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Protocolos de rastreamento do câncer colo-retal

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Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
Protocolos de rastreamento do câncer colo-retal 
 
 
No nosso país, nós não temos esse programa de rastreio do colo retal assim como temos do colo 
do útero, de mama e de próstata. Acaba sendo uma indicação do médico no consultório dele. 
Por isso é importante a gente saber como indicar esse rastreio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até 2018 a estratégia preferencial para prevenção 
do câncer de colorretal era a colonoscopia. Pela 
ampla disponibilidade e por permitir o exame de 
todo o colon. 
 
A qualidade do exame é fundamental, e 
que sejam feitos rastreios eficazes através 
desse método. A primeira coisa que deve 
ser feita é um exame minucioso da 
mucosa, pois não adianta retirar o 
aparelho muito rápido e deixar que uma 
lesão passe despercebida. O tempo 
mínimo para retirada do aparelho seria de 
6 minutos, e muitas vezes, nós demoramos 
até mais do que isso. 
É importante jogar algum corante na 
cromoscopia quando temos alguma 
dúvida de alguma lesão. 
Para vermos se estamos tendo êxito em 
detectar pólipos, é importante que a gente 
procure ver a qualidade do nosso exame -> 
aos 50 anos, a taxa de detecção seria de 
25% de adenomas, e mulher 15%. 
Precisa também ter um preparo adequado 
do paciente. As fezes precisam estar claras, 
quase transparentes e sem resíduos. 
O preparo mais importante seria o uso do 
Manitol 6 horas antes do exame. 
Fazer uma dieta na véspera mais líquida e 
sem resíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
Aqui temos um exemplo de uma lesão que se o 
preparo não estivesse adequado, nós não 
conseguiríamos identificar e fazer a retirada dessa 
lesão. 
É um pólipo séssil, seria uma classificação 01 de 
Paris. Vemos os vasos da submucosa indo e 
interrompendo. 
 Ele é bem discreto e só é realçado pela 
cromoscopia índigo-carmim. 
 
 
 
Aqui temos o exemplo de uma lesão que é 
um LST. 
Bordas elevadas, granular e homogênea. 
Conseguimos realçar bem essa lesão com 
Índigo-carmim. 
 Se o preparo estivesse inadequado, 
provavelmente passaríamos despercebido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando foi estabelecido essa preocupação com o 
câncer do colo retal, dá para perceber que tanto 
em mulheres quanto homens, a incidência tendo 
uma certa queda. Nessa época, não se fazia tanta 
colonoscopia, mas houve uma maior preocupação 
na modificação dos fatores de risco, em relação a 
dieta mais saudável e prática de atividade física. 
Isso resultou em uma discreta diminuição do 
Câncer do colo retal. A partir daí, nessa população 
com 50 anos ou mais, também houve uma queda 
significativa da incidência do câncer 
principalmente a partir dos anos 2000, pois nessa 
época as pessoas começaram a indicar mais 
colonoscopia a partir dessa idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
Porém, nos menores de 50 anos de idade, 
tanto em homens quanto em mulheres, a 
incidência aumentou nessa população. 
Essa população não entrava no rastreio, 
uma vez que eu rastreio começava aos 50 
anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por isso, em 2018 a recomendação foi que 
começássemos a rastrear em indivíduos adultos, 
homens ou mulheres, com 45 anos ou mais. 
Antes, a estratégia preferencial era colonoscopia, 
mas agora, viram que poderia ser feito um teste de 
pesquisa oculta de sangue fecal. 
 
Quanto a aderência da população ao 
streaming. 
As 100% de pessoas que eram indicadas a 
fazer o screaming de sangue oculto nas 
fezes, 67% realmente realizavam. 
Indicadas a colonoscopia como método 
de rastreio, Só 38% realmente faziam o 
exame. 
Agora, quando eles davam a 
oportunidade de um paciente de escolher 
entre o sangue oculto nas fezes e a 
colonoscopia, a gente conseguia fazer 
com que 69% dos pacientes ficassem 
engajados em alguma forma de 
screaming. Com isso, a gente aumenta a 
porcentagem da população que 
realmente vai efetivar o rastreio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa recomendação, nós temos três testes fecais 
disponíveis, e três testes estruturais disponíveis. 
O teste de hemoglobina humana fecal é barata e, 
com ela, conseguimos identificar uma porção da 
hemoglobina que é alterada pelo suco gástrico. 
Assim, mesmo que haja sangramento gástrico alto, 
não confunde com sangramento de colo retal. 
A pesquisa em guáiaco de alta sensibilidade pode 
confundir o testes caso paciente faça consumo de 
carne vermelha. 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
Para o médio risco, o paciente ainda 
poderia escolher estrutural, a colonoscopia, 
ou ele poderia optar pelo método fecal, de 
preferência o de hemoglobina humana 
fecal, que tem menos influência de outros 
fatores. 
Para a população de alto risco, requer um 
rastreio específico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O rastreio padrão ocorre nos pacientes a partir dos 
45 anos. A maioria deles opta por fazer a 
colonoscopia, já que está bem disponível, além da 
possibilidade de já retirara os pólipos, caso 
encontrados. Se vier exame normal, pode repetir 
depois de 10 anos, porém, repetimos a cada 5 ano. 
Em 6 a 10% dos casos mas não conseguimos ver 
pólipos já existentes. 
 
 
 
 
 
O rastreamento é mais precoce em negros, 
na obesidade e no tabagismo por serem 
fatores de risco conhecidos. Nesses 
pacientes, fazemos rastreios a partir de 40 
anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na acromegalia, devido a maior aparecimento de 
pólipos ,também começamos a fazer o rastreio a 
partir dos 40 anos. Se o exame venha normal o 
intervalo deve ser de cinco anos. 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
O rastreamento específico fica para 
aquela população que tem um alto risco 
de desenvolver o câncer de colo retal. Os 
antecedentes de pólipos merecem uma 
atenção maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pólipos serrilhados podem ser de três tipos. 
 Em 75% dos casos são pólipos hiperplásicos, eles 
são mais comuns no reto e no sigmoide distal e 
geralmente são pólipos pequenos até 5 mm, são 
esbranquiçados e de superfície lisa e regular. O 
risco de transformação para câncer de colo retal é 
praticamente zero. Às vezes, quando encontrado 
na colonoscopia, nem precisa ressecar. 
Os dois próximos tipos de pólipos são os que nós nos 
preocupamos mais. 
Os pólipos adenomatosos sésseis e serrilhados, 
estão presentes mais no colo direito. Eles, às vezes, 
tem um muco aderido na superfície do pólipo que 
pode escondê-lo. Eles evoluem mais rapidamente 
para câncer de colo retal (em menos de 7 a 10 
anos). Quando encontrados, o rastreio deve ser de 
um a dois anos de intervalo. 
Os pólipos serrilhados tradicionais são raros, 
acontecem mais no colo sigmoides não pode pôr 
geralmente pediculado todo lobulado, tem alto 
risco de câncer de colo retal. 
 
 
 
 
Aqui, temos exemplo de um pólipo 
adenomatoso séssil serrilhado, é o pólipo 
hiperplásico do cólon direito. O muco 
recobre a lesão plana, e se você não lava 
esse muco, você não vê a lesão (imagem 1 
e 2). 
Embaixo, vemos ela realçada com Índigo 
carmim. Vemos a importância de um bom 
preparo e de lavar qualquer sujidade, 
principalmente no colo direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
Rastreio com histórico familiar: Se o indivíduo tem 
um parente com câncer de intestino, ele 
geralmente é orientado a procurar um 
gastroenterologista para poder avaliar o rastreio 
dos familiares. 
Se o parente de primeiro grau com o câncer, ou 
com adenoma de alto risco aos 60 anos ou mais, o 
rastreio para os familiares vai ser igual ao da 
população em geral, começando a partir dos 45 
anos. 
 
 
 
 
 
 
Se o parente de primeiro grau com câncer, 
ou adenoma de alto risco, tiver menos que 
60 anos, essa colonoscopia dos parentes 
de primeiro grau deveria ser realizada aos 
40 anos, ou dez anos antes doparente mais 
precocemente acometido. 
 
 
 
 
 
 
 
Na doença inflamatória intestinal, o rastreio muda 
completamente. Só existe rastreio específico para 
Doença de Crohn ou retocolite ulcerativa. A 
colonoscopia vai ser a partir de 8 anos do início dos 
sintomas. 
Se tiver displasia polipoide ou não polipoide, vai 
ressecar a lesão e vai repetir exame. 
Agora, se a displasia for invisível, primeiro a gente 
repete a colonoscopia e vê se acha a lesão 
polipoide ou não polipoide. 
Se não achar, discutir com paciente a ressecção 
da lesão por colectomia, pelo alto risco de lesão 
multifocal. 
Se a doença for confinada ao reto o rastreio vai ser 
igual da população em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
Se o paciente já teve o câncer, vai 
depender se o câncer foi obstrutivo ou não. 
Em um câncer não obstrutivo, faz uma 
colonoscopia completa no momento do 
diagnóstico. Assim, já se investiga o câncer 
sincrônico no momento, e não precisa fazer 
outra colonoscopia tão precoce. 
Os que tiveram um câncer obstrutivo, que 
o aparelho não passou, é recomendado 3 
a 6 meses após a ressecção, fazer uma 
colonoscopia para ver se não ter um 
câncer sincrônico. 
Se conseguiu fazer um exame completo 
desde o princípio, pode-se fazer uma 
colonoscopia um ano após a ressecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HNPCC = síndrome de Lynch. Defeito no Gene de 
reparo do DNA. 
Começa aos 20 ou 25 anos. Se esse exame vier 
normal, repetir a cada 2 anos, até o indivíduo 
completar 40 anos. A partir daí, 
o exame passa a ser normal. 
 
 
 
 
 
Na polipose adenomatosa familiar, a 
colonoscopia deveria ser indicada a partir 
dos 10-12 anos anualmente, até que a 
colectomia seja considerado o melhor 
tratamento pelo médico pelo paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
O rastreio deve ser continuado até a idade de 75 
anos. Acima de 75 anos apenas pacientes 
sintomáticos (alteração de hábito intestinal, diarreia 
ou constipação, e em investigação de 
emagrecimento) 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103

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