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Eventração – ruptura da musculatura e pele íntegra (urgência); pós operatório; Evisceração – ruptura da musculatura e da pele, é emergência, entrar com ATB, colar elizabetano e atadura compressiva; Hérnia – Protrusão de um órgão ou uma parte dele através de um defeito na parede da cavidade anatômica na qual situa-se o órgão. Apresenta anel herinário, conteúdo herinário e saco herniário. Pode ser rim, bexiga, baço e outros órgãos CLASSIFICAÇÃO Quanto ao local 1. Abdominal 2. Diafragmática 3. Inguinal Congênita (verdadeira) ou adquirida (trauma) Quanto ao conteúdo 1. Redutível – consigo colocar o conteúdo de volta com a mão, pode fechar até os 6 meses de idade. 2. Encarcerada – o conteúdo não consegue voltar para a cavidade 3. Estrangulada – dor, edema, aumento de volume, hiperemia e não consegue posicionar, EMERGÊNCIA De acordo com os órgãos 1. Simples – Só um órgão; 2. Múltipla – vários órgãos. PARTES DA HÉRNIA Anel herniário – defeito real na parede Saco herniário – tecidos que cobrem o conteúdo Obs.: Nas congênitas (verdadeiras) inclui uma cobertura mesotelial Conteúdo EPIDEMIOLOGIA Congênita; Gestação; Tumores; Obesidade; Enfraquecimento diafragma pélvico; Desequilíbrio hormonal (hiperadrenocorticismo, diabetes melitus); Constipação; Traumas (hérnias falsas). FISIOPATOLOGIA Depende do efeito de ocupação do espaço; Encarceramentos alteram a função pela obstrução dos órgãos acometidos; Estrangulamento do conteúdo leva ao bloqueio da circulação sanguínea – EMERGÊNCIA! SINAIS CLÍNICOS Redutibilidade do conteúdo; Volume; Outros sinais devido ao encarceramento dos órgãos comprometidos. DIAGNÓSTICO Histórico clínico; Palpação; Ultrassonografia; Radiografia; Diferenciar de neoplasias, abscessos e hematomas TRATAMENTO Conservador – menos indicado ✓ Filhotes – fechamento espontâneo até 6 meses ✓ Pequenas hérnias redutíveis em adultos Cirúrgico ✓ Hérnias que contenham órgãos abdominais; ✓ Hernias encarceradas ou estranguladas – EMERGENCIA CIRÚRGICA! ✓ Retornar o conteúdo viável (checar viabilidade); ✓ Garantir o fechamento do colo da hérnia para evitar recidiva; ✓ Eliminar os tecidos do paciente se possível (hernias traumáticas: diafragmática, eventrações) COMPLICAÇÕES Depende do local e dos órgãos afetados Complicações vasculares; Lesão nos nervos isquiático e pudendo; Incontinência fecal; Infecção; Deiscência da sutura; Neuropraxia do ciático; Sutura em lúmen retal; Prolapso de reto; Recidivas. TIPOS DE HÉRNIAS Abdominal o Ventrais ▪ umbilical o Caudais ▪ Inguinal ▪ Escrotal ▪ Femoral Diafragmática o Pleuroperitoneal o Traumática o Peritoneopericárdica congênita Hiatal Perineal 1. H. paracostal 2. H. dorsal lateral 3. H. inguinal 4. H. pré-pubica 5. H. femoral 6. H. umbilical 7. H. ventral 8. H. escrotal HÉRNIA UMBILICAL Congênita e maioria hereditária; Falha ou demora na fusão dos músculos abdominais e fáscia; Diferente de onfalocele – grande defeito umbilical na linha média e na pele, com conteúdo envolto por membrana transparente de tecido amniótico podendo facilmente romper (incompatível com a vida) Mais comum em pequenos animais; Pode fechar até os 6 meses; Recidiva rara. HERNIA INGUINAL Adquirida: comum em cães; Frequentemente acomete cadelas intactas de meia idade; Hormônios – papel importante: o Alteram a resistência e características do tecido conjuntivo; o Dilatam o anel inguinal. Surgem em cadelas na fase estral ou gestando; Quando congênitas: o Associadas a hernias umbilicais; o Hernias perineais; o Criptorquidismo. desconhece-se que sejam hereditárias; recomenda-se castração; sinais clínicos: o Aumento de volume indolor uni ou bilateral; o Consistência macia a firme na região iguinal. Hérnia permanente X hérnia transitória Diagnóstico o Exame clinico e palpação: aumento de volume iguinal, Consistência macia, Desloca medialmente a mama iguinal; o Radiologia; o Ultrassonografia. Diagnóstico diferencial: o Neoplasia mamátia o Lipoma o Linfadenomegalia o Abscesso o Hematoma Tratamento cirúrgico o Abordagem mediana – evita incisão do tecido mamário e permite abordagem dos dois canais facilitando a laparotomia o Herniorrafia tradicional o Realizar castração Pós operatório o Repouso o Cuidados com a ferida o Dieta no caso de ressecção e anastomose intestinal Prognóstico o Bom a reservado – presença de complicações HÉRNIA ESCROTAL Defeiro no anel vaginal (congênita) ou traumática Rara Caninos jovens Normalmente unilateral Diferenciar de orquite e neoplasia OBSERVAÇÃO: Diferença entre as hérnias Inguinal São produções de órgãos ou tecidos através do canal inguinal adjacente ou processo vaginal Escrotal Ocorre quando o defeito do anel inguinal permite a protusão de conteúdo abdominal para o interior do processo vaginal adjacente ao cordão espermático Femorais Ocorrem através de um defeito no canal femoral HERNIA FEMORAL Raríssimas; Semelhantes à hérnia inguinal; Pode ser iatrogênica – pectineotomia HÉRNIA HIATAL Incomum em cães e rara em gatos; Há protusão dos órgãos abdominais através do hiato esofágico, geralmente por deslizamento Sinais incluem hipersalivação, regurgitação, hematoêmese, êmese, disfagia, dispneia, ortopneia e intolerância a exercícios Ocorre quando há perda continuidade do diafragma – órgão abdominais conseguem migrar para a cavidade torácica devido a pressão negativa; Ocorre em cães e gatos; Causas: o Adquiridas: atropelamentos, quedas, traumatismos, chutes... o Congênitas: ausência de fusão das pregas diafragmáticas. Hernias falsas: o Sem anel herniário; o Sem saco herniário; o Apenas conteúdo. Vísceras presentes o Intestino delgado; o Omento; o Fígado; o Estômago; o Baço; o Pâncreas; o Cólon; o Útero. Sinais clínicos: o Dispnéia; o Intolerância ao exercício; o Anorexia; o Depressão; o Vômito; o Diarreia; o Perda de peso. Tratamento cirúrgico o Animais estabilizados; o Herniação gástrica – emergência; o Fármacos com depressão respiratória mínima; o Inalatória – preferência; o Abordagens cirúrgicas: ▪ Linha média (raio x); ▪ Esternotomia; ▪ Toracotomia intercostal 8º e 9º espaço. A abordagem da escolha depende: o Capacidade de localizar a hérnia raio x o Cronicidades o Aderências Sutura do musculo diafragma Wolf – pneumático Fios nylos ou poliglactina 910 Restituir a pressão negativa PLEUROPERITONEAL CONGÊNITA Poucos casos relatados; Defeito no diafragma dorsolateral, com ou sem defeito no tendão central, não envolvendo o pericárdio; PERITONEOPERICÁRDICA CONGÊNITA A forma congênita é mais comum; Desenvolvimento defeituoso do seio transverso; Há herniação dos órgãos abdominais dentro do saco pericárdico. Epidemiologia o Comum em cães de 7 a 9 anos; o Comumente em machos; o Deterioração da função de sustentação do diafragma pélvico e fraqueza muscular; Patogenia e Fatores predisponentes: o Atrofia muscular ou miopatias; o Atrofia senil; o Atrofia neurogênica; o Fatores hormonais (efeito androgênico) – associado a neoplasias testiculares; o Aumento prostático o Condições que causam disquesia: ▪ Protatite\cistite; ▪ Obstrução urinária; ▪ Dilatação\divertículo retal; ▪ Inflamação perianal. Sinais clínicos: o Aumento de volume perineal redutível (+ um ou mais destes sintomas); o Constipação, tenesmo e disquesia; o Aumento geralmente ventrolateral ao anus; o Estranguria – aumento prostático ouretroflexão da bexiga; o Ocasionais: ulceração e inflamação da pele, incontinência fecal e urinária e alteração postural da cauda; o Conteúdo herinário: ▪ Saculação ou flexura retal; ▪ Prostata; ▪ Líquido, tecido conjuntico e gordura retroperitoneal; ▪ Bexiga; ▪ Jejuno; ▪ Cisto prostático. Tratamento Conservativo: o Realizado como adjuvante à cirurgia; o Dieta rica em fibra; o Laxativos; o Terapia hormonal – visa reduzir a próstata; o Castração; o Antiandrogênico. Pré-operatório: o Cateterização urinária\cistocentese; o Fluidoterapia; o Radiografia (trânsito intestinal); o Enema (12 a 18h antes da cirurgia); o Jejum de 24h. Tratamento cirúrgico: 1. Incisão padrão; 2. Transposição do glúteo; a. Crista ilíaca; b. Trocanter maior do fêmur; c. Tuberosidade isquiática; d. Sutura em bolsa de tabaco. Herniorrafia tradicional a. M. coccígeo; b. Esfincter anal externo; c. M. obturador interno; d. Nervo pudendo. Métodos alternativos: aplicação de implantes sintéticos ou naturais; Complicações cirúrgicas o Infecção; o Incontinência fecal – lesão no nervo pudendo; o Tenesmo; o Prolapso retal; o Disfunção urinária; o Paralisia do nervo ciático – claudicação temporária ou permanente; o Recidiva da hérnia – erro de técnica ou fraqueza muscular; o Herniação contralateral.
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