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Metabolismo do grupo Heme e Bilirrubina Hemácias senescentes são captadas pelo sistema retículo endotelial sofrem degradação enzimática No baço essas são destruídas (lisadas) liberam hemoglobina Hemoglobina grupos heme (parte tóxica) + globina (parte proteica) 1. Globina é quebrada transformada em aminoácidos para reutilização no organismo 2. Complexo Heme quebrado pela enzima heme oxigenase (abertura do anel de tetrapirrol da porfirina) Fe2+ + CO + biliverdina (pigmento verde) Fe2+ é transportado através da circulação sanguínea pela ferritina reutilizado na formação de novos grupos heme CO age na vasodilatação e síntese de neurotransmissores Biliverdina convertido pela enzima biliverdina redutase bilirrubina (pigmento amarelo) Bilirrubina apolar + lipofílica + insolúvel no plasma também chamada de bilirrubina livre / indireta Bilirrubina é carreada pela albumina até o fígado No fígado é removida da albumina = CAPTAÇÃO Ocorre a CONJUGAÇÃO pela enzima UDP- glicuroniltransferase bilirrubina + ác. glicurônico bilirrubina conjugada ou diglicuronato de bilirrubina Bilirrubina conjugada polar + solúvel nos líquidos corporais + hidrofílica A bilirrubina livre pode ser conjugada em menor quantidade com outras substâncias para ser excretada dos hepatócitos SECREÇÃO = a bilirrubina conjugada sai dos hepatócitos para os canalículos biliares (entre dois hepatócitos) (transporte ativo primário) entra no ducto biliar armazenada na vesícula biliar A bilirrubina conjugada é o principal componente da bile A bilirrubina conjugada é excretada na forma de bile no duodeno Mas sua absorção ocorre melhor no intestino grosso Desidrogenases bacterianas catalisam a reação de redução da bilirrubina no cólon Ác. glicurônico é removido por enzimas bacterianas = glicuronidases Bilirrubina reduzida a urobilinogênio Destinos do urobilinogênio: 1. Excreção pelas fezes = estercobilina (maior parte) 2. Reabsorvido para circulação portal reexcretado na bile (pequena parte) 3. Volta para a circulação geral é excretado pelos rins = urobilina (1 a 5%) Patologias Hiperbilirrubinemia predominantemente não conjugada 1. Por superprodução de bilirrubina Superprodução de bilirrubina pela destruição excessiva das hemácias (hemólise) A quantidade de bilirrubina não-conjugada excede a capacidade do fígado de removê-la Insuficiência da excreção para os canalículos biliares ↑bilirrubina indireta para ser processada nem toda ela vai para a bile parte reflui para o sangue a partir dos hepatócitos (↑níveis séricos de bilirrubina conjugada) Os níveis séricos de bilirrubina conjugada em condições normais são próximos de zero 2. Por decréscimo da conjugação Principal exemplo: icterícia fisiológica do recém-nascido Quase todo recém-nascido apresenta hiperbilirrubinemia não-conjugada entre o 2º e o 5º dias geralmente não excede 5 mg% A glicuronil-transferase (enzima da conjugação) ainda é “imatura” Ao nascimento a icterícia fisiológica não está presente a placenta retira a bilirrubina fetal e a transfere para a mãe No prematuro pode ser mais acentuada Quando há um processo hemolítico associado (p. ex. eritroblastose fetal) nível de bilirrubina não-conjugada pode atingir 20 mg% ou mais abarreira hematoencefálica do RN é ainda imatura bilirrubina chega ao tecido nervoso (é tóxica) morte de neurônios convulsões (morte ou sequelas graves) Hiperbilirrubinemia predominantemente conjugada Ocorre em 2 situações básicas: 1. Lesão hepática difusa (hepatites e cirroses, p. ex.) Hepatite por vírus lesão dos hepatócitos envolvendo as 3 fases do metabolismo da bilirrubina (principalmente secreção) grande quantidade de bilirrubina conjugada entra no sangue Bilirrubina não-conjugada também aumenta redução da captação e da conjugação Cirrose Desorganização da arquitetura do lóbulo hepático dificuldade na excreção da bile + compressão dos ductos biliares intra- hepáticos 2. Síndromes colestáticas Causas: cálculos biliares a nível do colédoco e tumores que comprimem as vias biliares extra-hepáticas
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