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Resumo Módulo Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento

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Resumo por @olhaelanamed 
O pediatra deve trabalhar com a visão de integralidade 
da criança, que abrange as predisposições genéticas, as 
influências ambientais e os determinantes sociais da 
saúde. 
Dentre os determinantes sociais da saúde, destacam-se 
situações de vida e segurança alimentar, riscos 
ambientais, adaptações à gravidez, violência por 
parceiro íntimo, uso de tabaco, drogas e álcool pela mãe 
e fatores de proteção, referentes ao grau de 
informação, constelação familiar e tradições culturais. 
Por meio da vigilância do desensenvolvimento 
neuropscimotor (DNPM), o pediatra pode identificar 
transtornos comportamentais e do desenvolvimento, 
como o transtorno do espectro autista (TEA), que 
demanda intervenções precoce por equipe 
multidisciplinar para resgatar e melhorar o prognóstico. 
 
Na consulta deve-se verificar a situação vacinal, 
investigar as rotinas de refeições e de sono e observar 
a dinâmica familiar, para avaliar a relação entre pais e 
filhos, os vínculos parentais, manifestações de afeto, 
estabelecimento de limites ou permissividade e sinais que 
possam sugerir estresse tóxico, o qual pode causar 
danos irreversíveis ao DNPM da criança e aumentar os 
ricos para doenças orgânicas. 
 
Perguntar sobre o tempo diário de exposição a TV e 
outras tecnologias -> Pode levar a deficiências visuais, 
auditivas e posturais, disturbios do sono, alterações do 
humor, isolamento, agressividade, depressão, redução 
da capacidade cognitiva e produtiva, deficit de atenção, 
problmas de linguagem e transtornos ligados ao 
sedentarismo, como obesidade. (Controle do conteúdo e 
estabelecimento de limite de tempo) 
 
- Puericultura é o conjunto de ações pediatricas de 
monitoramento de situações da rotina que resultam em 
estratégias de promoção da saúde e prevenção de 
doenças. 
São objetivos da consulta na primeira semana de vida, 
segundo o MS (BRASIL, 2012): 
− Observar as relações familiares; 
− Facilitar o acesso ao serviço de saúde; 
− Possibilitar ou fortalecer o vínculo das 
famílias com as equipes de saúde; 
− Escutar e oferecer suporte emocional nessa 
etapa de crise vital da família (nascimento de 
um filho); 
− Estimular o desenvolvimento da parentalidade; 
− Orientar a família sobre os cuidados com o 
bebê; 
− Identificar sinais de depressão puerperal; 
− Promover o aleitamento materno exclusivo 
até o 6º mês de vida; 
− Prevenir lesões não intencionais; e 
− Identificar sinais de perigo à saúde da criança. 
 
Consulta dos 2 aos 4 anos de idade 
Época em que as crianças refinam as habilidades 
adquiridas nos 2 primeiros anos de vida e apresentam 
grande plasticidade neuronal, o que permite um vasto 
aprendizado. 
Nessa fase a criança aprende pela observação e 
imitação, faz grandes avanços na linguagem verbal, 
aprende a expressar seus sentimentos e adquire 
habilidades motoras, noções sobre o autocuidado, 
autonomia na alimentação e controle de esfíncteres, que 
possibilitará encerrar o uso de fraldas. Antes brincava 
sozinha, agora aprende a conviver em grupo. 
 
 
Puericultura do escolar: Consultas dos 5 aos 10 anos de 
idade: 
A partir do 5º ano passam a ser visitas anuais, 
aumentando a responsabilidade do pediatra, que precisa, 
nesta oportunidade, observar a capacidade da criança 
em seguir novas direções, avaliar suas habilidades de 
linguagem, nível de maturidade e capacidade motora. 
 
Resumo por @olhaelanamed 
Maior controle da habilidade social (escola, trabalhos em 
grupo) 
Devem obedecer às regras, se dar bem com seus pares 
e evitar extrapolações no comportamento. 
A partir dos 7 anos, aumenta a interatividade com os 
amigos e a criança começa a migrar do “Mundo em 
família” para o “mundo dos amigos”. A criança começa a 
mostrar seu desenvolvimento cognitivo e desenvolve 
suas forças e habilidades de comunicação para traçar 
uma trajetória de independência madura e autônoma. 
O superego recém-formado, ou consciência, permite a 
compreensão de regras, relacionamentos e costumes 
sociais. 7 a 8 anos a criança começa a olhar fora da 
família para novas ideias e atividades. Oportunidade boa 
para atividades coletivas, esportivas ou artísticas. 
9 a 10 começa a fase da puberdade, desensolvimento 
da mama e testículos. Maioria dos amigos é do mesmo 
sexo, e tem grande importância na sua vida. 
Adolescência (10 aos 19 anos), período de grandes 
transformações físicas, psicológicas e sociais. 
Prioridades para consulta dos 5 e 6 anos: 
− Determinantes sociais de saúde: avaliar o 
contexto social da criança na 
− família e na escola. A segurança é 
fundamental; casos de violência em casa e na 
escola são frequentes nesta faixa etária. 
Observar o comportamento da criança na 
consulta, tentar o diálogo iniciando de modo 
lúdico. Agitação ou apatia são sinais de alerta 
 
− Desenvolvimento da saúde mental: é 
fundamental orientar os pais a 
− estabelecer regras e limites para uso das 
telas, hora de acordar, dormir e refeições. 
Reforçar que esta é a idade que a criança 
tem explosões de raiva, quer dominar as 
situações em casa e na escola. O objetivo é 
respeito acima de tudo. 
− Responsabilidade: a escola cobra rotina nas 
tarefas escolares e lições de casa, e os pais 
devem se envolver neste triângulo criança – 
escola – família 
− Avaliar crescimento e desenvolvimento: 
atenção para troca das curvas de 
crescimento; usar OMS, 2006, 5 a 19 anos. 
Também é importante nesta fase o uso das 
curvas de IMC. É tempo de avaliar a saúde 
bucal; nesta fase, normalmente as crianças 
iniciam a perda dos dentes de leite. Pode 
haver um atraso na erupção dos dentes 
definitivos e perda de espaço para os novos. 
Recomendar uma visita ao odontopediatra 
− Recomendações importantes: educação 
alimentar com limites para bebidas 
açucaradas, lanches, salgadinhos, fast food e 
junk food. Estimular atividades físicas com a 
recomendação de, no mínimo, 1 h/dia, com 
limitação ao uso de telas a 2 h/dia 
− Higiene do sono: limites para hora de dormir, 
sem uso de telas por, no mínimo, 1 h antes 
de iniciar o sono; evitar bebidas que 
contenham cafeína 
 
Prioridades para consulta dos 7 e 8 anos 
− Determinantes sociais de saúde: avaliar o 
temperamento da criança. É hora de intervir 
em caso de relatos de atitudes violentas ou 
submissas. Solicitar avaliação dos 
coordenadores escolares sobre o 
comportamento da criança, assim como dos 
pais sobre a rotina em casa. Sempre 
pesquisar casos de bullying 
− Desenvolvimento da saúde mental: avaliar o 
comportamento em casa, na escola e junto 
aos amigos 
− Responsabilidade: reforçar sempre o termo 
responsabilidade para os pais e para a 
criança 
− Avaliar crescimento e desenvolvimento: 
monitorar utilizando as curvas de 
crescimento e IMC 
− Recomendações importantes: sempre 
reforçar a importância da educação 
alimentar, higiene do sono e prática de 
 
Resumo por @olhaelanamed 
atividade físicas, e reduzir ao máximo o 
tempo de tela Atenção dos pais para os jogos 
utilizados no celular e sites acessados na 
internet 
 
Prioridades para consulta dos 9 e 10 anos 
− Estadiamento de Tanner: é hora de começar a 
trabalhar com as tabelas de Tanner 
− Importante tabular as curvas de crescimento e 
IMC 
− Radiografia de mãos e punho esquerdo para 
avaliação da idade óssea pode ser útil em alguns 
casos. 
− Avaliar a estrutura emocional da família e do 
pré-adolescente, assim como sua inserção no 
ambiente escolar. 
− É hora de os pais conhecerem, os amigos têm 
grande influência nesta época da vida 
− O estirão puberal e as mudanças na composição 
corporal, além do desenvolvimento gonadal, dos 
órgãos de reprodução, das características 
sexuais secundárias e dos sistemas e órgãos 
internos. Ocorre grande variabilidade no tempo 
de início, na duração e na progressão do 
desenvolvimento puberal. 
Considera-se atraso puberal a ausência de caracteres 
sexuais secundários em meninas a partir dos 13 anos; e 
em meninos a partir dos 14 anos. 
 A monitoração do desenvolvimentopuberal é 
feita pela classificação de Tanner, que estudou e 
sistematizou a sequência dos eventos puberais em 
ambos os sexos, em 5 etapas; quanto ao sexo feminino, 
considera o desenvolvimento mamário e a distribuição e 
a quantidade de pelos púbicos; no sexo masculino, o 
aspecto dos órgãos genitais e também a quantidade e a 
distribuição dos pelos púbicos.. 
O adolescer é um processo natural de transformações 
físicas, biológicas e psíquicas em que ocorrem mudanças 
típicas no comportamento em busca de identidade de si 
mesmo, em busca de próprios modelos a despeito de 
padrões de relacionamento sociais e familiares vividos 
1º CONSULTA: 7-10 dias 
Anamnese: tipo de parto, peso ao nascer, IG, índice de 
APGAR, intercorrências e antecedentes familiares 
Exame físico completo: 
1. Peso, comprimento e perímetro cefálico 
2. Desenvolvimento social e psicoafetivo 
3. Estado geral 
4. Face 
5. Pele 
6. Crânio 
7. Olhos 
8. Orelhas e audição 
9. Narix 
10. Boca 
11. Pescoço 
12. Tórax 
13. Abdome 
14. Genitália 
15. Anus e reto 
16. Sistema osteoarticular 
17. Coluna vertebral 
18. Avaliação neurológica 
 
Situações de vulnerabilidade: 
✓ Criança residente em área de risco; 
✓ Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g); 
✓ Prematuridade (menos de 37 semanas 
gestacionais); 
✓ Asfixia grave ou Apgar menor do que 7 no 5º 
minuto; 
✓ Internações/intercorrências; 
✓ Mãe com menos de 18 anos de idade; 
✓ Mãe com baixa escolaridade (menos de oito anos 
de estudo); 
✓ História familiar de morte de criança com menos 
de 5 anos de idade. 
 
Motilidade intestinal alterada – hiperperistaltismo 
colônico e pressão retal aumentada. Fala a favor dessa 
hipótese, a ação efetiva de alguns antiespasmódicos 
 
Resumo por @olhaelanamed 
cujos efeitos colaterais, às vezes graves, impedem seu 
uso terapêutico. 
Hormônios intestinais – a motilina, que exagera a 
peristalse intestinal, parece estar aumentada nos 
lactentes que sofrem de cólicas. 
Excesso de ar intragastrintestinal – a aerofagia poderia 
ser causa, mas também pode ser conseqüência do 
choro. O uso de antiflatulentos, como a simeticona 
(freqüentemente utilizada na prática), não se mostrou 
mais eficaz que o placebo, em estudo multicêntrico 
randomizado, o que fala contra essa hipótese. 
O excesso de gases também foi atribuído a uma má 
absorção fisiológica e transitória da lactose, mas as 
primeiras pesquisas não foram confirmadas 
Tipo de aleitamento – não se verificou diferença 
significativa entre crianças em aleitamento materno e 
as que recebem mamadeira, embora um estudo tenha 
mostrado que o pico da freqüência de cólicas era mais 
precoce nas crianças em aleitamento artificial (duas 
semanas de vida) do que nas amamentadas (seis 
semanas de vida). 
Wessel, Cobb, Jackson, Harris – Regra do três: 
Choro excessivo e inconsolável por mais de 3 horas por 
dia, com ocorrência de, no mínimo, 3 vezes por semana, 
e que desaparecem por volta do 3º mês de idade 
Existe uma tendência do bebê apresentar 
comportamentos de inquietude, irritação e choro no 
período compreendido das 18h às 24h 
Dentre elas destacam-se imaturidade do trato intestinal, 
hiper tonicidade congênita, alergias, tensão dos pais e 
meio-ambiente 
Até o 3º mês de vida o sistema nervoso e aparelho 
digestivo ainda estão em fase de adaptação ao ambiente 
extra-uterino 
Leite de vaca desencadeia o aparecimento de sintomas 
de cólica no bebê 
Com o objetivo de verificar nas amostras de leite 
humano a presença da Imunoglobulina Bovina (IgG) 
presente no leite de vaca ingerido pela mãe e o 
desenvolvimento da cólica no bebê. Identificaram em 29 
mães que tinham bebês com cólica altos níveis de IgG 
(0,42mg/ml), quando comparados ao grupo de 30 mães 
de bebês sem cólica (0,32mg/ml). Os resultados 
sugerem que a Imunoglobulina Bovina (IgG) pode estar 
envolvida na etiologia da cólica do lactente. 
Estudando as relações entre a ingestão de alguns 
alimentos comprovou-se um risco relativo (RR) de 2,0 
para o leite de vaca; 1,7 para cebola; 1,5 para chocolate; 
1,3 para repolho e brócolis; 1,2 para couve-flor e 0,7 
para carnes vermelhas, identificando uma associação 
significativa destes alimentos com os sintomas da cólica 
do lactente 
Clifford, Campbell, Speechley e Gorodzinsky(16) 
concluíram que mães empregadas ou que freqüentam 
escola em período integral durante a gravidez 
apresentam menor chance de que seus bebês venham 
a apresentar cólica. 
Bebês filhos de mães casadas ou que mantém 
relacionamento marital, quando comparados aos 
nascidos de mães solteiras, tiveram 70% menos chance 
de desenvolver cólica. Os autores afirmam que tais 
fatores estão diretamente associados ao grau de 
ansiedade materna 
- O emprego de música para o bebê em um estudo 
mostrou eficaz (porém, amostra pequena) 
Referencia: Kosminsky FS, Kimura AF. Cólica em recém-
nascido e lactente: revisão da literatura. Ver Gaúcha 
Enferm, Porto Alegre (RS) 2004 ago;25(2):147-56. | 
Murahovschi: Cólica do lactente SBP 
Detecção de um grupo de indivíduos com probabilidade 
elevada de apresentarem determinadas patologias. 
Teste do Pezinho 
✓ Teste realizado a partir da coleta de sangue 
do RN para triagem de algumas doenças. 
✓ Momento da coleta: 48h de vida a 30 dias 
(ideal – 3 a 5 dias). 
Doenças investigadas: 
Fenilcetonúria 
 
Resumo por @olhaelanamed 
Erro inato do metabolismo, de herança autossômica 
recessiva, cujo defeito metabólico (geralmente na 
fenilalanina hidroxilase), leva ao acúmulo de fenilalanina 
no sangue e aumento da excreção urinária de ácido 
Fenilpirúvico e fenilalanina. 
Quadro clínico: atraso do DNPM, deficiência mental, 
padrão autista, convulsões, odor característico na urina 
Triagem: dosagem de fenilalanina 
Diagnóstico: nova dosagem (dosar tirosina, dosagem 
urinária de pteridinas) 
Hipotireoidismo 
Hipotireoidismo congênito ocorre quando a glândula 
tireoide do RN não é capaz de produzir quantidades 
adequadas de hormônios tireoidianos, resultando em 
redução generalizada dos processos metabólicos. 
Classificação: 
✓ Primária – quando a falha ocorre na glândula 
tireoide; 
✓ Secundária – quando ocorre deficiência do TSH 
hipofisário; 
✓ Terciária – quando ocorre deficiência do TRH 
hipotalâmico; 
✓ Resistência periférica à ação dos hormônios 
tireóideos. 
Triagem: 
✓ Alternativa 1: dosar TSH. Se TSH > 20 mUI/L, 
dosar T4 e TSH 
✓ Alternativa 2: dosar T4 livre. SE < p10, medir 
TSH 
Diagnóstico: dosagem de T4 livre e TSH no soro 
Tratamento: reposição de levotiroxina 
✓ O T4 é mantido entre 10 e 16mg/dl durante 
o 1° ano de vida. 
✓ TSH é mantido abaixo de 5 mU/L. 
Hemoglobinopatias 
Doença falciforme, beta talassemias, alfa talassemias 
Triagem: Eletroforese por Focalização Isoelétrica (FIE) e 
Cromatografia Líquida de Alta Resolução (HPLC). 
Confirmação: análise de uma segunda amostra nas duas 
metodologias. 
Fibrose cística 
Doença hereditária severa mais comum, autossômica 
recessiva, que afeta especialmente pulmões e 
pâncreas, num processo obstrutivo por aumento da 
viscosidade do muco. 
A criança pode ficar assintomática de meses a anos. 
Triagem: dosagem de IRT (Tripsina Imuno Reativa) em 
pa+9pel filtro. 
Confirmação: nova dosagem de IRT e se positivo – 
eletrólitos no suor ou análise de DNA. 
Hiperplasia adrenal 
Síndromes transmitidas de forma autossômica 
recessiva que se caracterizam por diferentes 
deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides 
adrenais: 21-hidroxilase responde por cerca de 95% 
dos casos 
As manifestações clínicas dependem da enzima 
envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou 
parcial). 
21-Hidroxilase: Forma clássica perdedora de sal, forma 
clássica não perdedora de sal e forma não clássica 
Triagem: quantificação da 17-hidroxi-progesterona. 
✓ 2x o p99 – testes confirmatórios 
✓ p99, porém < 2x o p99 – repetir teste 
Exames confirmatórios: dosagem de 17-OHP 
(radioimunoensaio ou espectrometria de massa), cortisol, 
androstenediona, testosterona,sódio e potássio. 
Deficiência de biotunidase 
Doença metabólica hereditária na qual há um defeito no 
metabolismo da biotina. 
Quadro clínico: inicia-se na 7ª semana com distúrbios 
neurológicos e cutâneos, crises epiléticas, hipotonia, 
microcefalia, atraso do desenvolvimento 
neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematoide. 
 
Resumo por @olhaelanamed 
Triagem: teste qualitativo - detectar a atividade da 
enzima biotinidase. 
Exame confirmatório: quantitativo – dosagem 
quantitativa da atividade da biotinidase 
✓ Profunda: < 10% 
✓ Parcial: entre 10 e 30% 
Tratamento: reposição de biotina 
 
Teste do olhinho 
A avaliação da visão é inicialmente feita através da 
inspeção e pesquisa do reflexo vermelho da retina, com 
o uso de oftalmoscópio (triagem ocular neonatal ou 
“Teste do Olhinho”). Deve ser realizado ainda na 
maternidade, sendo de fácil execução. 
Utiliza-se um oftalmoscópio, guardando a distância de 30 
cm dos olhos do bebê, em ambiente escurecido. Através 
dele é possível detectar alterações que comprometem 
a transparência dos meios oculares tais como 
alterações do cristalino (catarata), alterações da 
transparência da córnea (glaucoma), condições que 
levam à alteração da transparência do vítreo 
desencadeadas por infecções (toxoplasmose), 
alterações da transparência do vítreo por tumor 
intraocular (retinoblastoma) ou descolamentos de retina 
tardios. Caso sejam identicadas alterações, o bebê deve 
ser encaminhado ao especialista para esclarecimento 
diagnóstico e conduta (BRASIL, 2013- c). 
É importante salientar que a criança deve ser testada 
2 a 3 vezes ao ano até a idade de 3 anos 
Teste do Coraçãozinho 
Esse teste deve ser realizado na maternidade, tendo 
como objetivo a detecção precoce de cardiopatias. 
Nesse teste são medidos os batimentos cardíacos e a 
oxigenação através de oxímetro. Deve-se realizar 
oximetria de pulso nos recém-nascidos, em membro 
superior direito e um dos membros inferiores, antes da 
alta da unidade neonatal, entre as primeiras 24 a 48 h 
de vida do bebê. A saturação periférica deve ser maior 
ou igual a 95% em membro superior direito e membro 
inferior e a diferença entre as medidas deve ser menor 
que 3%; Caso a saturação seja menor que 95% ou a 
diferença entre as medidas de membro superior direito 
e membro inferior seja maior ou igual a 3%, deve-se 
realizar nova mensuração em 1 h. Sendo confirmada a 
alteração, deve-se realizar o ecocardiograma em até 
24 h. Sendo confirmada a presença de cardiopatia, o 
recém-nascido será encaminhado ao serviço de 
referência para tratamento e seguimento. 
Teste Neonatal Auditivo 
Esse exame tem for finalidade a identfiicação precoce 
de deficiências auditivas em neonatos e lactentes. É um 
exame indolor, realizado por medidas fisiológicas e 
eletrofisiológicas da audição. A triagem auditiva por 
Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), também 
conhecida como “Teste da Orelhinha”. 
Especial atenção aos neonatos com as seguintes 
características: 
História familiar de surdez permanente iniciada na 
infância; 
✓ Permanência na UTI por período superior a 5 dias, 
ou aqueles expostos (independente do tempo de 
internação) à: ventilação extracorpórea, ventilação 
assistida, exposição a drogas ototóxicas 
(aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça); 
hiperbilirrubinemia; anóxia perinatal grave; Apgar 
neonatal de 0 a 4 no primeiro minuto ou 0 a 6 no 
segundo minuto; peso inferior a 1,5 kg. 
✓ Infecções congênitas: toxoplasmose, 
citomegalovírus, herpes, sílis, AIDS, Zika. 
✓ Anomalias craniofaciais comprometendo orelhas e 
osso temporal; 
✓ Síndromes genéticas expressas por deficiência 
auditiva; 
✓ Distúrbios neurodegenerativos; 
✓ Infecções bacterianas ou virais pós-natais como 
citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela e 
meningite. 
✓ Traumatismo craniano. 
✓ Quimioterapia. 
 
Resumo por @olhaelanamed 
O teste deve ser feito nas primeiras 48 h de vida ou 
no máximo no primeiro mês de vida da criança, devendo 
ser realizado em duas fases: teste e reteste. 
É importante seguir o seguinte protocolo (BRASIL, 2012- 
b): 
Para os neonatos e lactentes sem indicador de risco, 
utiliza-se o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas 
(EOAE). Caso não se obtenha resposta satisfatória 
(falha), deve-se repetir o teste de EOAE ainda nesta 
etapa de teste. Caso a falha persista, deve-se realizar 
de imediato o Potencial Evocado Auditivo de Tronco 
Encefálico (Peate-Automático ou em modo triagem). 
Para os neonatos e lactentes com indicador de risco, 
utiliza-se o teste de Peate-Automático ou em modo 
triagem. 
Nas consultas de puericultura é importante observar o 
desenvolvimento da criança considerando-se a escala 
para acompanhamento do desenvolvimento da audição e 
da linguagem. Sendo detectadas alterações, deve-se 
encaminhar a criança ao serviço especializado para 
diagnóstico e seguimento. 
 
Teste da Linguinha 
O Projeto de Lei nº 4832/2012, que “Obriga a 
realização do protocolo de avaliação do frênulo da língua 
dos bebês, em todos os hospitais e maternidades do 
Brasil”, foi transformado na Lei nº 13.002 de 20 de 
junho de 2014. 
Com a aplicação desse protocolo é possível identificar 
se o frênulo lingual limita os movimentos da língua, que 
são importantes para sugar, mastigar, engoli e falar. 
Com a aprovação dessa lei, o Brasil torna-se o primeiro 
país a oferecer esse teste em todas as maternidades. 
Língua presa é uma alteração comum, mas muitas vezes 
ignorada. Ela está presente desde o nascimento, e 
ocorre quando uma pequena porção de tecido, que 
deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do 
bebê na gravidez, permanece na parte de baixo da 
língua, limitando seus movimentos. 
Diagnosticar e indicar o tratamento precoce das 
limitações dos movimentos da língua causadas pela língua 
presa que podem comprometer as funções exercidas 
pela língua: sugar, engolir, mastigar e falar. 
Entende-se por referência e contra referência a 
articulação entre as unidades de saúde que são capazes 
de encaminhar ou receber os usuários do SUS, sendo 
que por referência compreende-se o trânsito do nível 
menor para o de maior complexidade. Inversamente, a 
contra referência compreende o trânsito do nível de 
maior complexidade para o de menor complexidade. 
As unidades ficam sem nenhuma informação sobre o 
que acontece com o paciente quando o tratamento do 
mesmo é feito nos níveis secundários e terciários o que 
dificulta o tratamento do mesmo quando retorna a sua 
unidade de origem ficando clara a inexistência da contra 
referência que implica descontinuidade do 4 cuidado, e 
consequentemente, baixa resolubilidade dos casos e 
meios dos serviços públicos de saúde 
Para as Unidades Básicas exige-se a referência, por 
isso, considera-se que nesse âmbito funcionam 
razoavelmente. Já a contra-referência é incipientes em 
relação aos encaminhamentos para as especialidades e 
internações, permitindo afirmar que praticamente 
inexistem. São os clientes que trazem alguma 
informação à Unidade de origem. 
É fundamental haver uma comunicação entre as equipes 
de AP para estabelecer uma linha de cuidado integral e 
longitudinal do paciente. Para efetivar essa ação, é 
necessário implementar fluxos de referenciamento 
bem delineados, que estabeleçam quais são os pacientes 
que precisam ser avaliados pelo serviço especializado e 
quais são aqueles que não têm necessidade de 
atendimento em outro nível de atenção e podem ser 
manejados pela Atenção Primária. 
Além disso, é essencial o preenchimento correto do 
encaminhamento, contendo além das particularidades de 
cada quadro clínico, os seguintes Itens: 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
- Identificação do (a)paciente (nome completo, endereço, 
telefone, idade, Cartão Nacional de Saúde – CNS); 
- Nome da mãe; 
- Sinais e sintomas; 
- Exame físico; 
- Resultado de exames relevantes, com a respectiva 
data; 
- Medicamentos em uso e tratamentos prévios da 
condição (com dose e posologia). 
 
REF: Os desafiosda referência e contra referência em 
saúde no município de Campo Maior- PI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problema 2 
Morfofisiologia da Mama na Lactação 
Mamogênese: Ocorre durante todo o período 
gestacional e se refere ao crescimento e 
desenvolvimento da glândula mamária, que torna a 
mulher capaz de produzir leite. 
Durante a gestação, há o aumento do tecido adiposo, da 
vascularização das mamas, da rede de células 
mioepiteliais que envolvem os alvéolos e também os 
lóbulos. . 
 
 
Além da atuação do estrogênio e progesterona, a 
prolactina também entra em ação, sendo ela a 
responsável pela produção do leite nas células alveolares. 
Estrogênio: desenvolvimento dos ductos galactóforos 
Progesterona: desenvolvimento dos alvéolos 
Prolactina: Produção de leite (síntese e secreção) 
Ocitocina: ejeção de leite 
A partir da 16ª semana gestacional a mulher já pode 
produzir colostro. 
Estrogênio e Progesterona exercem papel inibitório da 
ejeção do leite, inibem a produção de ocitocina. 
No trabalho de parto, ocorre fisiologicamente o aumento 
da concentração de ocitocina, que é responsável pela 
contração uterina e ocorre queda de estrogênio e 
progesterona. 
Após o parto, a prolactina é produzida em picos, cada 
vez que a criança mama. A criança suga o leite 
armazenado e não o produzido naquele momento. 
Lactogênese e Lactopoese: 
Lactogênese: síntese 
Lactopoese: manutenção da produção 
Lactogênese: Se refere a síntese de leite pelas células 
alveolares e sua secreção no lúmen do alvéolo. Sabe-se 
que a mama lactante é constituída por uma camada 
única de células cuboidais alveolares produtoras de leite, 
formando o alvéolo. 
Esse alvéolo é envolto por células mioepiteliais (musculo 
liso) com função contrátil. Um alvéolo está dentro de um 
lóbulo, com outros alvéolos, e esses lóbulos estão 
conectados por ductos lactíferos. Os ductos se iniciam 
nos líbulos com um calibre mais fino e vão aumentando, 
formando ampolas – locais onde o leite fica armazenado. 
48h pós parto inicia-se a produção de leite. Nos 
primeiros dias trata-se do colostro 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
Lactopoese: Diz respeito à manutenção da lactação já 
estabelecida e depende da duração e frequência da 
amamentação. Nessa fase, a sucção e a pega adequada 
são essenciais, tendo em vista que, com o aleitamento, 
as concentrações de prolactina se manterão elevadas 
durante as primeiras 8 a 12 semanas. 
Prolactina começa a reduzir com o tempo 
Ejeção do leite: Passagem do leite do lúmen alveolar para 
o sistema de ductos, até ductos maiores e ampola, 
culminando na liberação do leite pelos mamilos. Nesse 
momento, além da sucção induzir a produção de 
prolactina, ela também induz a ocitocina para a ejeção 
do leite. 
A ocitocina será produzida nos neurônios 
magnocelulares do núcleo paraventricular (PNV) e 
supraóptico (SON) do hipotálamo. São secretados em 
vesículas, descendo por meio do axônio até serem 
armazenados na neuro-hipófise, para depois serem 
liberados na corrente sanguínea, processo 
desencadeado principalmente pelo estímulo da sucção. 
A ocitocina também pode ser liberada mediante a 
estímulos condicionados, tais como a visão, olfato e 
escutar o choro de uma criança; além disso, fatores de 
ordem emocional podem ser fatores que estimulam 
(motivação, autoconfiança e tranquilidade) ou 
desestimulam (estresse físico e psicológico, ansiedade, 
medo, insegurança) a liberação de ocitocina – nesses 
casos, acontece a produção de prolactina, portanto há 
a produção do leite, no entanto ele não consegue ser 
ejetado devido à inibição do hormônio responsável por 
esse processo. 
Reflexo neuroendócrino na lactação: 
Durante a sucção, os mecanorreceptores no mamilo 
sofrem uma deformação, de maneira que, assim que o 
estimulo chega à medula (por meio dos nervos torácicos 
IV, V e VI), esses sinais chegam ao hipotálamo e 
apresentam três projeções neurais, apresentados na 
figura 
 
 
 
 
TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO 
É muito importante conhecer e utilizar as defi nições de 
aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro 
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007a). Assim, o 
aleitamento materno costuma ser classificado em: 
• Aleitamento Materno Exclusivo – quando a criança 
recebe somente leite Aleitamento materno exclusivo 
materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano 
de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com 
exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais 
de reidratação oral, suplementos minerais ou 
medicamentos. 
• Aleitamento Materno Predominante – quando a 
criança recebe, além do Aleitamento materno 
predominante leite materno, água ou bebidas à base de 
água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas 
e fluidos rituais. 
 
Resumo por @olhaelanamed 
• Aleitamento Materno – quando a criança recebe leite 
materno (direto da mama Aleitamento materno ou 
ordenhado), independentemente de receber ou não 
outros alimentos. 
• Aleitamento Materno Complementado – quando a 
criança recebe, além Aleitamento materno 
complementado do leite materno, qualquer alimento 
sólido ou semi-sólido com a finalidade de complementá-
lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode 
receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas 
este não é considerado alimento complementar. 
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a 
criança recebe leite Aleitamento materno misto ou 
parcial materno e outros tipos de leite. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da 
Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por 
seis meses e complementado até os dois anos ou mais. 
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo 
importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois 
copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida 
fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% 
das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total 
de energia. Além disso, o leite materno continua 
protegendo contra doenças infecciosas 
A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina 
e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para 
a espécie humana. 
 
 
A concentração de gordura no leite aumenta no 
decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da 
mamada (chamado leite posterior) é mais rico em 
energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a 
importância de a criança esvaziar bem a mama. 
O leite do início da mamada, o chamado leite anterior, 
pelo seu alto teor de água, tem aspecto semelhante ao 
da água de coco. Porém, ele é muito rico em anticorpos. 
Já o leite do meio da mamada tende a ter uma coloração 
branca opaca devido ao aumento da concentração de 
caseína. E o leite do final da mamada, o chamado leite 
posterior, é mais amarelado devido à presença de 
betacaroteno, 
pigmento lipossolúvel presente na cenoura, abóbora e 
vegetais de cor laranja, provenientes da dieta da mãe. 
O leite humano possui numerosos fatores imunológicos 
que protegem a criança contra infecções. A IgA 
secretória é o principal anticorpo, atuando contra 
microorganis- 21CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA mos 
presentes nas superfícies mucosas. Os anticorpos IgA 
no leite humano são um refl exo dos antígenos entéricos 
e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos 
contra agentes infecciosos com os quais já teve 
contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à 
criança contra os germens prevalentes no meio em que 
a mãe vive. A concentração de IgA no leite materno 
diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo 
relativamente constante a partir de então 
 
Resumo por @olhaelanamed 
Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de 
proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, macrófagos, 
neutrófi los, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e 
fator bífi do. Este favorece o crescimento doLactobacilus bifi dus, uma bactéria não patogênica que 
acidifi ca as fezes, difi cultando a instalação de bactérias 
que causam diarréia, tais como Shigella, Salmonella e 
Escherichia coli. 
 
 
Com relação às proteínas o que mais diferencia o leite 
de vaca do leite humano (LH) é o tipo e quantidade deste 
nutriente. O leite de vaca possui três vezes mais 
proteína que o LH, sobrecarregando os rins quando 
consumido em alta quantidade, aumentando a excreção 
de cálcio pela urina. O leite de vaca possui ainda uma 
proteína potencialmente alergênica, a betalactoglobulina. 
 
▪ LEITE EM PÓ: Produto obtido por meio da 
desidratação do leite da vaca, deve conter 
somente compostos próprios do leite. Não é 
indicado para crianças menores de 1 ano. 
▪ FÓRMULA INFANTIL: Alimento artificial indicado 
para bebês recém-nascidos até os 6 meses de 
idade quando não é possível que ocorra a 
amamentação ou ela é insuficiente. O órgão 
responsável pela regulamentação e aprovação 
das fórmulas infantis é a ANVISA 
▪ FÓRMULA DE SEGMENTO: Alimento artificial 
para bebês de 6 meses a 1 ano quando não é 
possível que ocorra a amamentação ou ela é 
insuficiente. 
▪ COMPOSTO LÁCTEO: Resultante da mistura de 
leite e outros ingredientes lácteos e não 
lácteos, possui também açúcar e aditivos 
alimentares. Não é indicado para crianças 
menores de 1 ano. O órgão responsável pela 
regulamentação e aprovação dos compostos 
lácteos é o MAPA (: Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento do Brasil). 
ALIMENTAÇÃO NO 1ºANO DE VIDA 
10 PASSOS ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, 
sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento 
Passo 2 - Ao completar 6 meses, introduzir de forma 
lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite 
materno até os dois anos de idade ou mais 
Passo 3 - Ao completar 6 meses, dar alimentos 
complementares (cereais, tubérculos, carnes, 
leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se 
a criança estiver em aleitamento materno. 
Passo 4 - A alimentação complementar deve ser 
oferecida de acordo com os horários de refeição da 
família, em intervalos regulares e de forma a 
respeitar o apetite da criança. 
Passo 5 - A alimentação complementar deve ser 
espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar 
com a consistência pastosa (papas/purês) e, 
gradativamente, aumentar a consistência até chegar 
à alimentação da família. 
Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos 
ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação 
colorida. 
Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, 
verduras e legumes nas refeições. 
 
Resumo por @olhaelanamed 
Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, 
refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, 
nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação 
Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio 
dos alimentos; garantir o seu armazenamento e 
conservação adequados 
Passo 10 - Estimular a criança doente e 
convalescente a se alimentar, oferecendo sua 
alimentação habitual e seus alimentos preferidos, 
respeitando a sua aceitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Região Centro-Oeste 
1. Galinhada com cenoura e salsinha. 
2. Cozidão para criança. 
3. Maria Isabel com beterraba. 
4. Mojica (mandioca, peixe e temperos). 
5. Quibebe de abóbora, frango desfiado e arroz com 
feijão. 
, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curvas de Crescimento 
 
A utilização de referenciais de crescimento, gráficos 
inclusive, na prática clínica visa basicamente contribuir 
para: 
1. Analisar a normalidade, ou não, do crescimento 
alcançado; 
2. Elaborar o diagnóstico de estado nutricional; 
3. Acompanhar a evolução do crescimento e do estado 
nutricional. 
 
Caso a criança tenha nascido prematura, é preciso 
corrigir a sua idade, diminuindo da idade atual o tempo 
que faltou para completar 40 semanas ou 9 meses de 
Gestação. 
 
Até quando utilizar idade corrigida? 
Até 2 anos de idade cronológica 
Até 3 anos, se Idade Gestacional (IG) < 28 semanas 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
Como calcular? 
Primeiro calcular: 
40 semanas menos IG do nascimento em semanas 
= esse é o tempo que faltou para a IG de termo; 
Ex: 40 sem - 28 sem = 12 sem (corresponde a 
3 meses) 
 
Depois: 
Descontar da idade cronológica 
Ex: criança com 6 meses (Idade cronológica) - 
3 meses(desconto) = 3 meses de idade gestacional 
corrigida 
 
Desenvolvimento social 
Desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais 
frente ao meio sociocultural. 
• Olhar o examinador e segui-lo em 180º = 4 meses 
• Sorrir espontaneamente = 2 meses 
• Leva mão a objetos = 5 meses 
• Apreensão a estranhos = 10 meses 
• Dar tchau = 14 meses 
• Bater palma = 11 meses 
• Imita atividades diárias = 16 meses 
 
 
 
Desenvolvimento Motor 
Controle dos movimentos do corpo (movimentos 
grosseiros até movimentos finos). 
• Sustento cefálico = 4 meses 
• Sentar com apoio = 6 meses 
• Sentar sem apoio = 7 meses 
• Pinça superior = 10 meses 
• Em pé com apoio = 10 meses 
• Andar sem apoio = 15 meses 
 
Desenvolvimento da Linguagem 
 Envolve meios de comunicação verbais e não verbais 
(gestos, vocalizações, palavras). 
• Lalação = 6 meses 
• Primeiras palavras = 12 meses 
• Palavra frase = 18 meses 
• Junta duas palavras = 2 anos 
• Frases gramaticais = 3 anos 
Jean Piaget: 
•Sensório-motor (0 a 2 anos); 
•Pré-operatório (2 a 7/8 anos); 
•Operatório-concreto (8 a 11 anos); 
•Operatório-formal (12 anos em diante) 
 
LICENÇA MATERNIDADE 
 
É considerado um direito fundamental, portanto, é 
previsto na nossa Constituição Federal. 
• A proteção à maternidade está no rol dos 
direitos sociais, juntamente com a educação, 
saúde, alimentação, trabalho, moradia, entre 
outros direitos sociais, conforme se lê no 
dispositivo de lei: 
• Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade 
e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. 
 
Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é a lei 
específica e responsável por reger as relações 
trabalhistas no setor privado, é possível extrair, 
efetivamente, quais normas direcionam o empregador a 
garantir a proteção à maternidade. Assim sendo, a 
mulher grávida faz jus a determinados direitos, como: 
✓ (i) a não demissão por justa causa (somente 
por estar grávida ou de ter contraído 
matrimônio) 
✓ (ii) direito à licença-maternidade de 120 dias 
sem prejuízo do emprego e do salário integral 
que recebe trabalhando normalmente. 
✓ (iii) ser afastada de atividades insalubres em 
grau máximo, recebendo IGUALMENTE O 
valor adicional de insalubridade, enquanto 
durar a gestação 
✓ (IV) dispensa do horário de trabalho pelo 
tempo necessário para a realização de, no 
mínimo, seis consultas médicas e demais 
exames complementares. 
✓ (V) É igualmente possível fazer jus à licença-
maternidade quando tratar-se de adoção ou 
guarda judicial sob tutela da mulher. 
✓ O direito à licença-maternidade não depende 
do estado civil da mulher, como também não 
 
Resumo por @olhaelanamed 
se vincula ao nascimento com vida do filho 
(pode o filho nascer morto e ela ficar de 
licença maternidade desde que demonstre a 
CERTIDÃO DE óbito - isso por que na lei não 
se prevê expressamente o nascimento com 
vida. 
Parágrafo único ‐ Quando o exigir a saúde do filho, o 
período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério 
da autoridade competente. 
 
BIOSSEGURANÇA 
 
Os dois ambientes mais importantes que exigem 
medidas de biossegurança mais rígidas em 
creches e pré-escolas são o berçário e a sala de 
banho e troca. 
 
BERÇÁRIO 
 
As crianças menores de 1 ano são mais vulneráveis as 
intercorrências de saúde e ao mesmo tempo seu 
desenvolvimento exige que explorem o ambiente 
intensamente, levando objetos na boca e manipulando 
diversos materiais. Considerando esses aspectos, o 
ambiente, os brinquedos e outros objetos devem estar 
limpos e livres de resíduos tóxicosde produtos químicos. 
 
- Prever formas de comunicação com os pais, cadernos 
ou fichas que informem diariamente a rotina do bebê, 
como alimentação, sono, evacuações, uso de 
medicamentos, etc. 
- Os brinquedos devem ser coloridos, adequados à idade 
e lavados frequentemente com água e sabão, esta 
frequência aumenta na vigência de infecção na turma. 
- Berços de uso individual, identificados com o nome da 
criança. Manter distância de 50 cm entre eles e as 
paredes, diminuindo assim o risco de transmissão de 9 
doenças respiratórias. Limpos com água e sabão 
semanalmente e sempre que necessário. Não deixar 
brinquedos grandes no berço, pois estes podem ser 
utilizados como degrau pelas crianças. 
- Os colchões de berço devem ser de material 
impermeável, limpos semanalmente e desinfetados com 
álcool a 70% quando na presença de fluidos corpóreos 
(fezes, urina ou vômito). Usá-los sempre revestidos com 
lençol. 
 
SALA DE BANHO E TROCA 
- Piso e paredes de material lavável, preferencialmente 
de cor clara 
- Trocador instalado na altura adequada, confortável 
para o profissional em tal atividade. Limpos com água e 
sabão diariamente e desinfetados com álcool a 70% 
entre cada troca de fralda. Devem ser protegidos com 
lençol descartável, cueiro, ou lençol da própria criança. 
JAMAIS DEIXAR A CRIANÇA SOZINHA NO TROCADOR, 
NEM POR POUCOS MINUTOS, os bebês se movem, às 
vezes, com uma velocidade muito maior do que se 
espera, e podem virar (efeito alavanca). 
- A banheira plástica deve ser limpa com água e sabão 
e desinfetada com álcool a 70% após cada uso, 
substituí-la por uma nova quando estiver danificada (o 
plástico áspero dificulta a limpeza). 
- Prever 1 banheira para cada 10 crianças. 
- Lavatório específico para lavagem de mãos dos 
funcionários preferencialmente com sabonete líquido e 
papel toalha. 
- Os colchonetes para atividade no chão devem ser 
limpos com álcool a 70% diariamente. 
- O cadeirão de alimentação deve ser limpo com água e 
sabão após utilização. 
- As estruturas metálicas ou sintéticas do carrinho e do 
bebê conforto devem ser limpas com água e sabão, a 
capa de tecido deve ser lavada quinzenalmente e 
sempre que necessário. 
- Dar preferência para fraldas descartáveis. Se forem 
de pano, jogar as fezes no vaso sanitário, embalar em 
sacos plásticos e enviar para serem lavadas na casa da 
criança preferencialmente. Esclarecer aos pais que a 
lavagem de fraldas em instituições coletivas acarreta 
risco de transmissão de doenças. 
- Prever um local tranqüilo, com cadeiras confortáveis, 
para as mães amamentarem. 
 
ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E MATURAÇÃO DO TRATO 
DIGESTIVO 
 
 
 
 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jejuno e Duodeno abrigam comunidade bacteriana 
caracterizada por bactérias Gram +, derivadas dos 
alimentos ingeridos. 
 
Essa população bacteriana proporciona uma série de 
contribuições chave para a saúde do hospedeiro, tais 
como: 
• Melhora da digestão; 
• Auxílio no desenvolvimento do sistema imune; 
• Limita a colonização patogênica através de competição 
por espaço e nutrientes. 
 
A participação da microflora no sistema imune inclui: 
• Ativação: qualquer perturbação no estabelecimento da 
microflora refletirá no equilíbrio da microbiota, e, 
consequentemente na ativação do sistema imune; 
• Modulação: as Bifidobacterias por exemplo estimulam 
a resposta imune protetora; 
• Regulação: supressão da resposta imune por meio de 
tolerância oral, com redução das respostas humoral e 
celular. 
 
Relação microbiota x hospedeiro pode ser: 
Simbiótica 
Patológica 
Comensal 
 
A composição do GALT inclui os seguintes componentes, 
a saber: 
• Tecido linfoide difuso: apêndice cecal e folículos 
linfoides solitários; 
• Tecido linfoide organizado: placas de Peyer e células M 
 
Imunidade inata 
É constituída por barreiras químicas e físicas, tais como: 
• Epitélio, acidez gástrica, camada de muco, microbiota 
intestinal; 
• Células fagocitárias: granulócitos, macrófagos, células NK; 
• Sistema complemento e citocinas. 
 
O epitélio intestinal é composto por 4 linhagens de 
células: 
• Enterócitos: responsáveis pela absorção 
• Células caliciformes: regulam a produção de muco 
• Células enteroendócrinas 
• Células de Paneth: produção de peptídeos 
antimicrobianos (lisozimas, a-defensinas, fosfolipase A2 
e lecitina) 
 
Imunidade adaptativa 
Este sistema envolve os linfócitos, os quais 
proporcionam proteção duradoura após 
exposição ao antígeno, e, se dividem 2 grupos, a saber: 
• Humoral: mediada por linfócitos B e anticorpos 
produzidos por eles; 
• Celular: mediada por linfócitos T e citocinas. 
 
Imunidade Humoral: 
Caracterizada pela produção de IgA no epitélio e sua 
secreção no lúmen intestinal -> sintetizada na lâmina 
própria em resposta à ativação dos linfócitos T das 
placas de Peyer. 
IgA polimérica: Resistente a proteólise intraluminal e é 
importância na tolerância 
IgA pode formar imunocomplexos com os antígenos 
alimentares ou com patógenos, neutralizando-os e 
evitando sua penetração. Inibe a proliferação viral 
dentro do enterócito e neutraliza as enterotoxinas. 
 
A IgA pode também atuar a nível intraepitelial e 
subepitelial, captando os antígenos que atravessam a 
barreira intestinal. A criança apresentará o mesmo 
número de células produtoras de IgA do adulto quando 
atingir 1-2 anos, período que a microbiota se torna 
semelhante à do adulto 
 
Imunidade Celular 
 
A imunidade celular é mediada pelos linfócitos T e seus 
subprodutos. Os linfócitos T CD4+ são classificados em 
2 subtipos, e são relacionados da seguinte forma com a 
inflamação da mucosa intestinal, a saber: 
• Tipo Th1, caracteriza-se por inflamação transmural e 
granulomatosa, como no caso da Doença de Crohn; 
 
Resumo por @olhaelanamed 
• Tipo Th2 é caracterizada por inflamações superficiais 
com exsudato celular inflamatório agudo e edema da 
mucosa, como ocorre na colite ulcerativa 
 
Para evitar responder aos antígenos da dieta e à 
microbiota, o sistema imune do intestino exerce uma 
ação de supressão, que envolve tanto a tolerância oral, 
quanto o equilíbrio entre a resposta Th1/Th2, que são 
importantes fatores para evitar uma resposta imune 
inapropriada. Um dos mecanismos existentes para 
promover o equilíbrio entre tolerância 
e imunidade envolve a presença das células T 
reguladoras (Treg), que podem suprimir ativamente 
respostas antígeno-específicas. As células Treg são 
importantes no controle da resposta imune a antígenos 
do próprio indivíduo, evitando a autoimunidade e para 
manter a tolerância. 
 
Barreira de Permeabilidade Intestinal e suas possíveis 
alterações: 
 O intestino constitui a maior interface entre o ser 
humano e o meio ambiente, e a existência de uma 
barreira intestinal intacta é, portanto, essencial na 
manutenção da saúde e na prevenção de doenças. A 
barreira intestinal possui vários componentes 
imunológicos e não imunológicos, sendo que a barreira 
epitelial é um dos componentes não imunológicas mais 
importantes. A hiperpermeabilidade desta barreira pode 
contribuir para a patogênese de várias doenças 
gastrointestinais incluindo a alergia alimentar, doença 
inflamatória intestinal e doença celíaca. 
 
DESENVOLVIMENTO DO TRATO GASTROINTESTINAL 
 
No primeiro dia de vida ocorre rápida colonização do 
intestino do RN com microrganismos provenientes da 
microbiota materna e do ambiente. Os primeiros 
colonizadores pertencem aos gêneros Escherichia e 
Enterococcus. Posteriormente, aparecem bactérias 
dependentes de anaerobiose dos gêneros 
Bifidobacterium e Bacteriodes. Ou seja, as primeiras 
bactérias são anaeróbias facultativas (Staphylococcus, 
Streptococcus, Enterococcus, Enterobacter) que 
contribuem para o desenvolvimento de ambiente 
anaeróbio no intestino, que, assim, permite a instalação 
de anaeróobios obrigatórios (Bifidobacterium, 
Bacteriodes, Clostridium, Eubacterium). Com a introdução 
de alimentos complementares ao leite materno na dieta 
do lactente observa-se um importanteimpacto sobre a 
microbiota intestinal, caracterizado pela diminuição da 
participação de bifidobacterias (que, no entanto, se 
mantêm predominantes) e pelo aumento da diversidade 
com maior participação de bactérias dos gêneros 
Bacterioides e Clostridium. 
 
A colonização do tubo digestivo do RN e do lactente 
depende de alguns fatores, especialmente do tipo de 
parto e de alimentação. Ao longo dos dois primeiros anos 
de vida observa-se que o parto por cesária se associa 
com maior abundância de firmicutes e menor de 
bacteriodetes. Ao longo do primeiro semestre de vida 
constata-se que a instalação dos bacteriodetes ocorre 
em uma fase mais tardia. No fm dos dois anos de vida a 
abundância relativa dos constituintes da microbiota é 
semelhante tanto nos nascidos por parto normal como 
por cesárea. Observou-se também eu os níveis 
circulantes de citocinas produzidas por linfócitos T 
auxiliadores são menores nos nascidos por cesárea. 
Deve ser destacado que a microbiota fecal das mães de 
crianças nascidas por parto cesárea e vaginal não era 
diferente. 
 
Sugere-se que bactérias da microbiota intestinal da mãe 
alcançariam o leite materno por meio de translocação a 
partir da luz intertinal e do transporte pela via 
sanguínea, o que caracteriza uma via interna 
enteromamária. 
Outra via possível é a entrada das bactérias do tecido 
cutâneo da mãe na glândula mamária através do mamilo. 
Estima-se que 800ml de leite materno podem conter 
até 105 a 107 unidades formadoras de colônias. As 
bactérias que vem sendo identicidas em amostras de 
leite materno pertencem principalmente aos gêneros: 
Lactobacillus, Staphylococcus, Enterococcus e 
Bifidobacterium. 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
Dermatite de Fraldas 
 
✓ É a dermatite de contato por irritante 
primário (DCIP) mais frequente na infância. 
Ocorrendo em cerca de 7 a 50% dos 
lactentes, com pico entre 9 e 12 meses de 
idade. 
✓ Multifatorial: Oclusão, maceração, fricção e 
os microrganismos, associados aos irritantes 
presentes na urina e nas fezes. 
✓ Oclusão: produz aumento da umidade local e 
da permeabilidade da pele, além de propiciar 
a proliferação de fungos e bactérias. Provoca 
aumento do Ph cutâneo, aumento da atividade 
de enzimas como as ureases bacterianas, 
proteases fecais, lipases e sais biliares, que 
potencializam o poder de irritação dessas 
substâncias. 
✓ Hiper-hidratação: Não só pelas fraldas que 
geram umidade, mas pela ureia urinária e 
situações como febre; torna a pele mais 
sensível e suscetível a fricção 
✓ A ureia é convertida por bactérias em 
amônia, que eleva o pH cutâneo -> o que 
aumenta a atividade das proteases e lipases 
fecais (fatores importantes na etiopatogenia 
da dermatite) 
✓ No início poupa as dobras e afeta mais as 
superfícies convexas, como glúteos, grandes 
lábios e coxas. 
✓ Existe uma associação da dermatite com a 
superinfecção por cândida albicans, 
staphylococcus aureus, micro-organismos da 
flora cutêanea e intestinal 
 
 
✓ As lesões iniciam-se com eritema e evoluem 
com maceração, escoriações, pápulas, 
erosões e ulcerações na sua forma mais 
grave (dermatite papuloulcerativa de 
Jacquet). 
 
✓ Pápulas salientes e firmes, de coloração 
vermelho-escura ou violácea, que sucedem 
uma fase vésico-erosiva-ulcerativa. As 
ulcerações são ovais ou redondas, com fundo 
raso e de configuração crateriforme. Pode 
regredir com atrofia e hiperpigmentação. 
Nos meninos, as úlceras podem ocorrer na 
glande e meato urinário, levando a 
desconforto e disúria; Lesão em “W” 
✓ Diagnóstico eminentemente clínico 
✓ Candida albicans: fator agravante frequente 
 
 
Resumo por @olhaelanamed 
✓ Dermatite irritativa primária: Dermatites das 
marés (mais branda) e Dermatite de 
Sevestre-Jacquet (mais severa) 
 
Classificação: 
✓ Forma leve ou por fricção: eritema, 
descamação, aspecto brilhante da pele e, 
eventualmente, pápulas. As lesões estão 
tipicamente localizadas nas regiões convexas 
cobertas pelas fraldas, poupando as dobras. 
✓ Forma moderada: lesões pápulo-erosivas ou 
maceradas que se tornam violáceas (violetas) 
e liquenificadas (é resultado de atrito ou 
fricção crônicos). 
✓ Forma grave ou ulcerativa: conhecida como 
dermatite amoniacal é a forma mais grave de 
dermatite de fraldas. Vista mais comumente 
em crianças abaixo de dois anos, geralmente 
inicia-se entre o primeiro e o segundo mês de 
vida e, se não devidamente controlada, pode 
recorrer até que a criança não use mais 
fraldas. Caracteriza-se por pápulas com 
ulcerações apicais que variam de 
profundidade e são denominadas úlceras de 
Jacquet, localizadas nas regiões convexas da 
área das fraldas, dispostas em W, face 
interna das coxas, glúteos e glande ou vulva. 
 
Tratamento: 
✓ A orientação médica principal na 
dermatite da fralda é a preventiva, que 
consiste na escolha adequada da fralda, 
frequência de trocas, limpeza e uso de 
produtos de barreira (vaselina, lanolina e 
óxido de zinco) a fim de reduzir o contato 
da pele com a urina e as fezes. A 
higienização deve ser frequente, mas não 
excessiva nem agressiva (fricção), e pode 
ser feita com sabão de coco ou 
sabonetes neutros 
✓ É recomendável, na limpeza da área da 
fralda, lavar em água corrente para 
melhor remoção de resíduos e uma 
possibilidade é o uso até três vezes ao dia 
de compressas frias com solução de 
Burow (acetato de alumínio e água_)1:30, 
que confere efeito calmante, 
antisséptico e secativo. 
✓ Se o eritema persistir, pode-se associar 
corticóide tópico de baixa potência, como 
hidrocortisona a 1%, no máximo duas 
vezes ao dia por dois a sete dias a fim de 
aliviar a inflamação 
✓ Contudo, se a dermatite não melhora, 
mantendo eritema intenso e pústulas, a 
suspeita principal é de infecção por 
Candida. Nesse caso, se poderá adicionar 
duas vezes ao dia por sete a 15 dias 
creme com ação antifúngica, como 
cetoconazol, nistatina a 100.000U/g ou 
nitrato de miconazol 1% tópico, que são 
eficazes e seguros. O corticóide pode ser 
revezado com o antifúngico, aplicando-os 
antes do creme barreira. 
✓ Já infecções bacterianas são mais raras 
com as fraldas descartáveis do que eram 
com as de pano e podem ser tratadas 
com neomicina, gentamicina ou 
mupirocinatópicas a 2%. Esta última, 
entretanto, não deve ser utilizada em 
mais de 20% da superfície corporal pelo 
risco de nefrotoxicidade. Frisar que os 
antibióticos orais podem agravar o quadro 
por afetar a flora intestinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
 
 
 
 
 
 Cabeça e Vias Aéreas Superiores. 
Comparada ao resto do corpo, a cabeça da criança é 
proporcionalmente maior do que a do adulto. O peso da 
cabeça pode causar uma flexão aguda da coluna cervical 
em crianças com baixo tônus, e esta flexão tende a 
obstruir a passagem de ar. Neste sentido, é 
interessante saber que a hiperextensão cervical facilita 
a passagem de ar. 
 
Apesar da cabeça ser maior, a passagem nasal é 
proporcionalmente menor do que a de um adulto. Isto 
torna a intubação nasal em crianças mais difícil e 
arriscada. 
 
A laringe encontra-se anatomicamente mais superior no 
pescoço do que nos anos seguintes, a glote localiza-se 
entre C3 e C4 e é mais afunilada do que a de um adulto. 
A epiglote infantil é mais longa, menos flexível e mais 
horizontal. Desta forma, durante a deglutição a laringe 
provê uma conecção direta com a nasofaringe. Isto cria 
duas passagens praticamente separadas, uma para a 
respiração e outra para alimentação, permitindo a 
criança que respire e alimente-se ao mesmo tempo 
(HUMBERTO, 2008). 
 
 Estrutura anatômica das vias aéreas. 
 Apesar do tamanho reduzido, a via aérea da criança é 
relativamente maior se comparada à via aérea de um 
adulto. A via aérea distal é relativamente mais estreita 
e não está totalmente formada na criança até 5 anos 
de idade, levando a um grande aumento na resistência 
da viaaérea periférica nesta faixa etária. 
 
 
Além do tamanho da via aérea, o suporte cartilaginoso 
da traqueia, essencial para a estabilidade da via aérea 
de condução, não se encontra totalmente desenvolvido 
na criança. Após o nascimento, esta cartilagem aumenta 
em número até os dois meses de idade e em área total 
durante toda infância. Esta relativa fraqueza do suporte 
cartilaginoso nos lactentes pode levar a uma 
compressão dinâmica da traqueia em situações 
associadas a um alto fluxo expiratório e aumento da 
resistência da via aérea, tais como: bronquiolite, asma, 
ou mesmo durante o choro (Kercsman, 1999). 
 
 
Outro fator importante é a respiração 
predominantemente nasal até o 6 mês de vida, devido à 
lingua ser relativamente grande e a mandíbula 
relativamente pequena e arredondada, obstruindo a 
orofaringe e impossibilitando a respiração bucal. Assim, 
os recémnascidos e lactentes estão susceptíveis a 
dificuldades respiratórias na presença de obstrução 
nasal ou nasofaríngea. Além disso, as narinas opõem 
uma resistência ao fluxo aéreo que corresponde de 11 
a 41% do total, não diminuindo com o crescimento 
(Malinowski, 2000). 
Outra característica importante é que o brônquio fonte 
direito é mais inclinado na criança do que no adulto. A 
mucosa das vias aéreas superiores do lactente, 
especialmente da laringe, é fina e facilmente 
traumatizada por processos mecânicos (intubação ou 
aspiração contínua), causando edema e obstrução 
nessas áreas. Em crianças maiores, os tecidos linfoide 
adenoideano e tonsilar são proeminentes e podem 
contribuir para a obstrução das vias aéreas 
(KERCSMAN, 1999; ESPOSITO, 2005) 
 
Resumo por @olhaelanamed 
 
 
 
 
Tipos de Imunidade 
 
Imunização ativa: Confere imunidade mediante 
administração de antígeno. 
Natural – Consequência de uma infecção; 
Artificial – Consequência de uma vacinação. 
 
Imunização Passiva: 
Confere imunidade mediante a administração de 
anticorpos específicos. 
Natural – Consequência da passagem passiva de 
anticorpos da mãe para o feto. 
Artificial – Transferência de anticorpos de uma pessoa 
imune para outra não imune (aplicação de imunoglobulina). 
 
Imunização adotiva: 
É aquela em que a imunidade é mediada por células, ou 
seja, a transferência de imunidade é feita pela infusão 
de células linfoides de um doador imune para um 
receptor normal geneticamente semelhante. 
 
Imunização ativa-passiva combinada 
É o tipo de imunização utilizada quando se deseja uma 
proteção que seja imediata, mas que também seja 
durável, como contra a raiva ou o tétano. Porém, as 
respostas a um componente podem interferir no do 
outro, o que é resolvido com algumas saídas como a 
Vacinas com Agentes Vivos 
Atenuados 
Vacinas com agentes inativos 
ou com Frações 
Vantagens 
− Precisam se replicar 
para serem efetivas 
− Resposta imune similar a 
da infecção natural 
− Necessitam de menor 
nº de doses para 
imunizar 
− Imunidade duradoura 
− Não causam doença 
mesmo na situação 
de imunossupressão 
− Interferência 
mínima dos 
anticorpos 
circulantes 
Desvantagens 
− Mantém patogenicidade, 
podendo causar doença 
e reações severas são 
possíveis de ocorrer; 
− Interferência pela 
presença de ACs 
circulantes e do estado 
imunológico; 
− Interferência 
importante do calor e da 
luz 
− Menos efetivas que 
as vacinas vivas 
porque resposta 
imune 
predominantemente 
humoral, 
− Necessitam de 
múltiplas doses para 
imunizar 
− Título de anticorpos 
declina com o tempo 
(dose “booster”) 
 
Resumo por @olhaelanamed 
administração em locais ou períodos diferentes, ou 
melhorar a resposta. 
 
TIPOS DE VACINA 
 
Microrganismos mortos ou frações: Não ocorre 
replicação, com menos efeitos colaterais e menor 
estimulação imunológica; necessita, às vezes, de diversas 
doses. 
Microrganismos atenuados: Ocorre replicação no 
organismo, podendo levar a sintomas leves da doença. 
 
 
 
 
 
Tipos de Vacinação 
 
Vacinação Combinada: Dois agentes ou mais são administrados na mesma preparação (DTP, dT e anti-pólio) 
 
Vacinação Associada: Misturam-se as vacinas no momento da aplicação (Tetravalente) 
 
Vacinação Simultânea: Duas ou mais vacinas administradas em diferentes vias, em um mesmo atendimento. 
 
Intervalo entre as vacinas: 
✓ Inativado/Inativado: NENHUM 
✓ Atenuado/Inativado: NENHUM 
✓ Atenuado/Atenuado: MÍNIMO 15 DIAS/Ideal 30 
dias 
 
Vias de administração: 
✓ Oral 
✓ Intradérmica (músculo deltóide) 
✓ Subcutânea (músculo deltóide) 
✓ Intramuscular: 
− Região deltóide 
− Região glútea 
− Região da face ântero-lateral da coxa 
 
− Composição: bacilos vivos atenuados do Mycobacterium bovis 
− Protege contra as formas graves da tuberculose 
− Via de administração: ID, na inserção do deltóide direito 
Agente Vivo 
Atenuado 
Agentes 
inativados 
Fracionadas 
de base 
protéica 
(subunidades) 
Fracionadas 
de base 
polissacarídea 
BCG Pólio (Salk) Hepatite B Haemophilus 
Influenze 
Pólio (Sabin) Pertussis 
(coqueluche) 
Toxóide 
diftérico 
Pneumococo 
Sarampo Raiva Toxóide 
tetânico 
Meningococo 
Caxumba Hepatite A Influenza 
Rubéola Pertussis 
acelular 
 
Febre 
Amarela 
 
 
 
Varicela 
Rotavírus 
 
Resumo por @olhaelanamed 
− Contra-indicações: imunossupressão/AIDS, gravidez e peso 
de nascimento inferior a 2000g 
− Esquema vacinal: dose única para a população em geral; e 
dose de reforço para comunicantes de hanseníase (máximo: 
< 5 anos) 
− Eventos adversos: abscessos cutâneos frios ou quentes, 
linfadenopatia regional não supurada, reação quelóide 
− Protege contra Hepatite B 
− Composição: antígeno de superfície do vírus 
− Via de administração: IM 
− Eventos adversos: locais, de pouca intensidade e sistêmicos 
− Contra-indicações: reação anafilática à dose anterior, ou a 
algum componente da vacina. 
Composição e apresentação 
• Contém os 3 tipos de poliovírus inativados 
obtidos em cultura celular; 
• Apresentada sob a forma de solução injetável 
Via de administração: IM 
Eventos adversos mais comuns 
• Locais: eritema discreto no local da aplicação 
• Sistêmicos: febre moderada 
− composição: vírus vivo atenuado 
− via de administração: oral 
− esquema básico: 2 doses de reforço 
− aos 15 meses e 4 anos 
− efeitos adversos: déficit motor 
− contra-indicações: Adiar na presença de 
diarréia grave e/ou vômitos intensos. 
 
− composição: toxóide diftérico, toxóide tetânico e 
bact. mortas Pertussis (DPT), + polissacarídeo 
capsular H. influenzae (Tetra), + Hepatite B 
(Penta) 
− via de administração: IM profunda 
− efeitos adversos: dor, eritema e enduração local, 
mal-estar, sonolência, irritabilidade e febre; 
raramente: choro prolongado e convulsões. 
− Contra-indicações: doença neurológica ativa; 
o -quadro neurológico após a dose 
anterior. 
 
 
 
 
 
 
− composição: vírus atenuado 
− via de administração: oral 
− reações adversas: mal-estar, diarréia e febre. 
− Complicação: Invaginação intestinal (com a vacina usada 
anteriormente): dor abdominal, obstrução intestinal, náuseas, 
vômitos, distensão, sangue nas fezes 
Contra-indicações: 
✓ Imunodeficiência 
✓ Uso de medicamentos imunossupressores 
✓ Alergia 
✓ Doença do aparelho gastrointestinal (crônica) 
✓ Idade 
 
− Protege contra a influenza (gripe) causada por um dos 3 ou 
4 sorotipos 
− Composição: vírus fracionados, ou subunidades, obtidos em 
cultura de ovos embrionados 
− Idade de aplicação: 6 meses e 1 reforço na primeira dose. 
− Via de administração: IM ou SC 
− Esquema vacinal: dose única anual, preferencialmente no 
outono, nas regiões de clima temperado 
− Eventos adversos: dor local, febre, mal estar e mialgia 
− Contra-indicações: reação anafilática à proteína do ovo ou aos 
componentes da vacina e doenças febris agudas 
✓ VACINA TRIVALENTE 
Uma cepa viral semelhante ao vírus A/California/ 7/2009 
(H1N1). 
Uma cepa viral semelhante ao vírus A/Hong Kong/ 
4801/2014 (H3N2). 
Uma cepa viral semelhante ao vírus B/Brisbane/ 60/2008. 
✓ VACINA QUADRIVALENTEAs três cepas contidas na vacina trivalente. 
Uma cepa viral semelhante ao vírus B/Phuket/ 
3073/2013. 
 
− Protege contra a Febre Amarela 
 
Resumo por @olhaelanamed 
− Composição: vírus vivos atenuados 
− Via de administração: SC 
− Esquema vacinal: 9 meses; reforço: 4 anos 
− Contra-indicações: anafilaxia após ingestão de ovo de 
galinha, e as restrições para formulações com vírus vivos 
− Eventos adversos: no local, ardência, dor, edema e 
vermelhidão. Podem surgir febre, mialgia e cefaléia 
 
− Protege contra sarampo, rubéola e caxumba/ varicela 
− Composição: vírus vivos atenuados 
− Via de administração: SC 
− Esquema vacinal: dose única, com reforço entre 4 e 6 
anos. 
− Atenção especial às mulheres em idade fértil (SRC) 
− Contra-indicações: reação anafilática após ingestão de 
ovo de galinha, gravidez, uso de hemoderivados nos 3 
últimos meses 
 
− Composição e apresentação: Polissacarídeo do 
meningococo C conjugado a toxóide tetânico ou 
CRM197. 
− Via de administração: IM profunda 
− Eventos adversos: 
✓ Locais: eritema, enduração e dor 
✓ Sistêmicos: febre baixa e irritabilidade 
 
− Imunização ativa de crianças de 2 meses a < de 24 
meses de idade contra doença invasiva e otite média 
aguda causadas por Streptococcus pneumoniae 
sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. 
− administrada por injeção intramuscular. 
− Reações Adversas Muito comum: eritema, 
endurecimento/edema, dor/sensibilidade aumentada 
no local da injeção, diarréia, vômito, febre 
 
Composição e apresentação: culturas celulares em 
fibroblastos humanos e inativadas pela formalina. 
Via de administração: IM, dose de 0,5 ml 
Eventos adversos 
• Locais: Dor, eritema ou edema 
• Sistêmicos: febre e fadiga ocorrem em menos 
de 5% 
• Vacina tetravalente recombinante contra o HPV 
(tipos 6, 11, 16 e 18) de PPV de L1 
• Dose: 2 doses com intervalo de 6 meses. 
• Efeitos adversos: febre, mialgia, prostração. 
 
✓ Pessoas com imunodeficiência congênita ou 
adquirida 
✓ Pessoas com neoplasias malignas 
✓ Pessoas em tratamento com corticosteróides 
(em doses imunossupressoras), outros 
imunosupressores ou radioterapia 
✓ Pacientes submetidas a transfusão de sangue ou 
plasma nos últimos 3 meses 
✓ Gravidez (exceto as indicadas. Ex: tétano, 
influenza) 
✓ Doenças agudas febris graves 
✓ Recém-nascidos menores de 2.000g 
 
Desenvolvimento imunológico 
 
A Imunidade Inata tem papel primordial nos primeiros anos 
de vida, pois a resposta adaptativa está em processo de 
maturação, o que só se completa após a primeira década. 
Um desequilíbrio nutricional da mãe, tanto em deficiência 
quanto em excesso, podem também ter um efeito 
considerável na imunidade neonatal e na maturação 
imunológica no início da vida. O estresse nutricional nas mães 
induz elevada estimulação do eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal, o que resulta em redução do peso do timo fetal, 
que por sua vez leva a apoptose de timócitos e de células 
B e T imaturas. 
 
Imunidade Inata 
 Granulócitos (principalmente neutrófilos), células 
apresentadoras de antígenos, células NK e células T γδ 
 
Resumo por @olhaelanamed 
As principais citocinas da imunidade inata são interferon α, 
β e γ, fator de necrose tumoral (TNF) e interleucinas (1, 
6, 10, 12, 15, 18) 
É a resposta principal no início da vida, dependem dela. 
Neutrófilos neonatais têm defeitos tanto quantitativos 
quanto qualitativos. Expressam TLR4 em níveis mais baixos 
que os adultos, já a expressão de TLR2 é praticamente 
igual a do adulto. 
A sinalização por meio das vias MyD88 é deficiente em 
neonatos após estimulação tanto de TLR2 quanto de TLR4. 
Essa resposta diminuída é atribuída a altos níveis de 
adenosina no sangue neonatal, o que aumenta os níveis de 
AMP cíclico (cAMP), levando à inibição da secreção de TNF- 
α estimulada por TLR 
 
 
Neutrófilos neonatais expressam baixos níveis de L-
selectina na superfície celular e Mac-1 (CD11b/CD18), o que 
ocasiona uma redução de 50% na transmissão dessas 
células para locais de infecção. Essa resposta quimiotática 
prejudicada ocorre devido ao influxo de cálcio intracelular 
reduzido e à polimerização alterada de actina, limitando a 
capacidade dos neutrófilos de deformar e penetrar no 
revestimento endotelial vascular. Ademais, os neutrófilos 
neonatais não produzem adequadamente as redes 
neutrofílicas (NETs), importantes na destruição de 
bactérias extracelulares. Além disso, o sistema NADPH 
oxidase e a capacidade de gerar radicais hidroxila também 
não atuam perfeitamente nos granulócitos neonatais. 
 
Os componentes do sistema complemento são expressos 
inicialmente no feto durante a gravidez e aumentam, 
atingindo os níveis de adulto ao longo dos primeiros 12 a 18 
meses de vida. As proteínas C encontradas no feto sob 
condições fisiológicas desempenham um papel crítico na 
capacidade de neutralização dos anticorpos e protegem o 
feto do sistema imunológico materno. Recém Nascidos 
expressam as frações C3, C4 e complemento hemolítico 
total (CH50). 
 
As células NK são importantes nas infecções virais. Elas 
estão em maior quantidade no recém nascido do que em 
adultos, com expressão aumentada do receptor inibitório 
CD94/NKG2A. Apresentam uma reduzida capacidade 
funcional se comparada a adultos. 
As células T γδ são uma das primeiras a responder a 
infecções por Mycobacterium tuberculosis e Listeria 
monocytogenes. Elas liberam grandes quantidades de IFN-γ 
e exibem uma função citotóxica. São encontradas no timo 
e no sangue do cordão umbilical.2,4 De maneira geral, as 
células T γδ neonatais apresentam baixa capacidade de 
proliferação, produção de citocinas frente a estimulação e 
produzem menores proporções de perforina e granzima B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunidade Adaptativa 
 
Existem dois subconjuntos distintos de células T que expressam 
os receptores de células T (TCRs) α/β e γ/δ. As células que 
expressam TCRs γ/δ no fígado fetal não migram para o timo 
para maturação, mas desempenham um papel importante na 
proteção contra infecções microbianas em um estágio inicial de 
desenvolvimento. As células T α/β migram para o timo para 
maturação, resultando em timócitos TCR+ de linhagem T CD4+ 
ou T CD8+, o que está associado ao posterior reconhecimento 
de antígenos e ativação de células T. 
Estudos experimentais de células T CD4+ neonatais 
demonstram polarização para respostas T helper 2 - Th2 (IL-
4, IL-5, IL-10) com uma produção diminuída de citocinas Th1 
(IFN-γ, IL-2 e TNF-α). Por outro lado, as células Th17 
desempenham um papel importante no desenvolvimento de 
imunidade a infecções bacterianas e fúngicas em nível de 
mucosa e pele. Experimentos usando células do sangue do 
cordão umbilical mostraram que neonatos têm uma frequência 
muito baixa ou 
ausência completa de células Th17. 
Em resumo, de modo geral, os linfócitos B e T naïves são 
programados de maneira diferente em neonatos em 
comparação com seus correspondentes encontrados em 
adultos. Os recém-nascidos exibem uma suscetibilidade 
aumentada a infecções decorrente da imaturidade de seus 
linfócitos, incluindo um baixo número de células T de memória 
efetora, secreção reduzida de citocinas Th1 e reduzida força 
de sinalização do receptor de células B. Por alguns meses após 
a concepção, o lactente está sob influência da IgG materna, que 
diminui ao longo dos primeiros meses. Após os 2 anos de idade, 
a resposta adaptativa começa a se organizar, com completo 
 
Resumo por @olhaelanamed 
funcionamento após a primeira década de vida. 
 
 
 
A imunidade celular é exercida pelos linfócitos T com seus 
subtipos T helper (CD3+ e CD4+) e T citotóxicos (CD3+ e CD8+). 
Os linfócitos T helper apresentam ainda dois subtipos, 
conforme seu padrão de produção de citocinas: Th1, que modula 
a imunidade celular, e Th2, que estimula a imunidade humoral. 
As propriedades fundamentais da imunidade celular são a 
produção de citocinas e a atividade citotóxica. As citocinas mais 
importantes da imunidade adaptativa são IL-2,4, 5, 10 e 13 e 
INF γ β e TGF β.4 A produção das citocinas está desviada para 
o perfil de resposta Th2 até um ano de idade. A produção de 
IL-12 que ativa linfócitos T CD4 para o perfil Th1 está atrasada 
no recém-nascido.6 O déficit na resposta Th1 visto no neonato 
confere prejuízo na função de citotoxicidade. 
 
Imunidade Humoral: O período compreendido entre a queda dos 
anticorpos maternos e a produção sustentada de anticorpos 
próprios é chamado hipogamaglobulinemia transitória ou 
fisiológica. Ocorre entre o terceiro e o quinto meses de vida, 
com resolução completa entre dois e cinco anos. 
Para que ocorra o “switch” de classe, ou seja, que o linfócito B 
apresente outras classes de imunoglobulinas em sua superfície, 
é necessária a interação com linfócitos T CD4. Na interação 
entre o linfócito T CD4 padrão Th2 e o linfócito B, ocorre 
produção de citocinas e, de acordo com o predomínio de algumas 
delas, o linfócito B produz uma ou outra classe de imunoglobulina. 
No recém-nascido essa interação está prejudicada. 
 
Por volta do 4º mês, as concentrações de IgG total começam 
a se elevar: é este o momento em que a produção de IgG pela 
criança supera o consumo da IgG materna. Entretanto, as 
concentrações de IgG da criança só atingirão as concentrações 
do adulto por volta de 8 anos de idade. 
igA secretora presente no leite materno é muito importante 
para proteção gastrointestinal do RN contra rotavírus, E.Coli e 
retrovírus. Gestantes vacinadas para meningococo, influenza e 
pneumococo apresentam maiores concentrações de IgA 
secretoras específicas para esses microrganismos no leite 
materno e redução do risco de desenvolvimento de doenças nos 
lactentes. 
Os HMO (da sigla em inglês, human milk oligosaccharides) são 
carboidratos de estrutura complexa sintetizados pela mama 
com função prebiótica, isto é, de favorecer a proliferação e o 
estabelecimento de bactérias benéficas no trato gastrintestinal 
de lactentes amamentados. Sua composição varia conforme os 
grupos sanguíneos maternos. Por sua complexidade e 
variabilidade, não é possível sintetizar HMO com estrutura 
semelhante aos presentes no leite materno 
SISTEMA LINFÁTICO DA CRIANÇA 
 
 É um sistema aberto, sem bomba central em que 
a linfa se move num só sentido e com baixa pressão. 
Produzem, armazenam e transportam células do 
sistema imunológico. Esse sistema inclui: medula 
óssea, gânglios linfáticos, vasos e capilares 
linfáticos, amígdalas, adenóides, baço e timo. 
Linfa: Líquido esbranquiçado ou amarelo claro de 
composição comparável à do plasma sanguíneo, que 
circula nos vasos linfáticos e transporta leucócitos 
e possui macromoléculas que não conseguem ser 
reabsorvidas pelos capilares venosos. Dois terços 
de toda a linfa provem do fígado e do intestino. 
 
Os gânglios são pequenos órgãos em forma de 
feijão localizados ao longo do sistema linfático. 
Armazenam linfócitos e distribuem-se em cadeias 
 
Resumo por @olhaelanamed 
ganglionares, encontradas no pescoço, axila, 
fossa poplítea, região inguinal e envolvidos por 
grandes vasos sanguíneos. 
 
Baço: órgão esponjoso, que funciona como “filtro” 
de sangue (remove hemácias defeituosas, 
plaquetas e leucócitos que perderam a função) 
O timo está localizado a meio do tórax, logo atrás 
ao esterno e próximo do coração. Ao nascimento 
pesa de 10 a 35 g e cresce até à puberdade, com 
peso máximo de 20 a 50 g. Daí por diante sofre 
atrofia progressiva vindo a pesar pouco mais de 5 
a 15 g no idoso. 
O sistema de circulação linfática exerce uma 
função protectora, com a produção complementar 
de anticorpos e promove a maturação de linfócitos 
e órgãos linfóides como o baço e gânglios linfáticos 
pela produção de timosina (hormona do timo com 
ação na maturação dos linfócitos T). 
✓ Vasos linfáticos de fundo oco: conduzem 
a linfa 
✓ Amigdalas ou Tonsila Palatina: ricas em 
glóbulos brancos. 
✓ Linfonodos: filtram a linfa e combatem 
microrganismos. 
✓ Timo :Produz hormônio timosina, que 
estimula a maturação dos linfócitos 
✓ Baço: degrada hemácias envelhecidas, é 
rico em linfonodos. 
✓ Apêndice: rico em células de defesa 
✓ Medula óssea: Produção de células 
sanguíneos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pneumonia Adquirida na Comunidade 
 
As infecções respiratórias agudas (IRA) são doenças 
que acometem qualquer segmento do trato respiratório 
no período de até 7 dias de duração. Correspondem a 
25% de todas as doenças e mortes entre crianças nos 
países em desenvolvimento. A maioria das crianças tem 
4-6 infecções respiratórias agudas por ano, 
principalmente nas áreas urbanas. 
Cerca de 2-3% das IRA evoluem para infecção do 
parênquima pulmonar, das quais 10-20% evoluem para 
óbito. A principal IRA do parênquima pulmonar é a 
pneumonia adquirida na comunidade (PAC). Esta é 
definida como a presença de sinais e sintomas de 
pneumonia em criança previamente saudável, devido a 
infecção contraída fora do hospital. 
A PAC é responsável por 15% de todas as mortes de 
crianças menores de 5 anos, principalmente nos países 
em desenvolvimento, contabilizando cerca de 800mil 
óbitos em 2017. 
 
Principais fatores de risco para PAC: 
✓ Desnutrição 
✓ Baixa idade 
✓ Comorbidade e gravidade da doença 
✓ Baixo peso ao nascer 
✓ Permanência em creche 
✓ Episódios prévios de sibilos e pneumonia 
✓ Ausência de aleitamento materno, 
✓ Vacinação incompleta 
 
Resumo por @olhaelanamed 
✓ Variáveis socioeconômicas e ambientais 
 
Etiologia: 
Idade Patógeno (ordem de frequência) 
RN < 3 dias Streptococcus grupo B, Gram negativo (E. 
Coli), Listeria sp. (pouco comum) 
RN > 3 dias Staphylococcus aureus, Staphilococcus 
epidermidis e Gram negativos 
1 a 3 meses VSR, Chlamydia trachomatis, Ureaplasma 
urealyticum 
1 mês a 2 
anos 
Vírus, Streptococcus pneumoniae, 
Haemophilus influenza tipo b, H. influenza 
não tipável, S. aureus. 
2 a 5 anos Vírus, Streptococcus pneumoniae, 
Haemophilus influenza tipo b, H. influenza 
não tipável, Mycoplasma pneumoniae, 
Chlamydia pneumoniae, S. aureus. 
6 a 18 anos Vírus, Streptococcus pneumoniae, M. 
Pneumoniae, C. pneumoniae, H. influenza 
não tipável, S. aureus. 
 
Vírus + comum (90% das PAC no primeiro ano de vida e 
metade dos casos na idade escolar), Bactéria + grave 
(Pneumococo é o principal agente bacteriano da PAC) 
 
Crianças que apresentam alto risco de infecção por 
pneumococo: 
✓ Infectadas pelo vírus HIV 
✓ Erros inatos da imunidade 
✓ Imunodeficiências adquiridas 
✓ Cardiopatas 
✓ Nefropatas 
✓ Pneumopatas crônicas (incluindo asma grave) 
✓ Diabéticas 
✓ Com Hemoglobinopatias (principalmente 
anemia falciforme) 
✓ Asplenia congênita ou adquirida 
✓ Fístula liquórica 
✓ Cirrose hepática 
 
Quadro clínico: 
Principais sinais e sintomas: Febre, tosse, frequência 
respiratória elevada (taquipneia) e dispneia, de 
intensidade variáveis. Sintomas gripais são comuns, bem 
como otite média. Algumas crianças apresentam dor 
abdominal, principalmente quando há envolvimento dos 
lobos pulmonares inferiores. 
 
Em crianças pequenas dificilmente se encontram 
alterações localizadas à ausculta respiratória. A sibilância 
ocorre em IRA do trato respiratório inferior, 
geralmente na bronquiolite viral aguda, raramente na 
PAC. 
 
Consolidação alveolar, pneumatoceles, derrames pleurais 
e abscessos sugerem etiologia bacteriana. O padrão 
intersticial está mais frequentemente associado a vírus 
Mycoplasma pneumoniae ou Chlamydia pneumoniae 
(causadores das pneumonias atípicas) 
 
Na criança com IRA, a frequência respiratória (FR) deve 
sempre ser pesquisada visando ao diagnóstico de PAC. 
Na ausência de sibilância, as crianças com tosse e FR 
elevada (taquipneia) devem ser classificadas como tendo 
PAC. 
Os seguintes pontos de corte para taquipneia são 
utilizados: 
< 2 meses: FR ≥ 60 irpm; 
2-11 meses: FR ≥ 50 irpm; 
1-4 anos: FR ≥ 40 irpm. 
 
Bacteriana: Tosse produtiva, febre alta, dor abdominal 
ou torácica, prostração, hiporexia. 
Viral: Inicio mais gradativo com cefaléia, mal estar,

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