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PSICOLOGIA DO ESPORTE

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1
PSICOLOGIA DO ESPORTE 
DAVI CORREIA DA SILVA 
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
PSICOLOGIA 
DO ESPORTE
DAVI CORREIA DA SILVA 
1
Davi Correia da Silva
Doutorando em Ciências do Exercício e do Esporte (PPGCEE), Mestre em Educação Física 
pela Universidade Federal de Viçosa (2017), Especialista em Futebol pela Universidade Fe-
deral de Viçosa (2014) e Graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Alago-
as (2012). É bolsista pela Fundação Carlos Chagas Filho de amparo a pesquisa do Estado do 
Rio de Janeiro e membro do laboratório de Estudos em Futebol (LABESFUT). Além disso, 
é professor assistente dos cursos de Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) do Cen-
tro Universitário Governador Ozanam Coelho. Desenvolve trabalhos científicos na área da 
Tática, Jogos Reduzidos e Condicionados, Formação de Talentos e Psicologia do Esporte, 
sendo em sua maioria aplicadas ao contexto do Futebol.
2
PSICOLOGIA 
DO ESPORTE
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral: Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
 Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado Salles
 Rubens Henrique L. de Oliveira
 Design: Aline de Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita 
do Editor
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
4
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
 UNIDADE 2
 UNIDADE 3
1.1 Breve Histórico ...............................................................................................................................................................................8
1.2 Áreas de atuação .........................................................................................................................................................................8
1.3 Regulação Psicológica da Ação Esportiva .................................................................................................................11
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................13
2.1 Tipos de Comunicação ..........................................................................................................................................................17
2.2 Comunicação efetiva .............................................................................................................................................................19 
2.3 Formas de liderança ..............................................................................................................................................................20
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................22
3.1 Percepção ......................................................................................................................................................................................27
3.2 Atenção e concentração .....................................................................................................................................................27
3.3 Memória .........................................................................................................................................................................................30
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................31
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO ESPORTE
PROCESSOS SOCIAIS
UNIDADE 4
4.1 Conhecimento procesual e declarativo ....................................................................................................................35
4.2 Inteligência e criatividade .................................................................................................................................................36
4.3 Tomada de decisão ................................................................................................................................................................37
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................39
PROCESSOS COGNITIVOS 
PROCESSOS COGNITIVOS II
UNIDADE 5
UNIDADE 6
5.1 Motivação em diferentes contextos de prática ....................................................................................................43
5.2 Emoções ........................................................................................................................................................................................44
5.3 Flow-Feeling e Winning-Feelin ......................................................................................................................................45
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................47
MOTIVAÇÕES E EMOÇÕES NO EXERCÍCIO E NO ESPORTE 
6.1 Concepção psicológica do estresse ..............................................................................................................................51
6.2 Agressividade no contexto escolar e competitivo ............................................................................................52
6.3 Prevenção e controle do estresse e da agressão ...............................................................................................53FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................56
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................................................60
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................................61
ESTRESSE E AGRESSÃO
6
UNIDADE 1
Nesta unidade será apresentado um breve histórico da psicologia do esporte e suas 
áreas de atuação. Além disso, será apresentado como a psicologia do esporte trata a 
ação esportiva com base na teoria cognitiva.
UNIDADE 2
Nesta unidade serão tratados os processos sociais relacionados à comunicação e 
como ela pode ser efetiva. Além disso, serão tratados os processos sociais relacionados 
à liderança.
UNIDADE 3
Nesta unidade serão abordados os processos cognitivos relacionados à percepção, 
atenção, concentração e memória, e como esses processos são determinantes para 
o rendimento esportivo.
UNIDADE 4
Nesta unidade serão abordados os processos cognitivos relacionados ao 
conhecimento processual e declarativo, inteligência, criatividade e tomada de 
decisão, e como esses processos são determinantes para o rendimento esportivo.
UNIDADE 5
Nesta unidade serão abordados aspectos relacionados às motivações que envolvem 
a prática de exercícios físicos e a prática esportiva. Além disso, serão abordadas as 
possíveis emoções no contexto esportivo.
UNIDADE 6
Nesta unidade serão abordados os fatores estressantes no exercício e no esporte e 
como esses fatores podem levar a síndromes de Overtraining e Burnout. Além disso, 
abordará aspectos relacionados ao comportamento humano de agressão.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA 
DO ESPORTE 
UNIDADE
01
8
1.1 BREVE HISTÓRICO
A psicologia do esporte e do exercício representa uma das disciplinas da ciência do esporte 
e constitui um campo da psicologia aplicada. A psicologia do esporte dedica-se ao estudo 
dos comportamentos no contexto esportivo e dos exercícios físicos, além da aplicação desses 
conhecimentos (SAMULSKI, 2009).
FIQUE ATENTO
1.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 Os primeiros laboratórios e institutos de psicologia do esporte surgem na década 
de 1920 em diferentes países como a União Soviética, Japão, Estados Unidos e Alemanha. 
Apesar disso, na área da Educação Física e, particularmente no Brasil, a psicologia do 
esporte é uma área relativamente nova. Isso ocorre pela formação histórica dos profissionais 
de educação física em áreas das Ciências Biológicas e da Saúde. Na década de 1970, a 
psicologia do esporte se desenvolve na América Latina e, especificamente em 1979, foi 
fundada a Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte, da Atividade Física e da Recreação 
- SOBRAPE (SAMULSKI, 2009).
 A psicologia do esporte deriva de sua “ciência-mãe”, a psicologia. No entanto, a 
psicologia do esporte já é considerada uma área científica independente, isto é, com seus 
próprios métodos, teorias e programas de treinamento. Portanto, antes de tratarmos com 
mais detalhes da psicologia do esporte, é necessário compreender a sua definição: 
 Diversas são as áreas de atuação de um psicólogo do esporte. Entre elas estão o 
ensino e a pesquisa. Em relação ao ensino, os professores de educação física e treinadores 
de diferentes modalidades esportivas vivenciam situações que necessitam transmitir 
determinado conhecimento em eventos como cursos e palestras. Basicamente, esses 
eventos de natureza de ensino têm a finalidade de formar profissionais para atuar com 
diferentes princípios e métodos psicológicos.
Figura 1: Representação de uma atividade ensino.
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3eKstYs. 
 Acesso em: 17 mai. 2021
 https://bit.ly/3eKstYs
9
 Em relação à pesquisa, diversos professores têm se dedicado ao avanço no 
conhecimento acerca de diferentes áreas relacionadas à psicologia do esporte. Um exemplo 
disso foi a construção da “Escala de robustez mental para o esporte juvenil (RME-J)” 
desenvolvida durante o mestrado de Sermarini (2019). A validação dessa escala permitiu 
a avaliação da Robustez Mental em jovens esportistas brasileiros. Até o momento, não 
havia um instrumento que permitisse tal avaliação no contexto brasileiro. Por essa e outras 
razões, as pesquisas científicas são importantes e necessárias para desenvolvimento de 
uma área como a psicologia do esporte.
Figura 2: Representação de atividades de pesquisa
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3uM1VLF. 
Acesso em: 17 mai. 2021.
 Além do ensino e da pesquisa, existe o campo de atuação da psicologia que permite 
a intervenção psicológica no esporte, seja esse esporte no contexto de formação, escolar e/
ou de alto rendimento. De acordo com Samulski (2009), o acompanhamento psicológico 
(coaching) tem o objetivo de potencializar o rendimento de indivíduos e equipes nas 
competições.
Em uma equipe de futebol, os jogadores naturalmente podem ter objetivos diferentes em 
uma determinada competição. Talvez um atleta com idade mais avançada queira o título 
para encerrar sua carreira e se aposentar após uma conquista. Por outro lado, um jovem atle-
ta pode ter o objetivo de se apresentar bem, em termos de rendimento, para ser vendido em 
uma próxima janela de transferência. E assim por diante... A meta do psicólogo do esporte é 
influenciar positivamente esses indivíduos como grupo social e as metas específicas do rendi-
mento devem orientar e direcionar a regulação psicológica na competição.
VAMOS PENSAR?
https://bit.ly/3uM1VLF
10
Figura 3: Representação das intervenções do psicólogo do esporte
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3faRlHE. 
Acesso em: 17 mai. 2021.
 Adicionalmente, outro campo de intervenção emerge através do conceito de mental 
coaching. De acordo com Nitsch (1999), o objetivo do mental coaching é desenvolver as 
habilidades de autorregulação e autoadministração de treinadores, atletas, dirigentes, 
árbitros etc. Esse desenvolvimento ocorre por meio de assessoria psicológica profissional e 
contempla: 
i. o diagnóstico da personalidade e o contexto esportivo; 
ii. treinamento psicológico para estimular o desenvolvimento da competência 
psicossocial; 
iii. suporte social e psicológico e; 
iv. intervenções psicológicas em situações de crises emocionais.
 Nessas áreas de atuação, os psicólogos do esporte geralmente se baseiam em 
teorias para nortear seus estudos e intervenções. Essas teorias por vezes são contraditórias. 
Por isso, é importante que o psicólogo do esporte saiba qual área pode explorar. Por 
exemplo, no construto de Robustez mental, existem teorias que a definem como um fator 
multidimensional enquanto em outra perspectiva essa variável é definida como um fator 
unidimensional. Outro exemplo está nas teorias: cognitivista e ecológica. Basicamente, a 
teoria ecológica sugere que a ação do esportista emerge de maneira mais significativa das 
condições do ambiente, enquanto a teoria cognitivista sugere que o conhecimento e a 
experiência do esportista irão influenciar mais na realização de suas ações. 
• A dissertação de mestrado, “Treino tático no futebol: efeito das modifica-
ções de jogos reduzidos”, escrita por Baldi (2014) disponibilizada no link a 
seguir aborda as principais diferenças entre as teorias cognitivista e ecoló-
gica, e como elas se relacionam com as ações dos atletas. 
 Disponível em https://bit.ly/3u1QrCA. Acesso em: 17 mai. 2021.
• A obra “Manual de Psicologia Cognitiva, 7th Edition” dos autores Eysenck 
e Keane (2017) elucida os aspectos relacionados a teoria cognitivista e está 
disponível em: https://bit.ly/3u1jtT4. Acesso em: 17 mai. 2021. 
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3faRlHE
https://bit.ly/3u1QrCA
https://bit.ly/3u1jtT4
11
1.3 REGULAÇÃO PSICOLÓGICA DA AÇÃO ESPORTIVA
 A ação esportiva é considerada um processo complexoe de interação, intencional, 
dirigido e regulado psicologicamente para atingir uma determinada meta. De acordo com 
Nitsch (1985) a ação esportiva emerge da interação entre fatores objetivos e subjetivos da 
pessoa, do meio ambiente e da tarefa. 
Figura 4: Tríade de acordo com a teoria da ação proposta por Nitsch (1985)
Fonte: Samulski (2009, p. 22)
 Desse modo, os fatores relacionados a pessoa referem-se às características individuais 
de cada indivíduo, as quais podem ser físicas (ex.: altura e peso) e psicológicas (ex.: motivações 
e emoções). Os fatores físicos citados anteriormente podem ser enquadrados como 
condições objetivas e as motivações podem ser entendidas como condições subjetivas. 
Por exemplo, os níveis de experiência na modalidade também são condições subjetivas, 
mas que influenciam as ações dos atletas, pois jogadores de futebol considerados peritos 
tendem a explorar melhor suas possibilidades de ação, além de tomar decisões mais 
rápidas e mais precisas, para se adaptarem aos diferentes contextos e produzirem soluções 
eficientes (BAKER et al., 2003) (ARAÚJO, 2009). 
 Por sua vez, os fatores do meio ambiente também estão relacionados aos fatores físicos 
e sociais (SILVA, 2017). Por exemplo, em termos físicos (condições objetivas), a temperatura 
e a altitude podem influenciar o rendimento esportivo devido à interação do indivíduo 
com o ambiente (PASSOS; BATALAU; GONÇALVES, 2006). Ao mesmo tempo, o rendimento 
esportivo pode ser influenciado pelas expectativas sociais (condições subjetivas), como 
a oportunidade de disputar uma olimpíada fora do seu país e os possíveis incentivos de 
treinadores, família e amigos (ARAÚJO, 2005). 
 Por fim, os fatores relacionados à tarefa também possuem características objetivas 
e subjetivas que influenciam a ação esportiva. Em relação às características objetivas 
incluem, por exemplo, as regras do esporte específico, a área de jogo e suas delimitações e 
os utensílios utilizados durante a atividade (ARAÚJO, 2009). Por sua vez, as características 
subjetivas englobam, por exemplo, as dificuldades de cada pessoa para lidar com a tarefa.
 De acordo com Nitsch (1985), as ações possuem três funções básicas:
• Função de exploração: por meio de ações se explora, experimenta e reconstrói a 
realidade; isso significa que o indivíduo é capaz de aprender e se desenvolver por meio 
de vivências e experiências nas modalidades esportivas em questão. 
• Função construtiva: por meio de ações se cria e transforma a realidade e soluciona 
tarefas e problemas específicos; essas ações permitem que os atletas possam coordenar 
suas ações coletivas e tomar decisões como uma equipe, no intuito de solucionar os 
problemas advindos das partidas. 
12
• Função de apresentação: a ação é a auto apresentação da pessoa e seu reflexo interno 
de valores, normas e regras sociais. Em esportes que necessitam de uma boa expressão 
corporal como na dança e as ginásticas, essa função é dominante.
• Robustez Mental: De acordo com Clough, Earle e Sewell (2002), a robustez mental está 
relacionada com os quatro Cs: control, commitment, challenge e confidence. Na tradu-
ção para o português, os quatro Cs podem ser entendidos como: (1) controle (tendência de 
sentir e agir com domínio e ter controle emocional); (2) comprometimento (envolvimento 
com metas independentes das dificuldades); (3) desafio (tendência de enxergar potenciais 
ameaças como oportunidades de desenvolvimento) e; (4) confiança (acreditar nas pró-
prias habilidades e nas relações interpessoais apesar de possíveis contratempos).
• Teoria Ecológica: A perspectiva ecológica considera não só o ambiente, mas também o 
indivíduo com as suas características e ainda que tipo de tarefas (de exercícios) realiza o 
indivíduo na sua interação com o ambiente (ARAÚJO, 2009). 
• Teoria Cognitivista: “Propõe analisar a mente, o ato de conhecer; como o homem desen-
volve seu conhecimento acerca do mundo, analisando os aspectos que intervém no pro-
cesso ‘estímulo/resposta’” (SANTOS, 2008, p. 100).
GLOSSÁRIO
13
1. A psicologia do esporte se ocupa da análise e modificação de processos psíquicos e de 
ações esportivas. Muitos autores partem do princípio de que a ação esportiva representa 
um comportamento intencional e psiquicamente regulado a partir da interação do 
indivíduo com o ambiente e a tarefa. Diante do exposto, analise as duas asserções e assinale 
a alternativa correta.
I. A psicologia do esporte analisa as bases e os efeitos psíquicos das ações esportivas, 
considerando por um lado a análise de processos psíquicos básicos (cognição, motivação, 
emoção) e, por outro, a realização de tarefas práticas do diagnóstico e da intervenção.
PORQUE
II. A função da psicologia do esporte consiste na descrição, na explicação e no prognóstico 
de patologias psicológicas, a fim de desenvolver e aplicar tratamentos, cientificamente 
fundamentados, de intervenção, levando em consideração os princípios éticos.
a) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda uma proposição falsa.
b) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda uma proposição verdadeira.
c) As duas asserções são proposições falsas.
d) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não se relaciona com a 
primeira.
e) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda se relaciona com a primeira. 
2. Em 1920 surgiram os primeiros laboratórios e institutos de psicologia do esporte. Esses 
institutos surgiram na União Soviética, Estados Unidos, Japão e Alemanha. Atualmente, 
o Brasil ocupa uma posição de liderança na América Latina em relação à produção de 
conhecimento científico na área. A Psicologia do esporte é uma disciplina científica 
independente com suas próprias teorias, métodos, programas. Em relação as teorias, uma 
delas, proposta por Nitsch, indica que a ação esportiva é fruto dos aspectos objetivos e 
subjetivos da tríade: pessoa, meio ambiente e tarefa. Ainda de acordo com essa teoria, a ação 
esportiva possui três funções: de exploração, construtiva e de apresentação. A partir das 
informações supracitadas, qual teoria relacionada com a ação esportiva foi mencionada? 
a) Teoria da Ação.
b) Teoria do Caos.
c) Teoria Cognitiva.
d) Teoria dos Sistemas Dinâmicos.
e) Teoria Ecológica. 
3. O Brasil ocupa uma posição de liderança na América Latina em relação aos eventos 
relacionados a psicologia do esporte (congressos; publicações, etc.). No entanto, muitos 
profissionais de educação física ainda não conhecem a diferença de psicologia do esporte 
para psicologia aplicada. Diante disso, o que se refere a psicologia do esporte?
FIXANDO O CONTEÚDO
14
a) Ciência que analisada as bases e efeitos psíquicos da ação esportiva.
b) Ciência que intervém nas bases e efeitos psíquicos das patologias.
c) Ciência que analisada as bases e efeitos psíquicos das patologias.
d) Ciência que intervém nas bases e efeitos sociais da ação esportiva.
e) Ciência que observa as bases e efeitos sociais das patologias no esporte. 
4. A psicologia do esporte não é apenas um ramo da psicologia, pois o esporte e as ações 
esportivas têm suas próprias regras, estruturas e princípios. Portanto, afigura-se uma 
disciplina científica independente com suas próprias teorias, métodos, programas. O 
objetivo e a meta do treinamento psicológico é a modificação dos processos e dos estados 
psíquicos (ex. percepção, pensamento, motivação). Diante disso, quais dessas alternativas 
representam as funções e tarefas da psicologia do esporte?
1. Especialista em análise das condições de treino.
2. Especialista em otimizar o desempenho.
3. Conselheiro para solucionar conflitos.
4. Cientista/pesquisador.
a) Apenas as alternativas 1 e 2 estão corretas.
b) Apenas as alternativas 2 e 4 estão corretas.
c) Apenas as alternativas 2, 3 e 4 estão corretas.
d) Apenas as alternativas 3 e 4 estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
5. De acordo com a teoria da ação, os fatores relacionados a pessoa podem ser físicos e/
ou psicológicos.Esses fatores podem ser como condições objetivas e subjetivas. Dessa 
maneira, considere as afirmativas abaixo, em relação as condições:
 
1. O peso e a altura do indivíduo podem ser considerados fatores psicológicos objetivos.
2. A expectativa do atleta para determinada competição pode ser considerado um 
fator subjetivo. 
3. O peso é uma característica física objetiva que o atleta possui.
Está correto o que se afirma em:
a) 1.
b) 2.
c) 1 e 2.
d) 1 e 3.
e) 2 e 3.
6. A ação esportiva é fruto da interação da tríade: indivíduo, ambiente e tarefa. As ações 
possuem três funções básicas que busca:
 1) explorar, experimentar e reconstruir a realidade; 
2) criar e transformar a realidade e solucionar tarefas e problemas específicos; e 
3) permitir a auto apresentação da pessoa e seu reflexo interno de valores, normas e regras 
15
sociais. Diante disso, indique a alternativa correta com as três funções da ação:
a) Função de reconhecimento, construtiva e de exposição.
b) Função de exploração, desconstrutiva e de apresentação.
c) Função de exploração, construtiva e de apresentação.
d) Função de reconhecimento, desconstrutiva e de exposição.
e) Função de exploração, desconstrutiva e de exposição.
7. A psicologia do esporte é formada por suas próprias teorias. De acordo com o estudado 
na unidade, enquanto uma das teorias da psicologia do esporte sugere que a ação do 
esportista é mais influenciada pelas condições do ambiente, outra teoria aponta que o 
conhecimento e a experiência do esportista irão influenciar mais na realização de suas 
ações. Diante desse contexto, quais teorias estão sendo citadas acima?
a) Ecológica e dos Sistemas Dinâmicos.
b) Cognitivista e da Ação.
c) Ecológica e da Ação.
d) Cognitivista e dos Sistemas Dinâmicos.
e) Ecológica e Cognitivista.
8. O objetivo do mental coaching é desenvolver as habilidades de autorregulação e 
autoadministração de treinadores, atletas, dirigentes, árbitros, etc. Esse desenvolvimento 
ocorre por meio de assessoria psicológica profissional e contempla diferentes aspectos 
desde o diagnóstico até a intervenção. Diante disso, considere as informações abaixo:
1. O diagnóstico da personalidade e o contexto esportivo.
2. Treinamento físico para estimular o desenvolvimento da competência pessoal. 
3. Intervenções psicológicas em situações de crises emocionais.
Está correto o que se afirma em:
a) 1.
b) 2.
c) 1 e 2.
d) 1 e 3.
e) 2 e 3.
16
PROCESSOS SOCIAIS UNIDADE
02
17
2.1 TIPOS DE COMUNICAÇÃO
 O foco das pesquisas científicas relacionadas à psicologia do esporte no campo dos 
processos sociais é estabelecer uma ligação entre o contato do indivíduo e seus fatores in-
ternos como pensamentos e emoções, ao comportamento visível (externo), como a forma 
de falar e até mesmo os gestos e posturas. Dessa maneira, a comunicação surge como um 
ponto importante no campo da psicologia do esporte, pois é através da comunicação efe-
tiva que se pode ter sucesso em uma competição esportiva e em muitas áreas da vida.
De acordo com Samulski (2009, p. 337) “a comunicação é o intercâmbio de informações, pen-
samentos, ideias e emoções entre duas ou mais pessoas”.
FIQUE ATENTO
 A comunicação possui diversos objetivos. Entre eles estão: persuadir; avaliar; infor-
mar; motivar e solucionar conflitos (SAMULSKI, 2009). A partir disso, a comunicação pode 
ocorrer de diferentes maneiras. Abaixo segue um esquema das características da comuni-
cação:
Figura 5: Tipos de comunicação
Fonte: Samulski (2009, p. 339)
 De acordo com esse esquema, a comunicação pode ser intencional ou não intencio-
nal. Além disso, a comunicação intencional ou não intencional pode ser verbal ou não ver-
bal. No que se refere à comunicação intencional, o indivíduo pode com intencionalidade 
transmitir uma mensagem que deve ser passada a outro indivíduo ou a um determinado 
grupo de pessoas. Por exemplo, enquanto escrevo este livro, intencionalmente escolho as 
palavras para formar frases e, consequentemente, os parágrafos e o texto completo. Isso 
é um tipo de comunicação intencional e não verbal, pois utilizo a escrita para enviar (pro-
positalmente) a mensagem (conteúdo da disciplina de psicologia do esporte) aos leitores. 
Da mesma maneira, quando estou ministrando uma aula (presencial ou remota) para uma 
turma de psicologia do esporte, de maneira intencional escolho as palavras para enviar a 
mensagem (que ainda é o conteúdo da disciplina) aos alunos. Portanto, esse é um tipo de 
comunicação intencional e verbal.
18
Figura 6: Representação da comunicação verbal do professor em uma sala de aula
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3v0HfQs. Acesso em: 17 mai. 2021.
 Por sua vez, a comunicação pode ser não intencional, sendo ela verbal ou não verbal. 
A comunicação não intencional ocorre quando o indivíduo não tem o propósito de enviar 
determinada mensagem. Por exemplo, imagine que você está em uma sala de aula e o 
professor quer emitir um comando para a turma: “Não pense na cor azul”. Qual foi a primei-
ra cor que você pensou? Azul! O cérebro humano não consegue anular a cor azul pelo fato 
de o comando ter a palavra “não”, primeiro ele vai filtrar a informação pensando na cor azul 
para depois compreender que não deve pensar nessa cor. Por muitas vezes, professores e 
treinadores cometem erros na comunicação verbal por não se concentrarem na informa-
ção mais relevante. Se o professor deseja que o aluno pense em outra cor ao invés do azul, 
ele pode direcionar a cor desejada. Por exemplo, pense na cor amarelo. Seu cérebro já o 
conduziu para essa determinada cor. Por fim, a comunicação pode ser não intencional não 
verbal. Essa é expressa por meio de gestos, expressões (conforme figura 7) ou escrita, por 
exemplo.
Figura 7: Representação da comunicação não verbal por meio de expressões
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3osPyC7. Acesso em: 17 mai. 2021.
 Em relação aos gestos ou expressões, por vezes esses aspectos não refletem o que 
nossas palavras dizem. Posso afirmar que estou entusiasmado para determinada tarefa, 
mas se minha expressão mostra que estou cansado ou com medo, essa mensagem irá se 
sobrepor às minhas palavras. Em relação à escrita, sentenças mal elaboradas podem se 
tornar ambíguas e pode gerar diferentes sentidos nas frases. Dessa maneira, pode ser que 
https://bit.ly/3v0HfQs
https://bit.ly/3osPyC7
19
a mensagem principal não seja compreendida corretamente pelo receptor.
2.2 COMUNICAÇÃO EFETIVA 
 Para uma comunicação efetiva é necessário entender que o processo de comuni-
cação possuí diferentes estágios: 1) Emissor: pessoa que lidera a comunicação; 2) Mensa-
gem: forma de informação, sugestão, direção ou ordem; 3) Canal de comunicação: Verbal, 
não verbal, escrita, sonora etc.; e 4) Receptor: pessoa ou grupo que recebe a mensagem 
(SAMULSKI, 2009).
 A habilidade de comunicação do indivíduo depende de fatores como a sua persona-
lidade, liderança, capacidade de tomar decisões, entre outros. No entanto, o sucesso nas 
competições esportivas é resultado de comunicações eficazes entre membros das comis-
sões técnicas, a torcida, os árbitros, os atletas. Por isso, de acordo com Samulski (2009) in-
dependentemente das características dos indivíduos, alguns pontos são transversais para 
uma boa comunicação: 
 Para uma boa comunicação verbal, é imprescindível: 
• Seja direto: evite excesso de informações desnecessárias. Isso pode sobrecarregar o re-
ceptor e ele pode não conseguir discernir as informações relevantes das irrelevantes;
• Assuma suas mensagens: responsabilize-se por suas mensagens, por exemplo, fale de 
seus sentimentos e emoções quando não gostar de algo no seu ambiente de trabalho;
• Seja completo: complete sua mensagem com todas as informações necessárias para 
ser bem compreendido; 
• Claro e coerente: garanta que sua mensagem tenha um significado para o receptor;
• Reforce sua mensagem por meio de repetição: quando as mensagens são repetidas, 
damos ao nosso cérebro tempo suficiente para processar a mensagem e fixar comoalgo importante;
• Use linguagem apropriada: se estiver em um ambiente formal de trabalho, evite usar 
palavras que não se encaixam nesse ambiente;
• Procure por feedback: procure por expressões ou gestos que demonstre que sua men-
sagem foi corretamente entendida pelo receptor. 
 Para uma boa comunicação não-verbal, leva-se em conta:
• Aparência física: a vestimenta adequada transmite uma mensagem de profissionalis-
mo;
• Postura: no sentido de comportamento indica a forma como um profissional encara 
suas funções;
• Gestos: gestos inapropriados (mesmo que involuntários) podem ofender pessoas que 
estão recebendo as mensagens de sua comunicação;
• Posição do corpo: demonstra muito sobre sua personalidade, sobre o quão confiante 
está na comunicação;
• Expressões faciais: não é necessário parar uma comunicação verbal para indicar que 
algo está sendo positivo ou negativo, por vezes basta um “olhar” para enviar a mensa-
gem;
• Características da voz: o tom de voz é mais significativo do que as palavras usadas.
20
2.3 FORMAS DE LIDERANÇA
Em um contexto esportivo, quantas vezes consideramos todos esses elementos para montar 
uma boa aula ou um bom treinamento? Além disso, em um ambiente de competição, no qual 
influencia o comportamento de atletas e treinadores devido ao estresse e às emoções, todos 
esses elementos da comunicação são considerados? O que a falta de uma comunicação efe-
tiva pode promover para o desempenho esportivo?
VAMOS PENSAR?
 No contexto esportivo, liderança tem sido definida, consensualmente, como a ca-
pacidade de influenciar pessoas a trabalharem juntas, visando alcançar metas de forma 
harmônica (BRANDÃO; AGRESTA; REBUSTINI, 2008). Dessa maneira, o processo de lide-
rança depende essencialmente da compreensão do comportamento humano. Por isso, 
extrair o melhor de cada membro do grupo para realizar objetivos é uma tarefa complexa 
(por vezes difíceis) que o líder deve realizar. Essa tarefa é complexa, pois o comportamento 
humano, de acordo com Hersey e Blanchard (1986, p. 31), é “a soma dos padrões de hábitos 
ou respostas condicionadas a vários estímulos”.
 O livro “O poder do Hábito” de Duhigg (2012) (repórter investigativo do New York 
Times na época que o livro foi lançado em 2012) nos aponta que é possível modificar os 
hábitos dos indivíduos. No entanto, sob forte pressão, os indivíduos tendem a se comportar 
de acordo com seus “velhos hábitos” e a consequência disso pode ser a frustração. No con-
texto esportivo, pressões internas ou externas podem gerar comportamentos indesejados 
em atletas e isso pode levá-los ao abandono da modalidade esportiva. Por isso, o líder deve 
conhecer a estrutura que gera motivação de cada membro de seu grupo. Além disso, deve 
perceber e conhecer os traços de personalidade de cada membro do grupo, assim como a 
forma como cada um reage às diversas situações. Para que isso seja possível, é necessário 
conhecer a estrutura de uma liderança efetiva conforme figura abaixo:
Figura 8: Fatores para uma liderança efetiva
Fonte: Samulski (2009)
21
 A liderança efetiva depende de vários fatores situacionais, tais como o tamanho do 
grupo (grupo maiores exigem mais de seus líderes), pressão de tempo para realizar de-
terminada tarefa e a maturidade do grupo. Quanto mais maduro é um grupo, mais esse 
grupo irá respeitar o líder pela competência e menos pela coerção. Por conseguinte, a lide-
rança efetiva depende das características dos liderados. Estes podem ser mais autônomos 
nas suas ações ou mais dependentes das orientações do líder. Ademais, a qualidade do 
líder também influencia esse processo de liderança efetiva, um dos aspectos está relacio-
nado com a comunicação exposta no início dessa unidade. Por fim, o estilo de liderança 
(autocrático e democrático) também pode influenciar esse processo de liderança efetiva.
 Em relação aos estilos de liderança, Samulski (2009) enfatiza que o treinador ou pro-
fessor autocrático toma as decisões pelo grupo e tem como característica a dominância 
verbal sobre o grupo. Além disso, esse treinador ou professor é mais orientado a tarefa e 
tende a manter uma distância emocional em relação ao grupo. Por sua vez, o autor supra-
citado destaca ainda que o treinador ou professor democrático procura colocar os proble-
mas em discussão com o grupo, sugere alternativas e oferece ajuda. Esse estilo de lideran-
ça é mais orientado a pessoa e mesmo orientado a tarefa. Os dois estilos de liderança têm 
seus pontos positivos e negativos e devem ser utilizados de acordo com o que o contexto 
“exige”.
Para compreender melhor como um líder pode gerir um grupo de pessoas, in-
fluenciando positivamente suas ações e rendimentos, o livro “Gestão de pessoas 
nas organizações: Sua Relação com Governança, Cultura e Liderança”, escrito 
Barbieri (2015) está disponível em: https://bit.ly/3oC1eCv. Acesso em: 18 mai. 2021.
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3oC1eCv
22
1. Se não houver comunicação entre os jogadores e comissão técnica ou essa comunicação 
não acontecer de forma efetiva, existe a possibilidade de prejudicar o desempenho da 
equipe. Dessa maneira, o treinador influencia o desempenho individual e coletivo, e deve 
ter conhecimento dos processos de intervenção, principalmente na emissão de informação. 
Diante disso, quais os processos de comunicação que estão presentes no esporte?
a) Emissor, mensagem, canal de comunicação e receptor.
b) Orador, mensagem, canal de aviso e receptor.
c) Emissor, mensagem, canal de aviso e recebedor.
d) Orador, notícia, canal de comunicação e receptor.
e) Emissor, notícia, canal de aviso e recebedor.
2. No contexto esportivo, liderança tem sido definida, consensualmente, como a capacidade 
de influenciar pessoas a trabalharem juntas, visando alcançar metas de forma harmônica 
(Brandão et al., 2002). Grandes líderes mudam de estilo para levantar a autoestima de suas 
equipes. Por isso, o processo de liderança depende essencialmente da compreensão do 
comportamento humano. No entanto, extrair o melhor de cada membro do grupo para 
realizar objetivos é uma tarefa complexa que o líder deve realizar. Diante disso, quais os 
tipos de liderança?
1. Autocrático.
2. Democrático.
3. Tirano.
4. Ditador.
a) Apenas as alternativas 1 está correta.
b) Apenas as alternativas 1 e 2 estão corretas.
c) Apenas as alternativas 1 e 3 estão corretas.
d) Apenas as alternativas 2 e 3 estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
3. O processo de liderança depende essencialmente da compreensão do comportamento 
humano. Dependendo da situação da competição, cada atleta pode se comportar de uma 
maneira diferente.
Diante disso, avalie as asserções a seguir:
I. Em relação à manifestação do comportamento frustrado, a agressão diz respeito às 
desculpas e transferência de responsabilidades, além de comportamentos imaturos.
PORQUE
II. A regressão diz respeito à manutenção do comportamento apesar da ineficácia e 
FIXANDO O CONTEÚDO
23
perder a esperança de atingir seus objetivos.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa 
da primeira.
c) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da 
primeira.
d) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
e) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda uma proposição verdadeira.
4. Os estudos relacionados à liderança no ambiente esportivo buscam verificar o papel 
do técnico e a influência de suas ações na gestão da equipe comandada, sendo que os 
componentes da Liderança Efetiva (esquema abaixo), proposto por Martens (1987), é um 
dos mais utilizados para representar a liderança efetiva:
 
Fonte: Samulski (2009)
Considerando os componentes da Liderança Efetiva, que pode ser utilizado pelo treinador 
na gestão de uma equipe, analise as afirmações que se seguem:
I. A qualidadedo líder depende da empatia que ele tem pelo grupo e da qualidade da 
sua comunicação.
II. O estilo de liderança depende da característica da personalidade do líder.
III. A liderança efetiva independe dos fatores situacionais.
IV. As características do líder interferem diretamente no seu comportamento real com 
seus comandados.
É correto o que se afirma em:
a) II.
b) I.
c) I, II, III, IV.
d) II, III, IV.
24
e) I, II, IV.
5. Em um clube de handebol, Celso treinador de atletas da categoria Sub-15, percebeu 
que seus atletas apresentaram dificuldade para se comunicar durante uma competição, 
provavelmente devido às diferenças culturais dos atletas, que são nascidos em diferentes 
estados do Brasil. No esporte, se não houver comunicação entre os atletas ou essa 
comunicação não acontecer de forma efetiva, existe a possibilidade de prejudicar o 
desempenho da equipe. Além disso, o treinador tem o poder de influenciar positivamente 
o desempenho individual e coletivo através de uma boa comunicação e, por isso, deve 
conhecer os processos de intervenção, principalmente na emissão de informação. Assim, 
considere a afirmativa correta em relação aos processos de comunicação:
a) Os canais de comunicação se referem apenas aos meios escritos da comunicação.
b) O emissor é a pessoa que recebe a mensagem na comunicação através de um 
determinado meio de comunicação.
c) O processo de comunicação ocorre a partir de três elementos: ouvinte, mensagem e 
emitente.
d) O receptor é a pessoa que lidera a comunicação no intuito de transmitir a informação 
que deseja.
e) O processo de comunicação ocorre a partir de quatro elementos: emissor, mensagem, 
canal de comunicação e receptor. 
6. No esporte, a comunicação é um fator essencial para o bom desempenho nas competições. 
O professor/treinador tem o poder de influenciar (positivamente ou negativamente) o 
desempenho individual e coletivo e, por isso, deve conhecer os processos de intervenção, 
principalmente na emissão de informação. Assim, considere as afirmativas abaixo, em 
relação aos processos de comunicação:
1. O processo de comunicação ocorre a partir de quatro elementos: emissor, mensagem, 
canal de comunicação e receptor.
2. Os canais de comunicação se referem aos meios verbais, não verbais, escritas, sonoras.
3. O receptor é a pessoa que lidera a comunicação.
É correto apenas o que se afirma em:
a) 1.
b) 2.
c) 1 e 2.
d) 1 e 3.
e) 2 e 3.
7. A comunicação influencia na motivação, na concentração, na aquisição de habilidades, 
nas atitudes e em outros processos importantes para o rendimento esportivo. Neste 
sentido, quais os objetivos da comunicação?
a) Persuadir; avaliar; informar; motivar e solucionar conflitos.
b) Persuadir; refletir; confundir; desmotivar e solucionar conflitos.
25
c) Persuadir; avaliar; informar; motivar e provocar conflitos.
d) Persuadir; refletir; informar; motivar e solucionar conflitos.
e) Persuadir; avaliar; confundir; desmotivar e solucionar conflitos.
8. O professor/treinador possui uma posição que necessita influenciar seus alunos/atletas 
na busca de um desenvolvimento individual e coletivo. Para que isso ocorra, é necessário 
que a sua liderança seja efetiva. Desse modo, quais fatores estão relacionados à liderança 
efetiva? 
a) Fatores ambientais; características dos liderados; qualidade do líder; tipos de liderança. 
b) Fatores situacionais; características dos liderados; qualidade do líder; estilos de liderança.
c) Fatores ambientais; características dos liderados; relações pessoais; estilos de liderança.
d) Fatores sociais; características dos liderados; qualidade do líder; tipos de liderança. 
e) Fatores ambientais; características dos liderados; relações pessoais; tipos de liderança.
26
PROCESSOS COGNITIVOS UNIDADE
03
27
3.1 PERCEPÇÃO 
 A Percepção é responsável pela extração de informação do meio ambiente para 
dar significado às coisas e objetos. É o processo pelo qual o indivíduo se torna consciente 
das relações no mundo circundante, na medida em que essa consciência depende dos 
processos sensoriais como por exemplo, a visão e a audição.
De acordo com Eysenck & Keane (1994, p. 43) a percepção são “os meios pelos quais a infor-
mação adquirida do meio ambiente através dos órgãos sensoriais é transformada em expe-
riência de objetos, eventos, sons etc.”
FIQUE ATENTO
 É importante destacar a visão dentre os processos sensoriais, pois de 80 a 90% das 
informações extraídas do ambiente, no contexto dos esportes coletivos, advém da visão. 
Além disso, a característica da visão tem sido um indicador de comparação entre atletas 
experientes e novatos, mais habilidosos e menos habilidosos etc. Por exemplo, a literatura 
científica aponta que em situações de habilidade motora fechada (como a cobrança de 
um pênalti no futebol), os atletas mais habilidosos fixam a visão em um menor número 
de pontos “importantes” por períodos mais longos (WILLIAMS et al., 1993). Isso significa 
que os atletas são capazes de ignorar os estímulos irrelevantes para captar as informações 
essenciais para realização da tarefa.
 Por outro lado, em situações de habilidade motora aberta (como situações de ataque 
e defesa no handebol), os atletas mais habilidosos fixam em um maior número de pontos 
“importantes” por períodos mais curtos (WILLIAMS; DAVIDS, 1995). Isso significa que esses 
atletas são capazes de “rastrear” melhor as informações no ambiente para ter uma boa 
“leitura do jogo” e ajudar no processo de tomada de decisão. Portanto, o conhecimento 
é um fator primordial para que os atletas percebam melhor as situações de jogo (PETIOT; 
SILVA; OMETTO, 2020). 
 No contexto esportivo, a percepção deve ser entendida e analisada em relação a 
dois aspectos: percepção externa e percepção interna. A percepção externa diz respeito 
à habilidade de extrair informações dos objetos em movimentos, por exemplo: a bola, 
os adversários e os próprios companheiros de equipe. Portanto, conhecer as estruturas 
funcionais do jogo, por exemplo, possibilita reconhecer informações relevantes para agir 
em determinadas situações. Ademais, a percepção externa também se refere à captação 
de informações em objetos fixos como o gol, a cesta, a marcação da quadra ou campo etc. 
Por fim, a percepção interna diz respeito a reconhecer os próprios movimentos e se orientar 
em tarefas que exige essa habilidade. Os atletas de ginástica, por exemplo, necessitam ter 
uma excelente percepção interna para realizar suas ações.
 Cabe destacar que a quantidade de informações provenientes do meio ambiente é 
maior do que a capacidade de assimilação do organismo. Por isso, o conhecimento torna-
se essencial no processo de percepção e, consequentemente, no rendimento esportivo. 
É através do conhecimento que o atleta é capaz de captar informações, processar as 
informações, reconhecer padrões e tomar decisões. Para ilustrar, veja a figura abaixo e 
responda quantas patas tem esse elefante.
28
Figura 9: Imagem de um elefante com ilusão de ótica
Fonte: Disponível em https://bit.ly/2SbcCZK. Acesso em: 17 mai. 2021. 
 É interessante notar que essa imagem foi criada para gerar uma ilusão de ótica. 
Dessa maneira, pela imagem, o elefante parece ter cinco patas na base e quatro patas na 
parte mais superior dos membros. Pelo conhecimento, pode-se afirmar que esse elefante 
tem quatro patas, pois em condições normais, um elefante tem quatro patas.
3.2 ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO
 A atenção é entendida, de modo geral, como um estado seletivo, intensivo e dirigido 
da percepção. Além disso, a atenção também é entendida como um processo consciente 
que envolve uma pessoa focalizando-se em um objeto, uma pessoa ou uma ação específica 
(SAMULSKI, 1992) (SCHUBERT, 1981). Dessa maneira, pela necessidade de interpretação e 
compreensão da situação de forma específica, a atenção torna-se importante. A atenção 
faz o papel de filtro, ou seja, somente uma pequena quantidade desses estímulos sensoriais 
torna-se evidente na percepção.
 A atenção pode ser divididaem três tipos: a atenção concentrada, a atenção 
distributiva e a capacidade de alternação da atenção (KONZAG; SCHELLENBERG, 1981). A 
atenção concentrada compreende a focalização da atenção em um determinado objeto/
pessoa ou em uma ação. É a capacidade de dirigir conscientemente a atenção a um local 
específico para se concentrar somente naquele momento ou situação. É a utilização de 
um ponto específico da percepção: a percepção central. Um exemplo disso é um atleta 
atirando uma flecha em um alvo.
Figura 10: Representação de um atleta profissional de arco e flecha
Fonte: Disponível em https://bit.ly/2T4cImE. Acesso em: 17 mai. 2021.
https://bit.ly/2SbcCZK
https://bit.ly/2T4cImE
29
 Por sua vez, a atenção distributiva compreende a distribuição da atenção sobre 
vários objetos. Um exemplo disso é o momento em que o levantador realiza um toque no 
Voleibol. Esse atleta deve perceber as movimentações e posicionamento de seus colegas e 
adversários para passar a bola.
Figura 11: Atleta profissional de voleibol realizando um levantamento
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3wnso2N. Acesso em: 17 mai. 2021. 
 Por conseguinte, a capacidade de alternação da atenção diz respeito à habilidade de 
se adaptar às diferentes situações. O atleta é capaz de alternar a atenção concentrada para 
distributiva e a atenção distributiva para a concentrada. Um exemplo disso é um goleiro 
no futebol que necessita ter atenção concentrada quando um chute é realizado contra sua 
baliza e a bola vem em sua direção. À medida que esse goleiro consegue realizar a defesa, 
ele necessita utilizar a atenção distributiva para fazer uma boa “leitura do jogo” e poder dar 
sequência às ações ofensivas da equipe.
 De acordo com Cratty (1989), os determinantes da atenção correspondem aos fatores 
internos e externos. Os fatores internos dependem do sistema sensorial do indivíduo e 
sua capacidade de processar informações. Além disso, dependem do comportamento 
aprendido em situações específicas e das características da personalidade. Por sua vez, os 
fatores externos dependem da quantidade de informações provenientes do ambiente, o 
estresse social e a complexidade dos estímulos. Portanto, a qualidade da atenção vai variar 
de indivíduo para indivíduo.
 Adicionalmente, a concentração é a capacidade de manter o foco de atenção 
sobre os estímulos relevantes do meio ambiente. Três elementos importantes definem 
a concentração: focalização de estímulos relevantes, manutenção do nível de atenção 
durante determinado tempo e a conscientização da situação (WEINBERG; GOULD, 
1999). Dessa maneira, é importante entender que o atleta pode estar atento, mas não 
concentrado. Portanto, um estado mental focalizado não ocorre ao acaso, mas parece 
requerer intencionalidade e esforço deliberado do atleta.
https://bit.ly/3wnso2N
30
3.3 MEMÓRIA 
 A memória diz respeito ao processo de armazenamento e recuperação de 
informações (MATIAS; GRECO, 2010). Estes autores sugerem que a memória não é apenas 
um local onde as informações ficam armazenadas, mas é um local onde as informações 
podem interagir com as informações contextuais por meio sensoriais de curto prazo e de 
longo prazo. Adicionalmente, os autores supracitados dividem a memória em sensorial 
(ultracurto prazo), curto prazo e a memória de longo prazo. Segue a explicação de cada 
tipo de memória escrita pelos autores:
A memória sensorial é uma forma transitória de armazenamen-
to entre os sentidos e a memória de curto prazo. É responsá-
vel por registrar uma grande quantidade de informações e por 
guardá-las em breve espaço de tempo, conserva as característi-
cas físicas do estímulo durante menos de um segundo. As infor-
mações selecionadas pela memória sensorial são transferidas 
para o segundo estágio da memória, ou seja, para memória de 
curto prazo. A memória de curto prazo oferece um armazena-
mento temporário para as informações transferidas da memó-
ria sensorial. É o estágio da memória que apresenta uma reten-
ção de informações em intervalos breves (aproximadamente 30 
segundos) e uma capacidade limitada a ± 7 itens. A memória de 
longo prazo é, por fim, o terceiro estágio. O que a maioria das 
pessoas acredita ser a memória propriamente dita. É o arma-
zenamento de longo prazo, o armazenamento para a vida toda 
(Hockenbury e Hockenbury, 2003). Na memória de longo pra-
zo as informações são retidas de forma organizada (Glassman e 
Hadad, 2006). Segundo Marina (1995) a memória é essencial nos 
Jogos Esportivos Coletivos, pois é a chave de acesso das infor-
mações (MATIAS; GRECO, 2010, p. 254).
 A memória é um processo cognitivo importante, pois estabelece relações entre as 
informações adquiridas por meio de vivências e experiências no esporte e as informações 
presentes no contexto em que a ação esportiva está acontecendo. Dessa maneira, a 
utilização do conhecimento processual e declarativo se manifesta por meio das informações 
que estão armazenadas na memória. 
Para se aprofundar no conhecimento acerca do funcionamento da memória e 
como ela se interage com os demais processos cognitivos leia o livro “Manual de 
Psicologia Cognitiva, 7th Edition” dos autores Eysenck e Keane (2017). Disponível 
em: https://bit.ly/3u1jtT4. Acesso em: 18 mai. 2021. 
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3u1jtT4
31
1. Durante uma partida de qualquer modalidade esportiva, a atenção tem um papel 
importante, pois essas partidas têm como características vários estímulos que estão 
disponíveis no ambiente e, dessa maneira, é necessário que o atleta interprete e compreenda 
a informação identificando-a como estímulos-sensórios. Portanto, a concentração é a 
capacidade de manter o foco de atenção sobre os estímulos relevantes do meio ambiente. 
A literatura indica que existem diferentes tipos de atenção. Diante disso, analise a situação 
abaixo e indique qual tipo de atenção o atleta está utilizando na ação:
Durante uma ação de contra-ataque, no handebol, um jogador que porta a bola tem a 
sua frente três adversários e três colegas da mesma equipe, formando uma superioridade 
numérica de 4x3. Neste momento, precisa passar a bola para o jogador melhor posicionado. 
Portanto nessa situação, qual tipo de atenção ele deverá utilizar?
a) Focalização em um objeto.
b) Concentrada.
c) Alternação da atenção.
d) Distributiva.
e) Ampla-externa.
2. Uma estudante de educação física está cursando a disciplina de Psicologia do Esporte. 
Durante seus estudos ela leu em um livro que em situações de habilidade motora fechada 
ou aberta, os atletas mais habilidosos e não habilidosos tendem a fixar o olhar em diferentes 
pontos e por períodos distintos. Neste caso, os atletas mais habilidosos tendem a fixar o olhar 
em pontos mais relevantes no contexto esportivo em que está inserido. Esse fenômeno 
ocorre através da percepção, a qual permite dar significados as coisas e aos objetos através 
da identificação da informação e do reconhecimento de semelhanças e diferenças. Dessa 
maneira, considere a afirmativa correta em relação à percepção:
a) A visão é o único meio pelo qual as informações são adquiridas do meio ambiente.
b) O processo da percepção possui os mesmos mecanismos em relação às perspectivas 
ecológica e cognitivista.
c) A quantidade de informações provenientes do meio ambiente é igual a capacidade de 
assimilação do organismo.
d) No esporte, a percepção é caracterizada apenas como percepção externa dos sinais 
relevantes do ambiente. 
e ) A percepção é o meio pelo qual a informação adquirida do meio ambiente é transformada 
em experiência.
3. A atenção é um estado seletivo da percepção. Durante uma partida, os atletas devem 
ser capazes de selecionar as informações relevantes e ignorar as informações irrelevantes. 
Dessa maneira, analise a situação abaixo e indique qual tipo de atenção está sendo exigida 
nessa ação:
FIXANDO O CONTEÚDO
32
Durante uma ação de arremesso, no basquetebol, um jogador sofre uma falta. O árbitro 
então assinala a infração e determina a cobrança de lances livres. Nestemomento, a bola 
está morta e o cronômetro parado. No momento exato que o jogador for executar o lance 
livre, qual tipo de atenção ele deverá utilizar? 
a) Distributiva.
b) Concentrada.
c) Alternação da atenção.
d) Focalização em vários objetos.
e) Ampla-externa.
4. A memória é um processo cognitivo importante, pois estabelece relações entre as 
informações adquiridas por meio de vivências e experiências no esporte e as informações 
presente no contexto em que a ação esportiva está acontecendo. Dessa maneira, a literatura 
científica aponta três tipos de memória. Diante disso, considere a afirmativa correta em 
relação à memória:
a) Auditiva, médio prazo e de longo prazo.
b) Sonora, curto prazo e de médio prazo.
c) Sensorial, curto prazo e de longo prazo.
d) Sonora, curto prazo e de longo prazo. 
e) Sensorial, médio prazo e de longo prazo.
5. A percepção decorre dos conhecimentos adquiridos por cada indivíduo e a aplicação 
desses conhecimentos. No entanto, a percepção também depende das condições 
ambientais. Diante disso, considere a afirmativa correta em relação à percepção:
a) Em geral, percebem-se todas as informações que estão disponíveis no ambiente. 
b) A percepção interna está relacionada com as informações que estão inseridas dentro de 
um jogo, em qualquer esporte.
c) A quantidade de informação que o cérebro consegue processar é menor que a quantidade 
de informações disponíveis no meio ambiente.
d) A percepção externa está relacionada com a autopercepção em relação aos movimentos 
realizados em um esporte. 
e) A quantidade de informações disponíveis em um ambiente de jogo é compatível com a 
quantidade de informações que o cérebro é capaz de processar.
6. A percepção permite dar significados às coisas e aos objetos através da identificação da 
informação e do reconhecimento de semelhanças e diferenças. Dessa maneira, considere 
as afirmativas abaixo, em relação à percepção:
1. A visão é o único meio pelo qual as informações são adquiridas do meio ambiente.
2. A percepção é o meio pelo qual a informação adquirida do meio ambiente é transformada 
em experiência. 
3. O processo da percepção possui os mesmos mecanismos em relação às perspectivas 
ecológica e cognitivista.
33
Está correto o que se afirma em:
a) 1.
b) 2.
c) 1 e 2.
d) 1 e 3.
e) 2 e 3.
7. De acordo com Konzag (1981), existem três tipos de atenção: atenção concentrada, 
atenção distributiva e a capacidade de alternação da atenção. Diante disso, considere as 
afirmativas sobre os tipos de atenção: 
1. A atenção concentrada é a focalização da ação em um objeto/pessoa, ou seja, é a 
utilização de um campo específico no campo da percepção.
2. A atenção distributiva é a distribuição da concentração em um objeto, pessoa ou ação 
especificamente.
3. A capacidade de alternação da atenção está relacionada com adaptação da situação, 
na qual o aluno consegue transitar entre a atenção concentrada e distributiva.
É correto apenas o que se afirma em: 
a) 1.
b) 2.
c) 1 e 2.
d) 1 e 3.
e) 2 e 3.
8. A atenção é fundamental para o rendimento esportivo, pois sem ela o aluno poderá não 
perceber os estímulos relevantes no contexto esportivo. Diante disso, de acordo com o 
texto, a atenção é entendida, de modo geral, como
a) um estado inconsciente através do qual a pessoa dirige processos psíquicos sobre um 
determinado objeto, uma pessoa ou ação.
b) a capacidade de manter o foco de atenção sobre os estímulos relevantes do meio 
ambiente.
c) um estado seletivo, dirigido, intensivo e dirigido da percepção.
d) meio pelo qual a informação adquirida do meio ambiente, através dos órgãos sensoriais, 
é transformada em experiência de objetos e eventos.
e) reconhecimento de semelhanças e diferenças sobre objetos, pessoas ou ações.
34
PROCESSOS COGNITIVOS II UNIDADE
04
35
 A literatura aponta que o conhecimento no contexto esportivo não é um conhecimento 
geral, mas sim um conhecimento específico (MATIAS; GRECO, 2010). Dessa maneira, o 
conhecimento pode ser expresso por ações ou pela verbalização. Estes são conhecidos 
na literatura como conhecimento processual e declarativo. Esses tipos de conhecimento 
são importantes para o rendimento esportivo, pois eles se interagem durante a ação 
esportiva. Isso significa que a ação esportiva do atleta está condicionada à forma como ele 
compreende as situações do jogo.
4.1 CONHECIMENTO PROCESSUAL E DECLARATIVO 
“O conhecimento tático declarativo refere-se à capacidade do atleta de saber ‘o que fazer’, 
isto é, conseguir declarar de forma verbal e/ou escrita qual a melhor decisão a ser tomada e 
o porquê desta decisão. O conhecimento tático processual refere-se a ‘como fazer’, é a capa-
cidade do atleta de operacionalizar a ação, está intimamente ligado a ação motora em si” 
(MATIAS; GRECO, 2010, p. 257).
FIQUE ATENTO
 Uma vez que o conhecimento é específico de cada modalidade, esse é um 
conhecimento tático, pois essa dimensão proporciona sentido às demais dimensões em 
um jogo (TEOLDO; GUILHERME; GARGANTA, 2017).
Quando um jogador de futebol realiza uma ação de passe, por exemplo, ele faz para resolver 
um situação-problema do jogo, como criar oportunidades de finalizar a baliza adversária. De 
maneira simples, ele observa o melhor posicionamento do seu companheiro, observa as mo-
vimentações dos adversários. Dessa maneira, uma “simples” ação técnica não está isolada do 
seu contexto. Por isso, essa ação ganha significado devido à dimensão tática.
VAMOS PENSAR?
 Adicionalmente, existe na literatura alguns instrumentos de avaliação capazes de 
medir o conhecimento processual e declarativo (TEOLDO; GUILHERME; GARGANTA, 
2017). Por exemplo, em relação ao processual, o Sistema de Avaliação Tática no Futebol 
(FUT-SAT) permite avaliar o comportamento e o desempenho tático em situação de jogo 
(TEOLDO; GUILHERME; GARGANTA, 2017). Diversos estudos apontaram diferenças no 
comportamento tático de jogadores de diferentes posições, de diferentes faixas etárias, 
em respostas às manipulações dos constrangimentos do jogo (e de diferentes níveis de 
desempenho (OMETTO et al., 2021) (SOUZA et al., 2020). Além desses, foram encontradas 
diferenças no comportamento tático em equipes com diferentes colocações em torneios 
de jogos reduzidos e condicionados (SILVA et al., 2019).
 Por sua vez, o TacticUP® é um recente instrumento capaz de avaliar o conhecimento 
tático declarativo e proporciona informações relevantes acerca da velocidade de tomada de 
decisão dos jogadores (GUILHERME; TEOLDO, 2020). Ele é um teste de vídeo composto por 
36
sequências de cenas referentes às ações ofensivas e defensivas extraídas de jogos oficiais 
do futebol. Os vídeos são apresentados através de uma perspectiva panorâmica para 
permitir que os jogadores visualizem os princípios táticos, dentro ou fora do centro de jogo. 
O teste é composto por cenas de cada um dos princípios táticos fundamentais (ofensivos 
e defensivos). Para cada cena são apresentadas quatro possibilidades de soluções para a 
sequência de vídeos. Os participantes devem escolher a solução mais adequada para cada 
cena.
O artigo disponibilizado a seguir trata da validação de diferentes instrumentos de avaliação 
do conhecimento tático:
BUSQUE POR MAIS
• Costa et. al (2011) explanam em seu artigo, “Sistema de avaliação tácti-
ca no Futebol (FUT-SAT): desenvolvimento e avaliação preliminar”, cinco 
perspectivas de noção de validade e métodos heurísticos. Disponível em: 
https://bit.ly/2S2Tv4e. Acesso em: 18 mai. 2021. 
• O livro “Avaliação Neuropsicológica” de Malloy-Diniz et. al (2018) ampliam o 
conhecimento acerca da avaliação da inteligência, seus desafios, cognição 
e etc. Disponível em: https://bit.ly/3v1i0xl. Acesso em: 18 mai. 2021. 
4.2 INTELIGÊNCIA E CRIATIVIDADE
 A inteligência e a criatividade são fatores fundamentais para o bom desempenho 
esportivo (PETIOT; SILVA; OMETTO, 2020).
De acordo com esses autores, a inteligência está principalmente associada à solução de pro-
blemas e a criatividade está relacionada coma capacidade de realizar ações novas para 
resolver os problemas advindos das situações dos jogos.
FIQUE ATENTO
 No que diz respeito à inteligência, para o atleta realizar uma ação inteligente, deve 
contar com a capacidade de ler o jogo e interpretá-lo (percepção) para identificar o 
problema exato a ser resolvido e ter a intenção correta ao escolher a ação que deve resolver 
o problema (GARGANTA, 2005) (DEN HARTIGH et al., 2018). Além disso, o conhecimento é 
fundamental para permitir soluções capazes de resolver o problema do jogo (isto é, ações 
inteligentes).
 Apesar da inteligência ter como base o conhecimento, ela não se exprime apenas 
pela quantidade de conhecimento que o indivíduo possui, mas é dependente também 
da realidade ecológica das diversas situações que se apresentam no jogo. Dessa maneira, 
a inteligência irá emergir das vivências e experiências adquiridas no contexto específico 
de treinamento e jogo juntamente com a interação de todos os constrangimentos que 
envolvem suas práticas. Por isso, recomenda-se que os atletas possam testar diferentes 
 https://bit.ly/2S2Tv4e
 https://bit.ly/2S2Tv4e
https://bit.ly/3v1i0xl
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ações e experimentar as consequências delas. Isso irá permitir o aprendizado devido à 
ampla variedade de situações representativas. Por meio dessa variabilidade, eles descobrem 
quais soluções são relevantes e adequadas às situações.
 Adicionalmente, no que se refere a criatividade, essa variável está relacionada as 
ações novas ou que poucas pessoas realizam. Isso torna a criatividade uma qualidade 
importante a ser desenvolvida no praticante. A criatividade permite soluções diferentes 
em um ambiente imprevisível e, por isso, pode ser uma vantagem no confronto entre duas 
equipes, por exemplo. 
 De acordo com Petiot, Silva e Ometto (2020), a criatividade se relaciona com o 
conhecimento, com as demais habilidades cognitivas e a habilidade técnica do praticante, 
pois reflete a experiência necessária para a tomada de decisões diferentes dos habituais. 
Os autores afirmam ainda que a criatividade poderá ser desenvolvida em ambientes ricos 
com variados estímulos, mas não necessariamente vinculada a muitas regras. Em tal 
ambiente, os praticantes devem ser estimulados a desenvolver seu lado criativo, devem ser 
incentivados a fazê-lo, ou devem se ater às ações esperadas e seus resultados imediatos. 
No entanto, dada a natureza não linear dos esportes, os praticantes irão desenvolver 
habilidades de acordo com suas vivências e experiências. 
4.3 TOMADA DE DECISÃO
 A tomada de decisão é caracterizada como o processo de seleção de uma opção 
ou curso de ação a partir de um conjunto de alternativas (WILSON; KEIL, 1999). Dessa 
maneira, entender como os praticantes tomam suas decisões, pode fornecer informações 
valiosas para o contexto esportivo. A literatura científica relacionada ao esporte aponta 
diferentes modelos para explica o processo de tomada de decisão (ASSIS, 2016). Entre 
diferentes modelos, Assis (2016) destaca o modelo sequencial de tomada de decisão, o qual 
possui diferentes fases: percepção da informação, o processamento dessa informação e a 
resposta. A percepção envolve os sentidos como visto anteriormente neste livro, o processo 
da informação depende de diferentes habilidades percepto-cognitivas e a resposta pode 
ser observada pelas ações dos praticantes.
 Alguns estudos acerca da tomada de decisão apontam que os indivíduos considerados 
experts são capazes de tomar as melhores decisões em relação aos seus pares menos 
experientes (ROCA et al., 2011). Isso ocorre, uma vez que os mais experientes costumam 
buscar a informação disponível no jogo de forma mais eficaz, detectar e reconhecer melhor 
os padrões estruturados de jogo, interpretar melhor o significado das informações e tomar 
decisões mais rápidas e mais apropriadas (WILLIAMS et al., 2011). Recentemente, Assis et al. 
(2020) encontraram que praticantes do mesmo nível competitivo, porém com diferentes 
níveis de eficiência no comportamento tático, tomam decisões diferentes. Esses autores 
apontam que os praticantes mais eficientes taticamente são melhores em tomar decisão, 
pois foram capazes de fazer melhor leitura do contexto do jogo.
 Os estudos da tomada de decisão não se limitam a investigar os praticantes dos 
esportes, mas têm investigado diferentes intervenientes como os árbitros. Por exemplo, em 
um estudo realizado por Helsen e Bultynck (2004), os autores investigaram a quantidade 
de decisões observáveis (as decisões transformadas em ações) de árbitros e assistentes em 
31 partidas da “UEFA Euro 2000”. Eles realizaram em média 136,5 tomadas de decisões por 
jogo.
 Em média, os árbitros principais tomaram: 
38
• 3,6 decisões de vantagem;
• 37,9 decisões de falta;
• 0,5 decisões de pênalti;
• 2,4 decisões de simulação;
• 0,2 Bola ao chão;
• 0,4 Cartão vermelho;
• 3,9 Cartões amarelos.
Figura 12: Árbitro principal após tomar uma decisão de aplicar o cartão vermelho
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3yntv46. Acesso em: 17 mai. 2021.
 Por sua vez, em média, os assistentes tomaram:
• 10,7 decisões de escanteio;
• 2,8 decisões de gol;
• 19,9 decisões de tiro de meta;
• 6,7 decisões de impedimento;
• 5,2 decisões de substituições;
• 42,4 decisões de lateral.
Figura 13: Árbitro assistente indicando uma decisão
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3otrpLA. Acesso em: 17 mai. 2021.
CONSTRANGIMENTOS : Os constrangimentos são um aspecto particular da organização dos 
jogos (ex.: tamanho do campo) que limita o espectro do jogo e influencia as ações dos jogado-
res (DAVIDS; ARAÚJO, 2005).
GLOSSÁRIO
https://bit.ly/3yntv46
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1. A organização inerente ao jogo de Futebol justifica que as capacidades tácticas e os 
processos cognitivos subjacentes à tomada de decisão sejam considerados requisitos 
essenciais para o desempenho dos jogadores (McPherson, 1994). A essencialidade desses 
requisitos torna-se mais evidente ao considerar três aspectos específicos do jogo de Futebol: 
i) a maioria das ações ocorre sem que os jogadores estejam em contacto direto com a bola; 
ii) jogadores com limitado domínio das habilidades técnicas podem jogar Futebol se 
tiverem um nível razoável de compreensão táctica (Oslin, Mitchell, & Griffin, 1998); 
iii) parco conhecimento táctico pode comprometer a execução eficiente e/ou eficaz das 
habilidades técnicas (Teodorescu, 1984). Dada a importância da componente tática para o 
futebol, alguns instrumentos de avaliação são capazes de avaliar dessa componente. No 
entanto, apenas um avalia em um teste de campo as ações com e sem bola de acordo com 
os 10 princípios táticos do jogo de futebol. Diante disso, qual é esse instrumento?
a) Sistema de Avaliação Táctica no Futebol (FUT-SAT).
b) Konzeptorientierte Expertenratings (KORA).
c) Game Performance Assessment Instrument (GPAI).
d) Performance Assessment in Team Sports (TSAP).
e) TacticUp.
2. Durante um dia, em condições normais, uma pessoa toma, em média, cerca de 6 mil 
decisões. Essas decisões vão desde as mais simples como escolher o que comer no café 
da manhã, até as mais complexas como decidir qual profissão seguir carreira. No futebol, 
durante 90 minutos, um jogador pode tomar cerca de 2 mil decisões gerando uma 
sobrecarga cognitiva. Neste sentido, sabendo que a tomada de decisão é uma escolha por 
parte do atleta no contexto esportivo e ela decorrente das variadas habilidades percepto-
cognitivas, quais são as habilidades percepto-cognitivas subjacentes à tomada de decisão?
a) Atenção; memória; criatividade; percepção e liderança.
b) Atenção; memória; criatividade; percepção e pensamento.
c) Atenção; comportamento; comunicação; percepção e pensamento.
d) Atenção; memória; comunicação; percepção e pensamento.
e) Atenção; memória; comunicação; percepção e liderança.
3. Nos esportes é muito importante o uso do conhecimento, da captação da informação e 
tomada de decisão, pois, é preciso agir de modo contrário a previsibilidade ou se adaptar 
à imprevisibilidade do jogo. É necessárioque o atleta tenha o saber da sua modalidade 
esportiva para solucionar, por meio dos processos cognitivos, os problemas presentes no 
contexto do jogo, resolução que será efetivada via a execução de uma habilidade motora. 
Dessa maneira, o modelo decisional explica os três aspectos necessários para tomada 
de decisão. Portanto, assinale a alternativa correta acerca dos três aspectos do modelo 
decisional:
FIXANDO O CONTEÚDO
40
a) Percepção; processamento; resposta.
b) Atenção; pensamento; resposta.
c) Percepção; processamento; técnica.
d) Percepção; pensamento; resposta.
e) Atenção; processamento; técnica.
4. Durante uma partida a informação disponibilizada pelo ambiente é processada através 
de uma série de sistemas de processamento. Portanto, o processamento da informação 
do atleta será realizado por meio de diversas habilidades percepto-cognitivas. Essas 
habilidades irão proporcionar uma melhor tomada de decisão. Dessa maneira, quais 
habilidades percepto-cognitivas abaixo compõe o processamento da informação:
a) Memória de trabalho; pensamento; inteligência; criatividade.
b) Memória de trabalho; pensamento; estratégia de busca visual; antecipação.
c) Esforço cognitivo; pensamento; inteligência; criatividade.
d) Memória de trabalho; atenção; estratégia de busca visual; antecipação.
e) Esforço cognitivo; atenção; inteligência; criatividade.
5. No futebol, cada partida é controlada por um árbitro que tem total autoridade para 
cumprir as regras da modalidade durante o jogo (IFAB, 2016). Para cumprir as regras, o 
árbitro tem que analisar cada situação de tomar uma decisão acerca do que ele percebe. A 
tomada de decisão é caracterizada como o processo de seleção de uma opção ou curso de 
ação a partir de um conjunto de alternativas (FREDERICK, 2005). Helsen e Bultynck (2004) 
investigaram a quantidade de decisões observáveis de árbitros e assistentes em 31 partidas 
da “UEFA Euro 2000”. 
De acordo com esse estudo, quantas decisões observáveis, em média, são tomadas ao 
longo de um jogo de futebol?
a) 136,5 tomadas de decisões por jogo.
b) 166,5 tomadas de decisões por jogo.
c) 186,5 tomadas de decisões por jogo.
d) 236,5 tomadas de decisões por jogo.
e) 286,5 tomadas de decisões por jogo.
6. O TacticUP® é um teste de vídeo composto por sequências de cenas referentes às ações 
ofensivas e defensivas extraídas de jogos oficiais do futebol. Os vídeos são apresentados 
através de uma perspectiva panorâmica para permitir que os jogadores visualizem 
os princípios táticos, dentro ou fora do centro de jogo. Esse instrumento permite obter 
informações relevantes do desempenho dos jogadores. Diante disso, quais informações 
são obtidas desse instrumento:
a) Conhecimento tático processual e a velocidade de tomada de decisão.
b) Conhecimento tático declarativo e a velocidade de processamento da informação.
c) Conhecimento tático declarativo e a velocidade de tomada de decisão.
d) Conhecimento tático processual e a velocidade de processamento da informação.
e) Conhecimento tático processual e a velocidade de captação da informação.
41
7. A tomada de decisão é fruto da interação de diversas habilidades percepto-cognitivas. 
Dentre essas habilidades, a criatividade tem um papel importante para a tomada de 
decisão. Diante disso, aponte o conceito de criatividade para o esporte:
a) Realizar uma ação exclusivamente nova.
b) Realizar uma ação que poucas pessoas realizam.
c) Realizar uma ação nova e/ou que poucas pessoas realizam.
d) Realizar uma ação treinada previamente.
e) Realizar uma ação automatizada pelo treinamento.
8. Foi descoberto na literatura científica praticantes do mesmo nível competitivo, porém 
com diferentes níveis de eficiência no comportamento tático, tomam decisões diferentes. 
Isso ocorre, pois os praticantes mais eficientes taticamente foram melhores em tomar 
decisão devido a melhor capacidade de
a) lembrar informações do contexto de jogo.
b) realizar ações novas no contexto de jogo.
c) captar mais informações no contexto de jogo.
d) fazer melhor leitura do contexto de jogo.
e) manter o foco atencional no contexto de jogo.
42
MOTIVAÇÕES E EMOÇÕES NO 
EXERCÍCIOS E NO ESPORTE
UNIDADE
05
43
5.1 MOTIVAÇÃO EM DIFERENTES CONTEXTOS DE PRÁTICA
 No contexto esportivo, a motivação tem sido compreendida como um processo ativo. 
Além disso, essa compreensão passa pela intencionalidade e a direção da motivação para 
alcançar determinada meta. Por fim, essa compreensão interage com os fatores pessoais 
(fatores intrínsecos) e ambientais (fatores extrínsecos) (SAMULSKI, 2009). Esse autor 
sugere que os fatores pessoais dizem respeito a diversos fatores como as expectativas, as 
necessidades e interesses. Por sua vez, os fatores ambientais se relacionam com as tarefas 
atraentes, possibilidades de desafios e influências sociais. 
 A literatura científica aponta diversos motivos que levam os indivíduos à prática de 
exercício físicos e/ou esportes. Por exemplo, Henriques e colaboradores (2019) analisaram 
os fatores motivacionais que levam homens e mulheres à prática de corrida de rua. Os 
autores encontraram que o fator Saúde e Fitness tiveram maior relevância nessa atividade. 
Portanto, conhecer os fatores motivacionais podem ajudar professores e treinadores a 
criar estratégias para manter os indivíduos na prática de exercícios por mais tempo, o que 
estimula um estilo de vida mais ativo.
Figura 14: Representação da corrida de rua
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3eXz15Y. Acesso em: 17 mai. 2021.
 Adicionalmente, Souza et. al (2019) avaliaram a motivação de praticantes de futebol 
amador. Os autores encontraram que os aspectos relacionados à saúde/fitness foram os 
fatores principais da prática de futebol. Na sequência, os fatores sociais, diversão/interesse, 
competência e aparência surgem como os principais fatores para a mesma prática. Dessa 
maneira, percebe-se que os indivíduos investigados a busca pela melhoria na condição 
física e prevenção de doenças está relacionada com a prática de futebol amador, e que o 
fator aparência (busca por estética) pouco influencia a busca pela prática desportiva.
 Ademais, no contexto do esporte paraolímpico, por muitas vezes os indivíduos 
necessitam de uma motivação intrínseca para iniciar a prática. No entanto, diferentes 
fatores podem fazê-los permanecer no contexto esportivo. Nesse sentido, Cardoso et al. 
(2019), buscaram identificar os motivos que levam o atleta paralímpico brasileiro a continuar 
praticando sua modalidade esportiva. Os autores apontam que as razões mais relevantes 
para a continuidade dos atletas são: 
(i) o incentivo de professores de Educação Física e Treinadores; 
(ii) a participação em competições e, 
(iii) o suporte emocional. Os autores ainda indicam que conhecer tais razões pode evitar 
possíveis abandonos no esporte, como também, aprimorar seu desempenho na modalidade 
https://bit.ly/3eXz15Y
44
paralímpica.
Figura 15: Atletas paralímpicos durante a competição
Fonte: Disponível em https://bit.ly/33XXQIG. Acesso em: 17 mai. 2021.
5.2 EMOÇÕES 
 A literatura científica aponta que as emoções emergem das interrelações de três 
sistemas: psíquico, fisiológico e social (HACKFORT, 1993). Dessa maneira, as emoções estão 
no centro desses sistemas. 
 De acordo com o autor supracitado, as emoções exercem duas funções básicas: 
i) organizar, orientar e controlar as ações; e ii) a função energética e de ativação. Dessa 
maneira, cabe destacar que os indivíduos orientados ao fracasso planificam suas ações de 
forma diferente que os orientados ao êxito. Além disso, o esportista alegre participa mais 
ativamente no treinamento que um desmotivado. Portanto, fica evidente que as emoções 
influenciam as ações dos atletas. Essa influência ocorre em diferentes fases da competição: 
fase pré-competitiva, durante a competição e pós-competitiva.
 Na fase pré-competitiva, o indivíduo se encontra em um estado de intensa carga 
psíquica. Este estado caracteriza-se pela antecipação da competição e, consequentemente,

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