Buscar

Principios Constitucionais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Yohanan Ferreira Breves 
Acadêmico de Direito 
 
Princípios Constitucionais Aplicados ao Código de Processo Civil (NCPC/2015) 
 
Conceito: 
Processo é um conjunto de normas e princípios destinados a solução de conflitos por 
meio do poder estatal. Por meio do processo se obtém a solução de conflitos de forma 
imperativa, envolvendo indivíduos e situações jurídicas que gerem, modifiquem ou 
extingam direitos e obrigações. 
O processo civil é responsável por elencar normas e princípios que irão regular 
pretensões de Direito Privado e Público, além de ser aplicado subsidiariamente ao 
direito eleitoral, trabalhista e administrativo. 
 
 
Princípios constitucionais presentes no NCPC de 2015: 
1º - Princípio do Devido Processo Legal (Constituição Federal, art. 5º, inciso LIV) - é 
aquele que afirma que ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal, este é a base de todos os demais princípios, é considerado 
um supraprincípio implícito no Código de Processo Civil. O devido processo legal 
subdivide-se em Substantivo ou Substancial, e Judicial ou Formal. 
Substantivo ou Substancial -> É aquele que zela por adequar-se aos princípios da 
razoabilidade (decisão justa e coerente) e proporcionalidade (justa medida; 
proporcional). 
Judicial ou Formal -> Aquele que segue rigorosamente a Lei. 
 
 
 2° - Princípio da Isonomia/Igualdade (artigo 5º, caput, CF/88) - é aquele que afirma 
que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, 
liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Segundo o Supremo Tribunal Federal 
tais garantias são devidas não só aos estrangeiros residentes no país, mas a todos 
que estejam em território nacional [HC 94.016, rel. min. Celso de Mello, j. 16-9-2008, 
2ª T, DJE de 27-2-2009] = Ext 1.126, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 22-10-2009, P, 
DJE de 11-12-2009. 
Tem-se em consenso na jurisprudência a subdivisão do conceito de igualdade em 
igualdade material e formal (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental - 
ADPF 186 - STF): 
https://www.blogger.com/blog/post/edit/5574106571185662071/3936487291311826514
https://www.blogger.com/blog/post/edit/5574106571185662071/3936487291311826514
Igualdade Material -> É aquela que, por as partes possuírem condições sociais e 
financeiras, por vezes, diferentes, estabelece que se deve tratar os iguais de forma 
igual e os desiguais de forma desigual na medida de sua desigualdade, para que 
assim seja possível a igualdade de condições materiais. 
Igualdade Formal -> Também aplica-se a mesma premissa anterior, mas em âmbito 
processual, por exemplo, a inversão do ônus da prova, trata-se da paridade de armas 
(artigo 7º do CPC/2015 - Isonomia Processual). 
 
 
3º - Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa (artigo 5º, inciso LV, CF/88 e artigo 
9º do Código de Processo Civil/2015) - é aquele princípio que afirma que o juiz não 
proferirá sentença sem antes escutar as partes, com exceção da tutela de 
emergência, trata-se da audiatur et altera pars (ouvir o outro lado). Existe o 
contraditório formal e material: 
Formal -> Citação. 
Material -> O exercício da ampla defesa no processo, direito de fazer alegações e 
produzir provas para indução do magistrado. 
 
 
4º- Princípio do Duplo Grau de Jurisdição (STF - Recurso Ordinário em Habeas 
Corpus - RHC 79785/RJ) - trata-se da possibilidade de as partes submeterem um 
matéria já apreciada e já decidida a um novo julgamento, em um órgão 
hierarquicamente superior, por exemplo, o elencado no artigo 108 da CF/88 sobre as 
competências de TRF - Tribunal Regional Federal. 
 
 
5º - Princípio da Publicidade dos Atos Processuais (artigo 93, inciso IX, CF/88 e artigo 
11 do CPC/2015) - Por meio deste princípio entende-se que a não publicação dos 
atos processuais gera nulidade, salvo quando houver defesa da intimidade ou se for 
de interesse social (art. 5º, IX, CF/88 e artigo 11, Parágrafo Único, CPC/2015). 
 
 
6º - Princípio da Motivação das Decisões (art. 93, incisos IX e X da CF/88 e art. 11 
CPC/2015) - A não fundamentação também é penalizada com nulidade, essa 
exigência aplica-se aos atos com caráter decisório, como sentenças, acórdãos e 
decisões interlocutórias, portanto não se aplica a despachos, deve-se atentar-se para 
aquilo que o código elenca como NÃO FUNDAMENTAÇÃO (artigo 489, §1º, 
CPC/2015). 
 
 
7º - O Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição ou Princípio do Acesso à Justiça ou 
Princípio da Obrigatoriedade da Jurisdição (artigo 5°, XXXV, CF/88 e artigo 3° do 
CPC/2015) - trata-se, basicamente do direito fundamental de que todos tem acesso 
livre à justiça. 
 
 
8° - Princípio do juiz natural (art. 5°, inciso XXXVII, CF/88) - é aquele que estabelece 
que não haverá juízo ou tribunal de exceção, ou seja, o juízo ou o tribunal não podem 
se tornar competentes após a ocorrência do fato, antes do delito o juízo ou tribunal 
competente já devem existir, é a mesma premissa do artigo 1° do Código Penal, que 
define que não há crime sem lei anterior que o defina. 
 
 
9° - Princípio da imparcialidade do juiz (artigo 95, Parágrafo Único, CF/88) - tal artigo 
define que é vedado ao juiz: 
- receber custas ou partição em processo; 
- exercer outro cargo ou função, salvo o magistério; 
- dedicar-se à atividade político-partidária; 
- receber auxílios ou contribuições de pessoa física ou jurídica, salvo as exceções 
previstas em lei; 
- exercer advocacia antes de completar 3 (três) anos de sua saída do tribunal ao qual 
pertencia.

Continue navegando