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Planejamento Familiar (contraceptivos, DIU etc)

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Planejamento Familiar 
Junyara Souza
2
ROTEIRO – ANTICONCEPÇÃO:
· Introdução 
· Conceitos fundamentais: eficácia, efetividade e índice de Pearl
· Critérios de elegibilidade da OMS
· Classificação: reversíveis e não reversíveis
· Métodos reversíveis: comportamentais, de barreira, dispositivos intrauterinos, hormonais e LAM
· Métodos irreversíveis: LT e Vasectomia (Critérios)
· Indicações, seus componentes, contraindicações, modo de usar e mecanismos de ação, efeitos colaterais, benefícios não contraceptivos, vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos
· Contracepção de urgência
INTRODUÇÃO:
Taxa de gestações não planejadas é de 50% em países desenvolvidos, apesar do número crescente de métodos contraceptivos
Aspectos considerados para cada mulher, individualmente, na escolha do método contraceptivo (MAC) mais apropriado: segurança, efetividade, acessibilidade e aceitabilidade por questões éticas e culturais.
Definição de Planejamento Familiar: Lei 9263 de 12/01/1996: Conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal
Direito de todos. O tema engloba aspectos médicos, religiosos e sociais
Atendimento individualizado e acesso a informações
É direito de todos decidir o futuro da família e cabe à FAMÍLIA a decisão nos planos e estratégias do planejamento familiar
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
Índice de Pearl: OMS, principal avaliador da eficácia de um método contraceptivo. São 100 mulheres usando um método em um ano e sua taxa de falha nesse período. 
Quanto menor o índice de Pearl maior é a eficácia do método.
A OMS recomenda que os métodos contraceptivos tenham IP menor do que 4 gestações em 100 mulheres/ano.
Eficácia do método: condições ideais, uso perfeito (fabricantes).
Efetividade do método: uso rotineiro, vida real, uso correto ou incorreto.
EFICÁCIA X EFETIVIDADE:
EFICÁCIA DOS MAC (USO TÍPICO E USO PERFEITO):
Embora a maioria dos MAC sejam seguros para grande parte das mulheres, a OMS tem publicado desde 1995/1996, com atualizações periódicas, um guia de recomendações, baseado em evidências, para o uso seguro dos MAC em situações específicas relacionadas a características clínicas e condições de saúde das mulheres que buscam a contracepção
LINK para acessar os Critérios Médicos de Elegibilidade dos MAC – OMS MEC, quinta edição, 2015:
https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family planning/MEC-5/en/
Critérios de elegibilidade da OMS:
Contraindicações para o uso de estrógeno: enxaqueca com áurea, fumo >35anos de idade, hipertensão não controlada, diabetes com LOA.
OBS: progesterona diminui a lubrificação vaginal.
OMS 2015 baseada em evidências. Ela orienta os profissionais de saúde e as usuárias na escolha do método a ser usado.
· CATEGORIA 1: sem restrições. EX: preservativos.
· CATEGORIA 2: com restrições, precauções, vantagens superam os riscos, acompanhamento médico mais frequente
· CATEGORIA 3: os riscos em geral superam os benefícios, sendo a última escolha. Acompanhamento médico rigoroso. 
· CATEGORIA 4: não deve ser usado
Métodos Reversíveis e Irreversíveis:
Métodos Comportamentais: abstenção periódica, Ogino-Knaus, temperatura corporal basal, Billings, sintotérmico, ejaculação extravaginal, medidor portátil de LH e de gliconatos de estriol
Métodos de barreira: condons F e M, espermicidas, diafragma, esponja e capuz cervical
Dispositivos intrauterinos: Cobre e SIU-LNG
Hormonais: Combinados, progestagênicos e de emergência: orais, vaginal, transdermicos, injetáveis (mensal e trimestral), implantes e SIU-LNG
LAM: lactorréia/amenorreia
Feminino: LT
Masculino: Vasectomia
AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL ANTES DA PRESCRIÇÃO DOS MAC:
Em mulheres saudáveis, além da anamnese, mínima avaliação clínica e laboratorial é necessária antes da indicação e início dos MAC.
Caso seja necessário, para início imediato dos MAC, quase nenhuma avaliação clínico-laboratorial deve ser realizada.
Durante o acompanhamento algumas particularidades de cada método podem avaliadas.
abreviações usadas nas tabela acima:
· CHC: contracepção hormonal combinada; POP: pílula só com progestágenos: SIU-LNG: Sistema Intra-Uterino com Levonorgestrel; 
· CE : Contracepção de emergência
· Sim, essencial e obrigatória para garantir a eficácia e/ou segurança do MAC
· N: não, não contribui substancialmente para garantir a eficácia e/ou segurança do MAC
· C: contribui para garantir a eficácia e/ou segurança do MAC, mas deve ser feita uma criteriosa ponderação entre o benefício e os riscos de não realizar esta avaliação no momento da prescrição/ inserção dos MAC.
· &: IMC basal ajuda a monitorar e orientar as pacientes sobre o ganho de peso que pode ocorrer durante uso dos MAC
· *: se a paciente tiver fatores de risco para IST, o rastreio laboratorial, quando indicado pode ser realizado no momento da inserção do SIU/DIU. Presença de cervicite muco-purulenta contraindica a inserção, devendo ser realizada após a conclusão do tratamento.
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS:
· Polietileno, medicados e não medicados
· Dius não medicados (inertes): alça de Lipps (pouco usado) – praticamente não são usados.
· Dius medicados (ativos): cobre, prata ou levonorgestrel
 
CONTRACEPÇÃO INTRAUTERINA:
APRESENTAÇÕES E COMPOSIÇÃO:
O que muda entre um DIU e outro é a quantidade de cobre. Quanto mais cobre, mais eficácia.
a) DIU de cobre 380 A: 380 mm2 de cobre. Formato de T, dimensões de 35 mm na haste vertical e 32 mm de largura na horizontal
b) DIU de cobre 375: 375 mm2 de cobre, formato de “Âncora” / “Ferradura” , dimensões de 35 mm na haste vertical e 20 mm de largura na horizontal (braços flexíveis).
c) DIU de cobre e prata: 380 mm2 de cobre. O fio de cobre tem um núcleo de prata.
d) Sistema intrauterino com levonorgestrel (SIU-LNG): medicado com 52 mg de levonorgestrel na haste vertical, com liberação de 20 mg de levonorgestrel por dia, dimensões de 32 mm na haste vertical e 30 mm de largura na horizontal. Único disponível no mercado brasileiro: MIRENA.
e) Sistema intrauterino com levonorgestrel (SIU-LNG): medicado com 19,5 mg de levonorgestrel na haste vertical, com liberação de 12 mg de levonorgestrel por dia, dimensões de 30 mm na haste vertical e 28 mm de largura na horizontal. Único disponível no mercado brasileiro: KYLEENA.
AVALIAÇÃO PRÉ-INSERÇÃO DO DIU:
Avaliação clínica: 
Colher história completa incluindo a sexual e avaliar critérios de elegibilidade e risco de IST (idade menor 25 anos, mais de um parceiro sexual no último ano, novo parceiro sexual nos últimos 3 meses, parceiro sexual que se relaciona com outras parceiras, história de IST, uso abusivo de álcool e / ou outras drogas).
Rastreio para IST:
Idade menor 25 anos, mais de um parceiro sexual no último ano, novo parceiro sexual nos últimos 3 meses, parceiro sexual que se relaciona com outras parceiras, história de IST, uso abusivo de álcool e / ou outras drogas.
O recomendado é investigar Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, embora nem sempre está ao alcance. 
Caso seja possível, oferecer outro MAC enquanto investiga. 
Não sendo possível oferecer o rastreio, o uso profilático de antibiótico antes da inserção do DIU, para reduzir o risco de desencadear uma doença inflamatória pélvica aguda (DIPA), não é uma medida com boa relação custo/benefício. O risco de a paciente desenvolver a DIPA pela inserção do DIU é baixa com ou sem a antibioticoprofilaxia.
Rastreio positivo para Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em mulheres assintomáticas com tratamento completo com antibiótico específico, o DIU pode ser inserido. 
Rastreio positivo em mulheres assintomáticas, em situação de emergência, o DIU pode ser inserido no mesmo dia que o tratamento com antibióticos for iniciado.
Mulheres com sintomas de IST e/ou DIPA: Devem ser tratadas e a inserção do DIU deve ser postergada até completarem o tratamento e não apresentarem sinais clínicos de infecção. Oferecer outro MAC durante o tratamento, se for necessário. Orientar, abstinência sexual até que apaciente e o parceiro sexual tenham completado o tratamento.
Não é necessário, a pesquisa de Vaginose Bacteriana ou Candidíase Vaginal em mulheres assintomáticas. Caso haja suspeita, tratar e inserir o DIU no mesmo momento. Sífilis e HIV devem ser oferecidos rotineiramente.
A antibioticoprofilaxia não é indicada, rotineiramente, para a inserção ou remoção do DIU em mulheres com condições clínicas que aumentam o risco de endocardite bacteriana (ex. prótese valvulares, prolapso de válvula mitral etc.).
DIU DE COBRE:
MECANISMO DE AÇÃO:
Índice de Pearl de 0,8% o T cobre 380 A mais eficaz de todos. Duração de 10 anos
Mecanismo de ação: 
· Alterações espermáticas, ovulares, cervicais, endometriais e tubárias;
· Mudanças bioquímicas e morfológicas endometriais;
· Modificações no muco cervical; 
· Alterações no transporte tubário e interferência na função e viabilidade dos gametas.
Corpo estranho → reação inflamatória pronunciada endometrial → tornando-o hostil e improprio à implantação embrionária, com aumento de leucócitos, prostaglandinas e enzimas nos fluidos uterinos e tubários
O cobre potencializa e aumenta as reações inflamatórias desde já no muco cervical. Interfere na mobilidade do espermatozoide dificultando a capacitação espermática
Inflamação: interfere no transporte dos espermatozoides - afeta a função e viabilidade dos gametas 
EFEITOS COLATERAIS E BENEFÍCIOS:
· Aumento fluxo menstrual e piora da dismenorreia (anemia)
· Longa duração, eficaz e duradoura
· Não interfere nas relações sexuais, nem na libido e nem no orgasmo
· Não contem hormônios e seus efeitos 
· Imediatamente reversível
· Não interfere com o aleitamento
· Pode ser usado logo após o parto e abortamento (sem infecção)
· Pode ser usado ate a menopausa
· Não interage com outras medicações
· Principais causas de descontinuidade: desejo de gravidez, anemia, fluxo aumentado e dor.
OBS: NÃO É INDICADO EM PACIENTES COM ENDOMETRIOSE.
DIU HORMONAL (mirena):
SISTEMA LIBERADOR DE LEVONORGESTREL SUS-LNG.
Contem 52 mg de levonorgestrel (20 microgramas ao dia e que vai diminuindo ao longo dos 5 anos)
Taxas de falhas de 0,1% no primeiro ano.
Menos riscos a efeitos trombogênicos.
Seu mecanismo de ação consiste na ação primária da progesterona:
· Muco cervical espesso, hostil dificultando a penetração do espermatozoide. Inibe a motilidade no endométrio e trompas.
· A alta concentração de levonorgestrel no endométrio impede a ação do estradiol circulante com efeito antiproliferativo com inibição da atividade mitótica levando a um endométrio fino e inativo.
· Os níveis baixos de esteroides circulantes podem as vezes inibir a ovulação (não muito comum)
A lubrificação vaginal está normal pois há produção estrogênica, mesmo que baixa.
OBS: o uso de progesterona isolada é tão eficaz quanto o uso de progesterona combinada com estrógeno. Os contraceptivos combinados tem MENOR interferência na libido. 
EFEITOS COLATERAIS E BENEFÍCIOS:
· Sangramento irregular (escape) 3 a 5 meses
· Principal causa de descontinuidade do método: spotting
· Cefaléia, náusea e depressão
· Menos comuns: acne, mastalgia e ganho de peso
· Benefícios: efeitos sobre o ciclo menstrual (diminui fluxo e dismenorreia)
· Previne anemia, não interfere na coagulação sanguínea, no metabolismo de carboidrato, lipídios, HDL colesterol ou enzimas hepáticas
· Promove controle da menorragia (histerectomias)
· Pode ocorrer sangramento irregular ate 5 meses da inserção, 50% tem amenorreia com a continuidade do uso, a maioria das mulheres continua ovulando mesmo em amenorreia e não é indicado para contracepção de emergência
· Tem fertilidade rapidamente retomada
Intercorrências com o uso do DIU e SIU-LNG:
· Perfuração uterina
· Expulsão (primeiro mês e nuligesta)
· Dismenorreia (cobre) e sangramento anormal
· DIP: CDC 2015 não há associação entre diu e dip. Discreto aumento apenas nas 3 primeiras semanas: infecção preexistente e má técnica asséptica na inserção
· Preenhez ectópica: entre as raras gravidezes com diu (0,2 no SIU LNG) há maior chance de ser ectopica quando houver falha do método
· Todos os dois dius podem ser usados em pacientes que já tiveram ectópica
· Gravidez x DIU: Retirar ate 12 semanas se tiver fios visíveis o que aumenta a chance de manter a gestação. Se não conseguir retirar, aumenta chance de abortamentos 50%.
· DIP e DIU: tratar com antibióticos, nem sempre precisa remover o diu. Se retira o DIU se com o tto não houver melhora em 48 h CDC 2015 e MS 2015
ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DE DIU E CRITÉRIOS DE ELEGIBILIADE DA OMS:
Época: menstruada...
Exame ginecológico prévio. Categoria 4 se tiver alterações que distorçam a cavidade endometrial
Tamanho da cavidade uterina: 6 a 9 cm 
USG de controle não é consenso. 
Pode ser inserido no trans cesárea. Dez minutos após a dequitação, nas primeiras 48 h e após abortamentos. 
DIU COBRE: CATEGORIA 4: Mioma com distorção endometrial, infecção puerperal, imediatamente após aborto séptico, sangramento vaginal inexplicado, DIP para iniciar, cervicite purulenta por clamídia ou neisseria, ca de colo e endométrio para inicio de uso.
CONTRACEPÇÃO HORMONAL:
Estrógeno + progestágeno ou apenas progestágeno.
VO, IM (mensal ou trimestral), transdérmica, subcutâneo e vaginal.
MECANISMO DE AÇÃO DOS MÉTODOS COMBINADOS:
· Anovulação
· Bloqueio do eixo hipotálamo-hipofisário
· Supressão do LH e do FSH
· O progestágeno suprime o pico de LH
· O estrogênio inibe a secreção de FSH
· Com isso os folículos ovarianos não amadurecem, não produzem estrogênios e não ocorre pico de LH no meio do ciclo.
· Vias de administração: oral, injetável mensal, adesivo, anel vaginal.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS COMBINADOS:
· Mais usados no mundo
· Estrógenos + progestagenos: monofásicas, bifásicas e trifásicas
· Atuam nas gonadotrofinas, no muco cervical, no endométrio e no transporte ovular nas trompas
· O estrógeno mais utilizado é o etinilestradiol, há também o valerato de estradiol mais recentemente conhecido
· Os progestágenos variam nos seus efeitos clínicos e podem derivar da progesterona (acetato de ciproterona e clormadinona), da testosterona (noretindrona e dienogeste; levonorgestrel, desogestrel, gestodeno e norgestrel) e por fim da espironolactona (drospirenona)
· A dosagem de estrogênio acima de 35 mcg aumenta o risco trobogênico
COMPOSIÇÃO:
· Estrógenos: etinilestradiol (EE), EM DOSES DE 15,20,30,35 e 50mcg por pílula (50mcg é usado excepcionalmente) ou valerato de estradiol (VE) em doses de 1,5 mg por pílula em esquemas contínuos e de 2 a 3 mg por pílula em esquemas cíclicos, associados aos,
· Progestágenos de diferentes gerações, com redução progressiva da atividade androgênica:
· Primeira geração: noretirterona (NET)
· Segunda geração: levonorgestrel (LNG)
· Terceira geração: desogestrel (DSG), gestodene (GTD), norgestimato (NGT)
· Outras: drospirenone (DRSP), dienogeste (DNG), acetate de nomegestrol (NOMAc), acetato de ciproterona (CIP)
· Quanto menor a dose de estrógeno maior o escape e maior chance de amenorreia pos pílula.
Apresentação:
· Contraceptivos orais combinados (inúmeras formulações),
· Adesivos transdérmicos (150mcg norelgestromina e 20 mcg EE/dia
· Anel vaginal (15 mcg EE e 120 mcg etonorgestrel/dia)
· Injetáveis mensais (ACI) (150 mg de algestona acetofenida, e 10 mg de enantato de estradiol ou VE 5 mg e enantato de noretisterona 50 mg)
DESVANTAGENS DO ESQUEMA PADRÃO:
· Sangramento por suspensão hormonal pode ser volumoso ou inadesejado
· Cefaleia, mastalgia ou alterações de humor no período de pausa
· Supressão ovariana é reduzida e o crescimento folicular pode ocorrer nos períodos de pausa principalmente nos COC com baixas doses de EE
· Desvantagens do esquema contínuo: Sangramento de escape imprevisível durante o uso do COC
QUANDO INICICIAR OS CHC:
· Os CHC com EE podem ser iniciados até o quinto dia da menstruação, sem necessidade de proteção contracepção adicional.
· Os CHC com EE podem ser iniciados em qualquer fase do ciclo menstrual (INÍCIO IMEDIATO), sendo que exista uma razoável evidência de que a mulher não esteja grávida.Neste caso é necessário um novo teste de gravidez (TG) confirmatório a ser realizado pelo menos 21 dias após a última relação sexual desprotegida
· Nas mulheres com ciclos menstruais menores que 21 dias ou quando o componente estrogênico do CHC escolhido for o VE, O CHC deverá ser iniciado no primeiro dia do ciclo menstrual, sem necessidade de proteção contraceptiva adicional. Se iniciados após o primeiro dia, é necessária proteção contraceptiva adicional ( preservativos ou abstinência) por 7 dias
Critérios para excluir gravidez com razoável evidência:
Quando iniciar os contraceptivos hormonais combinados em situações especiais:
Classificação dos ACO de acordo com a dose do estógeno:
· Alta: acima de 50 mcg de EE
· Média: 50mcg de EE
· Baixa: 30 a 35 mcg de EE
· Muito baixa: 15 a 20 mcg de EE
· O Indice de Pearl é o mesmo para as diferentes concentrações de EE
· O risco trombogênico pode ser potencializado pela associação com a progesterona: maior risco (desogestrel) e menor risco (levonorgestrel)
· O fumo aumenta os riscos de IAM e trombose (acima de 35 anos): (nicotina x estrogênios x fatores da coagulação x agregação plaquetaria x ação vasoconstrictora da nicotina)
· Adolescente e climatérica
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS DE PROGESTÁGENOS:
COMPOSIÇÃO:
Progestágenos, apenas: noretirsterona (NET), levonorgestrel (LNG) ou desogestrel (DSG) / etonorgestrel, acetato de medroxiprogesterona. Não contém estrógenos.
APRESENTAÇÃO E ESQUEMA DE USO:
1) Via oral (POP):
· Noretisterona 0,35 mg (se amamentando, até 6 meses pós parto se ainda não menstruou)
· Levonorgestrel 0,30mg
· Desogestrel 75 mcg (mais utilizado) – progestágeno isolado. Mais barato. 
2) Implante SUBDÉRMICO: Etonorgestrel (metabólito do desogestrel) : 68 mg
· A cada 3 anos
· Taxa de liberação é de 60 a 70 mcg/dia na ate os 50 dias pôs inserção e reduz a 35-45mcg/dia no final do primeiro ano, 30-40 mcg/dia no final do segundo ano e 25-30 mcg/dia no final do terceiro ano.
3) Injetável trimestral (AMP 150): Acetato de medroxiprogesterona 150 mg via IM
· A cada 3 meses 
Contracepção de emergência(CE): LEVONORGESTREL 750mg (2 comps. Dose única ou (1500mg 1 comp dose única)
MINIPÍLULAS:
· Dose abaixo dos ACO
· Lactação (amenorreia da lactação)
· Climatéricas
· Espessamento do muco cervical e decidualização do endométrio
· 40 a 50% ovulação
· Noretisterona 0,35 mg (Micronor, Norestin)
· Levonorgestrel (Nortrel)
· Linestrenol 0,5 mg (Exluton)
· IP = 0,5/100 mulheres /ano
· Escapes, alterações de fluxo menstrual
Mecanismo de ação do progestágeno isolado – minipílula:
· APENAS DESOGESTREL
· Anovulação em 40% dos casos
· Atrofiam o endométrio
· Tornam o muco cervical muito espesso
· Alterando a motilidade tubária
· Desogestrel 0,075mg inibe a ovulação em 97% dos casos 
· Indice de Pearl: 0,3 a 0,8 por 100 mulheres/ano
· Pode ser usado no aleitamento materno 
· O MESMO DAS COMBINADAS
QUANDO INICIAR OS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS DE PROGESTÁGENOS:
A. Os contraceptivos hormonais de progestágenos podem ser iniciados até o quinto dia da menstruação, sem necessidade de proteção contraceptiva adicional.
B. Os contraceptivos hormonais de progestágenos podem ser iniciados em qualquer fase do ciclo menstrual (INÍCIO IMEDIATO), sendo necessária proteção contraceptiva adicional (preservativo ou abstinência) por 7 dias, desde que exista uma RAZOÁVEL EVIDÊNCIA DE QUE A MULHER NÃO ESTEJA GRÁVIDA. Neste caso é necessário um novo teste de gravidez (TG) confirmatório a ser realizado pelo menos 21 dias após a última relação sexual desprotegida.
C. Nas mulheres com ciclos menstruais menores que 21 dias os contraceptivos hormonais de progestágenos deverão ser iniciados no 1o.dia do ciclo menstrual, sem necessidade de proteção contraceptiva adicional. Se iniciados após o primeiro dia, é necessária proteção contraceptiva adicional (preservativo ou abstinência) por 7 dias.
ACO: CATEGORIA 4: 
Mutações trombogênicas, amamentação com menos de 6 semanas pós parto, fumante com mais de 35 anos, PA acima de 160x100, hipertensão com doença vascular, história de TVP e TEP, cirurgias com imobilização prolongada, AV, doença valvar complicada, cirrose descompensada, ca de mama atual, enxaqueca com áurea, entre outros.
APRESENTAÇÃO:
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Reduzem a eficácia dos ACOS:
· Rifampicina
· Anticonvulsivante: fenobarbital, carbamazepina, fenitoína, primidona)
· Alguns antirretrovirais: nelfinavir, ritonavir, lopinavir, nevirapina
Os ACO diminuem a eficácia de:
· Metildopa
· Hipoglicemiantes
· Guanetidina
EFEITOS BENÉFICOS DOS ANTICONCEPCIONAIS:
· Regulariam o ciclo menstrual
· TPM, hirsutismo e acne
· Diminuem risco para DOP (50%), ectópica e doença trofoblastica gestacional
· Diminui ca de ovário e endométrio
· Diminui fluxo menstrual e dismenorreia
· Endometriose
· Cistos ovarianos
· Anemia
· Doença benigna das mamas
· Densidade mineral óssea
· Parece melhorar a artrite reumatoide
EFEITOS COLATERAIS:
· Estrógenos: cefaleia, náuseas, cloasma, tonteira, vômitos, edemas e irritabilidade
· Progestágenos: depressão, cansaço, alterações da libido, amenorreia, acne e ganho de peso
· Sangramentos de escape
CONTORNAR OS PROBLEMAS:
· Esquecimento
· Escape
· Amamentação
· Pausas
Anticoncepcionais injetáveis trimestrais:
· Depomedroxiprogesterona 150 mg IM
· Inibe pico de estradiol e de LH 
· Espessamento de muco cervical
· IP=0,3%
· Efeitos indesejáveis: retorno de fertilidade, depressão, ganho de peso, alteração de libido e humor, acne, queda de cabelo, mastalgia e sangramento irregular.
· Diminuição de densidade óssea
· Não interfere em trombose
· O único critério de elegibilidade 4 é a associação de uso com o ca de mama
anticoncepcionais injetáveis mensais:
· Estrogênio natural (confere maior segurança / pílula)
· Enantato de noretisterona (50 mg) e valerato de estradiol 50mg = Mesigyna
· Mesmos critérios de elegibilidade dos orais combinados
· Efeitos colaterais: ganho ponderal, irregularidade menstrual, mudanças de humor e cefaléia
Anel vaginal etinilestradiol + etonorgestrel:
IP 0,3 a 8/100/ano
· Vantagens: não exigir o uso diário, como o contraceptivo oral, e o fato de manter a proteção contraceptiva por mais sete dias em caso de esquecimento da data da troca.
ADESIVOS TRANSDÉRMICOS:
· Etinilestradiol 20mcg/dia + norelgestrpmina 150mcg/dia
· Modo de usar
· É importante considerar que pacientes com mais de 90 kg podem apresentar redução de eficácia, não sendo recomendado o emprego dessa via.
· Não tem passagem hepática (indicado pra quem tem muita náusea/vômito)
· Não tem picos hormonais como nos ACO
· Progestágeno com baixo poder androgênico
· IP=0,3 a 0,8 % por 100 mulheres em 1 ano de uso
Implante de etonorgestrel:
· Via subdermica
· 60 mg de etonorgestrel
· Provoca anovulação
· Altera muco cervical 
· Atrofia o endométrio
· Eficácia alterada em pacientes obesas
Contracepção de emergência:
Indicações:
· DSTtipos: levonorgestrel, yuzpe e diu de cobre
· Eficácia: IP 2%
· Efetividade: 75%, previne 3 gestações de cada 4 relações desprotegidas
· LEVONORGESTREL 0,75 mg de 12 em 12 horas: 2 doses ou 1,5 mg dose única 
· Tomar até 5 dias após a relação embora o ideal: 72h
· YUZPE: 0,2 mg de etinilestradiol + 1 mg de levonorgestrel (Evanor 2 de 12 em 12 horas por 1 dia
· DIU DE COBRE: NO BRASIL NÃO ESTA REGULAMENTADO PARA ESSE FIM
Contracepção cirúrgica:
· Laqueadura tubária e vasectomia
· LEI 9263 de 12/01/1996:
· Homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com 2 filhos vivos, com um prazo mínimo de 60 dias entre a decisão e o ato cirúrgico. 
· Risco de vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, com ata de 2 médicos. 
· Termo consentindo e informado
· Em casamento ou união estável tem que ter a assinatura dos dois concordando
OUTROS MÉTODOS:
· LAM
· Métodos comportamentais
· Ogino knaus (tabela)
· Temperatura basal
· Muco cervical ou Billings
· Sintotérmico
· Coito interrompido
· Preservativos
· Espermicidas
· Diafragma
· Esponja e capuz cervical

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