Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Habilidades Cirúrgicas VI • Ambiente cirúrgico: Zona de proteção- local de trânsito; banheiro e vestiários Zona de transferência- entrada e saída do paciente; troca da maca da enfermaria para a do centro cirúrgico Zona limpa- secretaria, sala de materiais, lavabo, sala de recuperação pós anestésica, conforto médico Zona asséptica ou estéril- salas de operação e subesterilização • Assepsia e antissepsia: Assepsia é a higienização preventiva e antissepsia é a desinfecção do local. Assepsia= ausência de germes e micro-organismos patogênicos-> utilização de EPIs, uso de campos cirúrgicos estéreis, arquitetura da sala cirúrgica Antissepsia= medidas para promover a assepsia restrito a pele e mucosas do paciente e equipe cirúrgica-> lavagem das mãos, escovação cirúrgica ou desinquinação, antissepsia da pele do paciente Esterilização- destruição microbiana por métodos físicos ou químicos; utiliza-se calor seco [estufas (metálicos e vidrarias)], calor úmido [autoclaves (borracha, tecido e instrumentais)], radiação ionizante (descartáveis), gás oxido etileno (fios de sutura, embalagens, endoscópios), plasma de peróxido de hidrogênio, imersão. Antissepsia- álcoois (pouco efeito residual); aldeídos (cancerígeno); agentes oxidantes (ineficaz); halogênios/ polivinilpirrolidona-iodo; biguanidas/clorexidina (pacientes com intolerância ao iodo) Colocar scrub, propés, touca e máscara na zona de proteção (nesta ordem) Desinquinação na zona limpa: 1. Espalhar antisséptico nas mãos e antebraço 2. Iniciar escovação pelas pontas dos dedos em movimentos únicos sentido radio- ulnar 3. Palma da mão e dedos sentido distal proximal 4. Interdigítos sentido distal proximal- radial ulnar, virar a mão e ulnar radial + meio dos dedos curvando a escova 5. Face anterior do antebraço 6. Face posterior do antebraço 7. Abrir torneira com o cotovelo e enxaguar com a mão erguida 8. Secar mão com compressa estéril em movimentos compressivos e no sentido distal proximal Antisséptico alcoólico, tópico e degermante: Clorexidine tem todos os tipos, já o PVPI só degermante e aquoso Degermante é usado na Desinquinação e antissepsia inicial do paciente; aquoso/tópico é usado em mucosas e alcoólico em pele íntegra. Paramentação da equipe: 1. Pegar com a ponta dos dedos e na região interna da gola do capote 2. Estendê-lo e vestir um braço de cada vez 3. Virar para que o circulante amarre os fios da gola 4. Calçar as luvas 5. Entregar as amarrações da cintura para o circulante Antissepsia da pele: Primeiro se faz a antissepsia com degermante, onde se pede para colocar uma compressa na nossa mão, pede para colocar o degermante em cima da compressa e esfrega-se com força a região abdominal, desde a linha intermamilar, linha médica axilar e raiz da coxa. Não importa a ordem do movimento. Por último, região da cicatriz umbilical. Para a antissepsia complementar: 1. Dobrar as gazes em triângulos e colocar entre os dedos e uma na pinça de Cheron 2. Embeber a gaze no antisséptico alcoólico (PVPI ou clorexidina) 3. Iniciar pelo quadrante inferior (orientação pela linha da cicatriz umbilical), sentido medial lateral e proximal distal, descartar a gaze no ramper (saco branco) 4. Quadrante superior sentido medial lateral e distal proximal 5. Despreza a gaze, troca de lado e repete o procedimento 6. Por último o umbigo de forma circular de dentro para fora Colocação de campos cirúrgicos: Os campos quadrados são os podálicos e cefálicos e os retangulares são os laterais. 1° nos pés, depois cabeça e por último os laterais. Fixá-los com pinças de Backaus. • Instrumentação cirúrgica: ps: em ordem 1. Diérese Cabo de bisturi (a parte da lâmina para cima) Bisturi (lâmina para o instrumentador) Tesoura de Metzenbaum Tesoura de Mayo 2. Preensão Pinça de Adson Pinça de Adson com dente de rato Pinça anatômica Pinça dente de rato 3. Hemostasia Pinça de Halsted Pinça Kelly curva Pinça Kelly reta Pinça Crile curva Pinça Crile reta Pinça Kocher Gazes e compressas 4. Exposição Afastador de Farabeuf Afastador Volkmann Afastador Doyen Afastador maleável Afastador de Gosset 5. Especial Iniciar com Clamp intestinal, terminar com Backhaus pequena 6. Síntese Porta agulha Mayo-Hegar (parte do encaixe do fio para cima) e fio Porta agulha montado (parte da agulha para o instrumentador) PONTAS DAS PINÇAS SEMPRE VOLTADAS PARA O INSTRUMENTADOR E CURVATURA SEMPRE PARA CIMA. AO ENTREGAR E USAR, CURVATURA PARA BAIXO! Mesa cirúrgica: Diérese> preensão> hemostasia> exposição> especial> síntese Dos menos traumáticos para os mais, dos curvos para os retos e dos menores para os maiores Cirurgias intra-abdominais: supra umbilicais/ cirurgião à direita/ sentido horário Infra umbilicais/ cirurgião à esquerda/ sentido anti-horário Cuidado com pegadinhas! Quando a cirurgia for muito lateralizada, o cirurgião ficará mais próximo do local e a “regra” pode mudar, por exemplo: Apendicectomia- o apêndice é muito lateralizado para a direita, logo o cirurgião ficará neste lado, mesmo sendo uma cirurgia infra umbilical. Cirurgião à direita= sentido horário. Herniotomia inguinal- cirurgião ficará do lado da hérnia. Caso seja direita, mesa no sentido horário, caso seja esquerda, mesa no sentido anti-horário. Ooforectomia é sempre infra umbilical, independente do lado. Casos MEGA pegadinha: Cirurgia no pé direito. Primeiro, lembramos que por ser muito lateralizado, o cirurgião ficará no lado direito, mesmo sendo infra. Ai poderíamos pensar, já que o cirurgião está do lado direito, sentido horário, mas NÃO. Como a cirurgia é muito distal, a equipe subirá e, portanto, a “regra” de que toda vez que o cirurgião for direita é horário vai inverter. Logo, Cirurgião direita= horário e cirurgião esquerda é anti horário só vale se a equipe cirúrgica não precisar subir por ser uma operação muito distal. Operações distais, como tornozelo, pé, etc segue: cirurgião direita= anti horário e cirurgião esquerda= horário • Diérese: Incisão- feita com bisturi. Primeiro pressionar com o ângulo de 90° com a pele, deslizar para ângulo de aproximadamente 45°, continuar o corte, finalizar deixando o bisturi a 90° e retirar. ➢ Montagem de bisturi- fixar a lâmina no porta agulha, um pouco acima do “buraco” de encaixe. Posicionar o cabo de bisturi com a inclinação compatível da lâmina, introduzir o início da ponta do cabo no “buraco” do bisturi e encaixar a lâmina no espaço dentro da ponta. ➢ Desmontagem: fixar o porta agulha na parte lateral e distal da lâmina, deixa-la inclinada para baixo e forçar a lâmina para baixo e para frente ao mesmo tempo. Secção: cortar tecidos orgânicos ou materiais. Para tecidos orgânicos utiliza-se a tesoura de Metzenbaum e para inorgânicos, tesoura de Mayo. Coloca a tesoura aberta e fecha. Tirar e colocar a tesoura, não fazer continuamente. Divulsão: separação dos tecidos. Utiliza-se a tesoura de Metzenbaum curva (CURVATURA PARA BAIXO). Entra fechada e sai aberta. Tirar e colocar a tesoura, não fazer continuamente. • Nós cirúrgicos: Nó de Pauchet Deslizante não tem passada elegante, anti deslizante tem. Nó de cirurgião tem passada elegante e primeiro seminó com dupla laçada. Técnica de cirurgião: primeira passada elegante da mão esquerda para a direita. Segura o fio com os dedos indicador e polegar da mão direita, mostra o fio com os outros 3 dedos. Coloca a parte esquerda do fio na parte distal da mão direita, dedo médio passa por baixo. Dedo indicador da mão esquerda passa por cima e por baixo do fio, levantando-o e dedo médio direito faz o mesmo movimento de levantar. Fecha o primeiro nó. Passada elegante da direita para a esquerda. Faço um C com a mão direita deixandoo fio em cima do C. Fio da mão esquerda pressiona o meio do C. Dedo indicador direito passa debaixo do fio, subindo-o e fecha o segundo nó. Passada elegante da esquerda para a direita. Terceiro nó igual o primeiro, porém sem utilizar o dedo indicador esquerdo. Nó de sapateiro Técnica de cirurgião: primeira passada da D para a E. Polegar direito rouba o fio E por cima e sobe a parte de baixo. Dedo em pinça, coloca o fio E, passa para trás e repete, termina o primeiro n. Passada elegante da E para a D. Polegar D rouba de si mesmo, forma um 4, a pinça busca o fio atrás e o sobe, termina o segundo nó. Passada elegante da D para a E. Terceiro nó igual o primeiro, mas só coloca o fio na pinça uma vez. • Suturas: Ponto simples: entra pela borda superior e sai pela inferior. 3 nós: contenção, fixação e segurança. Ponto em X: entra pela borda superior, sai pela inferior, entra pela superior ao lado e sai pela inferior. 3 nós. Ponto U vertical ou Donatti: longe, longe, perto, perto. Entra longe pela borda superior, sai longe pela borda inferior. Na mesma direção, entra perto pela borda inferior (back hand) e sai perto pela borda superior. 3 nós. A borda tem que subir. Ponto U horizontal ou Colchoeiro: entra pela borda superior, sai pela inferior, entra com back hand pela borda inferior ao lado e sai na superior. 3 nós. A borda tem que subir. Ponto Halsted ou simples invertido: entra internamente na borda superior, sai, entra na borda inferior. 3 nós. “Guarda” o nó dentro da ferida. Chuleio simples: inicia com ponto simples e não corta. Vai passando pela borda superior e inferior continuamente. Para fechar, deixar uma alça e fazer os 3 nós a utilizando. Chuleio ancorado: inicia com ponto simples e não corta. Entra na borda superior, passa pela inferior e puxa a agulha por dentro da alça que se forma. Puxar o fio para baixo e na diagonal. Sempre ir arrumando em cada passada. Para finalizar, entro pela borda superior, saio pela inferior, mas não puxo a agulha por dentro da alça. Fecho como chuleio simples.
Compartilhar