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FACULDADE ÚNICA DE .... Nome do aluno O PERFIL DO PROFESSOR Cidade – AM 2020 FACULDADE ÚNICA DE ..... Nome do aluno O PERFIL DO PROFESSOR Artigo Científico Apresentado à Faculdade Única de .... - ...., como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil. CIDADE – AM 2020 O PERFIL DO PROFESSOR NOME DO ALUNO RESUMO Investigar o papel do professor do ensino fundamental da Escola Estadual...., partiu da necessidade de visualizar as reais condições vivenciadas pelos professores. Por esta razão, a justificativa desse tema deu-se em função do professor ter consciência de seu importantíssimo papel no contesto escolar, uma vez que exerce o poder dentro de uma sala de aula, influencia os estudantes, aprende com eles, trocam experiências num processo de interação social constante. Por este motivo, a formação do professor deverá ter um papel de destaque nesse artigo para que possamos enfatizar a importância da mesma dentro do seu contexto de aprendizagem. Acredita-se que o professor é um dos elementos fundamentais na constituição de um ensino de qualidade. Este precisa estar munido da formação teórica competente que o prepare para ver um mundo na sua globalidade e não de forma fragmentada. Devido isto necessita especialmente de valorização, seja na formação continuada como bem renumerada. Enfim, os professores não são valorizados socialmente como merecem, e em vista disso, é interessante atentar para o fato de que eles precisam passar por mudanças, mas que estas, devam acontecer também no contexto educativo de forma geral. PALAVRAS-CHAVE: Investigar. Interação. Formação teórica. Valorização Introdução O referido artigo versa acerca do perfil do professor do ensino fundamental, na escola ................” instigando questionamentos, indagações, preocupações com o quadro conceitual, sócio-político e educacional em que se insere esse nível de ensino, gerando o interesse e a motivação para a realização deste trabalho. Partindo do pressuposto de ser o trabalho docente a síntese representativa e concretizadora do que se pretende com a proposta de educação do ensino fundamental, tomou-se como um dos objetivos analisar o papel do professor, levando em consideração os seguintes aspectos: fatores dificultadores e as práticas pedagógicas.[footnoteRef:1] [1: Tecnóloga em Gestão Pública – Email: ...................... ] A preocupação central deste artigo foi, portanto, descortinar a ação didático-pedagógica realizada pelo docente no exercício do seu cotidiano, porque se descobriu que, às vezes, o professor não tem uma proposta clara sobre: O quê? Quando? E como ensinar e avaliar? Baseado nesse contexto foi que surgiu esse tema, porque o que se tinha em vista era o aluno, aquele que pode ser sujeito de sua própria formação, porém, dentro de um complexo processo interativo em que também o professor se veja como sujeito de conhecimento. Desenvolvimento Delinear as características de um professor ideal ou de uma educação melhorada não é uma tarefa fácil. Pois as transformações tecnológicas e cientificas refletem-se na vida social, atingindo as esferas econômicas, sociais, político-culturais e educacionais. Essas qualidades devem ser adaptáveis ao período histórico, à realidade da escola, ao tipo de ser humano que se deseja formar, àquilo que influência no conhecimento do entorno da escola e dos saberes a ele atrelados. Houve um tempo em que ser professor era ter uma profissão altamente valorizada, mas, com o passar dos anos ela sofreu um desgaste. E para colocar essa profissão em seu merecido patamar é preciso os profissionais de educação envolvam-se nela de forma a recuperar o valor e a estima que merecem. Ao falarmos do perfil do educador, entende-se que é um dos elementos fundamentais na constituição de qualidade, visto que o mesmo lida com pessoas concretas e cada qual com sua história singular. A postura do professor no processo de ensino-aprendizagem se revela, portanto, central, pois sendo a sala de aula um espaço propício ao diálogo do aluno com o mundo, da conversação entre alunos e professor com o conteúdo é necessário existir um ambiente de liberdade, respeito, tolerância, responsabilidade, cooperação e compromisso. O educador Paulo Freire (1996) diz que as qualidades do perfil do professor progressista, vão sendo construídas na prática pedagógica, coerentemente com a sua opção política, de natureza crítica. Vejamos algumas das características do professor progressista segundo Paulo Freire (1996, p. 49): · Humildade: Essa característica exige do professor coragem, confiança em si mesmo, respeito a si e aos outros; Freire afirma que o bom senso é um dos auxiliares fundamentais da humildade, e a arrogância e a empatia não tem a ver com a mansidão do humilde. · Amorosidade: Para Freire, a prática docente sem amorosidade, tanto pelos alunos como pelo processo de ensinar, perde o seu significado. · Coragem: para o autor, a coragem de lutar está ao lado da coragem de amar. O professor não tem que esconder seus temores, mas não pode deixar que eles o imobilizem. A coragem emerge no exercício no controle do medo. · Tolerância: Segundo Freire (1996, p.59), diz que “a tolerância é a virtude que nos ensina a conviver com o diferente”. Sem ela é impossível desenvolver uma prática pedagógica séria, e uma experiência democrática autêntica torna-se inviável. · Decisão: a capacidade de decidir do professor é imprescindível para seu trabalho educativo. Se ele não for capaz de fazer decisões, os alunos podem entender essa deficiência como fraqueza moral ou incompetência profissional. · Segurança: como qualidade do professor, exige competência científica, clareza política e integridade ética. Para o autor, o professor não terá segurança de seu trabalho pedagógico se não souber fundamentá-lo cientificamente ou se não entender por que e para que o faz. · Tensão entre paciência e a impaciência: constitui-se, segundo Freire como uma das qualidades fundamentais do professor. A paciência não pode ser separada da impaciência. A primeira, sozinha, faz o professor acomodar-se. A impaciência isolada, por sua vez, ameaça o êxito da prática docente com a arrogância do professor. Tramontin (2006, p. 85) cita algumas competências necessárias para a prática do professor: · Precisa ensinar com rigor e responsabilidade; saber comunicar a matéria e variar os métodos de ensino; dar lugar as trocas de ideias; ter liberdade de orientação e opinião científica; estar a serviço da sociedade; · Deve saber se comunicar, falar, ouvir, calar-se, perdoar e compreender a dialética do processo de ensino e aprendizagem; · Precisa saber dialogar, saber perguntar e ter a humildade de reconhecer as próprias limitações, saber motivar, ter humor e ser positivo para encarar os desafios das provocações e do debate, muitas vezes estéreis entre aprendiz e mestre; · Deve ser organizado, disciplinado e ter espírito de equipe para trabalhar o projeto pedagógico do curso, sabendo gerir o seu tempo e o tempo coletivo; · Deve aprender a ser tolerante, ensinar pelo exemplo, pelo testemunho daquilo em que acredita e ter a virtude da curiosidade para ampliar constantemente seus conhecimentos e se manter atualizado; · Deve ser um provocador, guerreiro e mentor, mágico e profeta, viajante desbravador, revolucionário, pai, mediador e juiz, devendo amar a si mesmo, sua profissão e seu trabalho; deve ter prazer no convívio entre colegas, no convívio com os alunos. · Deve ser capaz de atitudes fortes – sorrir, chorar, estender a mão e saber impor respeito; ter dignidade, altivez e coragem de dizer sim e, principalmente, de dizer não; ter consciência que é um ser humano dotado de virtudes e defeitos e que possui uma missão: educar. Em suma, ninguém se torna um professor perfeito. Aquele que se acha perfeito acaba se transformando num grande risco para a comunidade educativa. Pois o verdadeiro educador é aquele que percebe a relaçãoentre educação familiar e ensino e assume a responsabilidade pedagógica pelo que faz. O ser professor acentua-se no momento em que se indaga sobre a necessidade de sua presença e sobre a sua importância na escola. Portanto, seja na perspectiva da representação, seja em outras perspectivas teóricas, é relevante procurar na prática na escola, na comunicação, na experiência, como se revela o trabalho do professor e, principalmente, como pode ser aperfeiçoado. Para muitos, o professor é aquela pessoa que dá aula, Segundo Tardif (2002, p. 31). Afirma: “um professor é, antes de tudo, alguém que sabe alguma coisa e cuja função consiste em transmitir esse saber para os outros”. O professor também é aquele que serve de guia do conhecimento fundamental na educação através do educar e do ensinar. Ele é acima de tudo pessoa habilitada e contratada para, sistematicamente, passar para o aluno, um conjunto de conhecimento que o tempo e a experiência selecionaram da cultura universal e diz respeito a nossa vivência cultural. Logo, a habilitação e a especialização são um perfil básico do docente considerado professor, que segundo a sua habilitação, há algumas determinações legais que concebe o título de professor e em cada nível de ensino, as exigências diversificam-se. Concordamos com o ponto de vista de Gadolti (2003, p.21) quando diz que: ‘Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo, com consciência e sensibilidade. Eles “não só transformam a informação em conhecimentos e em consciência crítica, mas também formam pessoas”. Atualmente vivemos em um ambiente social caracterizado pela informação onde as crianças do contexto atual vivem, convivem e aprende em uma sociedade informatizada, que exige do ser o uso de criativas ferramentas para agir neste mundo de diversas representações. Infelizmente muitos professores não têm acompanhado a essas mudanças e tornam a escola pouco interessante e desmotivadora, por isso, é preciso que o docente esteja preparado para lidar com as inovações e compreender que, embora essa relação esteja se dando de outra maneira, isso não tira a sua autoridade. Diante disso, pais e professores vivem um grande desafio no mundo atual, estão sendo forçados a utilizar na prática esses conhecimentos, devendo muitas vezes submetê-los para que não fiquem fora dessa realidade. Alguns permanecem numa prática extremamente tradicionalista, prendendo-se quase sempre a transmissão pouco criativa dos conteúdos, mesmo sabendo que não é mais desse jeito. Não atentam para as necessidades de cada discente. E quando se fala em ensinar e aprender, falamos de escola, gestão, pedagogos, alunos, professores, família e todos os envolvidos e alvos de mudança. É lamentável dizer, mas a falta de limites e o desrespeito aos direitos dos outros que muitos discentes apresentam, é uma maneira de reagir a essas práticas, ele não vê mais a escola como um lugar interessante, prazerosos e motivador e sim, cansativo, repetitivo e insuportável. Para reverter essa situação, faz-se necessário que o professor tenha habilidades para contorná-la, ou mesmo, ser humilde de fazer uma avaliação da sua prática pedagógica para descobrir o porquê desses comportamentos. O conhecimento é essencial para que o educador se coloque reflexivo, crítico e produtivamente dentro da sociedade, pois, segundo a concepção de Paulo Freire (1996, p.25): Ensinar não é só transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou sua construção, (...) percebeu-se, assim, a importância do papel do educador (..) de que faz de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. O professor também é aquele que serve de guia do conhecimento fundamental na educação através do educar e do ensinar que promova o desenvolvimento da capacidade intelectual e a visão crítica do educando. Sabemos que “um professor é, antes de tudo, alguém que sabe alguma coisa e cuja função consiste em transmitir esse saber para os outros”. Em cima disso percebe-se a grande maravilha que exerce o professor, ele é o verdadeiro baluarte da educação. Cabe a ele ter consciência de sua profissão nesta área. Pois o trabalho constitui o exercício profissional do professor e este é o seu primeiro compromisso com a sociedade. Quanto ao seu papel Becker considera que: O papel do professor é transmitir conhecimento e, além disso, procurar despertar mais interesse no aluno. Do aluno tem que haver interesse. [...] de tentar fazer com que eles observam o conhecimento e do aluno seria, vamos dizer, de tentar captar, entender, raciocinar a respeito disso e questionar também se ele não está de acordo com aquilo que é transmitido. (1999, p.145). Já para Gadotti (2003, p.82) destaca que: “O papel do professor não é o de dirigir, mas de criar uma atmosfera de aceitação na qual o aluno possa desenvolver os seus desejos”. Enfatizamos que precisa haver aproximação entre o educando para que a escola tome outro sentido; não ficar só em conhecimentos formais, mas também, trabalhar com o conhecimento prático da vida de cada um, assim esse desafio será vencido. Foi-se o tempo em que o aluno entrava na sala de aula, sentava e calava a boca, ou melhor, faz muito tempo que o professor era o dono da verdade. Como sabemos antigamente o perfil do professor era único. O método de disciplina era através do castigo, como instrumento a régua e como ensino a repetição e memorização. O professor enfatizava os exercícios, a repetição de conceitos, a memorização das formulas a fim de disciplinar a mente e formar hábitos estudantis. Esta metodologia tem caráter expositivo, centrado no professor sem considerar características individuais. Com relação a isso, percebe-se que a nossa cultura quase que fica esquecida pela maioria dos povos por não saberem assimilar o conhecimento de seu próprio contexto, devida o ensino ser bastante fechado e tradicionalista. O desenvolvimento evolutivo se deu a partir das preocupações dos educadores, especialistas em educação e outros que se voltaram principalmente para a postura do professor. Descobrimos que precisamos repensar no nosso educador como uma pessoa reflexiva e investigativa, porque somente assim ele como sujeito de suas ações poderá transformar a sua sala de aula em um lugar de ação interativa. O profissional da educação que não reflete sobre seu exercício docente tende a aceitar de maneira acrítico a realidade do cotidiano das atividades nas escolas ou dos seus alunos. O educador dos nossos dias precisa reaprender a pensar para tornar-se um educador reflexivo, dinâmico e investigador, porque ele não reproduz apenas conhecimento, mas pode fazer da sua própria sala de aula um espaço de transformação humana, entretanto, é na ação reflexiva e na redimensão de sua prática que o educador pode ser agente de uma mudança na escola e na sua sociedade. Atualmente percebe-se que muitas coisas mudaram em função de novas tomadas de posição perante o processo de ensino-aprendizagem, onde serviram de base para colocar essa profissão em seu merecido patamar. E a educação transformadora, através do educador como agente dessa transformação, deve ser embasada na construção de novas estruturas e relações, pois o trabalho educativo abrange o aluno como um todo. Assim, o educador tem pouca chance, por exemplo, de mudar a pobreza material do aluno, mas é capaz de mudar às cabeças a ponto de superar a condição de pobreza que passivamente aceitam. Nessa perspectiva, o professor é o caminho principal para o desabrochar do aluno. Além do mais, precisamos que o nosso educador, conscientize-se que ele precisa garantir que os alunos não apenas fiquem na escola, mas que aprendem. Entretanto, faz-se necessário também, que se invista na cabeça, no coração e no bolso do professor, a fim de que ele possa ser bem remunerado e então, seja dedicado e preparado ao trabalho de ensinar e aprende, pois, o educador é um ser do mundo, onde não deve ser visto independentemente dessa perspectiva. A esse respeito, Bourdieu (1998, p.11) enfatiza: “Desprestígiodo professor, que podem ser avaliados de acordo com o baixo valor dos seus salários. O desprezo por uma função se traduz primeiro, na remunerarão mais ou menos irrisória que lhe é atribuído. A formação continuada, embora o professor não seja um único agente da educação, ele desempenha e continuará a exercer um papel muito importante na educação das futuras gerações. Sabe-se que muitas das vezes o professor também nem sempre tem a facilidade de refletir sobre seu papel e perceber de que modo a sua atuação educativa está ou não respondendo as necessidades do conhecimento do aprendiz. Com essa cultura informática, cultura que professores e educandos estão vivendo no momento atravessado pela mídia, obriga o professor a rever a sua própria posição. Com tudo, além da formação de professores, a mudança de papel profissional depende da sua valorização como agente do exercício da cidadania. Mas, isso ainda está longe de ser realidade. Segundo Cury (2007, p.89) é importante considerar que: Os professores não são valorizados socialmente como merecem, não estão nos noticiários da TV, vivem no anonimato como da sala de aula, mas são os únicos que tem poder de causar uma revolução social. Com uma das mãos eles escrevem na lousa, com outra, movem o mundo, pois trabalham com a maior riqueza da sociedade: a juventude. Cada aluno é um diamante que bem lapidado, brilhará para sempre. Na situação em que se encontra o Brasil, um discurso sobre educação, com promessas utópicas, rende votos, já que a maioria, a camada popular, não tem visão crítica dos fatos e se deixam enganar por falsas promessas. Essa falta de consciência política do povo afeta o sistema educacional, em particular, as classes de discentes e docentes, que sentem na pele, o descaso com a educação. Em relação ao papel do professor que possui essa missão de mostrar o caminho novo, tomar as possibilidades de aprendizagem reais e de manter um ambiente acolhedor e um ensino que possibilite ao aprendiz o despertar do gosto de sempre querer mais. Baseado nisso tudo se verifica que o professor deve transformar o obrigatório em prazeroso e selecionar criticamente o que o educando deve aprender. Como se observa, a relação entre professor e alunos faz perceber o quanto é importante o afeto e a amorosidade, o diálogo em sala de aula. Pois, o educador muitas vezes serão as únicas pessoas em toda a vida do aluno que poderão reconhecê-los como um sujeito que possui desejos, sonhos e vontade de mudar a existência. Diante disso é importante que os profissionais da educação, segundo Costa (2001, p. 25): “reconheçam que a saudável interação entre iguais e a interação professor/aluno de qualidade são, certamente, caminhos que podem convergir em um enfoque educativo cuja finalidade possa ser a de promover a aprendizagem significativa, a socialização e o desenvolvimento do aluno”. Desta forma, a relação docente/discente deve ser democrática, amiga e fraterna, pois o educador tem que fazer o papel de orientador da aprendizagem, uma vez que os alunos têm necessidades e interesses próprios, logo o educador deverá estar apto a atender as diferenças individuais. E quando falamos de afeto, estamos referindo a necessidade da tomada de atitude para sair da indiferença. E a diferença é a falta de afetividade em sala de aula entre todos. O educador precisa estar sempre se auto – avaliando acerca de sua postura, do dever que tem, de respeitar a dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo e como ter uma boa prática educativa e que postura deve se apresentar em sala de aula e, desenvolver no aluno o gosto de aprender. Entretanto, a relação professor e aluno deve se basear em autoria e não na obediência. Assim, a formação de indivíduos estará preparada para a vida social, cognitiva e emocional de forma agradável. Acredita-se que a partir do momento em que os docentes repensarem a sua participação no processo educacional, muitas transformações positivas ocorrerão. Todavia a motivação do docente aos alunos não é fácil, pois precisa conhecer as teorias ou técnicas para que possa estabelecer o diálogo, a motivação do alunado. Quando se fala, na valorização do docente, falamos também no valor de ensinar, mas para isso, depende muito do professor, que muitas vezes perde a motivação, que por um lado consequentemente devido ao desprestigio de seus baixos salários. Sabemos que os profissionais da educação deveriam ser bem remunerados, para que pudessem ser cobrados pela sociedade. Para se chegar a um nível bem mais elevado inclusive Doutores, Juizes, cientistas, enfim, todos os profissionais de outras áreas, passam pelas mãos dos profissionais da educação. E do outro lado, reflete-se o ser e o fazer pedagógico em sala de aula, técnica e métodos desenvolvidos e o compromisso com o ensino. Sabemos que nos dias atuais ser professor é mais difícil, pois precisa exercer múltiplos conhecimentos, como: competência para agir na sala de aula, capacidade de aprender a aprender, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informal, como estamos na era da digital o docente tem que saber usar os meios de comunicação e articular as aulas com as mídias e multimídia, a fim de preparar o indivíduo para a vida em sociedade. No entanto, ser educador é antes de tudo ser aprendiz. É saber que a tarefa de educar não se restringe a repassar conhecimentos científicos que foram sendo adquiridos ao longo da vida escolar. É admitir o processo ensino aprendizagem como momento privilegiado de crescimento mútuo, de socialização de conhecimentos. E para que isso aconteça, os professores precisam estar sempre atualizados para melhor ensinar, bem como pesquisando, buscando, perguntando constantemente. Isso faz com que ele viva o momento atual. Hoje o professor tem nas mãos todas as ferramentas necessárias para um bom desempenho na sala de aula. Com toda a tecnologia que temos, o educador tem tudo para levar o melhor conhecimento para os seus alunos, mas isso depende muito de cada professor. Diante do exposto, entende-se que o cenário de uma escola é mais ou menos este: equipe gestora, professores, alunos, serviços e comunidade. A esse respeito Carvalho (2004, p.56) enfatiza: “A escola é de professores, funcionários, alunos e seus familiares; todos eles precisam ter ali um espaço para mostrar quem é e o que fazem. Uma escola ganha personalidade quando compartilha com todos o que acontece em seu interior”. A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora, pois um dos papeis do professor é ser facilitador, além disso, não se pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, sendo necessário e fundamental para a sociabilidade do indivíduo a comunicação, a integração e ser respeitado. Desta forma, compreende-se que a responsabilidade da escola nos tempos atuais é preparar o aluno a visão ordenada, onde o educando possa encontrar seu lugar no mundo. É importante que todos os envolvidos no processo de transformação estejam atentos, pois a ação educativa deve se desenvolver de forma a refletir e resolver os problemas reais da sociedade e das pessoas que nela vivem. Enfim, cabe aos professores, em sua prática docente, propiciar situações de aprendizagem que levam ao desenvolvimento de habilidades e de conteúdos que possam responder às necessidades dos alunos no meio social que habitam. Conclusão A partir da necessidade detectada no âmbito da escola estadual Mileto Batista acerca de “O perfil do professor do ensino fundamental,” fomos levados a elaborar um artigo voltado para a temática na perspectiva de desenvolver atividades significativas e qualitativas que fossem capazes de enriquecer nossos conhecimentos e ampliar nossa visão quanto ao contexto escolar. Dentro desse horizonte, é mister dizer que o professor do ensino fundamental deve ter um comportamento de pesquisador, que leve os alunos à buscarem novas respostas a cada atuação que lhes aparecem. Pois, somente assim, o professor deixará essa tradição pedagógica que muitos demonstraram no seu cotidiano escolar e, que os faz limitar-sea repassar conteúdos programáticos e avaliar, de forma pragmática sem aprendizagem alguma. Quanto ao papel do professor, é importante frisar que a mudança na prática pedagógica começa primeiramente com mudança de consciência, portanto, ressalta-se que o professor deve assumir a postura de ensinar e não apenas transmitir conhecimentos. Pois, conforme Durkheim, (1997, p. 71): “A função da educação escolar é preparar o indivíduo para a vida social, cultural, política e profissional”. No que diz respeito ao papel da escola, precisa-se enfatizar que a escola tem o papel fundamental na construção da cidadania, porém sua eficácia carece da participação e do envolvimento dos pais e da comunidade. Mediante isso, é preciso que a escola seja um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de conteúdos deva propiciar o desenvolvimento do aluno através da intervenção dos fenômenos sociais e culturais dentro de uma perspectiva interativa que envolva a família e a escola. A visão aqui defendida, ressalta que cabe ao professor na contemporaneidade do ensino fundamental, rever o seu papel e assumir a tarefa desafiante de semear. Esse semear se dá através do planejamento, articulando, acompanhando, avaliando currículo, programas, métodos de ensino. Dessa forma, contribuirá de fato para melhorar as ações dos alunados garantindo a eficiência do processo educacional e a eficácia de seus resultados. REFERÊNCIAS BECKER, Fernando. 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