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Neoplasias

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neoplasias
Stella de Carvalho Guimarães
Medicina Veterinária
2020/2
Referência bibliográfica
Brasileiro Filho et al. Bogliolo - Patologia. 9ª ed., 2016
Kumar V. et al. Robbins - Patologia básica. 9ª ed., Elsevier, 2013
lesões caracterizadas por proliferação celular descontrolada 
e autônoma devido à alterações em genes ou proteínas que 
regulam a multiplicação e a diferenciação das células
aspectos 
gerais
● nome da célula, do tecido ou do órgão reproduzido + sufixos
● neoplasia = tumor (na prática)
● sufixo oma → usado para qualquer neoplasia, tanto maligna quanto 
benigna (ex: lipoma)
● carcinoma → tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento
- se for usado como sufixo indica malignidade (ex: adenocarcinoma)
● sarcoma → neoplasia maligna mesenquimal
- se for usado como sufixo indica tumor maligno de 
determinado tecido (ex: fibrossarcoma)
● blastoma → sinônimo de neoplasia
- se for usado como sufixo indica que o tumor 
reproduz estruturas de caráter embrionário (ex: 
nefroblastoma)
● teratoma → tumores originados de células toti 
ou multipotentes
● outros termos → indicam propriedades da 
lesão (ex: epidermoide indica que epitélio 
neoplásico produz queratina)
● nova entidade nosológica → doenças com 
características próprias nos aspectos morfológico, 
topográfico, faixa etária e biológico (ex: tumor 
glioneuronal formador de roseta do IV ventrículo)
● variantes morfológicas → tumor com características morfológicas com 
relevância clínica mas que faz parte de uma doença com características 
previamente definidas (ex: meduloblastoma com extensa nodularidade)
● padrão de diferenciação → achados clínicos identificáveis sem 
significado clínico (ex: meduloblastoma com diferenciação miogênica)
nomenclaturascaracterísticas
● células neoplásicas sofrem perda de 
diferenciação paralelamente a ↑ proliferação
● alterações nos mecanismos de regulação da 
multiplicação celular → células neoplásicas 
adquirem autonomia de crescimento e são 
independentes de estímulos fisiológicos
● compostas por células neoplásicas (parênquima) 
e estroma conjuntivovascular
● podem ser classificadas pelo comportamento 
clínico, pelo aspecto microscópico e pela 
origem
ETIOLOGIA
● tabagismo → associado aos cânceres de 
pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e 
bexiga
● dieta rica em gorduras → associada ao 
carcinoma colorretal 
● obesidade
● alimentos processados
● alcoolismo → associado aos cânceres de laringe, 
faringe, esôfago e fígado
● infecções (ex: vírus da HPV)
● exposição à carcinógenos ambientais (ex: radiações 
UV, asbestos)
● influência genética pode ser forte e determinante
neoplasias 
benignas
morfologia macroscópica
Fibroadenoma da 
mama.
Fonte: Brasileiro Filho 
et al. Bogliolo - 
Patologia. 9ª ed., 
2016, cap.10, p. 335
CARACTERÍSTICAS
● crescimento expansivo → células crescem unidas entre si e 
não invadem tecidos vizinhos
● células não se disseminam espontaneamente
● ↓ divisão celular → crescimento lento
● não compromete a nutrição do hospedeiro
● provoca compressão de estruturas adjacentes → pode causar 
hipotrofia
● há formação de vasos sanguíneos → ↓ chance de 
necroses e degenerações 
morfologia microscópica
● células são bem diferenciadas e podem ser 
indistinguíveis das normais
● atipias celulares e arquiteturais discretas
● presença de cápsula fibrosa → tumor bem 
delimitado
● tumor nodular → massa expansiva e esférica
● tumor vegetante → massa exofítica poliposa, 
papilomatosa ou em couve-flor
exemplos
Tumor vegetante e 
papilífero do reto.
Fonte: Fonte: Brasileiro 
Filho et al. Bogliolo - 
Patologia. 9ª ed., 2016, 
cap.10, p. 339
Pólipo colônico.
Fonte: Kumar V. et al. Robbins - 
Patologia básica. 9ª ed., Elsevier, 
2013, cap. 5, p. 163
Fibroadenoma da mama (cápsula 
fibrosa à direita)..
Fonte: Kumar V. et al. Robbins - 
Patologia básica. 9ª ed., Elsevier, 
2013, cap. 5, p. 167
● adenomas → tumores benignos epiteliais
● papilomas → tumores benignos epiteliais que crescem em qualquer 
superfície e produzem projeções semelhantes à dedos 
● pólipo → massa que se projeta acima de uma mucosa
● cistadenomas → massas císticas ocas que surgem principalmente no 
ovário
neoplasias 
malignas
morfologia macroscópicaepidemiologia
● uma das principais causas de morte
● cerca de 6 milhões de pessoas morrem anualmente por câncer 
no mundo (OMS)
● influências ambientais → tabagismo, alcoolismo crônico, 
exposição solar excessiva, alto consumo de alimentos 
carcinogênicos (ex: carnes processadas)
● idade → frequência do câncer aumenta conforme a idade
● predisposições hereditárias → síndromes de 
câncer autossômicas dominantes, síndromes 
autossômicas recessivas do reparo do DNA e 
cânceres familiares de herança incerta
características
● crescimento infiltrativo → células são pouco 
aderidas entre si e podem movimentar-se e 
infiltrar-se em tecidos adjacentes 
● ↑ índice mitótico → crescimento rápido
● efeitos sistêmicos graves e até letais
● estroma e vasos sanguíneos crescem 
lentamente → ↑ chance de necroses, 
hemorragias e ulcerações
morfologia 
microscópica
● ausência de cápsula fibrosa → tumor pouco delimitado
● tumor infiltrativo → infiltração maciça da região sem 
formar nódulos ou vegetações e o órgão fica espesso
- estenose → tumor infiltrativo em órgãos ocos
- câncer cirroso → tumor infiltrativo com formação de 
grande quantidade de estroma conjuntivo
● tumor ulcerado → lesão infiltra-se nos tecidos 
adjacentes e sofre ulceração no centro, formando uma 
cratera com bordas endurecidas e irregulares
Adenocarcinoma infiltrativo do cólon, 
do tipo anular e estenosante.
Fonte: Brasileiro Filho et al. Bogliolo - 
Patologia. 9ª ed., 2016, cap.10, p. 339
Adenocarcinoma do estômago, do 
tipo ulcerado.
Fonte: Brasileiro Filho et al. Bogliolo - 
Patologia. 9ª ed., 2016, cap.10, p. 339
● células perdem aspectos morfológicos 
específicos e tornam-se monstruosas
● atipias celulares e arquiteturais
● ↑ relação núcleo/citoplasma
● hipercromasia nuclear → cromatina irregular 
e compacta
● hipercelularidade
● pleomorfismo celular → alteração no volume 
e na forma das células 
Hipercelularidade e 
pleomorfismo celular 
em carcinoma de 
células escamosas.
Fonte: Brasileiro Filho 
et al. Bogliolo - 
Patologia. 9ª ed., 2016, 
cap.10, p. 340
Infiltração das células 
cancerosas em 
carcinoma de células 
escamosas do pulmão.
Fonte: Brasileiro Filho 
et al. Bogliolo - 
Patologia. 9ª ed., 2016, 
cap.10, p. 340
propriedades 
das células 
malignas
● produção de fatores de crescimento pelas células tumorais
● ativação de oncogenes que codificam fatores de 
crescimento ou seus receptores
● mutação com ganho de função de oncogenes que 
codificam moléculas transdutoras do sinal do receptor
● hiperexpressão de genes que acionam o ciclo celular
● quebra cromossômica com inversão que gera 
genes de fusão que codificam proteínas 
ativas, independente do estímulo necessário 
para sua ativação
autonomia de sinais de proliferação
autofagia
evasão dos mecanismos de apoptose
insensibilidade aos inibidores de mitose
imortalidade
evasão da senescência replicativa
● mutação inativadora em genes que codificam moléculas 
reguladoras da via MAPK (proteíno-quinases ativadas por 
mitógenos)
● mutação com perda de função ou deleção de genes 
supressores de tumor que controlam o ciclo celular
● perda de inibição por contato → células malignas continuam 
se replicando mesmo após terem atingido o estado de 
confluência e formam pilhas
● modificação na atividade de fatores de 
crescimento inibidores da divisão celular, 
que se tornam ativadores de proliferação 
celular descontrolada
funções celulares
● células malignas perdem as funções 
específicas do tecido de origem devido à 
perda da diferenciação celular
● tumores podem ter desvios qualitativos e 
quantitativos variados
● exemplo: adenomas ou carcinomas da cortical da 
suprarrenal podem produzir hormônios esteroides
● inibição de genes pró-apoptóticos
● hiperexpressão de genes anti-apoptóticos
●inativação de genes cujos produtos checam lesões no DNA
● células malignas se multiplicam indefinidamente
● aquisição de imortalidade não confere o fenótipo de 
malignidade → células imortalizadas inoculadas em animais 
atímicos não invadem tecidos
● senescência replicativa → ocorre em células 
normais quando perdem a capacidade de 
proliferar devido à erosão dos telômeros, que 
são sintetizados pela telomerase
● telomerase permanece ativa em células 
cancerosas → ↓ apoptose e ↑ mecanismos de 
proliferação celular
propriedades 
das células 
malignas
angiogênese
adaptação metabólica
invasão e disseminação
evasão da resposta imunitária
resposta inflamatória
instabilidade genômica
● defeitos em genes de reparo do DNA
● estresse oxidativo durante a duplicação do DNA → favorece 
quebras no DNA
● facilita alterações na regulação genética e a progressão 
neoplásica
● mutações com perda de função ou silenciamento de genes em 
células malignas → genoma se torna mais suscetível à 
mutações
● neoplasias malignas tornam-se capazes de 
acumular novas mutações → podem alterar 
fenótipo, agressividade e resistência
autofagia
Modelo de heterogeneidade 
molecular das neoplasias. 
Surgimento de subclones 
(balões coloridos) devido à 
instabilidade genômica e 
mutações do clone inicial.
Fonte: Brasileiro Filho et al. 
Bogliolo - Patologia. 9ª ed., 
2016, cap.10, p. 343
● células imunes são recrutadas para o 
estroma → contribuem para a 
carcinogênese pela liberação de 
fatores de crescimento, fatores 
angiogênicos e proteases
● células cancerosas liberam citocinas 
pró-inflamatórias → ativação de 
macrófagos para reparo e regeneração
● importante para suprir a demanda energética da alta 
atividade proliferativa
● ↑ produção de agentes redutores pela via do fosfogliconato
 ⤷ ↑ resistência ao estresse oxidativo 
● ↑ síntese de aminoácidos (ex: serina e glicina)
● incremento na via da produção de pentoses → compõem 
cadeias dos ácidos nucleicos
● células transformadas + células do estroma + 
células do sistema imune → microambiente 
supressor da resposta imune citotóxica
● favorecimento da progressão da neoplasia
● efeito antitumorigênico
● falta de nutrientes ou agressão por 
quimioterápicos ou radiação → células 
cancerosas ativam a autofagia e geram células 
quiescentes
● garante o suprimento sanguíneo das células 
cancerosas
● liberação de fatores angiogênicos → induzem a 
proliferação do endotélio de capilares vizinhos, 
que migram e se diferenciam em novos capilares
● mantida por inibição de fatores antiangiogênicos
● constituem as metástases
● inativação de genes que 
estimulam inibidores de MMP
● alterações nos mecanismos 
de adesão entre as células 
cancerosas e com a MEC
metástase
1) destacamento das células tumorais
● mudanças na expressão de moléculas de adesão → ↓ caderina 
E, expressão de caderinas N e R, ↓ integrinas de junções entre 
as células ↑ integrinas de ancoragem das células à MEC
● tumores epiteliais → destacamento de células individuais 
através da transição epiteliomesenquimal (TEM)
- células epiteliais adquirem propriedades de 
células mesenquimais → ativação dos fatores de 
transcrição β-catenina e SNAIL
2) deslocamento das células destacadas
● movimento ameboide → lançamento de 
pseudópodes mediado por agentes 
quimiotáticos
- origem dos agentes quimiotáticos
⤷ célula cancerosa, degradação dos 
componentes da MEC e estroma
etapas de formação
formação de novo tumor 
descontínuo com o inicial
3) invasão vascular e sobrevivência na circulação
● células tumorais deslocam-se para o lúmen dos vasos por 
quimiotaxia → quimiocinas CCL19 e CCL21 produzidas pelo 
endotélio ligam-se aos receptores CCR7 das células tumorais
● macrófagos associados ao tumor → produzem MMP e fatores de 
crescimento, auxiliando na entrada das células malignas nos 
vasos
● sobrevivência das células tumorais na circulação → ativação da 
coagulação sanguínea forma uma capa de fibrina sobre as células
4) extravasamento vascular e proliferação 
celular
● saída dos vasos depende de fatores 
quimiotáticos produzidos pelo órgão de 
destino
● sucesso da célula implantada depende 
da produção de receptores para os 
fatores existentes na MEC do órgão alvo
● macrófagos tumorais e precursores 
endoteliais contribuem para a 
proliferação das células e a angiogênese
expansão clonal, crescimento, 
diversificação, angiogênese
subclone metastático
adesão e invasão da membrana basal
passagem através da MEC
intravasamento
interação com células 
linfoides hospedeiras
êmbolo de célula tumoral
adesão à membrana basal
extravasamento
depósito metastático
angiogênese
crescimento
Cascata metastática.
Fonte: Kumar V. et al. 
Robbins - Patologia básica. 
9ª ed., Elsevier, 2013, cap. 5, 
p. 193
metástase
nicho pré- metastático
formação de novo tumor 
descontínuo com o inicial
● nódulos múltiplos
● bem delimitados
aspectos clínicos
morfologia microscópica
morfologia macroscópica
A: metástases pulmonares; B: metástases ósseas.
Fonte: Brasileiro Filho et al. Bogliolo - Patologia. 9ª ed., 2016, cap.10, p. 352
● frequentemente as células metastáticas são menos 
diferenciadas e mais atípicas → nem sempre é possível 
identificar o tumor de origem
● podem ter as mesmas características das células do tumor 
primário
Metástase pulmonar de melanoma 
maligno.
Fonte: Departamento de Anatomia 
Patológica, FCM, UNICAMP
Metástase pulmonar de adenocarcinoma 
do cólon.
Fonte: Departamento de Anatomia 
Patológica, FCM, UNICAMP
● tamanhos variados
● presentes na superfície 
ou no interior do órgão
● interações entre as metástases e o tumor 
primitivo → fatores de crescimento, citocinas e 
quimiocinas
● padrões de manifestação
- tumor primitivo é identificado e removido, 
sem a identificação de metástases
- tumor primitivo é diagnosticado e existem metástases
- identificação de metástases, sem a identificação do tumor primitivo
- tumor primitivo é identificado e removido e as metástases aparecem meses 
ou anos depois
- tumor primitivo é identificado já com metástases, que regridem após a 
remoção
- micrometástases → detectadas ao microscópio por método morfológico ou 
imunohistoquímico
● tumor primitivo induz alterações que preparam os órgãos para 
receber a metástase → formação do nicho pré-metastático
● define a localização da metástase
● formação do nicho é induzida por fatores de crescimento e 
citocinas produzidos pelo tumor
● mobilização de precursores mieloides → produção de TNF-Ⲁ 
e TGF-β, que estimulam os fibroblastos a atuar na formação 
das metástases
● influência de genes promotores ou supressores de 
metástases
carcinogênese
etapas
carcinogênese viral
1) iniciação → agente carcinogênico induz 
alterações genéticas permanentes nas células
2) promoção → célula é estimulada a proliferar, 
amplificando o clone transformado
3) progressão → clone transformado prolifera, há 
crescimento do tumor e surgimento de células 
com potencial metastatizante
carcinogênese química
1) vírus de RNA
● possuem oncogenes virais 
● ativam proto-oncogenes
● codificam proteínas truncadas
● induzem transativação de oncogenes
● exemplo: vírus da hepatite C (associado ao 
carcinoma hepatocelular)
2) vírus de DNA
● expressão de genes precoces e integração do 
DNA viral → responsáveis pela transformação 
celular
● exemplos: vírus do papiloma humano (HPV), vírus 
8 do herpes humano (associado ao sarcoma de 
Kaposi)
● carcinógenos químicos atuam sobre o DNA causando 
mutações
● hidrocarbonetos policíclicos aromáticos → liberados na 
combustão incompleta de compostos que contêm carbono 
(ex: carvão mineral, tabaco)
● aminas aromáticas → derivados da anilina
● azocompostos → derivados de azobenzeno
● alquilantes → ciclofosfamida, clorambucila e bussulfan
● nitrosaminas → formadas no organismo a partir de 
nitritos, aminas ou amidas ingeridas
● aflatoxinas → produzidas pelo fungo Aspergillus 
flavus
genes
carcinogênese por radiação
● radiação UV → relacionada à cânceresde 
pele devido à exposição solar prolongada
● radiação ionizante → relacionada à cânceres na 
tireoide, cutâneos, osteossarcomas, leucemias
● proto-oncogenes → genes celulares normais
● oncogenes → versões mutadas ou superexpressas de proto-oncogenes 
que induzem um fenótipo transformado quando expressos
● genes supressores de tumor → impedem o crescimento descontrolado, 
mas, quando mutados, permitem o desenvolvimento do fenótipo 
transformado
- genes governantes → controlam a proliferação celular
- genes guardiões → responsáveis pelo sensoriamento do dano genômico
efeitos das 
neoplasias
}
efeitos sistêmicosefeitos locais
● dependem da sede e das dimensões do tumor
● dentro de estruturas tubulares → obstruções (ex: tumores 
nas vias biliares bloqueiam o fluxo da bile, causando 
icterícia)
● compressão e deslocamento de órgãos ou estruturas (ex: 
crescimento de tumores intracranianos comprime o tecido 
nervoso)
● ulcerações
● hemorragias
● infecções secundárias
1) produção de hormônios
● tumores benignos ou malignos em glândulas endócrinas → ↑ 
ou ↓ produção de hormônios, compressão do parênquima 
glandular, síndromes de hiperfunção (ex: adenomas das 
células β pancreáticas levam à hipoglicemia grave)
2) caquexia
● consunção progressiva, fraqueza generalizada, 
anemia e emagrecimento acentuado (ex: tumores no 
trato digestivo causam obstruções, hemorragias, 
anorexia e vômitos)
3) síndromes paraneoplásicas
● manifestações endócrinas:
- síndrome de Cushing → ↑ estimulação da 
suprarrenal devido à produção de ACTH pelas 
células tumorais
- hipercalcemia → produção de substâncias 
químicas com ação semelhante à do 
paratormônio (ex: carcinoma de células 
escamosas do pulmão)
● manifestações hematológicas:
- produção de eritropoetina pelos tumores → causa eritrocitose (ex: 
hepatocarcinoma)
- anemia
- produção de fatores pró-coagulantes pelas células neoplásicas
⤷ hipercoagulabilidade e formação de trombos
● manifestações neuromusculares:
- degeneração cerebelar, demência e neuropatia periférica
principalmente por 
tumores no trato 
digestivo ou na pele
aspectos imunológicos:
● antígenos tumorais → antígenos normais 
das células de origem ou expressos na 
vida embrionária, antígenos próprios do 
tumor, antígenos de vírus relacionados 
com o tumor ou antígenos expressos em 
células germinativas
● mecanismos imunitários → resposta 
inata e resposta adaptativa, sendo que a 
celular é mais eficiente para remover 
tumores sólidos
● linfócitos T citotóxicos → mais eficientes, 
visto que causam a lise da membrana das 
células neoplásicas

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