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Direito do Trabalho - Relações Empregatícias Especiais - Empregado Doméstico

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Relações Empregatícias Especiais
Empregado Doméstico
1. Generalidades
• Lei Complementar 150/2015
→ Alterou o direito do trabalho como um todo
• A Cons�tuição o tratou de forma diferente (Art. 7º, pu)
→ Quando alterado pela EC 72/2013 não houve equiparação de direitos
• Os pontos omissos da LC 150/2015 serão solucionados com base na CLT
2. Requisitos para iden�ficar o domés�co
Art. 1º Ao empregado domés�co, assim considerado aquele que presta serviços de forma
con.nua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucra�va à pessoa ou à família,
no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta
Lei.
• O empregador é sempre uma pessoa 4sica
→ Pessoa jurídica não pode ter domés�co
• Trabalha em âmbito residencial
→ Ex.: Motorista, limpeza, jardineiro
• Finalidade não lucra�va: Não presta serviços a terceiros
→ Não se insere na a�vidade lucra�va (Ex.: Empresa, etc)
• Con�nuidade: Mais de dois dias por semana
3. Direitos Clássicos do Empregado Domés�co (Antes da EC 72)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social: 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domés�cos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como
a sua integração à previdência social. 
• Salário mínimo, irredu�bilidade do salário e 13º salário
• Repouso semanal remunerado e férias acrescidas de 1/3 a mais da remuneração
• Licença gestante de 120 dias e licença-paternidade de 5 dias
• Aviso prévio e aposentadoria
4. Novos direitos com eficácia imediata (Adquiridos com a EC 72)
• Jornada de trabalho de até 8h/dia e 44h/semana
→ Não �nha jornada de trabalho
→ É responsabilidade do empregador fiscalizar a jornada
• Horas extras remuneradas com adicional mínimo de 50%
• Garan�a de salário-mínimo para os que recebem salário variável
• Proteção legal ao salário
• Proibição de diferença de salário, função e de critérios de admissão por:
→ Sexo, idade, cor, estado civil ou deficiência
• Redução dos riscos inerentes ao trabalho
• Reconhecimento das convenções e acordos cole�vos de trabalho
• Proibição de trabalho insalubre, noturno e perigoso ao menor de 18 anos
• Proibição de qualquer trabalho ao menor de 16 anos
5. Outros direitos regulamentados com a LC 150 (Faltava regulamentação)
• Contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa
• Seguro-desemprego
• Obrigatoriedade do FGTS
• Maior remuneração ao trabalho noturno
• Salário-família
6. Temas que a Lei Complementar 150 solucionou
• Idade: A par�r dos 18 anos
• Con�nuidade: Mais de 2 dias já configura vínculo
• Prazo determinado:
→ Experiência: 90 dias
→ Situações excepcionais
→ Subs�tuir a efe�va, que está grávida
• A prescrição é a mesma dos demais empregados
7. Aspectos específicos da LC 150/15
a. Jornada e Compensação
• A jornada é de 8h por dia e 44h por semana, mais do que isso é hora extra
→ Na hora-extra, as primeiras 40 horas devem ser pagas como tal ou compensação
 - Compensação = Folga na mesma semana
→ As seguintes horas-extra podem ser dadas como banco de horas 
 - Banco de horas = Guarda e pode �rar folga em até 1 ano
b. Jornada 12x36
• Trabalha 12 horas e descansa 36, sendo amplamente aceita pelo TST
→ Descanso semanal remunerado: As 12 horas podem coincidir com o domingo
 - Houve o descanso de 36 horas
→ Feriados: Se trabalha, dá-se a folga em outro dia ou paga este dia em dobro
c. Intervalos
• É possível indenizar o intervalo, o empregado trabalha em vez de descansar
→ Isso não pode ser feito com outros empregados
• Pode haver redução por acordo individual para 30 minutos
→ Para os outros empregados isso não é possível (Súmula 437 TST)
Súmula 437/TST: É inválida cláusula de acordo ou convenção cole�va de trabalho
contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este cons�tui medida
de higiene, saúde e segurança do trabalho, garan�do por norma de ordem pública (art. 71 da
CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação cole�va. 
• Se o domés�co mora e trabalha na mesma residência, pode haver o fracionamento
→ Fracionamento = Dois intervalos de 1 hora cada
d. Regime por tempo parcial
• No máximo 25 horas por semana, sendo possível 1 hora extra por dia
→ Nos outros empregados, essa hora extra não é possível
→ As férias são reduzidas (18 dias)
→ O empregado não pode vender parte das férias
e. Férias
• Tudo igual, exceto as férias proporcionais
• Nas férias proporcionais, o empregado ainda não recebeu o direito integralmente
→ O domés�co sempre recebe as férias proporcionais, exceto em caso de justa causa
• Pode fracionar em 2 períodos, sendo que um deles deve ter no mínimo 14 dias
→ Os demais empregados só fracionam em casos excepcionais
 - O TST não especifica o que seriam casos excepcionais
 - Se o empregador não fundamentar as férias devem ser pagas em dobro
→ Para os outros empregados um dos períodos deve ser de 10 dias
→ Os demais empregados costumam ter apenas um longo período de férias
8. Contrato Individual de Trabalho
• Registro em até 48 horas na Carteira de Trabalho
• Em regra, é um contrato por prazo indeterminado
→ Pode ser por tempo determinado (a termo) nas hipóteses previstas em lei:
Art. 4º É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado domés�co:
I - mediante contrato de experiência;
II - para atender necessidades familiares de natureza transitória e para subs�tuição
temporária de empregado domés�co com contrato de trabalho interrompido ou suspenso.
Parágrafo único. No caso do inciso II deste ar�go, a duração do contrato de trabalho é limitada
ao término do evento que mo�vou a contratação, obedecido o limite máximo de 2 (dois)
anos.
• I: Dura até 90 dias, podendo ser prorrogado uma vez
→ A prorrogação não pode ultrapassar o período de 90 dias
• II: Antes, a LC 150 não previa um limite de tempo, então seguia-se 2 anos pela CLT
→ Pode ser prorrogado uma vez nesse período de 2 anos
• Se prorrogar o contrato duas vezes ou passar do prazo, torna-se este um contrato por
prazo indeterminado
Art. 481 Aos contratos por prazo determinado, que con�verem cláusula asseguratória do
direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos
por prazo indeterminado. 
• A Lei do Domés�co proíbe o uso da cláusula assecuratória de contrato recíproco
→ Deixa que o empregador não pague indenização se acabar o contrato antes do prazo
Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, o empregador
que, sem justa causa, despedir o empregado é obrigado a pagar-lhe, a .tulo de indenização,
metade da remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
• Vantagens do contrato por prazo determinado para o empregador
→ Não é necessário dar aviso prévio
→ O empregado não adquire estabilidade
 - Exceto gestante e acidente de trabalho
→ Não precisa pagar a multa de 40% dos depósitos do FGTS com o fim do contrato
9. Regras Específicas dos empregados que residem no local de trabalho
Art. 18 É vedado ao empregador domés�co efetuar descontos no salário do empregado por
fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com
transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem.
§1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de
adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do
empregado emplanos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de
previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.
§2º Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste ar�go
quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço,
desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes.
§3º As despesas referidas no caput deste ar�go não têm natureza salarial nem se incorporam
à remuneração para quaisquer efeitos.
§4º O fornecimento de moradia ao empregado domés�co na própria residência ou em
morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse ou de
propriedade sobre a referida moradia.
• Intervalo Intrajornada:
→ Pode ser fracionado em 2 períodos desde que cada um deles tenha ao menos 1 hora
→ O fracionamento é proibido para os demais empregados, exceto o motorista
• As férias devem ocorrer no mesmo local onde reside
• É vedado qualquer �po de desconto salarial por residir no local de trabalho
→ Ex.: Alimentação, Higiene, Casa
• O fato de residir no local de trabalho não gera direitos sobre a moradia
→ Tudo que é dado de boa-fé não gera usucapião
10. Remuneração
• É igual aos outros empregados, exceto em relação aos descontos
• Excepcionalmente, é possível que existam descontos no salário
→ Adiantamento: Receber o salário ou certo valor deste, com antecedência
→ Acordo escrito para o pagamento de plano de assistência médica ou odontológica
 - Limitado à 20% do salário
→ Moradia: Cabe se a moradia for em um local diferente do local de trabalho
Obs.: Dano causado pelo empregado domés�co
• A Lei Complementar é omissa, então aplica-se a CLT
Art. 462 Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,
salvo quando este resultar de adiantamentos, de disposi�vos de lei ou de contrato cole�vo.
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta
possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
• Culpa: Havendo previsão no contrato, pode haver desconto
• Dolo: Sempre há desconto
11. Proteção do Trabalho da Mulher
• A empregada possui todos os direitos garan�dos às mulheres
→ Já constava na legislação e na Cons�tuição
→ Ex.: Estabilidade gestante e justa causa
12. FGTS
• Recolhimento de 8% da remuneração paga na forma de salário e adicionais
→ Já regulamentado pela LC (Art. 34)
→ Esse valor não é descontado do salário do empregado, mas pago extra
• É o empregador que deposita exclusivamente
• Resolução 780/2015: Regulamenta administra�vamente
• Indenização Compensatória:
→ O empregador deposita uma multa de 3,2% mensalmente
→ O empregado re�ra o FGTS e os depósitos mensais
 - Se é ele que se demite, o empregador pode sacar a multa de 3,2%
→ Para os outros empregados, recebe-se o FGTS + multa de 40% do que está no FGTS
13. Seguro-Desemprego
• Só é pago no caso de desemprego involuntário, contra a vontade do empregado
→ Dispensa sem justa causa ou rescisão indireta (falta grave do empregador)
• Antes, o empregado só �nha esse direito se o empregador desse o FGTS
→ Agora é obrigatório
• Regulamentado no art. 28 da Lei Complementar
→ 3 parcelas no valor de 1 salário-mínimo
→ Os outros empregados possuem “faixas” de seguro de acordo com o quanto ganham
→ Há regras para a sua obtenção, pois são previdenciárias
Art. 28 Para se habilitar ao bene4cio do seguro-desemprego, o trabalhador domés�co deverá
apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:
I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato
de trabalho domés�co e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo emprega.cio,
como empregado domés�co, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos úl�mos 24 (vinte e
quatro) meses;
II - termo de rescisão do contrato de trabalho;
III - declaração de que não está em gozo de bene4cio de prestação con�nuada da Previdência
Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e
IV - declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua
manutenção e de sua família.
14. Término do Contrato
• A justa causa está no ar�go 27 da Lei Complementar
• Falta grave do empregado: Idên�ca aos demais, localizada no art. 482 da CLT
→ Diferenças: Maus tratos a idoso, criança ou qualquer pessoa sob seus cuidados
• Rescisão indireta: O empregador comete falta grave (Art. 483, CLT)
→ Diferença: Violência domés�ca será tratada com base na Maria da Penha
Obs.: Papel do auditor-fiscal do trabalho
• Agendamento para verificar se as condições estão regulares
→ Não pode entrar na casa, que é asilo inviolável
Obs.: A Lei Complementar foi omissa quanto aos direitos cole�vos, aplica-se a CLT
Obs.: Não cabe mais penhora de bem de família
→ Na Lei 8.009/90 havia a previsão para débitos trabalhistas oriundos do trabalho
domés�co para penhorar o bem de família

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