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TUTORIA SP5 ENFIM UMA NOTÍCIA BOA

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1. Entender � moviment� antivacin�
Segundo a OMS, os movimentos anti vacinas estão entre os 10 maiores riscos de
saúde global. Assim, as razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são
complexas, e incluem falta de confiança, complacência e dificuldades no acesso a
elas. Há também os que alegam motivos religiosos para não se vacinar ou a seus
filhos.
Os movimentos anti-vacinas se iniciaram no Brasil com a vacinação obrigatória
de varíola do século XIX, por falta de informação a população acreditava que a vacina
era uma ferramenta governamental usada para controle social, além de haver
questionamentos em relação à segurança.
A nível internacional, foi criada a Liga Anti Vacinação na Inglaterra e nos
Estados Unidos, que defendia a liberdade individual de escolha, atribuindo aos pais o
dever de decidir a respeito da vacinação dos filhos.
As correlações equivocadas dos efeitos causados pela vacinação, dão força
a esses movimentos. Por exemplo, em 1998, o médico e pesquisador inglês Andrew
Wakefield publicou um artigo no qual associava o uso da vacina tríplice viral com o
surgimento de autismo, anos mais tarde ele foi condenado por ter fraudado o
resultado a pesquisa de maneira proposital, tudo isso faz com que o movimento
anti-vacina cresça na nossa sociedade.
A exemplo disso, em 2011, os Estados Unidos passaram por um surto de
caxumba; em 2013, no Japão, o mesmo ocorreu com a rubéola; em 2017, na Europa,
notificou-se um caso de tétano após 30 anos sem nenhuma ocorrência. Já no Brasil, o
certificado conquistado em 2016 foi perdido 2 anos depois, quando ocorreu um surto
de sarampo.
Segundo dados do PNI, desde 2018 o Brasil não alcança a cobertura
vacinal desejada. Um fator associado à menor adesão na atualidade é o fato de, por
sermos de gerações que cresceram em meio a uma realidade de conquistas no campo
da epidemiologia, refletidas na melhoria das condições sociais, não fomos capazes de
ver, em nosso convívio, os danos provocados por muitas dessas doenças
infectocontagiosas. Assim, surge a despreocupação, a partir da ideia equivocada de
que essas doenças são de fácil tratamento ou não voltarão a provocar contágio.
Além disso, as mídias sociais facilitaram a disseminação das informações contra as
vacinas. Isso é explicado a partir das mídias sociais que criam bolhas
afetivo-informacionais pautadas pela lógica do algoritmo: as pessoas buscam
informações que reforcem seus preceitos, ainda que sejam mensagens com
desinformação.
As pessoas adeptas a esse tipo de prática possuem a falsa sensação de que
estão tomando uma decisão individual, exercendo o seu direito de liberdade de
escolha, porém, quando um grupo desse deixa de vacinar todo mundo acaba sendo
afetado, devido ao impacto direto na imunidade de rebanho.
2. Reconhecer a� responsabilidade� d� educadore� �
profissionai� d� saúd� (identificaçã� � prevençã� d� violênci�
infanti�)
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevê na Lei n°8069 de 13 de
julho de 1990, artigo 245, que o médico, professor ou responsável pelo
estabelecimento de saúde e educação devem comunicar às autoridades competentes
os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente. A
lei prevê multa de 3 a 20 salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.
Além disso, no seu artigo 13 respalda que em casos de suspeita ou confirmação
de violência é obrigatório a comunicação ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
sem prejuízo de outras providências legais. Em seu 2
0
parágrafo prevê que os serviços
de saúde deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa
etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer
natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e,
se necessário, acompanhamento domiciliar.
No âmbito federal, a Portaria no 737, de 16/5/01, do Ministério da Saúde, criou
a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência e a
Portaria no 1.968, de 20/10/01, tornou compulsória, para todas as instituições de
saúde pública e/ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o
território nacional, a notificação dos casos, suspeitos ou confirmados, de maus-tratos
contra crianças e adolescentes.
Além disso, visto que os pediatras são os profissionais de saúde que mais tem
contato com possíveis casos de abuso e violência infantil, a Sociedade Brasileira de
Pediatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina desenvolveu um manual de
atendimento à criança e o adolescente.
Neste manual, podemos destacar:
Nos serviços de saúde, os seguintes fatos devem chamar atenção:
internações frequentes, acidentes repetitivos (com frequência acima do esperado) e
existência de enfermidades passíveis de prevenção. Cabe discutir quando os pais se
recusam a aceitar uma conduta claramente benéfica para seus filhos, como as vacinas,
por exemplo. Nessa circunstância, o melhor interesse do menor deve prevalecer e a
responsabilidade do médico e da instituição hospitalar existe independente da dos
pais. Portanto, havendo ou não culpa dos pais ou responsáveis, faz-se necessária a
notificação e a tomada de decisão a favor da proteção desse menor, que está
sofrendo situação de desamparo.
Sendo dever da família, da sociedade e do Estado manter as crianças e
adolescentes a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, compete à equipe e a instituição de saúde, alguns
aspectos éticos, como: O melhor interesse do menor deve prevalecer; a
responsabilidade do médico/instituição hospitalar existe independente da dos pais; é
necessária a notificação e a tomada de decisão a favor da proteção dessas vítimas. A
notificação para conselho tutelar ou Vara da Infância e Juventude é obrigatória, de
acordo com a legislação. Porém, cabe à equipe multidisciplinar deliberar quanto à
forma e o momento mais adequado para essa notificação. A notificação criminal
(boletim de ocorrência) de crimes sexuais é direito exclusivo da vítima ou de seu
responsável legal, exceto quando o agressor possui o poder familiar sobre a vítima,
caso em que o BO pode ser feito pela equipe de saúde.
Na presença de lesões graves ou quando o retorno da criança ou adolescente
para sua moradia puder resultar em revitimização, essa deve ser internada, para que
permaneça sob a proteção da instituição hospitalar – e deve-se notificar a Vara da
Infância e Juventude de sua região. Tal notificação precisa ser realizada mediante
relatório da equipe multiprofissional e preenchimento da ficha de notificação de casos
suspeitos ou confirmados de violências e acidentes onde esta esteja implantada.
É importante ressaltar a importância da proteção e preservação física de quem
notifica. Por isso, a notificação deve ser realizada pela instituição onde a suposta
vítima está sendo atendida. Convém evitar envolvimento pessoal. Quando a notificação
institucional não for possível, pode-se recorrer à denúncia anônima.
Logo, o profissional deve agir com justiça, para garantir que qualquer criança ou
adolescente acesso aos meios disponíveis de cuidados e de proteção que viabilizem a
sua existência.
O núcleo de estudos de violência doméstica contra a criança e do adolescente,
da Sociedade de Pediatria de São Paulo, recomenda os seguintes fluxogramas de
atendimento:
3. �plicar � ECA e� relaçã� � violênci� infanti�
O Estatuto da Criança e do Adolescente foi criado logo após a promulgação da
Constituição de 1988, com o intuito de criar normas e regulamentação acerca do
artigo 227 da Constituição Federal que garantia às crianças e adolescentes os direitos
fundamentais de sobrevivência, desenvolvimento pessoal, social, integridade física,
psicológica e moral, além de protegê-los através de dispositivos legais diferenciados.
Partindo da premissa de que eles são sujeitos de direitos, que possuem condições
peculiares de desenvolvimento e comprioridade absoluta.
Também reafirmou a responsabilidade da família, sociedade e Estado de
garantir as condições para o pleno desenvolvimento dessa população, além de colocá-la
a salvo de toda forma de discriminação, exploração e violência.
Todo o aparato do Estatuto possibilitou a ampliação do acesso à educação,
reforço no combate ao trabalho infantil, mais cuidados com a primeira infância e
criação de novos instrumentos para atender as vítimas de violência.
Algun� marc� qu� evidencia� esse� avanç�:
Lei menino Bernardo: proibição de castigos físicos de natureza disciplinar ou
punitiva, aplicados com o uso de força física que cause sofrimento físico e lesão ou
ofereça tratamento cruel ou degradante, que humilhe, ameace gravemente ou
ridicularize a criança e adolescente, inserido pela Lei n. 13.010/2014. Para
complementação temos:
Rede Não Bata, Eduque: Formada por diversas instituições e pessoas físicas
unidas em torno do objetivo de reduzir os castigos físicos e humilhantes e incentivar
uma relação familiar respeitosa, que garanta o direito das crianças à integridade
física e psicológica. [www.naobataeduque.org.br]
Observatório da Infância: O portal dá continuidade ao trabalho de divulgação
dos direitos da criança e do adolescente iniciado pela Abrapia (Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência), em 1988. Disponibiliza uma
seção especial sobre violência.
Lei da Primeira Infância: implica o dever do Estado de estabelecer políticas,
planos, programas e serviços para a primeira infância que atendam às especificidades
dessa faixa etária, visando a garantir seu desenvolvimento integral.
Lei Sinase: regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a
adolescente que pratique ato infracional.
Lei da Escuta Especializada: estabelece o sistema de garantia de direitos da
criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência
O artigo 130 do ECA protege crianças e adolescentes de abusos sexuais
dentro de suas casas, afastando deles o seu agressor e definindo penalidades
específicas para quem praticar esse crime contra crianças e adolescentes, sendo que
os institutos médicos legais são obrigados a oferecer atendimento especial para
crianças vítimas de violência.
A relação sexual em qualquer situação em que a criança ou o adolescente tenha
menos de 14 anos é crime, mesmo que tenha “consentido”, o consentimento é
considerado viciado e não prevalece.
O artigo 241 do ECA protege crianças e adolescentes contra a venda ou
exposição de conteúdo pornográfico envolvendo sua imagem – complementando, o
artigo 244-A torna crime qualquer ato de submeter crianças ou adolescentes à
exploração sexual.
O artigo 241-D, incluído pela Lei nº 11.829, de 2008, reconhece também a
violência sexual contra crianças e adolescentes cometida na Internet e nas mídias
digitais, caracterizando como crime qualquer situação de “constrangimento de
crianças e adolescentes para a prática de atos libidinosos em qualquer meio de
comunicação”.
Destituição do poder familiar em casos de violência, visto que, essa medida é
extrema e irreversível, a sua aplicabilidade tem cuidados excepcionais. É decretada
após a análise da intensidade, frequência, circunstâncias e consequências do tal ato de
violência. Dessa forma, durante todo o processo, é analisada as condições dos pais
agressores e se necessário medidas são aplicadas aos pais, como: tratamento
psicológico e psiquiátrico, tratamento de alcoolismo ou drogadição, orientação familiar
e cursos e programas de acompanhamento.
Em casos de crianças vítimas de violência em que iniciou um inquérito policial,
elas são resguardadas durante todos os procedimentos judiciais, chama-se o
“Depoimento sem Dano”, onde a criança é ouvida por um psicólogo ou assistente
social, em um ambiente reservado, enquanto o promotor e o juiz acompanham de outra
sala interligado por equipamentos de vídeo e áudio que permitem a gravação.
Por mais que o Brasil tenha um Estatuto que teoricamente protege a criança e o
adolescente de todas as questões de vulnerabilidade, ainda há muitos desafios para
que seja efetivado que todas as crianças e adolescentes tenham os seus direitos
assegurados, tal como respalda o ECA, em sua teoria. Sendo que, um dos principais
fatores para essa mudança social é que a sociedade de modo geral mude sua cultura e
proteja as crianças e adolescentes enxergando-os como pessoas vulneráveis.
4. Descrever sobr� � mortalidad� infanti� � � morbidad� n�
infânci� (com� � avaliad� � com� repercuti� n� últim�
décad�)
Mortalidad� infanti�
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promove hoje (27) sessão,
na Assembleia Legislativa de São Paulo, para marcar os 30 anos da Convenção sobre os
Direitos da Criança. O órgão produziu um relatório que confere ao Brasil
reconhecimento por ter melhorado, ao longo dos anos, índices como o da mortalidade,
do trabalho infantil, além da exclusão escolar.
Conforme o Unicef, de 1990 a 2017 registrou-se "redução histórica" no total de
mortes de crianças menores de um ano de idade. No período, a taxa nacional caiu de
47,1 para 13,4 a cada 1 mil nascidos vivos. Além disso, entre 1996 e 2017, 827 mil
vidas foram salvas.
As ações de mitigação articuladas pelos governos geraram efeitos de âmbito
nacional, causando impacto também em São Paulo. No estado, a redução do índice foi
de 22,5 para 10,9, de 1996 para 2017, quando 103 mil vidas de bebês foram salvas.
A queda nos índices de cobertura vacinal, adverte o Unicef, tem sido porta de
entrada para doenças que eram, até recentemente, consideradas erradicadas, como o
sarampo. "Em 2016, a mortalidade infantil subiu pela primeira vez em mais de 20 anos
e ainda não voltou aos patamares de 2015, acendendo um sinal de alerta. No total, 42
mil crianças menores de 5 anos ainda morrem por ano no Brasil", informa o fundo da
ONU no relatório.
A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, afirma que o país deve
consolidar os avanços já conquistados até agora, voltando a atenção para a primeira
infância e a adolescência. "Os indicadores, em sua maioria, são piores no Nordeste
e no Norte do país. E piores entre as populações indígena, parda e negra", diz.
Florence exemplifica seu argumento comentando que não basta manter escolas,
mas também garantir que todos possam chegar a elas, em especial as crianças em
situação de vulnerabilidade social. "Por isso é preciso que as políticas, mais do que
nunca, tenham um enfoque de equidade, não sendo suficiente dar as mesmas
oportunidades para todos. O que a gente precisa é de políticas que permitam que
qualquer criança e adolescente tenha acesso a essas mesmas oportunidades. Por
exemplo, não é suficiente que uma escola exista, porque tem uma parte da população
que tem que ir atrás, não vai ter oportunidade de chegar."
A mandatária comenta que a contribuição da convenção consiste em fortalecer a
noção de que os direitos das crianças e dos adolescentes são "inegociáveis e
indissociáveis". Única instituição citada nominalmente no tratado, o Unicef, relata
Florence, tem conclamado os presidentes dos países signatários a "reafirmar o
compromisso" com os princípios ali colocados.
Índic� d� violênci�
A alta incidência de homicídios de adolescentes é outro ponto abordado no
documento. O Unicef destaca que, entre 1990 e 2007, o total de ocorrências dessa
natureza mais do que dobrou.
"De 1996 a 2017, 191 mil crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram vítimas
de homicídio", informam os autores do relatório, acrescentando que, a cada dia, em
média, 32 meninas e meninos nessa faixa de idade são assassinados.
Nos municípios paulistas, somente na década encerrada em 2017, destaca o
documento do Unicef, 8.200 crianças e jovens nessa faixa etária foram assassinados.
A taxa chegou a ser de 9,7 homicídios por 100 mil habitantes, há dois anos. A
estimativa é que mais de 1 milhão de menores de idade vivam em áreas afetadas pela
violência armada na cidadede São Paulo.
Sal� d� aul�
Outro aspecto mostrado no relatório é o acesso de crianças e adolescentes à
educação. Na avaliação do Unicef, o país "conseguiu avançar consideravelmente" nessa
área.
"Em 1990, quase 20% das crianças de 7 a 14 anos (idade obrigatória na época)
estavam fora da escola. Em 2009, a escolaridade obrigatória foi ampliada para a faixa
de 4 a 17 anos. E, em 2017, 4,7% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos estavam
fora da escola".
Os especialistas do Unicef ponderam que, embora o índice de exclusão escolar
tenha diminuído significativamente, o país ainda não atingiu a universalização do
ensino. Ao todo, quase 2 milhões de meninas e meninos estão fora da escola.
"Em São Paulo, 13% das crianças e adolescentes estavam fora da escola em
1996. Em 2018, eram 3,9%, o que representa 330 mil meninas e meninos. Há ainda
aqueles que estão na escola sem aprender. A adolescência é a fase da vida mais
afetada com a distorção idade-série no país: 14,9% dos estudantes do ensino médio e
12,5% nos anos finais do fundamental estão dois ou mais anos atrasados, totalizando
6,5 milhões de meninas e meninos. Em São Paulo, são 556.515 crianças e
adolescentes", completa o órgão.
Imigrante� � saúd� menta�
Para o Unicef, outro ponto que deve integrar a agenda das autoridades
preocupadas com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes refere-se à
acolhida de refugiados. Dos cerca de 200 mil venezuelanos que ingressaram no país
até julho, 30% eram menores de idade. O estado é o segundo com maior volume de
pedidos de refúgio, concentrando mais de 10% do total.
O tema suicídio também figura no relatório do Unicef como uma das questões
contemporâneas que requerem atenção. "Nos últimos 10 anos, os suicídios de crianças
e adolescentes vêm aumentando no Brasil. Eles passaram de 714, em 2007, para 1.047,
em 2017. No estado de São Paulo houve aumento de 53% no número de casos, saltando
de 98, em 2007, para 150 em 2017".
O qu� �
Fornecem estimativas da expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos,
com data de referência em 1o de julho do ano anterior.
Desde 1999, o IBGE divulga anualmente, até o dia 1o de dezembro, no Diário
Oficial da União, as Tábuas Completas de Mortalidade para o total da população
brasileira em 1o de julho do ano anterior, em cumprimento ao Art. 2o do Decreto n.
3.266, de 29.11.1999. As Tábuas Completas de Mortalidade são provenientes de
projeção dos níveis de mortalidade a partir das Tábuas Abreviadas de Mortalidade
construídas para o ano de referência do último Censo Demográfico, às quais são
incorporados dados populacionais do respectivo levantamento censitário, estimativas
da mortalidade infantil com base nesse mesmo levantamento e informações sobre
notificações e registros oficiais de óbitos, por sexo e idade. Constituem um modelo
demográfico que descreve a incidência da mortalidade ao longo do ciclo vital das
pessoas, e suas informações têm sido utilizadas como um dos parâmetros para o
cálculo do fator previdenciário com vistas às aposentadorias dos trabalhadores que
estão sob o Regime Geral de Previdência Social.
Os principais indicadores extraídos das Tábuas Completas de Mortalidade são
as probabilidades de morte entre duas idades exatas, em particular, a probabilidade
de um recém-nascido falecer antes de completar o primeiro ano de vida, também
conhecida como taxa de mortalidade infantil; e as expectativas de vida a cada idade,
em especial, a expectativa de vida ao nascimento.
A periodicidade das Tábuas Completas de Mortalidade é anual. Sua abrangência
geográfica é nacional, com resultados divulgados, por sexo e idade, para Brasil.
O�ervaçã� important�
As Tábuas Completas de Mortalidade são obtidas a partir das Tábuas
Abreviadas de Mortalidade, utilizando-se metodologias apropriadas para transformar
os intervalos quinquenais utilizados nestas em intervalos unitários nas Tábuas
Completas de Mortalidade.
A taxa de mortalidade infantil é usada internacionalmente como o indicador que
melhor retrata o estágio de desenvolvimento econômico e social de um país ou região,
justamente por possuir relação direta com características socioeconômicas e,
consequentemente, ser sensível às suas variações.1
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de mortalidade infantil
permite analisar a disponibilidade, a utilização e a eficácia dos cuidados de saúde, em
especial da atenção ao pré-natal, ao parto, ao recém-nascido e à criança no primeiro
ano de vida, sendo frequentemente utilizada para definir políticas públicas
direcionadas à saúde materno-infantil.
Apesar dos avanços verificados mundialmente em virtude de compromissos
assumidos por entidades internacionais, pela sociedade civil organizada e por políticas
públicas instituídas em diversos países, constata-se ainda grande disparidade na taxa
de mortalidade infantil entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.4
Atualmente, as menores taxas de mortalidade infantil são de países com elevados
Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) - com 3 mortes a cada mil nascidos vivos -,
enquanto as taxas de mortalidade infantil em países com baixo IDH ainda são
elevadas.
No Brasil, houve uma importante redução na mortalidade infantil ao longo das
últimas décadas, devido à queda da fecundidade, à expansão do saneamento básico, à
reorganização do modelo de atenção à saúde (Estratégia Saúde da Família - ESF), a
melhorias na atenção à saúde da criança, ao aumento na cobertura das campanhas de
vacinação e na prevalência do aleitamento materno, que influenciaram a redução de
doenças infecciosas nos primeiros anos de vida. Além disso, observou-se uma
combinação de crescimento econômico e melhora de escolaridade e distribuição de
renda.
Ainda assim, as desigualdades regionais e as iniquidades relacionadas a grupos
sociais considerados vulneráveis constituem grandes desafios em nosso país. Em 2013,
das cinco regiões brasileiras, apenas as regiões Norte e Nordeste apresentaram taxas
de mortalidade infantil acima da meta de mortes/mil nascidos, proposta nos Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para 2015.9 Entretanto, mesmo nas regiões
onde a mortalidade infantil alcançou taxas abaixo de dois dígitos, foram observadas
elevadas proporções de óbitos considerados evitáveis, cuja redução constitui uma
oportunidade para atingir taxas próximas àquelas de países desenvolvidos. Conhecer
os determinantes da mortalidade infantil em municípios brasileiros cujos contextos
socioeconômicos mostram bons indicadores sociais e de saúde pode subsidiar
intervenções no âmbito da saúde pública visando a sua redução, uma vez que tais
determinantes podem representar riscos de magnitude diferente daqueles observados
em regiões menos desenvolvidas.
Com uma população estimada de 526.338 habitantes, o município de Joinville
constitui o terceiro pólo industrial da região Sul e possui um dos maiores valores de
Produto Interno Bruto (PIB) do país. Tal nível de desenvolvimento econômico
reflete-se em bons indicadores sociais e de saúde, sendo que, em 2010, a cidade
apresentou um dos mais altos Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
(0,809) entre os municípios brasileiros, ocupando a 21ª posição nacional. A taxa de
mortalidade infantil vem se mantendo abaixo de dois dígitos desde 2001, em média 8,7
óbitos/mil nascidos vivos no período. Considerando o exposto, o objetivo deste estudo
é mensurar o coeficiente de mortalidade infantil e identificar seus fatores associados
em um município brasileiro com elevado IDHM.
5. Reconhecer � epidemiologi� da� principai� doença�
�antemática� prevalente� e� criança� � sua� consequência�
(saramp�, c�umb�, rubéol�)
Saramp�
O sarampo é uma doença exantemática viral extremamente contagiosa que
pode evoluir para óbitos em crianças menores de 1 ano e desnutridas. No Brasil,
inúmeras são as medidas de controle do sarampo inseridas desde a introdução da
vacina em 1968 até o momento atual, oscilando entre períodos de casossuspeitos e
confirmados no território nacional. Em 2016, a OMS considerou as Américas livre da
circulação do sarampo e, desde então, o Brasil está em fase de eliminação autóctone
do vírus tanto do sarampo, quanto da rubéola.
Etiologia: Doença viral (RNA de fita simples) aguda, causada pelo Morbillivirus
(família Paramyxoviridae). Doença de notificação compulsória. Sua transmissão, é
através de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, falar, espirrar por meio de
aerossóis com partículas virais que ficam no ar.
Período de incubação e de transmissão: varia de 7-21 dias da data de
exposição ao início do quadro exantemático. O período de transmissibilidade ocorre 6
dias antes e 4 dias após o exantema, sendo o pico de transmissão 2 dias antes e 2 dias
depois do início do exantema.
Quadro Clínico: Morbiliforme: pequenas máculas-pápulas eritematosas (3 a 10
mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, permeadas por pele sadia. Descamação
furfurácea (lembrando farinha). Inicia na Linha de implantação na cabeça com
evolução descendente “Craniocaudal”. Sua evolução é lenta. Duração – 7 dias
Manchas de KOPLIK (enantema patognomônico de aspecto esbranquiçado
localizado na mucosa bucal, antecedendo ao exantema).
Diagnóstico: O diagnóstico é clínico, mas todos os casos suspeitos de sarampo
devem ser submetidos a exames sorológicos para identificação de IgM e IgG do vírus
em amostras de soro, urina e swabs de naso e orofaringe. A identificação do vírus tem
como objetivo conhecer o genótipo do mesmo para diferenciar um caso autóctone de
um importado e diferenciar o vírus selvagem do vacinal, já que a vacina é feita com
vírus atenuado. Para conseguir realizar essas análises, o Ministério da Saúde
recomenda coleta das amostras até o 7o dia após início do exantema, sendo que o IgM
é possível ser identificado desde o início da doença até 1 mês após a mesma.
Importante ressaltar que, o material coletado deve ser enviado para o laboratório
acompanhado daquela Ficha de Notificação.
Tratamento: Não há tratamento específico, mas é possível realizar medidas de
suporte com sintomáticos. Recomenda-se a administração de vitamina A (palmitato de
retinol) em menores de 2 anos de idade (< 6 meses: 50.000 UI, 6-12 meses: 100.000
UI e > 12 meses: 200.000 UI), 1 vez ao dia, por 2 dias. (notificação compulsória).
Escarlatin�
A escarlatina é uma doença infecciosa aguda causada pelo Streptococcus
pyogenes ou estreptococos beta hemolítico do grupo A, mais especificamente, pelas
toxinas pirogênicas que este libera quando está infectado por um bacteriófago
produtor de exotoxinas pirogênicas, ou seja, a escarlatina não é fruto da infecção
direta pela bactéria, mas sim pelo efeito das toxinas produzidas quando a bactéria é
infectada por um bacteriófago.
As toxinas produzidas podem ser tipo A, B ou C e, o quadro desenvolvido por um
toxina não oferece imunidade às infecções pelas outras, logo, é possível que um
indivíduo tenha o mesmo quadro de escarlatina até 3 vezes. Tal patologia está mais
frequentemente associada à faringite e, ocasionalmente, aos impetigos.
Etiologia: causada pela bactéria Streptococcus pyogenes beta hemolítica do
Grupo A produtora de toxina eritrogênica.
Transmissão: a transmissão ocorre por contato com gotículas e secreções de
nasofaringe de indivíduos com faringoamigdalite estreptocócica aguda.
Grupo Etário: acomete principalmente crianças de 3-15 anos de idade.
Incubação: 2 a 5 dias
Duração do Exantema: 3 a 4 dias
Quadro clínico: O período prodrômico (primeiros indícios)ocorre durante
12-24h com febre alta, dor à deglutição, mal-estar geral, náuseas e vômitos. Após
este período o paciente apresenta o quadro de faringoamigdalite com exsudato
purulento, adenomegalia cervical e enantema na mucosa oral. Em seguida, cerca de
12-48h após o início do quadro, surge um exantema micropapular áspero (aspecto de
lixa) em peitoral que se expande para tronco – pescoço – membros, poupando palma das
mãos e pés. Este exantema apresenta-se mais intenso nas dobras cutâneas formando
locais com linhas hiperpigmentadas chamadas linhas de Pastia. Na face, o eritema
malar confere o aspecto chamado de “face esbofeteada” associado ao sinal de
Filatov, além disso, ocorre hipertrofia das papilas da língua dando a esta o aspecto de
framboesa o que é chamado de “língua em framboesa”.
Diagnóstico: Além de clínico, o diagnóstico pode ser feito pela cultura de
secreção da orofaringe coletada com swabs para identificação do estreptococo
beta-hemolítico do grupo A, este, é o padrão-ouro para o diagnóstico. No entanto, é
possível também fazer dosagem de anticorpos antiestreptolisina. O (ASLO) que auxilia
a presumir infecção pelo estreptococo em questão. E ainda, é possível realizar teste
rápido para identificação do pyogenes.
Rubéol�
A rubéola é uma doença de etiologia viral altamente contagiosa e, sua
importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos e à
síndrome da rubéola congênita (SRC). Após diversas campanhas e ações de vigilância
epidemiológica, no ano de 2010, o Brasil cumpriu a meta de eliminação da rubéola e da
SRC e, em 2015 a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) declarou as Américas
livre da rubéola e SRC.
A Rubéola também é uma doença de notificação compulsória (deve ser
preenchida a respectiva ficha de Notificação/Investigação de Doenças Exantemáticas
Febris Sarampo/Rubéola) e prevenida por vacina (tríplice viral).
Mecanismo de transmissão: a transmissão ocorre por gotículas de secreções
nasofaríngeas e contato direto com pessoas infectadas.
Período de incubação e de transmissão: o período de incubação é entre 12 e
23 dias, sendo o período de transmissibilidade 7 dias antes e 7 dias após o início do
quadro exantemático.
Quadro clínico: febre baixa e linfoadenopatia retroauricular e/ou occipital
e/ou cervical podem ocorrer 5-10 dias antes do exantema, no entanto, em crianças
pode não ocorrer tais pródromos. O exantema é maculopapular puntiforme róseo
difuso com início na face– couro cabeludo – pescoço – tronco– extremidades, tais
lesões têm curta duração (3 dias ou menos) e, conforme o exantema progride para
um novo local, as manchas presentes no local anterior vão desaparecendo.
Diagnóstico Laboratorial: sorologia (IgM, IgG) para anticorpos específicos
(Elisa) em amostra coletada até 28 dias após o início do exantema. A leucopenia é
comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas.
Prevenção: A vacina (tríplice viral) de patógenos vivos atenuados.
Eritem� infecci��
Etiologia: Doença viral de evolução causada pelo parvovírus humano B19.
Quadro clínico: Geralmente não costuma ter pródromos, mas alguns casos
surgem sintomas prodrômicos leves como mialgia, febre, coriza e cefaleia. O exantema
maculopapular se inicia em face em região malar, dando o aspecto que alguns autores
chamam de “face esbofeteada” associado a palidez perioral ou sinal de Filatov.
Cerca de 4 dias depois o exantema evolui para membros superiores e inferiores,
a mácula aumenta de tamanho deixando uma palidez central conferindo o aspecto
rendilhado do exantema que pode durar até 3 semanas. Importante ressaltar que após
desaparecimento pode haver recorrência do eritema após exposição ao sol,
variação da temperatura, exercícios e estresse devendo-se, portanto, explicar à
família que tal fenômeno pode ocorrer não significando recorrência da doença em si.
Mecanismo de transmissão: Transmitido por via respiratória, sobretudo, em
comunidades fechadas. Também pode ser transmitido por via placentária em caso de
mães infectadas, o que pode levar a hidropsia fetal.
Período de incubação e de transmissão: Estima-se que o tempo de incubação
seja entre 14-21 dias. A transmissão ocorre antes do exantema, porém não se sabe ao
certo quantos durante quantos dias antes do surgimento do mesmo. Logo, quando há o
surgimento do exantema o paciente não elimina mais o vírus, portanto, não há
necessidade de isolamento.
Diagnóstico Laboratorial:sorologia para detecção de anticorpos IgM (Elisa) -
IgM específico para parvovírus e PCR (sobretudo em pacientes imunodeprimidos). Com
alterações de enzimas hepáticas e hemograma normal.
Tratamento e Prevenção: Não há tratamento específico ou vacina
�antem� súbit�
Esta doença viral de evolução benigna, também chamada de roséola infantum, é
causada pelos herpes vírus 6 e 7, sobretudo, o tipo 6 que é o mais frequente. A doença
acomete apenas crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, sugerindo que haja uma
proteção por meio de anticorpos maternos e que o vírus seja bastante prevalente na
comunidade já que na idade pré-escolar quase todas as crianças já estão imunes. É
mais prevalente em menores de 2 anos.
Mecanismo de transmissão: Transmitida por secreções oral.
Período de incubação e de transmissão: O tempo de incubação é de 5-15 dias.
A transmissão ocorre na fase de viremia que acontece principalmente no período
febril.
Quadro Clínico: Exantema maculopapular róseo em tronco, sem descamação;
Aparece de 12 a 24 horas após episódios de febre alta; Acomete inicialmente o tronco
em seguida a face, a região cervical e raiz dos membros; Início súbito com febre alta
e contínua de 3 a 4 dias, e quando cessa vem o exantema (cerca de 12hrs depois);
Extrema irritabilidade; Linfadenopatia: os gânglios localizados na parte de trás da
cabeça e no pescoço podem aumentar de tamanho; Tosse, coriza;
Diagnóstico Laboratorial: Captura de anticorpos IgM e IgG para HHV-6
Prevenção e Tratamento: Tratamento de suporte e administração de
medicação sintomática, bem como a vigilância das complicações, especialmente às
relacionadas ao sistema nervoso. Não existe vacina disponível.
Febr� macular - Rickettsías�
Etiologia: É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia. Espécie Rickettsia
rickettsii. Doença de notificação compulsória.
Transmissão: vetor carrapato do gênero Amblyomma contendo a bactéria.
Grupo Etário: pessoas com exposição ocupacional ou recreacional ao vetor têm
risco aumentado de contrair a doença (Região de Minas Gerais).
Quadro Clínico: Início abrupto → Entre o 2º e 5º dia da doença surge o
exantema maculopapular de evolução centrípeta e predomínio nos membros inferiores,
podendo acometer região palmar e plantar que pode evoluir para petéquias,
equimoses e hemorragias; Doença infecciosa de gravidade variável, cujas
apresentações clínicas podem variar de formas leves, atípicas até formas graves,
apresentando elevada letalidade; Febre elevada, cefaléia, mialgia intensa, prostração
(debilidade física).
Diagnóstico Laboratorial: Realizado através da identificação de anticorpos por
imunofluorescência indireta (RIFI) em amostras colhidas a partir do 7º dia do início
dos sintomas.
Prevenção e Tratamento: Tratamento de suporte e administração de
antibióticos (tetraciclina e cloranfenicol). Orientar a população sobre a exposição em
áreas com a presença de carrapatos.
Doenç� d� Kawasak� (DK)
A doença de Kawasaki (DK) é uma importante causa de vasculite na faixa
etária pediátrica, sendo uma causa importante de cardiopatia e infarto agudo do
miocárdio. Sua etiologia é desconhecida, mas acredita-se que seja decorrente de uma
resposta imune patológica a agentes ambientais ou infecciosos em indivíduos com
predisposição. O diagnóstico e tratamento precoce até o 10o dia da doença é
fundamental para a redução da complicação mais temida que é o aneurisma de
coronárias.
Manifestações clínicas:
1. Fase Aguda: febre alta, hiperemia conjuntival não-exsudativa, lábios
vermelhos, secos e rachados, língua em framboesa, adenopatia cervical, leucocitose no
hemograma e aumento de VHS e PCR; na metade da 1ª semana, aparecimento de
exantema polimorfo, edema e eritema palmo plantar com descamação.
2. Fase Subaguda: com 2 semanas há remissão dos sintomas, surgindo
descamação de dedos de mãos e pés, trombocitose e arterite coronariana;
3. Convalescença: com 6 a 8 semanas, melhora dos sintomas clínicos e
persistência da coronarite.
4. Fase Crônica: de meses a anos, podendo permanecer assintomático ou com
sequelas cardíacas.
Diagnóstico Diferencial: estafilococcia, estreptococcia.
Tratamento: imunoglobulina em dose única nos primeiros 10 dias de evolução;
AAS, inicialmente em dose anti-inflamatória e posteriormente em dose antiagregante
plaquetária.
Varicel�
Também conhecida por catapora, esta doença atualmente é prevenida por
vacina na tetra viral o que levou a redução da sua incidência (1º dose com 15 meses
e reforço aos 4 anos de idade). A infecção confere imunidade permanente, embora,
raramente possa ocorrer um segundo episódio de varicela. É uma doença de
notificação compulsória apenas se caso grave, ou seja, que necessite internação.
Etiologia: causada pelo vírus (DNA-dupla fita) Varicela Zoster (VVZ).
Mecanismo de transmissão: Pessoa a pessoa por meio de secreções
respiratórias ou contato direto e, de modo indireto, ocorre por meio do contato com
objetos contaminados com a secreção das lesões de pele (vesículas).
Período de incubação e de transmissão: O período de incubação é de 10-21
dias e a transmissão se inicia 1-2 dias antes do surgimento do exantema e permanece
até que as lesões estejam em fase de crosta.
Quadro clínico: Apesar de na infância não costumam ocorrer pródromos, os
mesmos podem aparecer como febre moderada/ baixa, cefaléia, anorexia e vômito por
2-3 dias. O exantema de característica papulovesicular polimórfico pruriginoso
costuma surgir nas partes cobertas do corpo, como couro cabeludo, axilas e mucosas
oral e das vias aéreas superiores. Tais lesões surgem em surtos de evolução rápida
coexistindo, em uma mesma região do corpo, diferentes estágios: máculas, pápulas,
vesículas, pústulas e costras.
Diagnóstico Laboratorial: o quadro típico costuma dispensar o recurso
laboratorial, porém, pode-se detectar o vírus Varicela-Zoster por PCR no líquido das
vesículas, ou utilizar reações sorológicas IgM ou IgG. Leucopenia nas primeiras 72
horas, Linfocitose, elevação de transaminases
Tratamento: O tratamento envolve o uso de sintomáticos como
anti-histamínicos para atenuar o prurido, antitérmico e analgésico (estes, não
salicilatos). O tratamento específico é com Aciclovir para menores de 12 anos ou
pessoas com imunocomprometimento, comorbidades ou risco para agravamento do
quadro. Além disso, deve-se recomendar a lavagem das lesões de pele com água e
sabão, bem como é fundamental cortar as unhas da criança como forma de prevenir
lesões de pele secundárias em decorrência do intenso prurido.
6. Falar sobr� � impact� da� política� pública� e�
decorrênci� d� mortalidad� infanti� (programa� � indicador
d� cobertur� par� diminuiçã� d� t�� d� mortalidad� �
morbidad�)
O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) tem sido, ao longo do tempo,
utilizado como um bom indicador das condições de vida. É simples de ser calculado
e reflete o estado de saúde da parcela mais vulnerável da população: os menores de
um ano. É definido pelo número de óbitos de menores de um ano de idade por cada mil
nascidos vivos, em determinada área geográfica e período, e interpreta-se como a
estimativa do risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de vida.
Valores altos refletem, em geral, níveis precários de saúde, condições de vida e
desenvolvimento sócio-econômico.
A mortalidade infantil apresenta relações já bem estabelecidas na literatura
com uma série de fatores: condições biológicas maternas e infantis (idade da mãe,
paridade, intervalo entre os partos, prematuridade, baixo peso ao nascer, retardo no
crescimento intra-uterino etc.); condições ambientais (existência dos serviços de
saúde e da acessibilidade da população a eles, abastecimento de água potável e
saneamento básico adequados, poluição etc.) e, fundamentalmente, as relações sociais
que organizam a vida concreta das pessoas (moradia, trabalho, renda, nível de
informação, proteção social etc.).
No sentido de melhor entender o processo saúde-doença por meio da
mortalidadeinfantil, esta pode ser avaliada, também, pelos seus componentes:
neonatal (óbitos de crianças durante os primeiros 28 dias de vida em cada mil nascidos
vivos) e pós-neonatal (óbitos ocorridos entre o 29º dia de vida até 11 meses e 29 dias
de idade, por cada mil nascidos vivos). O componente neonatal pode ser dividido ainda
em precoce (0 a 6 dias) e tardio (7 a 27 dias). Os períodos que caracterizam os
componentes da mortalidade infantil apresentam causas de morte muito distintas, o
que permite a avaliação da influência de fatores de natureza diversa e,
consequentemente, do impacto de medidas com efeito sobre estes fatores.
Segundo dados oficiais 6, entre 1990 e 2000, a mortalidade infantil estimada
com base nos censos demográficos e na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios
apresentou uma queda de 31%. Esta notícia causou certa perplexidade entre os
estudiosos. O desempenho do indicador pareceu surpreendente diante do contexto
observado na década de deterioração dos níveis de crescimento econômico, de renda e
de trabalho e do aumento da taxa de desemprego 7. Entretanto, a década de 1990 foi
marcada por decisões políticas importantes relacionadas à organização e ao
funcionamento do sistema de saúde brasileiro. Dois marcos, em especial, merecem
destaque: a implementação do Programa Saúde da Família (PSF), em 1994, e as
alterações no sistema de financiamento decorrentes da Norma Operacional Básica nº.
1/1996 (NOB-96).
O PSF, criado em 1994 pelo Ministério da Saúde, teve como principal propósito,
segundo o discurso oficial, a reorganização à prática de atenção à saúde em novas
bases, levando a saúde para mais perto da família e melhorando a qualidade de vida
dos brasileiros. Atualmente existem cerca de 18 mil equipes, cobrindo mais de 60
milhões de pessoas, em mais de 4.400 municípios brasileiros.
*--*
A mortalidade infantil é destacada historicamente como um dos principais
problemas sociais. Ao expressar o estado de saúde da parcela mais vulnerável da
população, as crianças menores de um ano, a taxa de mortalidade infantil é um
indicador capaz de refletir as condições de vida e os níveis de saúde e de
desenvolvimento socioeconômico de uma comunidade.
Tendência à queda da taxa de mortalidade infantil vem sendo observada em
todo o mundo desde a década de 1950 e de maneira ainda mais acentuada a partir dos
anos 1980. A redução da fecundidade, a expansão de serviços de saúde e de outros
benefícios sociais e o maior acesso a novas tecnologias em saúde vêm contribuindo
para esse decréscimo.
No Brasil, foi percebida uma expressiva redução desse indicador. Na década
de 1970, a mortalidade infantil atingia patamares próximos dos de países
subdesenvolvidos da África e da Ásia, ultrapassando 90 óbitos por 1.000 nascidos
vivos, sendo que considerável parcela desses óbitos foi atribuída a causas passíveis de
prevenção, principalmente ao binômio infecção-desnutrição. Já em 1990, a taxa de
mortalidade infantil (TMI) era de 48,3‰, caindo ainda mais na década seguinte,
chegando em 2009 a 14,8 óbitos de menores de um ano por 1.000 nascidos vivos.
De acordo com os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), a taxa de mortalidade infantil é considerada aceitável quando se
apresenta inferior a 2 dígitos. Sob esse ponto de vista, apesar dos avanços
observados, a TMI ainda encontra-se em níveis eticamente inaceitáveis, evidenciando
a necessidade de formulação e execução de políticas públicas pautadas em
intervenções múltiplas capazes de fazer uma análise crítica sobre esse indicador,
considerando não apenas a causa da morte, mas as condições de vida das famílias e as
diferentes realidades de atuação.
7. Reconhecer � indicadore� d� mortalidad� infanti�
(demonstrand� � cálcul�)
A taxa de mortalidade infantil é um indicador social representado pelo número
de crianças que morreram antes de completar um ano de vida a cada mil crianças
nascidas vivas no período de um ano. É um importante indicador da qualidade dos
serviços de saúde, saneamento básico e educação de uma cidade, país ou região.
A taxa de mortalidade infantil é expressa por mil e é representada, por
exemplo: A taxa de mortalidade infantil no Brasil é de 15 (15 em cada mil crianças).
Principai� fatore� qu� promove� � mortalidad� infanti� sã�:
● a falta de assistência e de instrução às gestantes;
● ausência de acompanhamento médico;
● deficiência na assistência de saúde;
● desnutrição;
● ausência de políticas públicas efetivas em educação;
● ausência ou deficiência no saneamento básico.
A situação é tão delicada que a ONU, inseriu a redução da mortalidade infantil
mundial entre as 8 principais metas do desenvolvimento do milênio (ODMs), que é
um conjunto de objetivos de melhoria no padrão de vida das pessoas em todo mundo,
especialmente nos países pobres.
Sendo assim, a mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos
nos períodos neonatal precoce (0-6 dias de vida), neonatal tardio (7-27 dias) e
pós-neonatal (28 dias e mais).
Em posse desse resultado é possível analisar a probabilidade de um nascido
vivo morrer durante o seu 1
O
ano de vida, e com nas taxas de mortalidade de
países desenvolvidos classificar a taxa de mortalidade em alta (>50), média
(20-49) e baixas (<20). Perante a análise desses fatores é possível subsidiar
processos de planejamento através de políticas públicas voltadas para a atenção
pré-natal, parto e a proteção da saúde infantil.
Conforme melhora o nível de desenvolvimento de uma região, a mortalidade
infantil diminui e os óbitos tendem a se concentrar próximos ao período neonatal
(entre zero e 27 dias).
As causas da mortalidade no período neonatal se relacionam com as condições
da gestação e do parto, sendo particularmente influenciadas pela qualidade da
assistência ao pré-natal e ao parto. Quanto mais próximas do momento do nascimento
(período neonatal precoce, de 0 a 6 dias de vida), mais forte será a influência das
condições de nascimento (especialmente peso ao nascer e idade gestacional) e da
assistência neonatal para a sobrevivência infantil.
Já as causas da mortalidade no período pós-neonatal, cujos principais
exemplos são a diarreia e a pneumonia, se relacionam com as condições
socioeconômicas e ambientais, especialmente nutrição e agentes infecciosos.
Limitações: Entre suas limitações podemos citar a existência de sub registro
de óbitos de menores de 1 ano de idade e de nascidos vivos (expulsão ou extração
completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto
de concepção que, depois da separação, respire ou apresente qualquer outro sinal de
vida, tal como batimentos do coração, pulsações do cordão), erros na definição de
nascido vivo e erros na informação de idade da criança na declaração de óbito.
8. �siopatologi� da� doença� infecci�a� qu� sã� mai� comun�
n� infânci� (pneumoni�, diarrei�, bronquit�)
Diarréi�
A diarreia é um sintoma que pode ser causado por várias doenças diferentes. A
criança é considerada com diarreia quando há aumento no número de vezes por dia em
que elimina as fezes, as quais apresentam consistência amolecida ou líquida.
As diarreias podem ser classificadas em 2 tipos: diarreia aguda, quando a
duração é menos do que 14 dias, e diarreia crônica, quando a duração é maior do que 14
dias. A diarreia aguda geralmente é de causa infecciosa (gastroenterite aguda), sendo
de maior risco de causar a desidratação, situação perigosa, que sempre exige
atendimento de emergência. Quando demora vários dias pode provocar perda de peso
maior e desnutrição.
A diarreia crônica possui muitas causas diferentes. Quando provoca má absorção
intestinal, as consequências temidas são a desnutrição, parada de crescimento, anemia
e outras deficiências. A causa mais frequente de diarreia crônica é a diarreia
funcional do lactente, que felizmente não provoca desidratação, nem desnutrição e em
geral desaparece perto dos dois anos de vida.
A� causa� d� diarrei� n� crianç�sã�:
● Causas infecciosas: A) Bacterianas: Salmonella, Shigella, Campylobacter,
Yersinia, Escherichia coli. B) Virais: Rotavírus, Norovírus, Adenovírus. C)
Protozoários: ameba, Giardia lamblia, Cryptosporidium.
● Causas dietéticas: sorbitol, glutamato monossódico, frutose, intolerâncias
alimentares (lactose, sacarose, feijão, frutas, pimenta, etc.).
● Causadas por medicações: antibióticos, laxativos.
● Causas alérgicas: alergia à proteína do leite de vaca, da soja ou de outros
alimentos.
● Causas funcionais: diarreia funcional do lactente e pré-escolar, síndrome
do intestino irritável.
● Causas inflamatórias auto-imunes: doença de Crohn, colite ulcerativa.
● Outras causas: doença celíaca, fibrose cística (mucoviscidose),
enteropatia ambiental, intoxicação por metais pesados, doenças genéticas
raras.
● Diarreia aguda (gastroenterite aguda)
Bronquit�
Em um corpo que está saudável, o pulmão recebe normalmente o ar por meio dos
brônquios, os quais estão conectados à traqueia. A bronquite acontece quando esse
processo é interrompido com a inflamação dos canais respiratórios, o que gera acúmulo
de muco.
A principal origem desse problema é viral ou bacteriana, sendo que em alguns
casos, a inflamação por bactérias pode surgir após o ataque por vírus. Crianças são
suscetíveis à bronquite, por isso, é necessário levá-las ao pediatra especialista para
indicar o melhor tratamento possível.
Um dos principais desconfortos que a criança sente com a bronquite é a
dificuldade na respiração. Isso acontece porque o trânsito do oxigênio no organismo
fica interrompido. Os brônquios são os canais responsáveis por levar o ar inalado até
os alvéolos pulmonares, o que não acontece quando surge o problema.
Além disso, menores que vivem com fumantes têm mais potencial não só para
desenvolver a doença, mas também sentem mais dificuldade para respirar quando
ocorre a inflamação. Cidades com mais poluição e casas com muita poeira são também
fatores de risco.
Os chiados ou sibilos são também um dos principais sintomas de bronquite. Tais
sinais são identificados pelo pediatra pela ausculta e após a identificação de um som
semelhante a assobios contínuas.
● Tosse com produção mucosa
● Febre, coriza e outros sintomas
● Pneumonia
Pneumoni�
A pneumonia na criança corresponde à infecção do pulmão causada por bactérias
ou vírus que leva ao aparecimento de sintomas semelhantes aos da gripe, mas que vão
piorando com o passar dos dias, podendo ser difícil de identificar.
A pneumonia infantil tem cura e raramente é contagiosa, devendo ser tratada em
casa com repouso, remédios para a febre, antibióticos e ingestão de líquidos, como
água e leite, por exemplo.
Os sintomas de pneumonia na criança podem surgir alguns dias do contato com o
agente infeccioso responsável pela infecção, podendo ser notado:
● Febre acima dos 38º;
● Tosse com catarro;
● Falta de apetite;
● Respiração mais rápida e curta, com abertura das narinas;
● Esforço para respirar com muito movimento das costelas;
● Cansaço fácil, sem vontade de brincar.
8. Sinai� anormai� relacionad� � infecçõe� d� sistem�
respiratóri� d� criança� (MINTI)
A infecção respiratória é uma das causas mais comuns de doença na população
pediátrica e a principal indicação para realização de radiografias. Os exames de
imagem têm papel importante nesses pacientes. O diagnóstico de pneumonia tende a
ser mais trabalhoso na faixa etária pediátrica, pois os sintomas e achados clínicos
costumam ser inespecíficos e o exame físico mais difícil. Por esse motivo, muitos
pediatras se fazem valer dos achados radiográficos para auxiliar não só no
diagnóstico, mas também na conduta terapêutica.
Sabe-se que para os pacientes pediátricos a causa mais comum de pneumonia é a
viral, mas sua incidência varia muito com a idade. Pacientes em idade pré-escolar (4
meses a 5 anos) têm o vírus como fator responsável por até 95% das infecções, já
pacientes em idade escolar (6-16 anos), apesar de ainda apresentarem o vírus como
principal fator etiológico, têm maior incidência de outros agentes, como
Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Mycoplasma pneumoniae, este
último podendo corresponder a até 30% dos casos.
Embora atualmente já se saiba que o diagnóstico do fator etiológico apenas pela
imagem é muito difícil e que esses achados radiológicos muitas vezes se sobrepõem, é
muito importante saber e entender os padrões classicamente descritos:
Infecçõe� virai�
Geralmente apresentam-se com padrão intersticial, difuso e bilateral,
caracterizado por opacidades peri-hilares lineares e mal definidas, envolvendo mais de
um lobo e associadas a espessamento de paredes brônquicas, pequenas atelectasias
subsegmentares e hiperinsuflação.
Achados imagiológicos: padrão intersticial, difuso e bilateral (essa
característica no exame de imagem, se dá pelo fato de que em infecções virais há uma
cicatrização da região intersticial do pulmão); opacidade nas regiões peri-hilares, ou
seja, ao redor da inserção dos vasos; espessamento das paredes brônquicas e regiões
de atelectasias.
Infecçõe� atípica�
Infecções causadas por bactérias atípicas como Mycoplasma pneumoniae ou
Chlamydophila pneumoniae e Bordetella pertussis que cursam com quadro clínico e
laboratorial mais inespecífico.
Achados imagiológicos: opacidades reticulares ou em banda, com distribuição
não focal, ou como consolidações focais mal definidas.
Infecçõe� fúngica�
Infecções fúngicas são raras em crianças e estão relacionadas principalmente à
imunossupressão (transplante de medula óssea, transplante de órgãos sólidos,
imunodeficiências congênitas ou adquiridas, uso de medicação específica etc.). Por
causa das condições clínicas desses pacientes e da importância de um diagnóstico
rápido e preciso, recomenda-se o uso precoce do exame de tomografia
computadorizada.
Achados imagiológicos: nódulos pulmonares, por vezes com margens mal
definidas, halo em vidro fosco e cavitações.
É importante ressaltar que esses achados são inespecíficos e devem sempre
ser correlacionados com dados clínicos e laboratoriais do paciente.
Tubercul��
A maioria dos casos de tuberculose pulmonar em crianças é primária. O quadro
radiológico clássico é de adenopatia mediastinal, com liquefação, muitas vezes sem
nenhum foco evidente de consolidação. É importante, no entanto, ressaltar que a
presença de consolidação não exclui o diagnóstico de tuberculose.
Achados imagiológicos: nódulo pulmonar calcificado no contexto clínico
adequado está geralmente relacionada à sequela de tuberculose (foco de Gohn),
podendo estar acompanhado de linfonodos hilares ou mediastinais ipsilaterais
calcificados.
Após o início do tratamento, a regressão dos achados radiológicos tende a ser
lenta e a permanência de alguns desses achados não é por si só contraindicação para
suspender as medicações.
Complicações: Em pacientes sem melhora satisfatória ou com piora após o início
do tratamento, a hipótese de complicação deve ser considerada. A avaliação
radiológica nesses casos é muito importante; e, em muitos casos, com o intuito de
melhor avaliar tanto a cavidade pleural quanto o parênquima pulmonar, a tomografia
com contraste se faz necessária.
Derram� pleura�
O derrame pleural, quando presente, pode estar associado a espessamento
pleural e septações. Nesses pacientes muitas vezes a radiografia simples de tórax
pode não ser suficiente para a avaliação detalhada do parênquima pulmonar e
mediastino e por esse motivo o uso precoce da tomografia computadorizada com
contraste iodado endovenoso, em casos selecionados, também está indicado.
A presença de derrame pleural parapneumônico está frequentemente associada
a infecções bacterianas. A diferenciação entre empiema e transudato pode ser feita
pela análise do líquido e é determinante na escolha do tratamento.
Achados imagiológicos: velamento do seio costofrênico ou pela opacificação
total do hemitórax. A alteração da morfologia e a localização do derrame coma
mudança de decúbito sugerem que ao menos em parte o derrame seja livre.
A tomografia é capaz de quantificar melhor o derrame pleural, podendo também
demonstrar achados sugestivos de empiema, como realce e espessamento pleural,
presença de septações, conteúdo pleural heterogêneo e densificação da gordura
extrapleural, embora nenhum desses achados possa caracterizar de forma acurada a
presença ou não de empiema.
A ultrassonografia pode ser realizada a beira-leito, permite excelente
caracterização do derrame e pode ser utilizada no auxílio à realização de intervenções
minimamente invasivas. É capaz de identificar alterações como espessamento pleural,
heterogeneidade do derrame, além de ter uma melhor resolução para visualização de
septações.
Complicações relacionadas ao parênquima pulmonar: Na tomografia
computadorizada, tanto a atelectasia quanto a consolidação costumam apresentar
realce pós-contraste. Na presença de contrastação heterogênea do parênquima
pulmonar, o radiologista deve atentar-se para a possibilidade de complicações
supurativas.
Entre essas complicações, podem-se citar:
■ Abscesso pulmonar: apresenta-se como uma cavidade preenchida por líquido ou gás,
com paredes grossas, irregulares, definidas e realçantes.
■ Pneumatocele: termo usado para cisto de paredes finas relacionado a um estágio
mais tardio ou menos grave de uma necrose em resolução.
Referência�
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2000/fqc01.htm
http://www.rondonia.ro.gov.br/agevisa/institucional/vigilancia-epidemiologica/sistemas-de-informacao-e-anali
ses-em-saude/sistema-de-informacoes-sobre-nascidos-vivos-sinasc/#:~:text=Segundo%20a%20defini%C3
%A7%C3%A3o%20da%20Organiza%C3%A7%C3%A3o,do%20cora%C3%A7%C3%A3o%2C%20pulsa%C
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