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Pnei Desrção Ido ma ENTENDER A PNEUMONIA NO IDOSO 01- CONCEITO Caracteriza um processo inflamatório pulmonar Decorrente de infecção das vias aéreas inferiores por - Bactérias - Vírus - Fungos - Micobactérias PELAS CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS, PODE SER DEFINIDA COMO: Preenchimento do espaço alveolar por infiltrado necro inflamatório Os alvéolos encontram-se totalmente ocupados por leucócitos (geralmente neutrófilos) E exsudato purulento Contendo debris celulares, neutrófilos e bactérias PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) É considerada a pneumonia aguda Infecciosa Que acomete o indivíduo fora do ambiente hospitalar ou que é detectada até 48 horas após a admissão 02- EPIDEMIOLOGIA Em 2010, ocorreram 760.702 internações por pneumonia no Brasil Correspondendo à 1ª causa de internação por doença RELACIONAR COM PROBLEMA Nos últimos 5 anos, a taxa de mortalidade por pneumonia tem aumentado de forma relevante nas faixas etárias acima de 70 anos Alcançando níveis acima de 500/100.000 habitantes 03- ETIOLOGIA Em até 50% dos pacientes com PAC, não se consegue identificar o agente causador da pneumonia → AGENTE MAIS COMUM O agente etiológico mais comum da pneumonia comunitária é o Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Um diplococo Gram-positivo Isso é verdadeiro para todas as faixas etárias, exceto recém-natos Estima-se que o pneumococo seja responsável por 30-40% das pneumonias em adultos PARA IDADES > 65 ANOS, PENSAR TAMBÉM EM: Chlamydia pneumoniae (ATÍPICO) Haemophilus influenzae (TÍPICO) 04- FATORES DE RISCO/ PREDISPONENTES A) IDADE AVANÇADA Mecanismo desconhecido de imunodepressão Aumenta a colonização faríngea por Gram-negativos B) TABAGISMO Inibe a atividade ciliar E a capacidade fagocítica dos macrófagos alveolares C) DPOC ↑ a colonização da faringe e da árvore traqueobrônquica por Gram-negativos Inibe a atividade ciliar E a capacidade fagocítica dos macrófagos alveolares D) ALCOOLISMO Inibe a tosse e os reflexos glóticos Inibe a quimiotaxia para neutrófilos ↑ a colonização da faringe e da árvore traqueobrônquica por Gram-negativos E) INFECÇÕES VIRAIS (INFLUENZA) Lesão do epitélio traqueobrônquico (perda da atividade ciliar) F) DOENÇA CEREBROVASCULAR Inibição da tosse e dos reflexos glóticos Distúrbio da deglutição 05- FISIOPATOLOGIA → MECANISMO BÁSICO DAS INFECÇÕES BACTERIANAS ENTRADA ADESÃO COLONIZAÇÃO MULTIPLICAÇÃO INVASÃO DANO TECIDUAL SINAIS E SINTOMAS A ocorrência da pneumonia depende muito da competição entre a bactéria e as defesas do hospedeiro Para ocorrer pneumonia uma ou mais das seguintes situações tem que estar presente: (1) Contato do alvéolo com um agente de alta virulência (2) Contato do alvéolo com um grande inóculo de bactérias (3) Defeito nos mecanismos de defesa do hospedeiro As defesas naturais do aparelho respiratório conseguem manter as vias aéreas infra glóticas estéreis Apesar de uma grande concentração de bactérias na faringe, cavidade oral e nasal As partículas “infectantes” geralmente são depositadas no muco do epitélio traqueobrônquico E então conduzidas pelo movimento ciliar das células epiteliais Até a orofaringe, onde são deglutidas O reflexo da tosse e outros reflexos epiglóticos podem eliminar abruptamente uma grande quantidade dessas partículas A secreção de IgA específica é um importante meio de defesa das vias aéreas superiores contra agentes infecciosos As partículas muito pequenas, fogem desse mecanismo e podem chegar aos alvéolos Entretanto, o surfactante alveolar é rico em substâncias de efeito antibacteriano, como IgG, IgM, complemento, fibronectina, lisozimas e proteínas ligadoras de ferro IgM ativa o sistema complemento capaz de destruir a bactéria pelo seu poder lítico O IgG reveste a superfície bacteriana, permitindo o seu reconhecimento pelos fagócitos alveolares IgM → AGUDO IgG → CRÔNICO No interior dos alvéolos encontram-se alguns macrófagos, responsáveis pelo primeiro ataque fagocítico às bactérias Se a virulência do agente for alta, ele consegue se multiplicar mesmo na presença de macrófagos alveolares Algumas bactérias conseguem se “defender” liberando exotoxinas e pela presença de uma cápsula polissacarídica Como no caso do “pneumococo” Quando os macrófagos não conseguem conter a proliferação bacteriana Passam a servir de mediadores da resposta inflamatória, liberando citocinas Como o - TNF-a - IL-1 - IL-8 (Fatores de quimiotaxia para neutrófilos) Os neutrófilos então são recrutados no local, desencadeando e perpetuando o processo inflamatório agudo PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS DA PNEUMONIA ASPIRATIVA 06- QUADRO CLÍNICO O quadro clínico clássico da pneumonia comunitária “típica” é representado pela pneumonia pneumocócica A doença se apresenta de forma hiperaguda (2-3 dias) Com uma história de - Calafrios com tremores - Seguidos de febre alta (39-40o C) - Dor torácica pleurítica - Tosse produtiva com expectoração purulenta (esverdeada) O exame físico pode revelar - Prostração - Taquipneia (FR > 24 ipm) - Taquicardia (FC > 100 bpm) - Hipertermia (Tax > 38o C) Os achados positivos no exame do aparelho respiratório podem variar desde - Simples estertores inspiratórios Até uma síndrome de consolidação e/ou de derrame pleural SÍNDROME DE CONSOLIDAÇÃO - Som bronquial (“sopro tubário”) - Aumento do frêmito toracovocal - Submacicez - Broncofonia Os exames laboratoriais inespecíficos geralmente revelam uma Leucocitose neutrofílica entre 15.000-35.000/mm3 Com desvio para esquerda → CÉLULAS JOVENS O hematócrito, os índices hematimétricos e as plaquetas costumam estar normais no início do quadro A leucopenia pode ocorrer e é considerada um importante sinal de mau prognóstico MAS ESSE É O QUADRO CLÍNICO DO ADULTO NO IDOSO PODE OCORRER DIFERENÇA Todo PACIENTE IDOSO debilitado Ou qualquer indivíduo previamente doente Que evolui com um quadro inexplicado de - Desorientação - Queda do estado geral - Taquidispneia Mesmo na ausência de febre, tosse produtiva ou leucocitose Deve ter a pneumonia bacteriana como um de seus diagnósticos diferenciais Uma radiografia de tórax deve ser prontamente solicitada e, se mostrar um infiltrado sugestivo de pneumonia, um curso de antibioticoterapia empírica deve ser logo iniciado, visando os agentes mais prováveis 07- DIAGNÓSTICO → HISTÓRIA CLÍNICA → RADIOGRAFIA DE TÓRAX PA + PERFIL - ACHADOS: Um “infiltrado pulmonar” Geralmente é do tipo alveolar broncopneumônico: múltiplas condensações lobulares coalescentes Algumas vezes, podemos ter uma grande área de consolidação alveolar, constituindo a pneumonia lobar ou sublobar → OUTROS EXAMES É importante ressaltar que nem todos os pacientes com PAC necessitam de exames complementares adicionais PARA ISSO, É NECESSÁRIO FAZER UMA ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO TAMBÉM É NECESSÁRIO FAZER UMA ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO → PORT SCORE → OUTROS CRITÉRIO É O CURB-65 - MAPA MENTAL AINDA SOBRE O GRUPO 1, FICAR ATENTO Avalie o paciente!! Não fique só pensando no número!! Mesmo com a utilização de critérios objetivos como números, a avaliação complementar do médico é importante na tomada de decisão → EXAMES COMPLEMENTARES A) PACIENTES PORT I Não há, em geral, necessidade de coleta de qualquer exame B) PACIENTES PORT II - V - Colher - Sódio - Potássio - Ureia - Creatinina - Glicemia - Hemograma - Aferir a saturação de oxigênio - Gasometria arterial se SPO2 < 90 C) PARA PACIENTES PORT III, IV E V Além dos exames de cima, acrescentar - Duas amostras para hemoculturas - Gram e cultura do escarro - Pesquisa do antígeno do pneumococo na urina - Pesquisa na urina do antígeno da Legionella pneumophila sorotipo 1 → INDICAÇÃO PARA INTERNAÇÃO EM UTI 1 CRITÉRIO MAIOR OU 3 MENORES = UTI 08 - TRATAMENTO ELUCIDAR A DESNUTRIÇÃO NO IDOSO É definido como o estado de nutrição em que uma deficiência, excesso ou desequilíbrio de energia, proteína e outros nutrientes Causam efeitos adversos no organismo (tamanho,forma, composição) Com conseqüências clínicas e funcionais 01- EPIDEMIOLOGIA DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR A prevalência da desnutrição em pacientes hospitalizados tem sido amplamente documentada nas últimas três décadas NO BRASIL, A INCIDÊNCIA É DE 48% Pacientes hospitalizados em estado nutricional ruim apresentam elevados riscos de desenvolver maiores taxas de - Complicações - Mortalidade E representam custos aumentados para a instituição e sociedade Quanto maior for o período de permanência hospitalar Maior será o risco de agravar a desnutrição, criando um ciclo vicioso com prejuízo ao enfermo Com a progressiva deterioração nutricional, as funções - Cardíaca - Respiratória - Intestinal - Renal - Imunológica Podem estar acometidas, e, consequentemente, os riscos de complicações, principalmente as infecciosas, encontram-se aumentados A DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR PODE SER UMA ASSOCIAÇÃO DA 1- DESNUTRIÇÃO PRIMÁRIA Devido ao baixo nível sócioeconomico Que dificulta a aquisição de aporte protéico-calórico adequado 2- DESNUTRIÇÃO SECUNDÁRIA Causada pela própria condição clínica do paciente EX: Câncer UMA PARTE DOS PACIENTES JÁ CHEGAM AO HOSPITAL DESNUTRIDOS DESDE CASA AINDA EXISTE UM OUTRO TIPO DE DESNUTRIÇÃO 3- DESNUTRIÇÃO TERCIÁRIA À medida que aumenta o tempo de internação, também aumentam os riscos de desnutrição O aumento da desnutrição durante a internação hospitalar pode ser explicado por um somatório de condições - Maior consumo de reservas energéticas e nutricionais do enfermo em resposta a tratamentos mais agressivos - Eventuais perdas por distúrbios digestivos (náuseas, vômitos) - Alteração do paladar - Falta de apetite - Mudança de hábitos - E de tipos de alimentos - IDOSOS SÃO BEM SENSÍVEIS À MUDANÇA DE AMBIENTE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A avaliação nutricional torna possível a determinação do estado nutricional do indivíduo e deve ser realizada de maneira padronizada e criteriosa - ESTATURA - CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA Fornece uma medida sensível da massa muscular em idosos Apresenta boa correlação com os níveis de albumina sérica A medição é realizada na perna esquerda com uma fita métrica inelástica Na sua parte mais protuberante O IDEAL É > 31 cm - PESO - RELAÇÃO PESO X ALTURA É a melhor medida para a determinação do estado nutricional - MINIAVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Seu objetivo é avaliar o risco de desnutrição para que a equipe possa intervir quando necessário São 18 itens que contemplam os seguintes parâmetros: - Medidas antropométricas - Informações dietéticas - Informações sobre estilo de vida - Medicação - Autopercepção sobre o estado de saúde E os escores variam até 30, sendo < 17 - Desnutrição 17-23,5 - Risco de desnutrição > 24 - Bom estado nutricional → SAÚDE BUCAL DOS IDOSO - CÁRIE Causada por um desequilíbrio fisiológico entre o mineral dentário e o fluido do biofilme - DOENÇA PERIODONTAL É uma doença infecciosa crônica dos tecidos de suporte dos dentes (Microrganismos anaeróbios e anaeróbios facultativos) O comprometimento nutricional do indivíduo idoso sem reabilitação e/ou com dificuldades mastigatórias Pela ausência dentária ou reduzido número de dentes Já foi demonstrado em vários estudos Já que os idosos tendem a modificar a seleção de alimentos ESCOLHEM INDUSTRIALIZADOS AO INVÉS DOS NATURAIS OU PROCESSAM DEMAIS OS NATURAIS, PERDENDO PROPRIEDADES IMPORTANTE Estas alterações podem acarretar, como consequência, maior chance de desenvolver baixo peso e sobrepeso/obesidade AVALIAÇÃO LABORATORIAL - Hemograma completo - Glicose - Eletrólitos - Função renal e hepática - TSH - Urina SINAIS FÍSICOS DA DESNUTRIÇÃO - Perda de peso - Edema periférico (protéica) - Alopécia - Glossite - Descamação da pele - Cabelo seco e despigmentado COMPREENDER O PACIENTE IDOSO ACAMADO → CUIDADOS - HIGIENE A higiene corporal além de proporcionar conforto e bem-estar se constitui um fator importante para recuperação da saúde EM PÉ OU SENTADO NO CHUVEIRO NA BEIRA DO LEITO - ASSADURAS As assaduras são lesões na pele das dobras do corpo e das nádegas Provocadas pela umidade e calor ou pelo contato com fezes e urina - CUIDADOS COM A BOCA É muito importante fazer a higiene da boca das pessoas acamadas para evitar cáries, dor de dente e inflamação da gengiva - ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA É importante que a alimentação seja - Saborosa - Colorida - Equilibrada Que respeite as preferências individuais e valorize os alimentos da região 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA 1- Aumente e varie o consumo de frutas, legumes e verduras. Coma-os 5 vezes por dia 2- Coma feijão pelo menos 1 vez por dia, no mínimo 4 vezes por semana 3- Reduza o consumo de alimentos gordurosos e ultraprocessados 4- Reduza o consumo de sal 5- Faça pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia 6- Reduza o consumo de doces para no máximo 2 vezes por semana 7- Reduza o consumo de álcool e refrigerantes 8- Aprecie a sua refeição. Coma devagar 9- Mantenha o seu peso dentro de limites saudáveis 10- Não passe muitas horas assistindo TV. Se possível, se exercitar SE CONSEGUE SE ALIMENTAR SOZINHA → DEVE SER ESTIMULADA Se não consegue se alimentar normalmente Pode ingerir alimentos amassados Não pode esquecer de uma proteína (ovo, frango desfiado, carne de panela) - PACIENTE DEITADO É importante aliviar os pontos de pressão ÚLCERAS DE PRESSÃO São feridas que surgem na pele quando da pessoa que permanece muito tempo numa mesma posição É causada pela diminuição da circulação do sangue nas áreas do corpo que ficam em contato com a cama ou com a cadeira PARA MELHORAR É IMPORTANTE: Mudar de posição pelo menos a cada 2 horas O colchão de espuma tipo “caixa de ovo” ou piramidal Proteja os locais do corpo onde os ossos são mais salientes com travesseiros, almofadas, lençóis ou toalhas dobradas em forma de rolo NOS PONTOS DE PRESSÃO - EXERCÍCIOS → Movimentar os dedos dos pés (cima, baixo e rotação) → Movimentar os pés (cima, baixo e rotação para os dois lados) → Dobre e estenda uma das pernas → Com os pés da pessoa apoiados na cama e os joelhos dobrados, faça movimentos de separar e unir os joelhos → Levante e abaixe os braços da pessoa, depois abra e feche → Faça movimentos de dobrar e estender os cotovelos, os punhos e depois os dedos → Ajude a pessoa a flexionar suave e lentamente a cabeça para frente e para trás, para um lado e depois para o outr AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA Que são as relacionadas ao autocuidado e que No caso de limitação de desempenho Normalmente requerem a presença de um cuidador para auxiliar a pessoa idosa a desempenhá-las São elas: • Alimentar-se • Banhar-se • Vestir-se • Mobilizar-se • Deambular • Ir ao banheiro • Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas
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