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Terapia Nutricional Dieta Enteral e Parenteral: Cuidados de Enfermagem Objetivos · Prevenir e tratar a desnutrição · Preparar o paciente para o procedimento cirúrgico e clínico · Melhorar a resposta imunológica e cicatricial · Modular a resposta orgânica ao tratamento clínico e cirúrgico. · Prevenir e tratar as complicações infecciosas e não infecciosas decorrentes do tratamento e da doença. · Melhorar a qualidade de vida do paciente. · Reduzir o tempo de internação hospitalar · Reduzir a mortalidade · Reduzir custos hospitalares. Papel da equipe multidisciplinar Médico Indicação e prescrição médica da Terapia Nutricional Enteral e Parenteral (Tnep) Nutricionista Avaliação do estado nutricional dos pacientes, das necessidades nutricionais, tanto para a nutrição enteral (NE) quanto para a nutrição parenteral (NP) e pela prescrição dietética da Terapia Nutricional Enteral (TNE). Enfermeiro Prescrição, administração e a atenção dos cuidados de enfermagem na TNE e administração da NP, observadas as recomendações das boas práticas da nutrição enteral e parenteral. Farmacêutico Receber, armazenar e distribuir, criteriosamente a NE industrializada, quando estas atribuições por razões técnicas e ou operacionais, não forem da responsabilidade do nutricionista, bem como participar do sistema de garantia da qualidade. 6 passos para a terapia nutricional 1. Triagem nutricional 2. Avaliação nutricional dos pacientes em risco nutricional ou desnutridos 3. Cálculo das necessidades nutricionais 4. Indicação da Terapia Nutricional a ser instituída 5. Monitoramento/ acompanhamento nutricional 6. Aplicação dos indicadores de qualidade na Terapia Nutricional Realizado pelo profissional nutricionista. Indicação de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Terapia Nutricional Enteral (TNE) A indicação de nutrição enteral (NE) deve estar associada ao funcionamento do TGI + Ingestão via oral (IVO) insuficiente + grau de desnutrição/catabolismo/percentual de perda de peso e/ou presença de disfagia. Ex: Cirurgias gástrico esofágicas, cirurgias orais de grande porte, traumas de face, inapetência, anorexia, intubação, orotraqueal, doenças neurológicas, entre outras. Nutrição Parenteral (NP) Geralmente deve ser indicada quando há contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal (inacessível ou não funcional). Ex: Obstrução intestinal, síndrome do intestino curto (insuficiência ou falência intestinal), fístulas enterocutâneas). Indicação de Sondagem Nasogástrica e Nasoenteral Sondagem Nasogástrica (SNG) Trato Gastrointestinal funcionante, mas com impossibilidade ou insuficiência de alimentação por VO, pacientes com pouca aceitação alimentar VO que não conseguem atingir as metas nutricionais, está indicado o uso de sonda para complementação. Técnica de passagem Material: Sonda Gástrica Levine (mulher 14 a 16, homem de 16 a 18) ou sonda enteral com fio guia, seringa de 20 ml com bico, gaze, toalha, lidocaína gel, adesivo microporoso, estetoscópio, luvas de procedimento. Sonda Levine 16 Técnica 1. Coloque o paciente na posição de Fowler 2. Coloque uma toalha no tórax do paciente 3. Calçar luvas de procedimento 4. Meça a extensão da sonda na narina do paciente, iniciando pela ponta do nariz ao lóbulo da orelha e, deste ponto continue até o apêndice xifoide- marque o ponto com adesivo microporoso. 5. Aplique a lidocaína em gel na extremidade da sonda com compressa de gaze. 6. Se consciente solicite ao paciente para fletir a cabeça encostando o queixo no tórax e a fazer movimentos de deglutição 7. Introduza suavemente a sonda na narina escolhida até atingir a epiglote 8. Coordene a passagem da sonda com os movimentos de deglutição 9. Retorne a cabeça para a posição ereta 10. Continue introduzindo delicadamente a sonda té a marcação realizada 11. Conecte uma seringa de 20 ml na sonda e aspire delicadamente o conteúdo gástrico 12. Coloque o estetoscópio no quadrante superior esquerdo do abdome e injete 20 ml de ar pela sonda e ausculte o ruído de ar no estômago. 13. Fixe a sonda de modo a evitar pressão na narina. Sondagem nasoenteral (SNE) Risco importante de aspiração pulmonar, retardo do esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico grave, vômitos excessivos por outras causas. Técnica de passagem Material: Sonda enteral com fio guia, seringa de 20 ml com bico, gaze, toalha, lidocaína em gel, adesivo microporoso, estetoscópio, luvas de procedimento. Sonda com fio guia Técnica 1. Coloque o paciente na posição Fowler 2. Coloque uma toalha no tórax do paciente 3. Calçar as luvas de procedimento 4. Meça a extensão da sonda na narina do paciente, iniciando pela ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste ponto continue até o apêndice xifoide e siga até a cicatriz umbilical (marque o ponto com adesivo microporoso). 5. Aplique a lidocaína em gel na extremidade da sonda com compressa de gaze. 6. Se consciente, solicite ao paciente para fletir a cabeça encostando o queixo no tórax e a fazer movimentos de deglutição 7. Introduza suavemente a sonda na narina escolhida até atingir a epiglote. 8. Coordene a passagem da sonda com os movimentos de deglutição. 9. Retorne a cabeça para a posição ereta. 10. Continue introduzindo delicadamente a sonda até a marcação realizada 11. Conecte o estetoscópio no quadrante superior esquerdo do abdome e injete 20 ml de ar pela sonda e ausculte o ruído de ar no estômago 12. Fixe a sonda de modo a evitar pressão na narina 13. Retire o fio-guia delicadamente, tracionando-o com firmeza. Complicações SNG/SNE Complicações mecânicas · Obstrução da sonda · Saída ou migração acidental · Erosões nasais, necrose e abscesso septo nasal · Sinusite aguda, rouquidão e otite · Esofagite, ulceração esofágica e estenose · Fístula traque esofágica · Ruptura de varizes do esôfago Complicações gastrointestinais · Náusea e vômito · Diarreia · Obstipação · Cólicas, acúmulo de gases e distensão abdominal Complicações metabólicas · Hiper-hidratação · Desidratação · Hiperglicemia · Hipoglicemia · Anormalidades de eletrólitos · Alterações das funções hepáticas Complicações respiratórias · Pneumonia aspirativa · Migração da sonda após a passagem inicial · Posicionamento inadequado da sonda · Posicionamento impróprio do indivíduo Cuidados de enfermagem- TNE · Lavar a sonda com água filtrada após cada medicação ou dieta · Não dobra a sonda · Atentar para fixação e presença de lesão · Atentar para tempo de infusão da dieta · Atentar para volume de água infundido · Manter cabeceira elevada a 30º · Testar o posicionamento de sonda antes de infusão de medicamentos ou dieta · Realizar exame físico diário em busca de alterações nutricionais, respiratórias e gastrointestinais. Cuidados de enfermagem -NPT · Assim que recebida da farmácia, a enfermagem, se não for utilizar imediatamente, deve armazenar a NPT em refrigerador próprio para medicamentos · Não deve ficar exposta a iluminação direta ou fontes de calor · Atentar para volume total a ser infundido em 24h · Lavar as mãos, utilizar luvas de procedimento e realizar limpeza do conector do acesso com álcool 70% (se clave) · Administrar em via exclusiva. NPT periférica Este tipo caracteriza-se pela baixa osmolaridade (menos do que 900 mOsm/L) das soluções NPT central Este tipo caracteriza-se pela elevada osmolaridade (maior que 900 mOsm/L).
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