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AULA 8 - OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS - POR UMA NOVA CIDADANIA

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- -1
SEMINÁRIO EM SERVIÇO SOCIAL
OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS: POR UMA 
NOVA CIDADANIA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Compreender a abordagem culturalista sobre os Novos Movimentos Sociais;
2. Entender construção do conceito moderno de Cidadania para as Ciências Sociais;
3. Identificar o desenvolvimento do conceito pós-moderno de cidadania e seus novos direitos;
4. Perceber a relação dos direitos difusos e a solidariedade transgeracional com os Novos Movimentos Sociais;
5. Observar a importância das novas tecnologias da informação para a dinâmica dos Novos Movimentos Sociais.
1 Os Novos Movimentos Sociais e a Abordagem 
Culturalista-Weberiana
Já sabemos que os movimentos sociais revelam a capacidade da ação coletiva da sociedade civil na defesa de
seus interesses e na construção do meio social. Precisamos agora, a partir da abordagem culturalista,
compreender como os novos movimentos sociais surgem para contemplar as novas demandas por cidadania.
Segundo a abordagem histórico-estruturalista ou marxista, os movimentos sociais constituem respostas da
sociedade civil às contradições de uma estrutura social opressora dividida em classes. Por isso, são chamados de
ações coletivas de classe. Tais movimentos eclodem dentro do contexto da sociedade industrial e suas demandas
de cidadania moderna. Aparecem como formas legítimas de luta, nas quais o movimento operário constitui o seu
melhor emblema.
Por sua vez, de acordo com a abordagem culturalista, de fundamentação weberiana, os Novos Movimentos
Sociais transcendem à clássica dicotomia da luta de classes. Eles não estão reduzidos à lógica marxista em que a
consciência de classe se sobrepõe à consciência do indivíduo, como ocorre na definição dos movimentos sociais
clássicos. Os Novos Movimentos Sociais se desenvolvem a partir das subjetividades dos indivíduos em suas
visões de mundo. Por isso, eles são identificados como forma de .ação coletiva dos indivíduos
Exemplo
É o caso, por exemplo, dos movimentos ambientalistas em que não se está lutando contra uma classe dominante
nem seus participantes pertencem a uma classe dominada. A questão ambiental é de interesse difuso, pois atinge
a todos indeterminadamente e a mobilização social depende da identificação subjetiva de cada sujeito com a
causa.
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Enfim, enquanto para a teoria marxista o conflito é o fundamento de todo movimento social, para a teoria
culturalista a presença de conflito não é suficiente. É preciso a proposição de um sentido de vida social dos
sujeitos envolvidos, que seja capaz de motivá-los reciprocamente à ação. É a partir de sua identificação com um
sentido subjetivo que o sujeito se engaja em uma ação social coletiva. Enfim, o movimento social é compreendido
como a ação social coletiva recíproca e subjetivamente significada pelos membros do movimento.
2 O Conceito Moderno de Cidadania para as Ciências Sociais
O estudo da abordagem histórico-estruturalista sobre os movimentos sociais revelou sua íntima relação com o
desenvolvimento da sociedade industrial capitalista. As diversas formas de opressão, presentes na estrutura
social, justificaram a luta dos movimentos operários pela transformação do status quo de desigualdade. Neste
sentido, os movimentos sociais clássicos representaram a própria evolução do conceito moderno de cidadania.
Avance para a próxima tela e veja mais detalhes sobre o assunto.
Cidadania Moderna: Uma Breve Reconstrução Histórica e Teórica.
Segundo T. H. Marshall, em sua obra Cidadania, classe social e status, a cidadania moderna pode ser definida
como um padrão geral de igualdade social, em que direitos e deveres são constituídos para todos os membros de
uma sociedade. Ao contrário da concepção grega que admitia uma segregação formal entre cidadãos e não
cidadãos, o conceito moderno é amplamente inclusivo.
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Para termos uma ideia, na Grécia antiga o status de cidadão somente era atribuído ao indivíduo de gênero
masculino, grego, livre e adulto. Assim, mulheres, crianças, escravos e estrangeiros eram excluídos dessa
condição. Porém, de acordo com o conceito moderno, todos são considerados cidadãos.
Marshall considerou o processo de evolução da cidadania na Inglaterra como parâmetro de seus estudos. Ele
observou que o conceito moderno está baseado em um tripé de direitos civis, políticos e sociais. Vejamos como
se deu essa evolução da cidadania inglesa.
Tripé de Direitos da Cidadania Moderna: o caso inglês
Século XVIII – Direitos Civis: 
são direitos individuais, como a igualdade/liberdade formais, a vida e a propriedade.
Século XIX – Direitos Políticos: 
são direitos relacionados aos tipos de democracia representativa e participativa, como os direitos de votar, ser
votado e participar das decisões políticas.
Século XX – Direitos Sociais:
são direitos de caráter substancial, que tem como objetivo promover a igualdade material ou compensar a
desigualdade de fato. Podemos citar como exemplos a isonomia constitucional (igualdade e liberdade material),
os direitos trabalhistas, os direitos à educação, à saúde, à moradia etc.
Cidadania e Capitalismo: Padrão de Igualdade Versus Padrão de Desigualdade
A transição do Antigo Regime para a democracia moderna esteve relacionada ao fortalecimento da burguesia
liberal como a nova classe dominante e o proletariado como a classe dominada. Por isso, em um primeiro
momento, a evolução da cidadania esteve restrita aos valores liberais burgueses: “Laissez-faire! Laissez-passer!”
(Deixe fazer! Deixe passar!). A democracia burguesa constituiu um Estado liberal em que as dimensões civis e
políticas caracterizavam uma .cidadania liberal burguesa
- -5
Clique no link e saiba mais sobre o assunto: http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t08.
pdf
Nesse sentido, os Direitos Trabalhistas visam limitar a exploração da força-trabalho pelo capital no sistema
produtivo ou de serviço, como por exemplo: o salário mínimo, a jornada de trabalho diária, as férias, a folga
semanal remunerada etc. Por sua vez, os Direitos Sociais típicos visam compensar a desigualdade material de
quem não dispõe de recursos econômicos suficientes, como por exemplo: o direito à educação, à saúde, à
assistência jurídica e à moradia.
Leitura
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
"Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.”
Enfim, podemos concluir que o desenvolvimento moderno da cidadania foi bastante turbulento e
contraditório. Nesse sentido, as lutas dos movimentos operários foram fundamentais para os avanços e
conquistas de uma cidadania plena (civil, política e social) na sociedade moderna.
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t08.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t08.pdf
- -6
3 Cidadania Pós-Moderna e os Novos Movimentos Sociais
O final do século XX nos apresentou uma nova dinâmica das relações sociais, na qual as novas tecnologias da
informação e o processo de globalização aparecem como seus principais emblemas. O projeto moderno de
construção do Estado e cidadania nacional vem sendo superado pela realidade de interdependência político-
econômica e pela emergência de uma espécie de cidadania supranacional.
A relação moderna entre os governos e os governados passa por uma reorganização e dá origem ao
desenvolvimento de um conceito pós-moderno de cidadania, em que novas perspectivas e práticas inspiram os
Novos Movimentos Sociais.
Nesse sentido, sem renegar suas conquistas anteriores, a cidadania pós-moderna apresenta novas demandas e
formas de ação da sociedade civil organizada. Os direitos modernos são equacionados aos novos direitos de
cidadania por meio dos Novos Movimentos Sociais e suas novas estratégias de organização.
Assim, tais movimentos representamformas legítimas de pressão popular sobre as práticas de poder públicas e
privadas nos âmbitos nacional e global.
Direito de ser diferente: de modo geral, a concepção moderna de cidadania proclama a inclusão de todos os
membros de uma sociedade em um mesmo padrão social. Assim, de acordo com a ideia de igualdade geral,
devem ser assegurados às mulheres os mesmos direitos assegurados aos homens; aos negros, os mesmos
direitos assegurados aos brancos etc. Por sua vez, a concepção pós-moderna da cidadania apresenta o Direito à
Diferença. A ideia de inclusão de todos em um padrão único torna-se insuficiente e atentatória diante do
reconhecimento da pluralidade contemporânea. Basta um olhar superficial para observar a complexa
diversidade humana.
“(...) Todo mundo tem que ser especial
Em oportunidades, em direitos, coisa e tal
Seja branco, preto, verde, azul ou lilás
E daí, que diferença faz? (...)”
(Música de Gilberto Gil – Ser diferente é normal)
No Brasil, por exemplo, podemos observar a coexistência entre brancos, negros, indígenas, homens, mulheres,
crianças, idosos, cristãos, candomblecistas, homoafetivos etc. Todas essas categorias sociais possuem
particularidades que precisam ser respeitadas e não simplesmente incluídas em um padrão absoluto.
Exemplo
- -7
O movimento negro, por exemplo, além de defender a igualdade material de direitos comuns de cidadania,
reivindica também o Direito de Ser Negro, com suas crenças, valores e estéticas próprios. O mesmo pode se
aplicar aos movimentos feministas, gays, indígenas etc. É o direito de ser o que é sem perder direitos comuns a
todos ou ser discriminado negativamente por isso. Ao contrário, a discriminação positiva deve ser realizada por
meio de políticas afirmativas e compensatórias peculiares a cada categoria social.
Novos Direitos e Perspectivas da Cidadania Pós-Moderna
Portanto, a cidadania pós-moderna sinaliza para o não serem sufocadas pela maioria,direito de as minorias
sob pena de transformar a democracia em outra forma de opressão. É o caso ainda do movimento “Ser
 difundido pela Internet, em que artistas defendem a diferença contra o preconceito. Assim,Diferente é Normal”
o direito de ser diferente é uma das novas demandas de cidadania que vem caracterizando os Novos Movimentos
Sociais.
Responsabilidade Social Integrativa
Outra característica do conceito moderno é o fato das reivindicações serem direcionadas ao Estado, visto como o
único provedor social. Daí os movimentos sociais clássicos terem defendido a tomada do poder para
implementação de seus projetos políticos e ideológicos.
Para os Novos Movimentos Sociais o Estado não é mais o único alvo, nem a tomada do poder é o objetivo. A
cidadania pós-moderna propõe uma ação participativa e integrativa de toda sociedade comprometida com a
construção de um mundo melhor.
Sem renegar as conquistas modernas, a nova cidadania reclama a responsabilidade social de todos os segmentos
da sociedade, sejam públicos ou privados.
Assim, os Estados, os cidadãos, os grupos econômicos e os organismos não governamentais nacionais e
internacionais etc. - todos - são considerados responsáveis por essa nova perspectiva.
Direitos de Terceira Geração ou Direitos Difusos: a evolução dos direitos de cidadania pode ser classifica
em três gerações:
Primeira
Geração 
correspondeu à promoção das liberdades e garantias individuais, na qual os direitos civis e
políticos foram assegurados a todos. A ênfase foi sobre a liberdade.
Segunda
Geração 
correspondeu à conquista de direitos sociais com vistas à promoção da igualdade material.
a degradação ambiental, a opressão sobre as minorias, a permanência das desigualdades
etc. conduziram à formação de uma nova consciência humana caracterizada pelos
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Terceira
Geração 
principios da fraternidade e solidariedade social. Assim, a velha dicotomia *público e
privado" é superada em nome do bem comum. São os direitos difusos ou transindividuais,
em que seus titulares e destinatários são indeterminados e indetermináveis, por estarem
difundidos no corpo social do presente e do futuro.
O Movimento Ambiental
Os não pertencem a um indivíduo ou grupo específico, mas sim a todadireitos difusos ou transindividuais
sociedade. É o caso do , previsto no .direito ao ambiente ecologicamente equilibrado artigo 225 da CRFB/88
Esse direito constitucional é assegurado a todos os cidadãos da presente e das , por issofuturas gerações
também está fundamentado na chamada , ou seja, nasolidariedade transgeracional ou intergeracional
solidariedade entre as gerações humanas.
Assim, a questão ambiental é percebida como responsabilidade de todos os segmentos da sociedade. Por isso os
novos movimentos sociais atuam pressionando não apenas as autoridades públicas, mas principalmente os
setores privados. Um bom exemplo é o grupo GreenPeace conhecido mundialmente por suas ações em defesa do
ambiente.
A responsabilidade ambiental não é uma faculdade, mas sim um dever das gerações presente para com as
gerações futuras, que ainda não nasceram, mas que têm direito à vida, à liberdade, à igualdade e ao ambiente
ecologicamente equilibrado. Enfim, as gerações presentes não têm o direito de degradarem ou esgotarem os
recursos naturais.
O art. 225, da CF/88, dispõe que: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
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Podemos observar que as duas primeiras gerações de direitos corresponderam ao desenvolvimento da
cidadania moderna, enquanto a terceira geração de direitos corresponde ao momento atual da Nova Cidadania e
serve de fundamento para os Novos Movimentos Sociais, como os ambientalistas e a antiglobalização neoliberal.
4 Mobilização Virtual
As novas tecnologias de informação também tem contribuído com a caracterização dos novos movimentos
sociais em suas formas de articulação e luta. As redes sociais no ciberespaço tem constituído importantes formas
de organização da sociedade civil e difusão da informação contra-hegemônica.
O caráter horizontal e democrático de produção e reprodução da informação tem sido capaz de difundir
bandeiras de luta e engajar aqueles que compartilham da mesma visão de mundo. Assim, sem dispensar a
mobilização presencial, os Novos Movimentos Sociais encontram na rede mundial de computadores uma
ferramenta eficaz para a construção da Nova Cidadania.
Movimentos Sociais e a Rede Mundial de Computadores
Em janeiro de 1994 o Exército Zapatista de Libertação Nacional publicou na rede mundial de computadores sua 
. Este fato é considerado o marco de um novo espaço público de açãoPrimeira Declaração da Selva Lacondona
coletiva: o ciberespaço.
Em 1999 foi a vez da , em que manifestantes se posicionaram contra o modelo deBatalha de Seattle
globalização econômica neoliberal. O evento ocorreu durante a cúpula da Organização Mundial do Comércio
(OMC) em Seattle, cidade dos Estados Unidos da América. Os protestos foram organizados e difundidos pela
Internet e repercutiram no mundo todo. Foi nessa ocasião que surgiu o (Centro de MídiaIndymedia
Independente), um site destinado à publicação livre e colaborativa de fatos e temas que não seriam tratados pela
mídia comercial.
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Por fim, o ( é outro movimento que conta com a instrumentalização da Internet. OFórum Social Mundial (FSM)
primeiro FSM ocorreu em janeiro de 2001 no Brasil, na cidade de Porto Alegre, RS, e mobilizou mais de 20 mil
participantes e 117 países. O objetivo do movimento não é negar o processo de globalização, mas sim questionar
a hegemonia do viés econômico neoliberal sobre ela. Sob o lema de que , osUm outro mundo é possível
participantes do fórum discutem alternativas ao modelo hegemônico e defendem um viés social para a
globalização.
Tantos outros movimentos utilizaram a Internet como forma de articulação e contestaçãodo status quo.
Avance a tela e conheça mais alguns deles.
O Movimento (OWS)“Ocuppy Wall Street”
O deu origem a uma série de ocupações em 2011 e também se articulou pela rede mundial Ocuppy Wall Street
de computadores.
As ocupações de 2011 tiveram início no centro nevrálgico do capitalismo norte-americano em setembro daquele
ano, quando milhares de pessoas ocuparam o Parque Zuccotti (Liberty Plazza) em Manhattan, próximo a Wall
Street. A partir daí uma série de ocupações foi desencadeada pelos EUA e pelo mundo, inclusive no Brasil (São
Paulo e Rio de Janeiro). A principal crítica do movimento foi contra a política neoliberal do capitalismo
globalizante.
- -11
As ocupações de 2011 confirmaram a importância das novas tecnologias da informação para os Novos
Movimentos Sociais. Por meio delas a sociedade civil encontra novas possibilidades de mobilização e difusão da
informação. Assim, cresce uma nova perspectiva de cidadania em que as demandas sociais transcendem ao
espaço nacional e as cobranças não ficam restritas ao Estado. A responsabilidade social é de todos.
O Movimento Indígnate ou 15 M da Espanha
Os protestos nas praças espanholas em Madri e Barcelona tiveram início no dia 15 de maio de 2011 e teriam
como inspiração o livro Indignez vous, de Stéphane Hessel, daí os nomes Indignate ou 15 M. O movimento foi
- -12
organizado e difundido pela rede mundial de computadores e levou milhares de pessoas às ruas contra o modelo
político e o conservadorismo da mídia. Assim como em Wall Street, as redes sociais desempenharam um papel
importante na difusão e articulação desse movimento.
Primavera Árabe
Atualmente, o chamado mundo árabe vive um período de intensos protestos populares, devido às péssimas
condições de vida impostas à população. A falta de emprego, a repressão política e a concentração da riqueza são
alguns dos problemas históricos da sociedade árabe que sempre foram sufocados pelos regimes autoritários.
Clique no link: http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t24.pdf
Chegamos ao final da nossa aula. Está disponível para você uma síntese da aula de hoje com os principais
assuntos abordados. Clique no link abaixo e confira!
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t25.pdf
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• A aplicação da abordagem culturalista no Brasil;
• os Novos Movimentos Sociais no Brasil e a luta pela cidadania;
• os resgates históricos dos movimentos sociais feminista, negro, indígena etc. no Brasil.
•
•
•
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t24.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t24.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon238/pdf/a08_t25.pdf
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CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu a abordagem culturalista sobre os Novos Movimentos Sociais;
• Entendeu a reconstrução do conceito moderno de Cidadania para as Ciências Sociais;
• Identificou o desenvolvimento do conceito pós-moderno de cidadania e seus novos direitos;
• Percebeu a relação dos direitos difusos e a solidariedade transgeracional com os Novos Movimentos 
Sociais;
• Observou a importância das novas tecnologias da informação para a dinâmica dos Novos Movimentos 
Sociais.
•
•
•
•
•
	Olá!
	1 Os Novos Movimentos Sociais e a Abordagem Culturalista-Weberiana
	2 O Conceito Moderno de Cidadania para as Ciências Sociais
	3 Cidadania Pós-Moderna e os Novos Movimentos Sociais
	4 Mobilização Virtual
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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