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ASPECTOS EXTERNOS DO EMBRIÃO AO FETO OBJETIVOS - Distinguir, morfologicamente, embrião e feto - Conhecer alguns parâmetros morfológicos que podem ser avaliados para estimar a idade fetal - Identificar as principais alterações morfológicas que ocorrem ao longo do período fetal - Compreender os aspectos gerais de exames de avaliação do desenvolvimento fetal IDADES - Idade do embrião /feto: com base no tempo estimado desde a formação do zigoto - Idade gestacional: com base na data da última menstruação (UPMN) -> I.G. – I.E/F = 2 semanas - Contagem em trimestres EMBRIÃO x FETO - Embrião: 2ª à 8ª semana - Feto: 9ª semana ao parto - A transição é gradual mas as alterações são significativas - No feto, todos os primórdios dos principais sistemas já estão formados - Na prática, apenas a partir do período fetal as características morfológicas terão utilidade no acompanhamento do desenvolvimento, sobretudo no 2º semestre da gestação PERÍODO GESTACIONAL - 1º trimestre: desenvolvimento dos principais sistemas - 2º trimestre: fase de crescimento intenso (permite detalhamento anatômico; maior parte dos exames morfológicos - 3º trimestre: caso a criança venha a nascer prematuramente, as chances de sobrevivência são maiores no terceiro, principalmente a partir da 35ª semana (quando o feto já tem um peso aproximado de 2,5kg) PERÍODO EMBRIONÁRIO (2ª à 8ª semana) - 2ª semana: disco bilaminar - 3ª/4ª semana: - 5ª semana: as alterações do corpo do embrião são menos intensas, contudo, alguns aspectos são notórios + Nítido desenvolvimento da cabeça + O alargamento rápido decorre do rápido desenvolvimento do encéfalo e das proeminências da face + Nesse período, a face se aproxima da proeminência cardíaca (“C”) - 6ª semana: novas alterações + Membros superiores: . desenvolvimento dos cotovelos . raios digitais + Membros inferiores: . desenvolvem-se na mesma semana, posteriormente + Cabeça proporcionalmente maior do que o corpo (curvada em direção à saliência cardíaca) - 7ª/8ª semana: PERÍODO FETAL (9ª semana ao parto) - A partir da 9ª semana temos um feto (ainda no primeiro trimestre do desenvolvimento) - Medidas que possibilitam estimar a idade fetal: + Avaliação do CCN (ou CR): medida do corpo desde a cabeça até as nádegas . Útil até o final do primeiro trimestre . Pouca variação de tamanho ao longo desse período + Diâmetro biparietal (DBP): diâmetro da cabeça, entre as duas saliências parietais . Segundo e terceiro trimestres + Circunferência cefálica: . Segundo e terceiro trimestres + Circunferência abdominal: . Segundo e terceiro trimestres + Comprimento femoral: . Segundo e terceiro trimestres + Comprimento do pé: . Segundo e terceiro trimestres - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 9ª e a 12ª semana (primeiro trimestre do desenvolvimento e início do segundo trimestre gestacional): + A cabeça é notadamente desproporcional ao corpo (quase 50% do tamanho do corpo) + Segue-se um rápido crescimento corporal + o CCN alcança mais que o dobro ao final da 12ª semana + A desproporção entre a cabeça e o corpo diminui, mas a cabeça continua grande (isso só muda de fato no segundo trimestre) + Na 9ª semana o feto apresenta face larga, com olhos muito separados, orelhas com implantação baixa e pálpebras fundidas + Ao final da 12ª semana, observam-se centros de ossificação no esqueleto, sobretudo no crânio e ossos longos + Ao fim desse período, os membros superiores estão mais maduros do que os inferiores + Até o final da 12ª semana a forma madura da genitália externa ainda não está definida (já há a diferenciação morfológica, mas ainda muito difícil de ser distinguida) + Hérnia fisiológica do feto: durante a metade da 10ª semana, as alças intestinais se projetam para dentro do cordão umbilical, dando espaço para as vísceras crescerem dentro do corpo + Na 11ª semana, a alça intestinal média está no abdome + Na 9ª semana, o fígado é o principal responsável pela eritropoese . A partir do final da 12ª semana, essa função é reduzida no fígado e aumenta no baço . Durante esse período a formação da urina é iniciada e lançada no líquido amniótico - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 13ª e a 16ª semana (início do segundo trimestre de desenvolvimento, que agora coincide com o segundo trimestre gestacional): + A cabeça se torna proporcionalmente menor + Membros inferiores crescem (proporcionalidade com o corpo) + Movimentação dos membros se torna coordenada (14ª semana): discreta + Padrão dos cabelos no escalpo é definido + Movimentação lenta dos olhos + Genitália externa distinguíveis + Orelhas com implantação mais elevadas (próxima à posição final) + Ossificação ativa do esqueleto . Visualização evidente em US a partir da 16ª semana - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 17ª e a 20ª semana: + Crescimento desacelera (contudo CNN aumenta) + Movimentos fetais (“chutes”) sentidos pela mãe + Sobrancelha e cabelos presentes + Produção de gordura marrom parda: gera calor para manter a temperatura corporal do bebê + Presença de Vernix Caseoso (verniz caseoso): material gorduroso que protege a pele, ainda muito fina, do bebê . material gorduroso com aspecto de queijo . gordura + células epiteliais descamadas . Protege a pele do feto contra abrasões, fissuras... + Lanugem (ou lanugo): . Delicada camada de pelos (penugem), recobre o corpo do feto . Mantém o verniz caseoso sobre a pele . Normalmente vai caindo ao longo dos dias, após o nascimento - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 21ª e a 25ª semana (final do segundo trimestre/início do terceiro, em relação a ambas as referências) + A pele é geralmente enrugada e translúcida, avermelhada ou rósea (vascularização) + Árvore alveolar ainda pouco desenvolvida, mas a produção de surfactante pulmonar inicia + Unhas dos dedos da mãos + SNC alcança nível de maturação maior . Prematuridade: sobrevivência possível, com cuidados intensivos . Elevado risco de comprometer o neurodesenvolvimento - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 26ª e a 29ª semana (terceiro trimestre, para ambos os referenciais): + Com 26 semanas as pálpebras estão abertas e o lanugo e os cabelos estão bem desenvolvidos + As unhas dos dedos dos pés se tornam visíveis a partir da 26ª semana (das mãos aconteceu antes) + Boa parte da gordura subcutânea já está desenvolvida e o aspecto enrugado do feto diminui + O aumento do teor de gordura branca (“amarela”) contribui para a elevação do peso + O baço ganha maior importância na eritropoese + A partir da 28ª semana a medula óssea torna-se o principal responsável pela hematopoiese - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 30ª e a 34ª semana: + Ao final de período o feto apresenta, em geral, pele lisa e rosada + Membros inferiores e superiores parecem gordos + A quantidade de gordura aumenta - Principais alterações morfológicas que ocorrem entre a 35ª e a 38ª semana: + Fase de “acabamento” + Com 36 semanas a circunferência da cabeça e do abdome são similares (aspecto gordo) + Com 37 semanas o pé é comprido, em relação ao fêmur VIABILIDADE FETAL - Geralmente não sobrevivem se peso for menor que 500g - A prematuridade é uma das causas mais comuns de morbidade e mortalidade perinetal MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO DO FETO - Ultrassonografia (US): + Mensurar o tamanho do saco coriônico para estimar a idade da gestação + Número de embriões + Anormalidades placentárias + Fluxo sanguíneo + Quantidadede líquido amniótico + Medidas do diâmetro biparietal do crânio + Importante ferramenta para o diagnóstico pré-natal de anormalidades fetais - Triagem do soro materno: detecção de alfafetoproteína + Produzida pelo fígado e com pico de produção na 14ª semana após a UPMN + Detectável no soro da mãe, sobretudo no 2º trimestre + Declina após a semana 30 + Níveis elevados podem sugerir: . Defeitos na formação do tubo neural (ex.: espinha bífida) . Onfalocele (ex.: hérnia umbilical) . Gastrosquise . Teratoma sacrococcígeo + Níveis reduzidos podem sugerir: . Síndrome de Down . Trissomia do 18 (Síndrome de Edwards) + Detecção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) e estradiol não conjugado - Amniocentese diagnóstica: + Invasivo e recomendado em casos específicos + Entre 15ª a 18ª semana + Diagnóstico pré-natal a partir do líquido amniótico + Utiliza-se de agulha para punção do líquido, guiada por US - Amostragem de vilosidades coriônicas: + Inserção de agulha transabdominalmente ou transvaginalmente de tecido das vilosidades + Análises mais rápidas do que pela amniocentese + Maior risco de comprometimento da gestação A DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP) - 38 semanas após a fecundação - 40 semanas após o último período menstrual - Regra de Naegele: “contar para trás 3 meses a partir do primeiro dia da última menstruação (UPMN) e acrescentar 1 ano e 7 dias”
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