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Estágio de fisioterapia em uroginecologia Discentes: Ana Lúcia Átila Gonzaga Ingrid Louise Joice Souza Marcos Antônio Valeska Gaudêncio Viviane Rocha Supervisão: Cláudia Liony Laizza Santana Prolapso genital Definição - ICS "Descenço da parede vaginal anterior e/ou posterior, assim como do ápice da vagina." HAYLEN, 2016. Fisiopatologia Suporte anatômico das vísceras pélvicas: Músculo longitudinal do ânus; Músculo elevador do ânus: Pubococcígeo; Puborretal; Iliococcigeo; A fáscia endopélvica; Ligamentos: Puborretais; Uropelvicos; Utero-sacro; LIMA, 2012 Fatores de Risco Lesão muscular; Distúrbios do tecido conjuntivo; Trabalho de parto; Aumento da pressão intra-abdominal; Processo de envelhecimento. HORST, 2016 Terminologia, tipos CISTOCELE RETOCELE URETROCELE ENTEROCELE PROLAPSO DA PAREDE VAGINAL ANTERIOR OU DA BEXIGA CAUSAS: Partos vaginais complicados Tosse crônica Constipação crônica CLASSIFICADO EM 3 GRAUS Queda parcial da bexiga (leve) Atinge a abertura da bexiga (moderada) A bexiga paira a vagina (grave) PROLAPSO DA PAREDE VAGINAL posterior CLASSIFICADO EM 3 GRAUS Distensão leve Distensão até o entróito vaginal Além do intróito vaginal Estágio 0: Nenhum prolapso é demonstrado. Estágio I: A maior parte distal do prolapso está mais de 1 cm acima do nível do hímen. Estágio II: A porção mais distal do prolapso está situada entre 1 cm acima do hímen e 1 cm abaixo do hímen. Estágio III: A porção mais distal do prolapso está a mais de 1 cm além do plano do hímen, mas sempre é pelo menos 2 cm menor que o comprimento vaginal total. Estágio IV: É demonstrada eversão completa ou a pelo menos 2 cm do comprimento total do trato genital inferior. HAYLEN, 2016. CLASSIFICAÇÃO O examinador deve observar qual o ponto de maior prolapso através de valsalva ou leve tração. Determinados os pontos, os prolapsos são classificados em: Epidemiologia De acordo com estudos, 6 a 8% das mulheres referem sintomas de prolapso; A prevalência estimada é de 21,7% em mulheres de 18–83 anos; 30% nas mulheres entre 50 e 89 anos; Aos 80 anos 11,1% das mulheres têm ou tiveram indicação cirúrgica para a correção do prolapso genital ou de incontinência urinária. sINTOMAS Qualquer fenômeno mórbido ou um afastamento da sensação, estrutura ou função normal, experimentada pela mulher em referência à posição de seus órgãos pélvicos; Pioram com a ação da gravidade; Melhoram sem a ação da gravidade. HAYLEN, 2016 Prolapso Vaginal: Abaulamento vaginal; Pressão pélvica; Sangramento, corrimento, infecção; Dor lombar; Prolapso da uretra: Queixa de um "nódulo" no meato uretral externo. Prolapso anorretal: Queixa de uma “protuberância” ou “algo descendo” em direção ou através do ânus / reto. Prolapso retal: Queixa de protrusão externa do reto. HAYLEN, 2016 Sintomas do trato urinário inferior relacionados ao prolapso: Hesitância; Fluxo lento; Pulverização (divisão) do fluxo urinário; Sensação de esvaziamento incompleto (bexiga); Vazamento pós-micção; Micção dependente da posição; Splinting; Disúria; Retenção (urinária); Urgência urinária. Sintomas de disfunção anorretal relacionada ao prolapso: Constipação; Sensação de esvaziamento incompleto; Esforço para defecar; Sensação de bloqueio anorretal; Digitation; Urgência fecal (retal). Sintomas de disfunção sexual relacionados ao prolapso: Dispareunia; Relações sexuais obstruídas; Frouxidão vaginal; Libido. HAYLEN, 2016 Sinais Todos os exames para POP devem ser realizados com a bexiga da mulher vazia (e, se possível, com um reto vazio). Posição durante o exame: Posiçaõ de Sims; Decúbito Dorsal; Litotomia; Ortostase. HAYLEN, 2016 Fonte: GOOGLE Fonte: GOOGLE Níveis e comprimentos anatômicos vaginais: Nível I: Colo uterino (se presente) e/ou parte superior de 2,5 cm da vagina. Nível II: Da extremidade distal do Nível I ao hímen. Nível III: Vestíbulo vaginal, entrada vaginal do anel himenal até logo abaixo do clitóris anteriormente, pequenos lábios lateralmente e períneo anterior posteriormente. Comprimento vaginal total: Salto vaginal posterior ao hímen, ou seja, níveis I e II posteriormente. Comprimento vaginal posterior total: Salto vaginal posterior à margem posterior do vestíbulo, ou seja, Níveis I, II e III posteriormente. Comprimento vaginal anterior: Anel himenal anterior ao cofre vaginal anterior. HAYLEN, 2016 Quantificação do prolapso de órgão pélvico (POP-Q) Essa classificação utiliza 9 pontos, que são medidos em centímetros. Tem como referencial o anel himenal, logo, tudo que está para "dentro" do anel himenal recebe o sinal negativo e tudo que está para "fora" do anel himenal recebe o sinal positivo. Os pontos mais importantes são: Ba: O ponto referente a parede vaginal anterior (remete a cistocele). Bp: O ponto referente a parede vaginal posterior (remete a retocele). C: O ponto do colo uterino (nas mulheres que tem Útero) e ponto da cúpula vaginal (nas mulheres esterectomizadas). D: Local de inserção dos ligamentos úterosacrais. HAYLEN, 2016 Tratamento fisioterapêutico O tratamento feito pelo fisioterapeuta, consistem em trabalhar o músculo do assoalho pélvico: Exercício Assoalho Pélvico ( Kegel Lentos e Rápidos ) Biofeedback Cones vaginais Tratamentos Fisioterapêuticos Eletroestimulação Pessário Outras opções terapêuticas Tratamento cirúrgico Técnicas Obliterativas Técnicas Reconstrutivas Referencia das imagens (slide 22-27): 1. Palma P, Ricetto C, Hernández M, Olivares JM. Prolapsos urogenitales: Revisión de conceptos. Actas Urol Esp. 2008; 32:618-23. Referências Horst W, Silva JC. Prolapsos de órgãos pélvicos: revisando literatura. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2016;45(2):91-101. LIMA, M. I. M. ; Lima, Maria I.M. ; Lucena, Adriana ; Lima, Saulo Augusto ; LODI, C. T. ; luiza de miranda lima ; BARROS, M. V. M. ; RABELO, H. . prolapso genital. Femina (Rio de Janeiro) , v. 40, p. 69, 2012. Haylen BT, Maher CF, Barber MD, et al. An International Urogynecological Association (IUGA)/International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic organ prolapse (POP). Int Urogynecol J. 2016;27:165–94.
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