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Complicações pós operatória nas cirurgias de orqui

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Complicações pós operatória nas cirurgias de orquiectomia e ovariosalpingohisterectomia.
Aluna: Vanessa Maia de Holanda
As cirurgias de orquiectomia e ovariosalpingohisterectomia são procedimentos cirúrgicos comuns realizados para remover os testículos (orquiectomia) ou os ovários, trompas de Falópio e útero (ovariosalpingohisterectomia). Ambos os procedimentos podem ser realizados por uma variedade de razões, como o tratamento de câncer, a redução do risco de certas condições ou para fins de esterilização. Embora essas cirurgias sejam geralmente seguras e bem toleradas, como qualquer procedimento cirúrgico, elas podem estar associadas a algumas complicações pós-operatórias. Algumas das possíveis complicações incluem:
Infecção: Pode ocorrer infecção no local da incisão ou nas áreas circundantes. Isso pode resultar em dor, inchaço, vermelhidão e secreção de pus. Antibióticos podem ser prescritos para tratar a infecção.
Sangramento e hemorragias: É possível ocorrer sangramentos durante ou após a cirurgia. Em alguns casos, pode ser necessário um procedimento adicional para controlar a hemorragia. A hemorragia é a causa mais comum de morte após a OSH e pode ser causado pela ruptura dos vasos ovarianos, ou se ocorrer estiramento do ligamento suspensor ou laceração dos vasos existentes no ligamento redondo. Vasos uterinos podem ser lacerados quando há uma tração excessiva sobre o útero. A aplicação inapropriada de ligadura ou uso de material defeituoso para realização da mesma e até mesmo afrouxamento do material utilizado nas ligaduras.
Hematoma: Pode ocorrer acúmulo de sangue no local da cirurgia, formando um hematoma. Isso pode causar dor, inchaço e sensação de peso. Em alguns casos, pode ser necessário drenar o hematoma.
Seroma: Um seroma é o acúmulo de fluido claro ou líquido linfático no local da cirurgia. Geralmente, desaparece com o tempo, mas em alguns casos pode ser necessário drená-lo.
Aderências: Ocorrem quando a serosa dos órgãos sexuais é lesionada, o
que pode acontecer por distensão e manipulação excessiva, isso causa uma inflamação que pode ser fibrinosa reversível ou fibrosa irreversível. Esta última pode causar obstrução colônica, sendo necessário fazer a resecção e anastomose intestinal. Isso também pode acontecer devido à formação de granuloma no material cirúrgico utilizado para sutura.
Granulomas: O granuloma tem maior gravidade, pois é resultado de uma inflamação crônica contaminada. Este pode se aderir à vesícula urinária causando incontinência ou disúria por obstrução vesical extraluminal.
Complicações anestésicas: As complicações relacionadas à anestesia podem incluir reações alérgicas, problemas respiratórios, náuseas e vômitos. Essas complicações são geralmente raras e são monitoradas de perto pela equipe médica durante e após a cirurgia.
Trombose venosa profunda e embolia pulmonar: Embora raras, a cirurgia abdominal pode aumentar o risco de desenvolver coágulos sanguíneos nas veias profundas das pernas (TVP), que podem se deslocar para os pulmões, causando uma embolia pulmonar. Medidas de prevenção, como mobilização precoce, uso de meias de compressão e medicação anticoagulante, podem ser tomadas para reduzir esse risco.
Complicações urinárias: Em alguns casos, pode ocorrer dificuldade temporária na micção após a cirurgia. Isso geralmente é devido ao inchaço ou manipulação dos tecidos circundantes durante o procedimento.
Piometra de coto: A piometra de coto uterino pode ocorrer em cadelas e
gatas após a OSH incompleta. A origem da progesterona pode ser proveniente do tecido ovariano residual ou de compostos progestacionais exógenos, como medicamentos utilizados no
tratamento de dermatite e no tratamento para incontinência urinaria.
Ligadura acidental do ureter: A ligadura acidental do ureter causa hidronefrose devido ao acúmulo de urina na pelve renal que a comprime causando hipoperfusão do parênquima renal culminando em necrose do mesmo. A ligadura do ureter acidental na OSH pode levar a uma hidronefrose que pode provocar a paralisia dos membros pélvicos, uma
vez que o rim repleto de líquido comprime a artéria aorta abdominal causando isquemia dos membros pélvicos
Síndrome do ovário remanescente: Os animais afetados apresentam sinais de proestro e estro. Ocorre com a realização de uma técnica cirúrgica inadequada com resecção incompleta de um ou ambos ovários.
Obesidade: A inatividade e o aumento da ingestão de alimento contribuem para o ganho de peso após a realização da OSH e orquiectomia. Nos pacientes obesos, o tecido adiposo pode deslocar a vesícula urinária e pressioná-la causando incontinência urinária, e isso pode estar relacionado com a castração, pois cadelas
submetidas a essa cirurgia tem duas vezes mais chances de se tornarem obesas.

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