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CONCEITO • É um registro gráfico da atividade elétrica do coração; • Aplicado no cuidado de pacientes críticos; • Eletrodos cutâneos são colocados sobre o tórax detectam ondas elétricas de despolarização e repolarização do coração; • Eletrocardiógrafo: É um simples registrador das forças elétricas produzidas pelo coração, projetado para registrar essas alterações de voltagem numa tira de papel; IMPULSO ELÉTRICO DO CORAÇÃO • Onda P: Coincide com a propagação da atividade elétrica nos átrios e começo de sua contração (despolarização dos átrios); • Complexo QRS: Coincide com a propagação da atividade elétrica nos ventrículos e começo de sua contração (despolarização dos ventrículos); • Onda T: Coincide com a fase de recuperação dos ventrículos (repolarização dos ventrículos); • • Cada registro eletrocardiográfico deve ser analisado sistematicamente, considerando-se: ➢ Ritmo; Frequência e amplitude das ondas; Mensuração e duração das ondas e dos intervalos; Regularidades nos intervalos e complexos. INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRÁFICO • É quadriculado e dividido em quadrados pequenos e grandes; • Sentido horizontal, tempo (segundo); • Sentido vertical, amplitude (m Volt); Quadrado pequeno: ➢ Horizontal = 1mm = 0,04seg. ➢ Vertical = 1mm = 0,1m.V. Quadrado grande: ➢ Horizontal = 5mm = 0,20seg. ➢ Vertical = 5mm = 0,5mV. Cálculo para determinar a FC no ECG: ➢ 1500 dividido pelo número de quadrados pequenos DERIVAÇÕES DO ECG • São as posições no paciente em que são captadas as atividades elétricas do coração; • 6 Periféricas (membros): Derivações bipolares = D1, D2 e D3 ➢ Derivação I: Registrada do braço direito para o esquerdo (BD e BE); ➢ Derivação II: Registrada do braço esquerdo para a perna esquerda (BE e PE); ➢ Derivação III: Registrada do braço direito para perna esquerda (BD e PE). Derivações unipolares: AVR, AVL, AVF ➢ AVR: Eletrodo do braço direito é o explorador e os demais são indiferentes (BD); ➢ AVL: Eletrodo do braço esquerdo é o explorador e os demais são indiferentes (BE); ➢ AVF: Eletrodo da perna esquerda é o explorador e os demais são indiferentes (PE). ➢ 6 Precordiais (tórax) Derivações unipolares precordiais de V1 a V6 ➢ V1: 4º espaço intercostal na borda direita do esterno; ➢ V2: 4º espaço intercostal na borda esquerda do esterno; ➢ V3: Espaço intermediário entre V2 e V4; ➢ V4: 5º espaço intercostal esquerdo na linha médio clavicular; ➢ V5: 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior; ➢ V6: 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar média. Ps: Atenção à instalação correta dos eletrodos e cabos do ECG, para um diagnóstico correto e o atendimento eficaz. MONITORIZAÇÃO CARDÍACA • São aparelhos eletrônicos usados nas UTIs, a beira leito e proporciona a apresentação visual contínua do eletrocardiograma e do ritmo cardíaco (acompanhar pacientes graves); • São aparelhos eletrônicos usados nas UTIs, a beira leito e proporciona a apresentação visual contínua do eletrocardiograma e do ritmo cardíaco; PRINCIPAIS ARRTIMIAS CARDÍACAS • Ritmo sinusal: Corresponde ao ritmo normal do coração; • Arritmia: É qualquer mudança na frequência ou configuração das ondas individuais do eletrocardiograma; • Dívida em taquiarritmias (FC alta = acima de 100 bpm) e bradiarritmias (FC baixa); Taquicardias: • Taquicardias supraventriculares: Origem dos estímulos nos átrios e nódulo A-V. ➢ Taquicardia sinusal (TS): Sucessões de ondas normais, com frequência superior a 120-150 (adulto), sempre com onda P. (situação comum enfrentada pelo indivíduo que tem febre, stress, hipoxemia etc.). ➢ Taquicardia atrial: Nesse caso existe apenas um foco ectópico atrial isolado gerando estímulos numa frequência mais alta do que o nó sinusal e a contração dos átrios são organizados e efetivos (onda P invertida = para baixo); ➢ Fibrilação atrial: É comum nos casos de cardiopatia reumática, IAM, doenças pulmonares, com FC de 400 a 700 bpm, ausência de onda P, com uma linha de base de aspecto ondulado e os complexos QRS irregulares. ➢ Flutter atrial: Definido por contrações atriais rápidas, regulares, de ondas P idênticas, dentes em serra com frequência 220-350. O flutter atrial se caracteriza por um circuito de arritmia localizada no átrio, diferente da fibrilação, por ser regular e promover a contração atrial pouco mais efetiva. • Taquiarritmias ventriculares: Originam de focos ectópicos nos ventrículos, são malignas e frequentemente quando não tratadas (agudas), são fatais. ➢ Taquicardia ventricular: caracteriza-se por três ou mais extra-sístoles sequenciais, numa frequência de 120 a 250 bpm. ➢ Taquicardia Paroxística Ventricular: Aparece com sucessões rápidas de ESV com frequência 140-250, há onda “P” independente e mais lenta, são englobadas pelo QRS ectópico, antecede a fibrilação ventricular (parada cardíaca). ➢ Fibrilação Ventricular (Parada Cardíaca): Atividade elétrica totalmente irregular e rapidamente fatal, não se distingue os complexos, pode terminar em assístolia fatal. Na FV existem vários focos ventriculares, mas não ocorre contração efetiva, considera-se como parada cardíaca ➢ Extra-sístole: É todo o batimento precoce observado no ECG. Extra-sístole Supraventricular(ESSV): Podem originar dos átrios ou nódulo AV, muitas vezes pela dificuldade de distingui-las, podemos chamá-las de extra-sístoles ou arritmias supraventriculares. A gravidade dessa arritmia é quando o paciente apresenta alguma patologia cardíaca de base. Extra-sístole Atrial ou Arritmia Sinusal: Um foco ectópico atrial produz uma onda P prematura, QRS seguinte normal. Intervalo P-R constante, intervalo R-R variável. Extra-sístole Juncional ou Arritmia Juncional: Nasce da junção A-V, não há onda P, intervalo R-R variável.(Café, fumo, álcool, nervoso). Extra-sístole ventricular (ESV): estímulo prematuro nasce dos ventrículos, forma anômala, origina complexos “QRS” alargados, forma bizarra, seguido de pausa compensadora. Alto risco quando houver mais de 8 por minuto, pode proceder a salvas de extra-sístoles, taquicardia ventricular e desencadear a fibrilação ventricular (parada cardíaca). Bradicardias: ➢ Bradicardia sinusal: Sucessões de ondas normais, com frequência inferior a 60 b/m, sempre com onda “P”. ➢ Bloqueios cardíacos: Hbhjb] Bloqueio Atrioventricular 1º grau (BAV 1º grau): Ocorre apenas um prolongamento do tempo de condução do estímulo dos átrios para os ventrículos, mas ao ECG observa-se que para toda onda P corresponde um complexo QRS, nesse caso a frequência cardíaca geralmente é normal e a conduta expectante. Bloqueio Atrioventricular 2º grau (BAV 2º grau): BAV de 2º. grau Mobitz tipo I: Presente nos casos de IAM de parede inferior, na intoxicação digitálica. O tratamento é medicamentoso e o implante de marca- passo temporário externo é indicado quando se constata bradicardia menor que 40bpm e na presença de insuficiência cardíaca ou arritmia ventricular. BAV de 2º. grau Mobitz tipo II: É uma situação intermediaria entre o bloqueio total e o bloqueio de primeiro grau. Neste caso alguns estímulos passam do AV em tempo normal, outro em tempo prolongado e outros estão completamente bloqueados. Ao ECG observa- se ondas P precedendo o complexo QRS e ondas P isoladas, os complexos QRS aparecem de forma irregular. Bloqueio Atrioventricular Total ou de 3º grau (BATV): Caracteriza-se por dissociação completa entre o ritmo atrial e ventricular,pois nenhum dos estímulos atriais consegue passar através do nó AV. Sua característica distintiva é a existência de maior número de ondas P do que de complexo QRS, e a não-existência de relação entre eles. DESFIBRILAÇÃO X CARDIOVERSÃO • A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco. • A cardioversão elétrica é um procedimento na maioria das vezes eletivo, em que se aplica o choque elétrico de maneira SINCRONIZADA, ou seja, o paciente deve estar monitorado no cardioversor e este deve estar com o botão de sincronismo ativado, pois a descarga elétrica é liberada na onda R, ou seja, no período refratário.
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