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Tipos de paciente 1 � Tipos de paciente Class Created Exercícios - dia 3 Leitura - dia 1 Materials Professor Referências Revisão - 1 mês Revisão - dia 7 Síntese - dia 2 Type Padrões comportamentais dos pacientes Paciente ansioso Paciente deprimido Paciente hostil Paciente sugestionável Paciente hipocondríaco Paciente eufórico Paciente inibido Paciente psicótico Paciente surdo Pacientes especiais (casos de deficiência intelectual, alienação e altas habilidades intelectuais) Crianças e adolescentes Paciente idoso Paciente em estado grave Paciente fora de possibilidades terapêuticas Fases de Kübler-Ross Tipos de paciente 2 Padrões comportamentais dos pacientes Paciente ansioso Demonstra inquietude, voz embargada, mãos frias e suadas, taquicardia, dispneia suspirosa e boca seca. É necessário agir com tranquilidade e segurança, conduzindo a consulta de modo a não suscitar a indagação de fatos que possam agravar esse sentimento; é preferível, inclusive, passar alguns minutos conversando sobre fatos aparentemente sem valor, a fim de promover o relaxamento da tensão. É importante ser bom ouvinte. Paciente deprimido Tem como principal característica o humor triste. Apresenta desinteresse por si mesmo e pelas coisas que acontecem ao seu redor. Tem forte tendência a isolar-se e, durante a entrevista, reluta em descrever seus padecimentos, respondendo pela metade às perguntas feitas a ele ou permanecendo calado. Apresenta-se geralmente descuidado, irritado, entediado ou apático. É comum que fique cabisbaixo, os olhos sem brilho e a face exprimindo tristeza. Não raramente cai em pranto durante o exame. É sempre necessário avaliar o tipo de depressão e a sua gravidade, dado o risco de suicídio. A maioria das pessoas que se suicida apresenta transtorno depressivo ou bipolar. Embora a ideação suicida ocorra com muita intensidade no momento de depressão, o suicídio exitoso geralmente ocorre no período de melhora do humor. A primeira tarefa do médico é conquistar sua atenção e confiança através de um sincero interesse pela sua pessoa. Paciente hostil A hostilidade pode ser evidente ou velada e o médico tem a obrigação de reconhecer sua fonte para que possa lidar com ela da melhor forma. Serenidade e autoconfiança são as qualidades principais nessas condições. Paciente sugestionável Ansiosos e com excessivo medo de adoecer, esses paciente vivem procurando médicos e fazendo pesquisas e exames para confirmar sua higidez. Muito impressionáveis, quando se deparam com alguma campanha contra determinada doença, começam a sentir os sintomas mais comuns. Deve-se conversar com eles com cuidado, de modo a despertar sentimentos positivos que eliminem a ansiedade e preocupações injustificadas. Tipos de paciente 3 Paciente hipocondríaco Sempre queixando-se de diferentes sintomas e procuram o médico ao surgirem indisposições sem importância ou motivo concreto, quase sempre manifestando o desejo de fazer exames. Entretanto, por mais exames que faça, não acreditam em resultados normais. Contradizê-lo com veemência não ajuda e ouvir com paciência e compreensão e expressar opiniões claras e seguras são condições fundamentais para aliviar a ansiedade. Paciente eufórico Apresenta exaltação do humor com falas e movimentos demasiados. Sente-se forte e saudável e seu pensamento é rápido, podendo mudar de assunto muito rápido. É necessário ter paciência para examiná-lo e deve-se observar se esta é a maneira de ele ser (temperamento hipomaníaco), se está ligado a outras doenças (hipertireoidismo, hiperatividade) ou se apresenta uma exaltação patológica do humor. Paciente inibido Paciente não encara o médico, mantém a cabeça e a voz baixas e senta-se na beira da cadeira. A demonstração de interesse por seus problemas é essencial e algumas palavras amistosas sempre ajudam. Paciente psicótico O psicótico vive em um mundo fora da realidade do médico. Suas alucinações, delírios e pensamentos desorganizados o colocam em uma posição de difícil acesso. Paciente surdo A comunicação entre o médico e um paciente que não escuta depende do interesse do primeiro e da inteligência do segundo. Quase sempre há um intérprete, geralmente um familiar. Nesses casos, é necessário reduzir a anamnese aos dados essenciais. No caso de pacientes com deficiência auditiva, falar pausadamente, com contato visual, pronunciando cuidadosamente as palavras e evitando gritar, pode facilitar a comunicação. Pacientes especiais (casos de deficiência intelectual, alienação e altas habilidades intelectuais) Tipos de paciente 4 Nos casos de deficiência e alienação, é necessário adequar-se ao nível de compreensão do paciente com perguntas simples e diretas. Nos casos de alta habilidade intelectual, não deixar-se intimidar é o caminho. Crianças e adolescentes Ao atendê-los, o médico deverá ter conhecimento básico de crescimento e desenvolvimento não só do ponto de vista orgânico, mas também do ponto de vista emocional. Relacionar-se com crianças implica uma relação com toda a família. É importante ser bondoso, atencioso, paciente e compreensivo. A relação médico-paciente adolescente deve ser discutida de modo particular. Paciente idoso O comportamento dos idosos varia em função de seu temperamento e do que a vida lhes proporcionou. Esse paciente precisa sentir desde o início que está recebendo atenção e respeito. Paciente em estado grave Não desejam nenhuma perturbação e os exames representam um incômodo. É necessário ser objetivo no exame clínico e restringir-se ao necessário. Também é preciso ser atencioso e passar o sentimento de segurança. Paciente fora de possibilidades terapêuticas São aqueles que sofrem de doenças incuráveis em fase avançada, para as quais não há recursos médicos capazes de alterar o prognóstico em curto ou médio prazo. Fases de Kübler-Ross 1. Negação: o paciente usa todos os métodos para não saber o que está acontecendo com ele. Nesta fase, não adianta confrontar a negação do paciente. É mais conveniente calar- se e deixá-lo vivenciar sua frustação, falando apenas o essencial e respondendo às questões de maneira sincera e serena. 2. Raiva: o paciente que até então negava sua realidade começa a aceitá-la como concreta, mas passa a agredir os familiares e os profissionais que lhe prestam assistência. O grau de dificuldade da relação médico-paciente alcança seu máximo. Tipos de paciente 5 3. Negociação: o paciente procura soluções para seu problema por meio de promessas de mudança de vida, reconciliações com familiares, busca religiosa. O médico pode ter papel ativo, apoiando e conversando abertamente com ele. 4. Depressão: o paciente manifesta a vontade de ficar só e em silêncio e deixa de ter interesse por assuntos aos quais antes dava grande importância. É decisivo que o médico saiba compreender o que o paciente está passando. É desnecessário se expressar com palavras duras mas a verdade precisa imperar na relação do médico com o paciente e sua família. 5. Aceitação: é o encontro do paciente com seu mundo interior. Perceber a realidade não é desistir da luta ou sentir-se derrotado. É a plena consciência da morte próxima como parte do seu ciclo vital.
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