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AULA 10 - A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA - O TERCEIRO SETOR EM CENA

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- -1
SEMINÁRIO EM SERVIÇO SOCIAL
A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA: O 
TERCEIRO SETOR EM CENA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Compreender a dinâmica da relação Estado e Sociedade em seus modelos políticos e sociais modernos e pós-
modernos;
2. observar a caracterização do Terceiro Setor como expressão da nova sociedade civil organizada;
3. verificar a importância do Terceiro Setor como exercício de cidadania ativa;
4. identificar aspectos jurídicos de regulamentação do Terceiro Setor no Brasil.
A relação entre o Estado e a Sociedade caracteriza o desenvolvimento moderno da humanidade. A partir desta
relação o status e o papel social do indivíduo mudam de súdito e passivo para cidadão e agente histórico. Ao
longo desse processo evolutivo, o indivíduo foi considerado apenas como devedor de obediência às ordens do
Estado, em seguida passou a ser credor de direitos e finalmente assume também uma responsabilidade social.
Para compreendermos melhor como esse processo ocorreu, iremos dividi-lo em algumas fases ou perspectivas
políticas. Vejamos algumas delas!
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1 Transição Moderna
Com o fim da sociedade medieval, por volta do século XV, tem-se início a chamada transição moderna, que
compreende os séculos XVI, XVII e XVIII. Durante esse período, grandes transformações ocorreram na estrutura
social.
Podemos citar, como exemplo, a formação do Estado moderno, que passa a apresentar um sistema político
centralizado com origem na democracia. No plano social, a mudança mais significativa foi a do status de súdito
do indivíduo (aquele que deve obediência absoluta ao rei) para o status de cidadão (aquele que é titular de
direitos e deveres).
Na esfera econômica, a industrialização introduziu o trabalho assalariado. Por fim, no plano ideológico, o
teocentrismo (crença na vontade de Deus como explicação para o mundo) cede lugar ao antropocentrismo (o
reconhecimento de que o homem é responsável pelo mundo em que vive).
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2 Teorias Clássicas da Política Moderna
1) Teoria
Absolutista: 
consiste na centralização total do poder no Estado único, com ênfase na figura do monarca.
Nesta teoria existe grande confusão entre o interesse público da sociedade e o interesse
privado do governante. Não há separação ou divisão efetiva do poder. Não há exercício
democrático por parte do povo, apesar do poder se originar do povo e não mais de Deus
(origem democrática do poder político X exercício democrático do poder político).
Principal teórico: Thomas Hobbes.
2) Teoria
Liberal: 
baseada na ideia de limitação do poder e funções do Estado diante de direitos inerentes
aos indivíduos. Apesar de haver centralização do poder no aparelho estatal, este não atua
de forma absoluta, pois estabelece efetiva divisão do poder (Executivo, Legislativo e
Judiciário). Caracteriza-se pela origem e pelo exercício democrático do poder político
moderno, expresso na democracia representativa (indireta). Nesta, o povo é a fonte de
legitimidade do poder político e o exerce indiretamente, por meio de seus representantes
eleitos. Principal teórico: John Locke.
3) Teoria
Social: 
a razão de ser do Estado é a promoção do bem comum. Todos os membros da sociedade
devem participar diretamente das decisões políticas importantes. Para isso, o
aparelhamento do Estado deve viabilizar a realização da vontade geral. Caracteriza-se pela
democracia participativa (direta) em que o povo é fonte do poder político e o exerce
diretamente. Isso pode ocorrer por meio de consultas prévias ou posteriores à população
para implementação de alguma política estatal, como nos casos dos plebiscitos ou
referendos, respectivamente. Principal teórico: Jean-Jacques Rousseau.
2.1 Variações e Apropriações Práticas das Teorias Políticas Modernas
O Estado Absolutista
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A relação Estado e sociedade começa a se constituir modernamente com a formação do Estado Absolutista. Neste
primeiro modelo, ocorre a centralização do poder político no aparelho estatal com fundamento na origem
democrática do poder.
Entretanto, permanecem os privilégios feudais dos nobres e a vontade do monarca se confunde com a vontade
do próprio Estado, como ilustra a frase do rei Luís XIV: “L´État c´est moi” (O Estado sou eu). A ideia de
democracia ainda é muito distorcida e o povo é tratado como devedor de obediência ao rei (status de súdito). A
Revolução Francesa marca o fim do absolutismo e a ascensão da burguesia ao poder.
O Estado Liberal Burguês
O Estado burguês expressa a apropriação da clássica teoria liberal pela burguesia emergente, por meio da
adequação dos princípios teóricos liberais aos objetivos políticos e econômicos burgueses.
Os princípios liberais de liberdade, igualdade e limitação do Estado elevam o indivíduo ao status de cidadão,
titular de direitos e deveres perante o Estado. Contudo, esses princípios também foram utilizados para criarem
as condições perfeitas de desenvolvimento do capitalismo, sem que houvesse espaço para o debate sobre a
questão social.
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O lema liberal ou “Deixe fazer! Deixe Passar!” traduziu bem o papel que cabia ao“Laissez-faire! Laissez-Passer!”
Estado neste modelo político, em que vigorava a crença na autorregulamentação do mercado sobre relações
econômicas.
Essa política liberal burguesa conduziu a intensa exploração do capital sobre o trabalho, uma vez que o Estado
mínimo não intervia nessa relação. Assim, eram ínfimas as legislações trabalhistas ou econômicas que viessem a
restringir a livre negociação no mercado. No entanto, o liberalismo extremo conduziu a uma das maiores crises
do capitalismo, com a “Quebra da Bolsa de Nova York em 1929”.
O Estado Socialista Soviético
A Revolução Russa, em 1917, conduziu a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, cuja principal
inspiração foi a teoria político-econômica marxista. Assim, o Estado Socialista apropriou-se dos meios de
produção com o objetivo de redistribuir a riqueza socialmente produzida.
Entretanto, o fim da propriedade privada produtiva andou junto com o fim da liberdade individual e não
conduziu à riqueza social prometida. Assim, os conflitos entre os líderes revolucionários e as contradições
internas do Estado soviético conduziram à derrocada do sistema no final do século XX.
O Estado do Bem-estar Social
- -7
O Estado do bem-estar social, ou como também ficou conhecido, surgiu após a Segunda Guerra“Welfare State”,
Mundial e constituiu uma resposta necessária à crise do capitalismo liberal e ao avanço do comunismo soviético
no século XX. Basicamente, é um modelo assistencial de Estado, em que prevalece o princípio do Bem-estar
Social na promoção de padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda, seguridade social etc.
Podemos dizer que esse modelo amplia o alcance da cidadania moderna, antes restrita à dimensão liberal
burguesa de direitos civis e políticos para a dimensão social e trabalhista.
Além disso, o Estado do bem-estar social busca equacionar as demandas sociais com os interesses econômicos,
uma vez que a estrutura privada dos meios de produção é mantida, mas uma redistribuição de renda ou
compensação de renda é praticada pelo Estado mediante cobrança de impostos. Assim, os cidadãos se tornam
credores do Estado e a questão social passa a estar na pauta política moderna.
A partir de então, os cidadãos possuem direitos sociais que devem ser assegurados pelo Estado através da
prestação dos serviços públicos. Entretanto, atualmente, a globalização neoliberal tem conduzido à crise e ao
desmonte do aparelhamento social dos Estados nacionais.
O Estado Neoliberal
O neoliberalismo corresponde a um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não
participação do Estado na economia e a diminuição de serviços públicos, que devem ser prestados privadamente.
Trata-se de uma reformulação dos princípios do liberalismo clássico burguês. O seu principal teórico foi o
economista inglês Milton Friedman, na década de 1970. Vejamosalgumas das características do neoliberalismo:
a) Estado Mínimo - mínima participação estatal nos rumos da economia e pouca intervenção do governo no
mercado de trabalho do país;
b) política de privatização de empresas estatais, livre circulação de capitais internacionais e ênfase na
globalização;
c) abertura da economia para a entrada de multinacionais
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d) adoção de medidas contra protecionismo econômico;
e) diminuição do tamanho do Estado e dos serviços públicos;
f) posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
g) a base da economia e serviços deve ser formada por empresas privadas.
Muitas críticas são feitas ao modelo neoliberal devido aos seus impactos sociais. A principal delas é o desmonte
do Estado de bem-estar social com a precarização dos serviços públicos e a intensa liberdade econômica.
Entende-se que o neoliberalismo tem sido o principal responsável pelo desemprego, pela dependência do capital
externo, pela precarização das condições de trabalho e dos serviços públicos como educação e saúde em favor do
crescimento da atividade econômica privada.
3 A Nova Relação Estado-Sociedade:
Terceiro Setor
O sentido de uma nova cidadania e democracia participativa tem conduzido à caracterização de um novo perfil
do sujeito social, que se percebe não só como titular de direitos e deveres individuais ou coletivos, mas
principalmente como responsável socialmente pelo mundo em que vive. Ao mesmo tempo, o Estado
contemporâneo tem se revelado insuficiente para atender todas as demandas pós-modernas.
Esse quadro tem piorado com o desmonte do sistema do Bem-estar social pelo neoliberalismo. Assim, cresce
uma nova consciência social em que, ao lado do Estado e do mercado, as ações coletivas assumem um papel
efetivo na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Essa participação ativa da sociedade civil
organizada na implementação e parceria com políticas públicas sociais tem sido chamada de Terceiro Setor.
O que é Terceiro Setor?
Inicialmente, podemos dizer que o Terceiro Setor corresponde à atuação da sociedade civil organizada em
políticas sociais de prestação de serviços públicos não exclusivos do Estado e sem fins lucrativos.
Enquanto o Primeiro Setor corresponde à atuação do Estado no trato das questões sociais e o Segundo Setor diz
respeito às atividades individuais como o mercado, o Terceiro Setor se refere às organizações sociais não
governamentais e sem fins econômicos. Isso quer dizer que os seus objetivos são de outra natureza, como social,
cultural e ambiental. Assim, o Terceiro Setor assume, em parte, a responsabilidade social pela promoção do bem
comum.
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O Terceiro Setor pode ser identificado nas atividades realizadas pela iniciativa privada com vistas à realização do
interesse público por meio de associações e fundações. Segundo o Código Civil brasileiro essas organizações
sociais se enquadram na categoria de Pessoas Jurídicas de Direito Privado (art. 44 do CC), por isso não se
confunde com a Administração Pública Direta ou Indireta, embora possam receber fomento estatal.
Cabe ressaltar que, diferentemente das associações que podem especificar outros objetivos em seus atos
constitutivos, as fundações só podem ser constituídas para realização do bem comum, conforme determina o
Parágrafo Único do art. 62 do Código Civil.
Segundo o professor José dos Santos Carvalho Filho, em sua obra .Manual de Direito Administrativo
Administração Pública Direta
“,..é o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuida a competência para o
exercício, de forma centralizada das atividades administrativas do Estado. A Administração Pública é ao mesmo
tempo titular e a executora do serviço público”. Podemos citar como exemplos, os próprios organismos
dirigentes, seus ministérios e secretarias.
Administração Pública Indireta
“...é o conjunto de pessoas administrativas que vinculadas à respectiva Administração Direta, têm o objetivo de
desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada.”. Enfim, podemos dizer que são entes com
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personalidade jurídica distinta do Estado, mas criadas por ele para realizar atividades de interesse público.
Exemplos: as Autarquias (lbama/Anatel), Empresas Públicas (Caixa Econômica Federal) e Sociedades de
Economia Mista (Banco do Brasil).
3.1 Classificações das Organizações do Terceiro Setor
É importante ratificar que as organizações sociais que atuam no Terceiro Setor não fazem parte da
Administração Pública Direta ou Indireta. Elas se constituem como Pessoas Jurídicas de Direito Privado, sem fins
econômicos, que desempenham atividade de interesse público.
Até as promulgações das leis 9.637/98 e 9.790/99, o ordenamento jurídico brasileiro não fazia uma classificação
ou regulação específica dessas organizações, apenas se referia às associações e fundações como suas possíveis
formas jurídicas.
Desse modo, ocorreu ampla utilização do termo ONG (Organização Não Governamental sem fins econômicos
 Esse termo passou a ter um caráter sociológico, político eque atuam no interesse público de modo privado).
cultural, mas não propriamente jurídico.
Com o advento da legislação especial, outras terminologias apareceram como forma de classificar e regular essas
iniciativas privadas que atuam neste setor, como:
• Organização Social (OS);
• Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Ainda podemos mencionar algumas titulações que podem ser atribuídas a essas organizações mediante o
preenchimento de requisitos legais específicos, como a de:
• Utilidade Pública Municipal (UPM);
• Utilidade Pública Estadual (UPE);
• Utilidade Pública Federal (UPF);
• Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas).
Vale dizer que o termo instituto ou instituição social também pode ser referência ao Terceiro Setor, mas
normalmente se refere a uma associação ou fundação que trata de atividade de ensino e pesquisa.
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A Regulamentação Legal do Terceiro Setor: Lei n. 9.637/98, Lei n. 9.790/99 e Lei n. 12.101/09.
Atualmente, as atividades relacionadas ao Terceiro Setor tem sido reguladas com legislações específicas.
Podemos destacar, entre elas, a , conhecidas como LeisLei n. 9.637/98, a Lei n. 9.790/99 e a Lei n.12.101/09
do Terceiro Setor, elas são frutos dos debates públicos entre o governo e a sociedade civil organizada. Essas leis
consagraram a importância das ONGs na configuração da sociedade contemporânea.
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A partir destas leis, as ONGs assumem o caráter de OS ou Oscips. Assim, essas entidades privadas que atuam em
áreas típicas do setor público, mas não exclusivas do Estado, podem receber financiamento público ou privado
para a realização de seus objetivos institucionais relacionados ao bem comum.
No Brasil a ampla difusão de ONGs, bem como a falta ou insuficiente regulamentação e fiscalização delas,
provocaram certos desvirtuamentos de seus objetivos sociais, justificando severas críticas da própria sociedade
civil. Na década de 1990, ocorreram muitos escândalos sobre desvios de verbas públicas e privadas envolvendo
essas organizações.
Atualmente, esse quadro perverso tem sido amenizado com a regulamentação e fiscalização, como visto acima
nas referidas Leis n. 9.637/9, n. 9.790/99 e n. 12.101/09, que criaram formas procedimentais e fiscalizatórias de
atuação dessas entidades.
Em especial, a Lei n. 12.101/09, que trata da Filantropia no Brasil, prevê um controle mais rígido sobre as
entidades certificadas por parte dos Ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, que poderão exigir documentos, além de exercerem auditorias e diligências sobre as entidades
certificadas.
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A fiscalização também poderá ser feita por outros órgãos da Administração Pública que poderão representar as
entidades suspeitas de desvios de finalidade ao Ministério de Estado correspondente à sua atividade.
Por exemplo, os órgãos gestores municipais e estaduais do SUS(Sistema Único de Saúde) e do Suas (Sistema
Único de Assistência Social), os gestores da Educação municipal, distrital e estadual, a Secretaria da Receita
Federal do Brasil, os Conselhos de Assistência Social e de Saúde e o Tribunal de Contas da União.
3.2 Mérito do Terceiro Setor
Enfim, o Terceiro Setor tem o mérito de se constituir como mais uma forma de ação coletiva da sociedade civil
organizada a favor da construção de um mundo mais justo e solidário. A partir da parceria com o Poder Público
ou com o mercado privado, as organizações não governamentais assumem importante papel na defesa e
promoção de direitos individuais, coletivos e difusos.
Embora as práticas ilícitas possam permanecer ocorrendo, isso não invalida a importância do Terceiro Setor
para a construção da sociedade verdadeiramente democrática. Tanto o Poder Público quanto a população têm
estado mais atento aos possíveis desvirtuamentos e parecem acreditar na validade e necessidade do Terceiro
Setor como forma de compartilhar a responsabilidade social na pós-modernidade.
Assim, em consonância com os princípios constitucionais da República Federativa do Brasil e com os Direitos
Humanos, o Terceiro Setor contribui para a promoção de uma cidadania mais participativa.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu a dinâmica da relação Estado e Sociedade em seus modelos políticos e sociais modernos e 
pós-modernos;
• Observou a caracterização do Terceiro Setor como expressão da nova sociedade civil organizada;
• Verificou a importância do Terceiro Setor como exercício de cidadania ativa;
• Identificou aspectos jurídicos de regulamentação do Terceiro Setor no Brasil.
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	Olá!
	
	1 Transição Moderna
	2 Teorias Clássicas da Política Moderna
	2.1 Variações e Apropriações Práticas das Teorias Políticas Modernas
	3 A Nova Relação Estado-Sociedade:
	3.1 Classificações das Organizações do Terceiro Setor
	3.2 Mérito do Terceiro Setor
	CONCLUSÃO

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