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Musicoterapia: A Influência da Música no Estado Emocional


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MUSICOTERAPIA
1. INTRODUÇÃO
Segundo Silva (2005) a música pode gerar vários tipos de sentimentos e expressões no ser humano, visto que, ela faz parte de seu cotidiano onde pode relaxar, desagradar, estressar, fazer sorrir ou chorar. Mas, isso irá depender de pessoa para pessoa, pois cada um tem a sua subjetividade e pode interpretar a música de várias formas, dependendo de suas experiências e do que ela desperta em seu ser.
A Comissão de Prática Clínica da Federação Mundial de Musicoterapia (RUUD apud BRUSCIA 2000: 286) define a Musicoterapia como: 
A Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com o cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, a relação, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, a organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
De acordo com Areias (2016), a musicoterapia pode influenciar no corpo humano de acordo com o estilo de música escolhido, como por exemplo, as músicas clássicas ou relaxantes. Elas podem influenciar, tanto no sistema cardiovascular, como na intensidade da dor no estresse. Além do mais, é um instrumento que tem vários efeitos positivos na memória, na atenção, entre outras, sendo de baixo custo e risco.
Para este estudo foi realizado uma revisão sistemática da literatura acerca do tema abordado, utilizando as seguintes palavras chaves: musicoterapia, humor, estado emocional, música, benefícios. Portanto, este trabalho tem como finalidade compreender como a música influencia no estado emocional das pessoas e relacioná-la com a musicoterapia e os benefícios que ela pode proporcionar.
2. DESENVOLVIMENTO
É muito comum vermos em nosso cotidiano como por exemplo uma pessoa que após o término de um relacionamento ou depois de uma discussão, escutar uma música mais lenta, triste, que fale de amor... ou em outro caso, quando uma pessoa que está nervosa e escuta uma música barulhenta, ficar mais estressada ainda. Então nós questionamos que poder é esse que a música tem na vida do ser humano? E como podemos utilizá-la de uma forma positiva?
A princípio, precisamos entender o que é música; segundo a definição de Clifton, traduzida por Freitas (1997:24): “Música é um arranjamento ordenado de sons e silêncios cujo sentido é representativo ao invés de denotativo. (...) música é a realização da possibilidade de qualquer som apresentar a algum ser humano um sentido que ele experimenta em seu corpo”. 
A música sempre foi algo presente na vida do homem desde seu surgimento, mas a sua utilização como método terapêutico, só veio a se desenvolver a partir de meados do século XX, não como uma prática nova, mas com uma redescoberta da sua utilização (Mourão, 1996, p. 22).
Esse fenômeno pode ser observado através dos estudos que apontam, que na vigésima semana de gestação o feto tem sua primeira impressão sensorial, assim podendo reconhecer sons. Dessa forma criando um vínculo de mãe e filho antes do nascimento, diminuído também a cólica do bebê, casos de arritmias, que são comuns nessa fase da maternidade (AREIAS, 2016).
A música tem um fator importante nessa fase também por ser preventiva na morte súbita do recém-nascido. Areias (2016) disse que: 
“ No cérebro, dividido em dois hemisférios, o direito tem sido identificado como o lugar de apreciação musical. Contudo, não tendo ainda sido identificado um centro musical, parece provável que a identificação da música emerge da atividade conjunta dos dois hemisférios. Acresce que o córtex frontal, onde as memórias são arquivadas, tem também um papel ativo na apreciação da melodia, sobretudo do ritmo. Interessante constatar que experiências feitas com música de Mozart mostraram uma ativação de ambos os hemisférios, com reflexo numa maior aprendizagem e retenção informativa. Outras experiências, efetuadas com monitorização da pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e velocidade de fluxo sanguíneo na artéria cerebral média, mostraram que nos crescendos vocais ou orquestrais havia vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, em contraste com a vasodilatação e diminuição da pressão sistémica constatadas na altura em que a música era mais uniforme ou suave. ”
Fica claro que a música tem um poder de modificar os estados psíquicos e físicos no ser humano, como problemas na depressão e ansiedade que causa uma diminuição de eficiência do cérebro, causando uma baixa redução na serotonina, um neurotransmissor que é responsável pela comunicação dos neurônios. A sensatez da música é estimular as células cerebrais, assim aumentando o nível de serotonina melhorando o humor e a disposição (AREIAS, 2016).
“A música ainda é um meio que as pessoas podem se expressar de uma melhor maneira e ajudar na comunicação, contribuindo para que o paciente tenha a dosagem de remédio diminuída ou anulada. Sabendo-se que os receptores da dor mandam sinais para o cérebro, podendo dessa forma a música agir bloqueando a atuação dos transmissores da dor.”
Partindo desse pressuposto, a musicoterapia foi incluída na lista de práticas integrativas do Sistema Único de Saúde (SUS), e é utilizada, principalmente, para o tratamento de depressão e ansiedade. 
Altshuler, um psiquiatra americano, ao longo de sua carreira, estudou a relação entre a música e o estado emocional dos indivíduos. Sua abordagem tratava pacientes que possuíam o quadro depressivo com músicas tristes e melancólicas, já para os casos de mania, utilizava músicas animadas e com tempo acelerado, em concordância com o estado mental do paciente (BARCELLOS, 2010). Esse equilíbrio entre o tempo mental e o tempo musical, é um dos princípios essenciais da musicoterapia, denominado princípio de ISO, no qual a subjetividade de cada cliente conta para a formação de sua identidade musical, compreendendo a música como um comportamento humano repleto de complexidade (OLIVEIRA e GOMES, 2014). 
As propriedades terapêuticas da música também são aproveitadas de forma ativa, na qual o próprio paciente é estimulado a aprender a tocar instrumentos musicais, cantar ou dançar. Pois, segundo Wazlawick, Camargo e Maheirie (2007):
“É de modo emocionado que o sujeito constrói os significados da música, em sua vivência, a partir de seus sentidos, objetivando sua subjetividade, tornando-a “audível” para ele e para os outros. Os significados e sentidos ressoam nas vivências do sujeito e são construídos na sua relação com a música. Estes significados partem das vivências afetivas do sujeito, demonstrando a utilização viva da música, uma vez que mudam, desconstroem-se e são recriados, porque também são constituídos pelos sentidos, ligados ao uso da música de modo idiossincrático e em relação. ”
Portanto, atividades que estimulem a relação ativa entre o sujeito e a música são fundamentais para que o musicoterapeuta compreenda o paciente e seja capaz de determinar qual abordagem deverá ser utilizada para tratar suas dificuldades e melhorar sua qualidade de vida.
3. CONCLUSÃO
Em virtude dos argumentos apresentados, podemos afirmar que a música é uma constante na vida do ser humano, e “é preciso que se compreenda a música como forma de comportamento humano, uma vez que ela nasceu do homem, tendo por isso mesmo, uma grande força de atração sobre ele” (SACKS, 2008, p.349). Por este motivo ela apresenta grande poder na vida humana, podendo afetar humor, emoções e estados de personalidade. 
Compreendendo este poder, a musicoterapia surgiu como uma ciência, contribuindo para um bem-estar, relaxamento, aumento da força de vontade e equilíbrio entre o físico e mental. Assim como Cunha (2001) disse:
A pessoa que procura a musicoterapia quer ser escutada, precisa ser cuidada. Escutar é cuidar, é receber, abstrair, relacionar e comunicar. Quem vai para a musicoterapia além de comunicar, também vai ouvir. A real transformação acontecerá quando, além de ouvir, o paciente alcançar a capacidade de seescutar. Num processo terapêutico escutamos interioridades. Buscamos dar voz aos conteúdos internos. Esta voz pode surgir em forma de palavras, sons ou mesmo silêncios. 
 Concluímos que a música está presente em todos os lugares e ela é intrínseca ao homem. Portanto, o uso da mesma como forma terapêutica é de grande eficácia, pois como disse Longfellow (1807-1882),poeta norte-americano: “A música é a linguagem universal do homem”.

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