos pelos axônios motores, que ao chegarem à porção terminal liberam acetilcolina na placa motora, com consequente contração muscular (efetor). O músculo ao se contrair, relaxa os fusos musculares e estes ao deixarem de ser estimulados param de gerar potenciais. Este reflexo é chamado de reflexo de estiramento fásico. No centro reflexo, as terminações dos condutores aferentes, além de fazerem sinapses com os neurônios motores, também fazem sinapses com outras células. Estas células geralmente são inibitórias dos neurônios motores situados abaixo ou acima dos locais onde o arco reflexo está se processando. O estimulo dessas células faz com que os neurônios motores situados antagonicamente ao arco que estamos procurando estimular inibam os neurônios motores e consequentemente os músculos antagonistas, se isso não ocorrer, não será possível produzir o movimento. Além dos neurônios motores alfa, existe uma participação muito importante dos neurônios motores gama. Esses neurônios enviam seus axônios para os fusos musculares, determinando uma contração das fibras intra-fusais. Os neurônios motores usualmente têm alguma atividade espontânea, mantendo sempre os fusos tonicamente ativos. Ex: reflexo patelar. REFLEXO DE RETIRADA: acontece em nível cutâneo e que é conduzido até a medula espinal. Ex: resposta sensorial automática que obteremos ao aproximar nossa mão do fogo. Termos desconhecidos DISARTRIA: A disartria é a perda da capacidade de articular as palavras de forma normal. É uma condição neurológica que causa uma alteração na pronúncia ou articulação da fala. (dificuldade na articulação das palavras) AFASIA: é uma deterioração da função da linguagem falada e escrita, após ter sido adquirida de maneira normal e sem déficit intelectual correlativo. É caracterizada pela dificuldade em nomear pessoas e objetos. (não conseguir falar) A principal causa da afasia é o acidente vascular cerebral (AVC), que resulta em uma lesão cerebral. Deste modo, essa patologia provavelmente é a maior sequela ou limitação, do ponto de vista pessoal, social ou econômico, resultante de um dano cerebral. Afasia de Wernecke: caracteriza-se pela fala fluente, ou logorréia, que não faz sentido para o ouvinte, embora a pessoa acredite estar falando correto e mantendo a entonação adequada. Normalmente, o paciente com logorréia apresenta dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue articular as palavras e irrita-se quando não é compreendido. É comum também esses pacientes articularem palavras que existam, mas que juntas não representam nenhum significado lógico. (logorréia – não parar de falar). Afasia de Broca: neste caso o paciente preserva a compreensão, mas têm dificuldade para falar, porque lhe faltam as palavras. Algumas escolhem jargões, uma palavra ou um nome qualquer para situações distintas e acreditam estar comunicando o que querem dizer. Afasia global: é quando ocorre a perda total da capacidade de fala, compreensão, leitura e escrita. http://www.eerp.usp.br/ebooks/avalia_linguagem.pdf https://saudemental.ufop.br/linguagem-e-suas- alteracoes http://www.eerp.usp.br/ebooks/avalia_linguagem.pdf https://saudemental.ufop.br/linguagem-e-suas-alteracoes https://saudemental.ufop.br/linguagem-e-suas-alteracoes
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