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Estômago: Pólipos, Adenoma e Adenocarcinoma Referência Bibliográfica: Livro: ROBBINS PATOLOGIA BASICA, 9º edição. Cap 17 Livro: BOGLIOLO - PATOLOGIA GERAL, 5º edição. Cap 22 Antro: região final Relembrando: Temos a cárdia (transição esofagogástrica) Corpo e fundo: histologicamente iguais – principais altera- ções para neoplasias 4. Serosa: envolve externamente Histologia: 1. Mucosa 2. Submucosa 3. Muscular: importante para auxiliar nos movimentos de peris- taltismos 4. Musculares mucosa - camada estreita de células muscu- Mucosa Gástrica: 1. Fovéolas gástricas - invaginações do epitélio da superfície 2. Glândulas gástricas - glândulas tubulares que se estendem da base dos caroços gástricos até a mucosa muscular 3. Lâmina própria - reduzida a pequenas quantidades de tecido conjuntivo encontradas entre fovéolas gástricas e glândulas lares lisas na base da mucosa Plexos nervosos e vasos importante para nutrição Submucosa: Tecido conjuntivo denso 3. Camada longitudinal externa Musculares Externa: Três camadas de células musculares: 1. Camada oblíqua interna - exclusiva do estômago e é en- contrada perto do limite com a submucosa 2. Camada circular média * * * * * * • I Tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo Serosa: Secreção Gástrica: Obs: paciente dispéptico é quando ele tem um desconforto abdo- minal na parte superior e normalmente possuem lesões na muco- sa Pólipos: Começa com lesão na mucosa, normalmente benignos Pólipo é lesão originada e constituída pela proliferação de se- us componentes, as células da mucosa começam a se dividir Pólipos gástricos são poucos comuns, geralmente achados Fica só na região epitelial (fossetas) que fica na primeira ca- mada da da mucosa , normalmente achadas durante alguma en- doscopia Dois tipos: 1. Séssil: pólipos grudados 2. Pediculado: ligamos a um pedículo Pólipos hiperplásicos: 50-60 anos São os mais comuns (75% a 90%) Múltiplos aparecem em conjuntos Tipicamente < 1.5cm Ocorrem em mucosa doente (85%) Gastropatia química Gastrite crônica atrófica Gastrite relacionada ao H. pylori Normalmente não tem potencial de transformação Morfologicamente: as lesões ficam restrita a parte da mucosa, modificando as glândulas e as fovéolas começam a ficar irregular (longas formando tipo um cisto), lâmina própria maior (edemaciada com infiltrado de células mono ou polinucleares) maligna, porém se retirarmos eles retornam Histologia: Glândulas foveolares irregulares, cistica- mente dilatadas e alongadas. A lâmina própria é tipicamen- te edematosa, com graus variáveis de inflamação aguda e crônica Pólipos são ovoides na forma e têm uma superfície lisa me- nores do que 1 cm de diâme- tro cobertos por uma superfí- cie lisa Pólipos de glândulas Fúndicas: São lesões sésseis de 2-3 cm no corpo e no fundo, mais comumente em mucosa gástrica saudável Polipose adenomatosa familiar (PAF) * * * * * * * * * * * * * * * * - - - Morfologia: glândulas dilatadas, não conseguimos identificar Não neoplásicos e sem potencial maligno São esporádicos na maioria das vezes Múltiplos ou solitários Etiologia: ocorre devido a uma acidez gástrica reduzida (na maioria das vezes devido a medicamentos inibidores de bomba de prótons), as células tentam compensar fazendo uma hiperpla- sia glandular impulsionada pela gastrina levando a lesões (póli- pos) Normalmente assintomáticos: porém pode ter náuseas e vô- mitos as fovéolas Glândulas irregulares, cisti- camente dilatadas, revestidas por células parietais planas e principais Baixo grau: alargamento, alongamento e hipercromasia Pólipos Adenomatosos: 10% dos pólipos gástricos Podendo ter de 4 a 5cm Lesão única séssil ou com pequeno pedículo Mais frequente no antro, em mucosa com gastrite crônica atrófica ou de uma metaplasia intestinal (epitélio modificado es- tômago começa a parecer com o intestino) Neoplasia epitelial benigna com potencial de transforma- ção maligna – baixo e alto grau O risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma em adenomas gástricos está relacionado com o tamanho da lesão e é particularmente elevado com lesões maiores do que 2 cm de diâmetro Morfologia: glândulas alargadas de núcleos de células epiteliais, aglomeração epitelial e pseudoestratificação Alto grau: atipia citológica mais grave e arquitetura irre- gular, como brotamento glandular Câncer de Estômago: Descobrimos câncer de estomago geralmente em esta- Neoplasias malignas em estômago dos avançados * * * * * * * * * * * * * * * Para o Brasil, estimam-se, para cada ano do triênio 2020 - Epidemiologia: Em homens ocupam o 4º lugar e em mulheres o 6º lugar Maior incidência na Ásia: devido a alimentos condicionados (sal excessivo- associado a gastrite crônica), muito tempero – podendo converter nitrato em nitrito e nitrosamina levando a uma deficiência de antioxidante levando a compostos dentro da luz gástrica carcinogênico 2022, 13.360 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.870 nas mulheres. Esses valores correspondem a um risco es- timado de 12,81 a cada 100 mil homens e 7,34 para cada 100 mil mulheres Adenocarcinoma: 2. Difuso: homens e mulheres de igual prevalência, pro- Epidemiologia: A neoplasia mais frequente e importante do estômago Multifatorial que resulta da interação de fatores ambientais e do indivíduo Doença em que células malignas (câncer) se formam no re- vestimento do estômago Mais comum em homens (2:1) Doença multifatorial: fatores ambientais e do indivíduo 8% têm componente familiar Classificação de Laurén: Dois tipos de adenocarcinoma: intestinal ou difuso 1. Intestinal: idade mais avançada, homens mais prevalentes, gastrite crônica modificando aos poucos levando a uma metapla- sia intestinal, mais comum na população de alto risco devi- do ao menor grau de desenvolvimento (devido à falta de higiene que gera H.pilory), morfologicamente são massas solidas e grandes gnostico menos favorável, pode ser originado de gastrite crônica (30%) e os 70% ninguém sabe o pq se transforma no tipo difuso Fatores que favorecem a inflamação (aumento de Etiologia: 1. H.pylori- fatores de virulência CagA - além da ancoragem interfere no ciclo celu- lar levando a maior multiplicação VacA a longo prazo podem gerar alteração na mu- cosa levando ao adenocarcinoma 2. Fatores genéticos: interleucinas) levando a maior chance de pólipos ade- nomatosos que podem evoluir para displasia de alto ou baixo grau até uma metaplasia 3. Fatores ambientais: cigarro, sódio, dieta rica em sal, obesidade... Hipóteses patogenéticas: Tipo intestinal: H.pylori liberando cagA que pode le- var a uma mudança genética do DNA ou o aumento da ingestão de sódio levando a gastrite crônica, que por sua ** * * * * * * - - - - * * * vez aumenta o número de radicais livres e a proliferação celular podendo causar uma atrofia das células, evoluindo direto para uma mutação causando o carcinoma ou podemos ter uma meta- plasia intestinal evoluir para uma displasia e para o carcinoma Tipo difuso: H.pylori liberando cagA que pode levar a uma mudança genética do DNA ou o aumento de radicais livres levan- do a uma gastrite crônica que pode causar mutações, além de fa- tores genéticos que ajudem o carcinoma do tipo difuso, porém não sabemos a origem correta dessa pré disposição células neoplásicas frequentemente con- Tipo Intestinal: volumosos e são compostos por estruturas glandulares semelhantes a adenocarcino- ma esofágico e do cólon têm vacúolos apicais de mucina, e mucina abundante pode estar presente na luz das glândulas Reação desmoplásica que enrijece a Tipo Difuso: Células desconexas com vacúolos grandes de mucina que ampliam o citoplasma e empurram o núcleo para a periferia, criando uma morfologia de célula de anel em sinete parede gástrica e pode causar acha- tamento rugal difuso e uma parede rígida e espessa que confere aparência de “garrafa de couro” denominada linite plástica 2. AG avançado é aquele em que existe invasão da camada Invasão do Adenocarcinoma(AG): De acordo com a invasão da parede, o AG pode ser precoce ou avançado: 1. AG precoce está confinado à mucosa ou na submucosa muscular Aspectos macroscópicos do câncer gástrico precoce: I = protruso IIa = superficial ele- III = escavado vado IIb = superficial plano IIc = superficial de- primido * * d) tipo IV – lesão infiltrativa, de limites imprecisos, que cresce O AG avançado é classificado macroscopicamente segundo Borrmann como: a) tipo I – lesão vegetante ou polipoide, que cresce em direção à luz b) tipo II – lesão ulcerada, de bordas elevadas, com crescimento predominantemente expansivo c) tipo III – lesão ulceroinfiltrativa, com crescimento predomi- nantemente na parede do órgão e limites macroscópicos impreci- sos difusamente na parede, espessando-a, e que, quando atinge gran- de extensão ou todo o órgão, é chamada linite plástica (estômago em cantil) Metastase: Linfonodo sentinela supraclavicular (nódulo de Metástase: Contiguidade: Fígado, Pâncreas e Peritônio Virchow) Pulmão, Fígado e ovário (Tumor de Krukenberg) Re- gião periumbelical - sinal da “Irmã Mary Joseph” Linfoma MALT: Agressão linfoepitelia MALT: Tecido linfoide associado a mucosa MALT esta presente no trato gastrointestinal, pois é uma via de passagem de alimentos então precisamos de uma proteção contra os microrganismos 5% de toda malignidade do estômago Induzido por uma gastrite crônica (pode ser devido ao H.py- lori) então temos um MALT bem desenvolvido levando a uma proliferações de células linfoides e o tecido começa a sofrer mu- danças levando ao aparecimento de linfoma B Nesse caso se você tratar a H.pylori o linfoma regredi – então a prevenção é não deixa-la evoluir Linfoma das Células da Marginal Associado à infecção pelo HP Inflamação crônica causada por H.pylori que transfor- Etiologia: mam as células: linfócitos T e B, neutrófilo que vão se transformando causando alterações genéticas, como a des- regulação de NF-CapaB que levam ao linfoma Tumor carcinoide: Surgem de componentes difusos do sistema endócrino* * * * * * * * * * * * – nas células enteroendocrina e nas células G (produtoras de gas- trinas) O pico na 6º década, mas eles podem aparecer em qualquer Curso clínico mais indolente do que os carcinomas GI Podem estar associados a: hiperplasia de células endócrinas, gastrite atrófica crônica autoimune, Neoplasia endócrina múltipla tipo I e síndrome de Zollinger-Ellison idade Resumindo: com o aumento das células G, temos o aumento da gastrina e consequentemente do HCL levando a uma hiperplasia São massas intramurais ou submucosas que criam peque- nas lesões polipoides tendem a ser amarelos ou castanhos e são muito firmes, como con- sequência de uma reação des- moplásica intensa Compostos de ilhas, trabéculas, cordões, glândulas ou ninhos de células uniformes, com citoplas- ma granular rosado escasso e um núcleo pontilhado, de redondo a oval Positivas em marcadores de grâ- nulos endócrinos, tais como sinaptofisina e cromogranina A Tumor estromal gastrointestinal (GIST): Fatores: tríade de Carney. Indivíduos com neurofibro- Células intersticiais de Cajal – “marcapasso” do siste- ma gastrointestinal Normalmente na muscular da mucosa As proliferações microscópicas que podem representar precursores do GIST estão presentes em 10% a 30% dos estômagos removidos Aproximadamente 60 anos matose tipo 1 Alterações genicas: Receptor α do fator de crescimento derivado de plaque- tas da tirosina-cinase, PDGFRA KIT (75% e 80%) * * * * * * * * * * 'MLqgEsEãsgg Succinato-desidrogenase mitocondrial NF1, BRAF, HRAS, NRAS Eles geralmente formam uma massa carnosa, bem circunscri- Morfologia: Até 30 cm de diâmetro ta e solitária, coberta por uma mucosa intacta ou ulcerada, mas também podem se projetar para fora, em direção à serosa Metástase é rara em menores de 5 cm e comum em Aspecto Clínico: Perda sanguínea Metade dos indivíduos podem apresentar anemia ou sintomas relacionados Os GISTs também podem ser descobertos como achados in- cidentais Uma ressecção cirúrgica completa é o tratamento primário pa- ra os GISTs gástricos localizados O prognóstico se correlaciona com o tamanho tumoral, o índice mitótico e a localização, com GISTs gástricos sen- do menos agressivos do que aqueles que surgem no intesti- no médio maiores que 10 cm Etilismo e fumo Fatores de Risco: Sexo masculino Baixa renda associada a más condições de saneamento e má conservação de alimentos Dieta pobre em alimentos frescos Ingesta aumentada de sal e conservantes História familiar de neoplasia gástrica A obesidade e a doença do refluxo gastroesofágico → associadas a tumores gástricos proximais e transição esofa- gogástrica * * * * * * * * * * * * * * * * *
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