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INTRODUÇÃO ALIMENTAR ALUNOS: ADRIANO TARGANSKI BRUNO ALMEIDA FARIA O QUE É A INTRODUÇÃO ALIMENTAR?? A introdução alimentar é uma fase que está em média presente do 6 mês até 12 mês de vida do bebê de suma importância na vida da criança, uma vez que como o nome diz é a introdução de alimentos pela primeira vez na vida. Diversas novidades como gostos, texturas, hábitos e habilidades são encontradas pelo bebê nessa fase e por isso é um enorme desafio tanto para o bebê quanto para os pais. PRIMEIROS 6 MESES: A OMS e a Sociedade Brasileira de Pediatria afirmam que “Não há evidências de que exista alguma vantagem na introdução alimentar precoce, antes dos seis meses. Nem alimentos nem água é necessário, apenas o leite humano cumpre todas as necessidades fisiológicas da criança. Por outro lado, os relatos de que a prática da introdução alimentar precoce possa ser prejudicial são abundantes.” Por exemplo, é certo de que a introdução precoce reduz a absorção de ferro presente no leite materno, o que muitas vezes causa anemia no bebê. Logo, até os seis meses de vida, a criança deve ter alimentação exclusiva do leite materno. Através dele consegue-se suprir todas as necessidades nutritivas do recém-nascido, além de reforçar o aumento de anticorpos, ganho de peso, propiciar maior vínculo entre mãe e filho, e promover o desenvolvimento das estruturas orais, que são responsáveis pelo funcionamento adequado da respiração, da sucção, da deglutição, da mastigação e da fala. QUAIS ALIMENTOS OFERECER? A introdução alimentar recomendada pela OMS é considerada tradicional, caracterizada pela forma de purê e aumento da consistência gradual até atingir 12 meses de vida, a fim de respeitar os movimentos mastigatórios e a habilidade de deglutição adquiridos. Tanto a Sociedade Brasileira de Pediatria quanto o Ministério da Saúde fornecem a mesma recomendação e ainda incentivam a alimentação em família em um ambiente harmônico para a instalação de hábitos saudáveis. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida, a cada dia um novo alimento de cada grupo deverá ser escolhido para compor a papa. Os profissionais aconselham a oferecer duas frutas diferentes por dia, principalmente as amarelas ou alaranjadas que são ricas em Vitamina A. Os alimentos devem ser preparados especialmente para a criança, bem cozidos, com pouca água até ficarem macios, e deverão ser amassados com o garfo. As carnes devem ser desfiadas e separadas em porções no prato para que a criança possa reconhecê-las. O liquidificador e a peneira não devem ser usados. No preparo da papa salgada devem ser usados temperos frescos como cebola, alho, salsa, cebolinha e pouco sal. No caso de preparar os alimentos ensopados e refogados, os óleos vegetais podem ser utilizados. Não devem ser usados temperos e alimentos industrializados, apimentados, muito gordurosos, como bacon e os embutidos (linguiças, salsichas e presunto). Também não devem ser adicionados açúcar, mel, farinhas ou geleias nas frutas, e nem oferecidos balas, gelatinas, chocolates, refrigerantes, biscoitos salgados ou recheados. COMO FAZER A INTRODUÇÃO ALIMENTAR? Alimentos comuns, frutas, legumes bem macios, deixar a criança pegar prazer pela comida e desenvolver o tato, o paladar, o olfato. É importante também que com o tempo vá engrossando a textura dos alimentos para que o bebê mastigue com a gengiva e estimule o desenvolvimento dos dentes. O ideal é a criança comer junto com a família, desenvolver esse hábito familiar ajuda a ter maior adaptação a alimentação e maiores chances da criança se adaptar bem ao alimento. A influência dos pais e ver todos se alimentando estimula a criança a querer fazer o mesmo e diminui as chances de recusa. Outro fato importante é a quantidade, diversas mães ficam preocupadas na quantidade de alimentos mas é necessário respeitar a saciedade do bebê e observar sinais de que ele ainda está com fome, como é uma transição da alimentação alguns vão comer mais e outros menos, o importante é não deixar de introduzir alimentos saudáveis na vida da criança. E SE A CRIANÇA NÃO SE ADAPTAR? Deve-se oferecer pequenas porções de cada alimento e sempre de forma variada para além de degustar o alimento e desenvolver as habilidades de mastigação ela tenha uma boa nutrição. Se ela não gostou de determinado alimento, o ideal é esperar alguns dias e oferecer novamente, nunca forçar ou insistir em um curto prazo no mesmo alimento. Assim como nós, os bebês também não gostam de todos os alimentos. Também é interessante inverter as ordens dos alimentos para ver se a criança se adapta, da mesma forma que não conseguimos comer arroz e feijão de manhã, ou pão com café na hora do almoço, os alimentos são todos novos para a criança e é comum o estranhamento. Como a criança deve pensar “ minha mãe ficou doida, porque até agora eu só mamava era a única coisa que eu gostava e ela me dava e agora mudou” ir com calma, cada bebê é um bebê é uma fase de adaptação MÉTODOS DE INTRODUÇÃO ALIMENTAR : TRADICIONAL: Os pais fazem uma papinha. Os pais determinam a quantidade. Os pais alimentam o bebê. O bebê é completamente passivo. É importante ir engrossando a textura da papinha para o bebê sentir a textura e ir acostumando com a alimentação. RESPONSIVA: São oferecidos pedaços maiores de alimentos para o bebê. O bebê que se alimenta de forma ativa, pega os alimentos com a mão. Os pais ainda controlam a quantidade e os horários das refeições. BLW: O bebê é mais ativo na alimentação. Não há grandes interferências dos pais. O bebê determina a quantidade e se alimentam com as próprias mãos, eles determinam a quantidade que vão comer. Desenvolve os 5 sentidos mais rapidamente. 1 passo: Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. 2 passo: A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. 3 passo: A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. 4 passo: A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança. 5 passo: A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. 6 passo: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. 7 passo: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 8 passo: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 9 passo: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o armazenamento e a conservação adequados. 10 passo: Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. Guia alimentar para crianças menores que 2 anos REFERÊNCIAS : https://www.redalyc.org/jatsRepo/408/40854840015/40854840015.pdf https://www.scielo.br/j/rpp/a/Gt4V9LBzQQM689XBjLfZkQw/?format=html&lang=pt https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/introducao-alimentar-a-hora-certa-de-comecar/ http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/312-dicas-para-introducao-alimentar https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/10_passos.pdf OBRIGADO!!!
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