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Esporotricose - resumo

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MICOLOGIA – ESPOROTRICOSE 
 
A esporotricose é uma zoonose negligenciada causada por fungos dimórficos 
patogênicos pertencentes ao complexo Sporothrix, que resulta em micose 
subcutânea crônica. No estado do Rio de Janeiro, a doença atingiu o status de 
epidemia com mais de 4.700 felinos domésticos e cerca de 4.000 humanos 
afetados desde meados dos anos 90. 
A doença era anteriormente conhecida como doença do jardineiro de rosas, 
porque ocorrer inoculação traumática do agente etiológico, que podia estar 
presente nas plantas. Porém, atualmente foi evidenciada uma maior participação 
de felinos doentes na transmissão da esporotricose através de mordidas e 
arranhões, devido à colonização do fungo em sua cavidade oral e unhas. 
Barros et al. (2010) evidenciam a falta de um programa de saúde pública para o 
controle dos casos de esporotricose e sugerem estratégias como distribuição 
gratuita dos medicamentos, capacitação dos profissionais de saúde, 
principalmente da atenção primária, ações de controle para os animais e ampla 
divulgação de informações sobre a doença. 
O fato de a doença apresentar transmissão zoonótica se torna um desafio para 
frear esta epidemia, devido à falta de controle da doença animal por ausência de 
unidades de atendimento adequadas para diagnóstico e medicação gratuita para 
o tratamento. Além disso, deve-se existir um controle do ambiente utilizado por 
esses animais, principalmente adequação de infraestrutura e saneamento 
básico, fechando, assim, o ciclo gato-ambiente-homem. Já que a contaminação 
do solo por carcaças infectadas representa um preocupante fator ambiental, pois 
o fungo pode perpetuar e aumentar a disseminação para os gatos, os quais têm 
hábitos de vida livre, e até mesmo para aqueles que trabalham com o solo. 
No diagnóstico da esporotricose, a análise clínica é essencial, através de uma 
anamnese detalhada com dados epidemiológicos, manifestações clínicas e 
exames complementares. Entretanto, a confirmação definitiva só é obtida 
através do cultivo de amostras para isolamento e identificação do fungo. As 
características macromorfológicas das colônias incluíam inicialmente uma cor 
marrom creme que muda para marrom escuro após 5-7 dias de incubação com 
aspecto aveludado e topografia rugosa a 25 °C. 
Apesar do exame de cultura ser padrão ouro para detecção desse fungo, 
recentemente, outros métodos também têm sido adotados como ferramentas 
auxiliares: sorológicos, histopatológicos e moleculares. Ainda, é importante 
ressaltar que o diagnóstico correto deve ser feito o quanto antes, pois seu atraso 
pode contribuir no agravo do quadro da doença, aumentando a morbimortalidade 
por esporotricose, principalmente em pacientes imunocomprometidos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Sales P.A.M.; Sout, S.R.L.S.; Destefani, C.A.; Lucena, R.P.; Machado, R.L.D.; 
Pinto, M.R.; Rodrigues, A.M.; Lopes, L.M.B; Rocha, E.M.S.; Baptista, A.R.S. 
Domestic feline contribution in the transmission of Sporothrix in Rio de Janeiro 
State, Brazil: a comparison between infected and non-infected populations. BMC 
Vet Res. 18 jan. 2018. Disponível em: 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29347940/. Acesso em: 21 set. 2020. 
2. Lima, R. M.; Silva, W. L. F.; Lazzarini, J. A.; Raposo, N. R. B. Esporotricose 
brasileira: desdobramentos de uma epidemia negligenciada. Rev. APS, v. 22, n. 
2, p. 405 – 422, 23 abr./jun. 2019. Disponível em: 
https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16496#:~:text=Apesar%20de
%20%20essa%20epidemia%20se,para%20conter%20essa%20epidemia%20n
eglig%20enciada. Acesso em: 21 set. 2020. 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29347940/
https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16496#:~:text=Apesar%20de%20%20essa%20epidemia%20se,para%20conter%20essa%20epidemia%20neglig%20enciada
https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16496#:~:text=Apesar%20de%20%20essa%20epidemia%20se,para%20conter%20essa%20epidemia%20neglig%20enciada
https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16496#:~:text=Apesar%20de%20%20essa%20epidemia%20se,para%20conter%20essa%20epidemia%20neglig%20enciada

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