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Por muito tempo, a origem dos vírus foi negligenciada. Após serem considerados “não vivos” e deixados à margem dos estudos da evolução da vida por muito biólogos, os vírus estão agora no centro do palco. ORIGEM DOS SERES VIVOS Os registros fósseis indicam que a vida celular iniciou com os procariotos 4 bilhões de anos. O primeiro tipo de vida celular foi o ancestral comum de toda a vida (LUCA – last universal common ancestor); Por outro lado, não existe uma única molécula comum a todos os vírus desse modo, não é possível construir uma árvore universal dos vírus, análoga à árvore de LUCA. VÍRUS E A ÁRVORE UNIVERSAL DA VIDA A inclusão ou não dos vírus na árvore da vida é objeto de forte controvérsia. Alguns cientistas argumentam que os vírus não devem ser incluídos na árvore da vida e listam diversos motivos, enquanto outros argumentam a favor da inclusão. ARGUMENTOS CONTRA: Os vírus não são seres vivos; Não existe linhagem ancestral; Ausência de genes com funções metabólicas; Ausência de aparato para a síntese de proteínas; São ladrões de genes celulares; Evoluem a partir das células. ARGUMENTOS A FAVOR: Os vírus são entidades genéticas distintas, capazes de evoluir; Existência de genes marcadores virais. HIPÓTESES PARA A ORIGEM DOS VÍRUS Mas afina, qual seria a origem dos vírus? HIPÓTESE I = ESCAPE DE GENES Os vírus são ladrões de genes. Os vírus teriam se originado das células pelo escape de um grupo mínimo de componentes celulares, os quais formaram um novo sistema replicante infeccioso; Assim, todos os genes virais têm origem celular. A existência das proteínas virais especificas que aumentam de número todas as vezes que novos vírus são sequenciados nega essa hipótese. HIPÓTESE II = REDUÇÃO GÊNICA Os vírus são formas de vida unicelulares degeneradas que perderam alguns dos genes e tornaram-se parasitas intracelulares. Essa hipótese é ofuscada pelo acréscimo de genes transferidos lateralmente entre os vírus, infectando origem do virus AULA 2 – VIROLOGIA CLÍNICA introdução LUCA o mesmo hospedeiro, ou capturados diretamente do genoma da célula hospedeira. HIPÓTESE III = VÍRUS DE RNA – ANCESTRAIS DO DNA Ideia de que vírus de RNA forneceram as células de RNA a maquinaria para síntese de DNA. EVOLUÇÃO DAS POPULAÇÕES VIRAIS À medida que as populações hospedeiras se adaptam, as populações virais capazes de infectá-las são selecionadas. Por outro lado, as infecções virais podem ser uma força seletiva significativa na evolução das populações hospedeiras, e caso não consigam adaptar-se a uma infecção viral letal, podem ser exterminadas. Fatores evolutivos Mutações que se acumulam durante a replicação viral: Os vírus de RNA evoluem mais rapidamente, devido a uma combinação de índices elevados de erros na replicação do RNA. Presença de receptores virais na célula hospedeira: Um exemplo disso, é o vírus da influenza A aviária. Em geral, esse vírus é incapaz de evoluir para uma transmissão humano- humano, porque não tem sequência de aminoácidos necessária em várias proteínas virais para reconhecimento do receptor presente em células humanas. Evolução do hospedeiro – evolução viral:
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