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Mariana Marques – T29 
INTRODUÇÃO 
• O exame físico pode ser dividido em duas etapas: exame 
físico geral (ectoscopia) e exame dos diferentes sistemas 
e aparelhos. 
• Sequência do exame físico geral: a sequência proposta 
para a avaliação do exame físico geral consiste em: 
▪ Estado geral, nível de consciência, fala e linguagem, 
fácies, biotipo, postura, atitude, medidas 
antropométricas, desenvolvimento físico, estado de 
nutrição e hidratação e da pele e das mucosas. 
 
ESTADO GERAL 
• Consiste na capacidade de interação, compreensão e de 
se relacionar, além da disposição e força. 
• A ectoscopia é responsável por determinar o estado 
geral do paciente, o qual pode ser dividido em três 
categorias: 
▪ Bom estado geral (BEG): o paciente apresenta-se 
confortável, eupneico, em bom estado nutricional e 
alerta, podendo apresentar algum grau discreto de 
desidratação ou palidez. 
▪ Regular estado geral (REG): o paciente aparenta 
estar doente ou com algum grau de desconforto, 
podendo estar descorado, desidratado ou confuso, 
porém, alerta e contactuante. Pode apresentar 
estado nutricional um pouco alterado. 
▪ Mal estado geral (MEG): o paciente apresenta-se 
visivelmente muito doente ou em muito sofrimento. 
Normalmente apresenta desidratação e palidez 
importante, cianose, sonolência, torporoso ou 
comatoso. Pode apresentar estado nutricional muito 
comprometido. 
 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
• A avaliação do novel de consciência é o aspecto mais 
importante da avaliação neurológica e está relacionado 
com o grau de alerta do indivíduo. 
• Pode ser dividido em: 
▪ Obnubilado: paciente está alerta e com o nível de 
consciência pouco comprometido. 
▪ Sonolento: paciente responde moderadamente, é 
facilmente despertado, mas logo volta a dormir. 
▪ Confuso: paciente tem perda de atenção, respostas 
lentas e falta de percepção temporoespacial. 
▪ Torporoso: paciente possui uma perda de 
consciência mais acentuada, mas, o paciente ainda 
é capaz de responder a estímulos dolorosos. 
▪ Comatoso: paciente que não responde a nenhum 
tipo de estímulo. 
OBSERVAÇÃO 
A escala de coma de Glasgow é a maneira mais utilizada 
para determinar os níveis de consciência, consistindo na 
avaliação de três parâmetros, sendo eles: abertura ocular, 
resposta verbal e resposta motora. 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
 
ABERTURA OCULAR 
Espontânea 4 
Ao comando verbal 3 
Á dor 2 
Sem resposta 1 
 
 
RESPOSTA MOTORA 
Ao comando verbal 6 
À dor – localizar 5 
Flexão normal do membro 
estimulado 
 
4 
Flexão anormal 3 
Extensão 2 
Sem resposta 1 
 
 
RESPOSTA VERBAL 
Orientada 5 
Confusa 4 
Inapropriada 3 
Incompreensível 2 
Sem resposta 1 
 
TIPOS MORFOLÓGICOS 
• Brevilíneo: também chamado de endomorfo, é 
caracterizado por possuir tendência à obesidade e à 
baixa estatura. 
• Normolíneo: também chamado de mesomorfo, é 
caracterizado por possuir um biotipo harmônico entre 
musculatura e panículo adiposo, com os ombros largos e 
abdômen plano. 
• Longilíneo: também chamado de ectomorfo, é 
caracterizado por ser magro e alto, com ombros largos e 
braços alongados. 
 
 
 
 
Exame Físico Geral 
 
 
Exame Físico Geral Qualitativo 
 
 
Mariana Marques – T29 
FÁCIES 
Consistem em expressões faciais expressas pelo paciente que, 
por possuir características peculiares, podem lembrar ao 
médico determinadas doenças. 
• Acromegálica: comumente esses 
pacientes apresentam aumento das 
arcadas supraorbitárias, da região 
malar e do mento, com maior 
desenvolvimento da mandíbula. 
Aumento do nariz, lábios e orelhas. 
▪ Típica da acromegalia. 
 
 
• Hutchinson: possui como uma das 
suas característica a presença de 
ptose palpebral e inexpressividade. 
▪ Típica em casos de miastenia 
gravis. 
 
• Hipocrática: costuma apresentar 
olhos muito fundos e parados, 
gerando olhar inexpressivo. Nariz 
afilado e lábios delgados, com 
presença de batimento das asas do 
nariz. 
▪ Típica de doenças graves. 
 
• Hipertireóidea: característico pela 
exoftalmia (olhos salientes, com 
protrusão do globo ocular para 
fora da órbita). 
▪ Típica do hipertireoidismo e 
doença de Basedow-graves 
 
• Mixedematosa: apresenta rosto 
arredondado, pele seca, espessada, 
com aumento dos sulcos. Edema 
periorbital, com pouco supercílios e 
cabelos secos e sem brilho. 
Fisionomia de desânimo e apatia. 
▪ Típica do hipotireoidismo. 
 
• Leonina: possui pele espessada, 
com lepromas (nódulos) variados 
que deformam a bochecha e o 
mento. Há queda de supercílios e 
nariz alargado. Os lábios tornam-
se mais grossos e proeminentes. 
Barba escassa ou inexistente. 
▪ Típica da hanseníase. 
• Cushingoide: tipicamente conhecida 
pelo arredondamento do rosto, 
caracterizando edema facial, com 
bochechas avermelhadas e presença 
de acne. 
▪ Típica da Síndrome de Cushing, 
causada pelo uso prolongado de 
corticoides. 
 
• Esclerodérmica: fácies inexpressiva, 
elevada imobilidade facial. Pele 
endurecida e aderente aos planos 
profundos, com afilamento e 
repuxamento dos lábios, redução 
do diâmetro da boca (microstomia) 
e afinamento do nariz. 
▪ Típica da esclerodermia. 
 
• Renal: caracterizada por edema 
palpebral, principalmente na parte 
da manhã. 
▪ Típica na síndrome nefrótica e 
na glomerulonefrite aguda. 
 
• Paralisia facial periférica: possui 
assimetria da face, com 
impossibilidade de fechar as 
pálpebras do lado afetado, 
repuxamento da boca para o lado. 
▪ Típica da paralisia facial. 
 
ATITUDE 
Posição adotada pelo paciente, por comodidade, hábito ou 
principalmente com objetivo de conseguir alívio dos sintomas. 
Sendo as mais frequentes: 
ATITUDES VOLUNTÁRIAS: 
• Ortopneica: o paciente permanece sentado à beira do 
leito com os pés no chão ou em uma banqueta com o 
objetivo de melhorar a respiração. Usada para aliviar 
falta de ar por insuficiência cardíaca congestiva, asma 
brônquica e ascite. 
• Genupeitoral: caracterizada pelo apoio simultâneo do 
peito e dos joelhos no mesmo plano horizontal. Usada 
para facilitar o enchimento do coração em casos de 
derrames pericárdicos ou aliviar dores de pancreatite. 
• Cócoras: o paciente permanece em posição agachada. 
Usada para alívio de hipóxia generalizada, observada 
frequentemente em crianças com cardiopatia congênita 
cianótica. 
Mariana Marques – T29 
• Parkinsoniana: o paciente permanece com a cabeça, 
tronco e membros semiflexionados quando se encontra 
em pé. Essa posição é observada em pacientes com 
doença de parkinson. 
• Decúbito dorsal, ventral ou lateral: posição em que o 
paciente se encontra deitado (consciente, por hábito ou 
para obter alívio). 
- Decúbito dorsal: comum em pacientes com processos 
inflamatórios pelviperitoneais. 
- Decúbito ventral: comum em cólicas intestinais. 
- Decúbito lateral: adotado por pacientes com dor de 
origem pleurítica (deita-se sobre o lado da dor). 
 
ATITUDES INVOLUNTÁRIAS: 
• Passiva: o paciente fica na posição em que é colocado 
no leito. Observada nos pacientes inconscientes ou 
comatosos. 
• Ortótono: atitude em que todo o tronco e membros estão 
rígidos, sem se curvarem. 
• Opistótono: atitude decorrente da contratura da 
musculatura da região lombar. Observada nos casos de 
tétano e meningite. 
• Emprostótono: posição contrária ao Opistótono. Pode ser 
observada no tétano, meningite e raiva. 
• Posição em gatilho: caracteriza-se pela hiperextensão 
da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e 
encurvamento do tronco, encontrada na irritação 
meníngea. 
 
PALIDEZ 
• Consiste na atenuação ou desaparecimento da cor rósea 
da pele, podendo ser generalizada (toda a pele) ou 
localizada (áreas restritas do corpo). 
• Deve ser avaliada toda a superfície corporal, a região 
palmoplantar, a face e as mucosas (conjuntival e oral). 
• É quantificada em cruzes, variando de uma a quatro 
cruzes, onde + quantifica um baixonível de palidez ou 
descoramento e ++++ o maior nível de palidez. 
• A avaliação da palidez pode ser dificultada em pele 
negra, doenças que alteram a coloração da pele e em 
peles espessas. 
 
ICTERÍCIA 
• É a coloração amarelada da pele e mucosas, decorrente 
do acúmulo de bilirrubina circulante. 
• A detecção ocorre quando a bilirrubina se encontra 
superior à 2mg/100ml. 
• É quantificada em cruzes, variando de uma a quatro 
cruzes, onde + quantifica um baixo nível de bilirrubina e 
++++ o maior nível de bilirrubina. 
• É possível observar essa coloração na conjuntiva ocular, 
região sublingual, freio lingual e pele em luz natural. 
 
CIANOSE 
• É a coloração azulada da pele e das mucosas devido ao 
aumento da taxa de hemoglobina reduzida (não ligada 
à oxigênio) no sangue capilar. 
• Deve ser avaliada em lábios, ponta de nariz, língua, 
região sublingual, lobos da orelha, leitos ungueais e 
polpas digitais. 
• A cianose pode ser central devido à uma má oxigenação: 
▪ A diminuição da tensão de oxigênio inspirado como 
ocorre em grandes altitudes. 
▪ A hipoventilação. 
▪ A presença de shunt (curto-circuito venoarterial). 
• A cianose pode ser periférica devido: 
▪ Aumento local ou geral da pressão venosa. 
▪ Obstrução na circulação por obstrução. 
▪ Transtornos vasomotores (Raynaud). 
• A cianose pode ser mista quando ocorre os dois tipos de 
fenômeno ao mesmo tempo. 
• Pode ser classificada como generalizada, quando 
acomete toda extensão da pele e das mucosas ou como 
segmentar quando acomete apenas as extremidades dos 
dedos, unhas, lábios, nariz, língua e pavilhão auricular. 
 
HIDRATAÇÃO 
• Avalia-se através da elasticidade ou tubor da pele (onde 
deve-se puxar a pele e aguardar que quando solta, 
retorne à posição inicial), através da língua e mucosa 
oral, onde observa-se o nível de hidratação que elas se 
encontram e através da observação da hidratação dos 
globos oculares. 
• É quantificada em cruzes, variando de uma a quatro 
cruzes, onde + quantifica um baixo nível de desidratação 
da pele e ++++ o maior nível de desidratação. 
 
Mariana Marques – T29 
EDEMA 
• Consiste no inchaço causado pelo acúmulo de líquidos 
entre os diversos tecidos e cavidades que compõem o 
corpo humano. 
• Para a avaliação do edema, utiliza-se o sinal de Godet, 
no qual, observa-se uma depressão que se forma no local 
onde foi realizada uma compressão, por meio dos dedos 
das mãos, indicador e polegar, fazendo um movimento 
de pinça ou contra uma estrutura óssea. 
• O edema pode ser classificado em cruzes, onde + 
representa um edema mais discreto e ++++ o maior grau 
de edemaciação. 
 
 
 
 
• Principais mecanismos da formação de edemas: 
▪ Aumento da pressão hidrostática. 
▪ Aumento da permeabilidade capilar. 
▪ Redução da pressão oncótica. 
▪ Obstrução linfática. 
 
• Quanto à consistência o edema pode ser: 
▪ Mole: quando é facilmente depressível, indicando 
um processo não prolongado. 
▪ Duro: quando existe resistência à compressão, 
indicando um processo mais prolongado devido à 
presença de proliferação fibroblástica, como ocorre 
nos casos de linfedema e da elefantíase.

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