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WEBNÁRIO - GRUPO 4

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO TÉCNICO EM MASSOTERAPIA
PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE
ATIVIDADE AVALIATIVA 3
Erika Rejane Das Neves Brito
Karolinne Barbosa Marinho
Lucicleverton James Camara Da Silva
Sonali Buchhno Da Silva
Vitória Céli Félix de Medeiros
NATAL/RN
2021
ATIVIDADE AVALIATIVA 3
Grupo 4 - Estratégias de Comunicação Terapêutica: Grupamento de
Expressão
A comunicação representa uma troca de informação e compreensão entre
as pessoas, com objetivo de transmitir fatos, pensamentos e valores. É um
processo humano de emissão e recepção de mensagens, no qual existem dois
meios de transmissão de mensagens: o verbal e não-verbal. O verbal contempla a
linguagem falada e escrita, enquanto os gestos, as expressões corporais e o toque
fazem parte da forma não-verbal. O conhecimento dos mecanismos de
comunicação pelos profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, facilita o
desempenho de suas funções, bem como, melhora o relacionamento entre os
sujeitos envolvidos na assistência à saúde.
A comunicação terapêutica tem por objetivo estabelecer uma relação efetiva
e consciente com o paciente, de modo a ajudá-lo a enfrentar a tensão temporária,
a conviver com outras pessoas, a ajustar-se ao que não pode ser mudado, a
superar os bloqueios, à auto-realização e a descobrir suas possibilidades.
Em sua obra, Stefanelli agrupa algumas estratégias de comunicação
terapêuticas como estratégias de expressão a serem adotadas como recurso para
obter conhecimento, sendo mais indicadas nas abordagens iniciais, a fim de
identificar da melhor forma possível os pensamentos e sentimentos do paciente,
pois estimulam e facilitam a expressão verbal do mesmo, assim como, o
entendimento da experiência que os desencadeou. Dentre elas, destacamos:
● Colocar em foco a ideia principal
● Verbalizar dúvidas
● Dizer não
● Estimular a expressão de sentimentos subjacentes
● Usar terapeuticamente o humor
COLOCAR EM FOCO A IDEIA PRINCIPAL
Trazer para o foco da comunicação a ideia principal auxilia a manter o fluxo
de informações em direção a um objetivo. Essa técnica ajuda o interagente a
aprofundar-se em um assunto de real interesse para ele e a des crever suas
experiências, facilitando a obtenção de dados, bem como a exploração de seus
sentimentos e pensamentos. Ao associar a técnica de “colocar o foco na ideia
principal” à estratégia do ouvir reflexivamente, o profissional de saúde poderá
perceber quais são os temas que levam o paciente a mudar de assunto. Em geral,
sinais, sintomas de doença e problemas que precisam ser evidenciados estão
relacionados aos assuntos que se repetem. Deve -se, contudo, ter discernimento
para saber até onde o assunto pode ser explorado, a fim de não deixar o paciente
mais ansioso ou bloquear a comunicação.
Quando o profissional de saúde consegue manter um diálogo em sequência
lógica com o paciente, ensina-lhe como ser mais objetivo. O paciente, por sua vez,
quando percebe que conseguiu concluir seu pensamento, sente-se aliviado e
percebe que foi capaz de expressar seu pensamento, sentindo-se validado
subjetivamente, o que eleva sua autoestima. O paciente sente-se mais seguro,
experimenta satisfação na experiência interpessoal e tende a confiar mais no
pessoal da equipe que o atende, envolvendo-se ativamente com seu plano
terapêutico.
VERBALIZAR DÚVIDAS:
Ao decorrer da conversação e percepção do terapeuta, o mesmo deve
identificar quando algo falado não condiz com a fala, expressão facial ou quando o
paciente fala do mesmo acontecimento com duas verdades distintas, dessa forma
jogamos a informação para o paciente, perguntando: Mas anteriormente o senhor
não falou isso? Vamos tentar entender então o que o senhor queria falar com
aquilo, ou com isso.
DIZER NÃO:
O saber dizer não, tem a ver com a situação com o paciente, a partir do
momento em que não sabemos dizer não, com tato e confiança, o paciente passa
a “montar” em nós enquanto terapeutas e passa a nos manipular. Quando dizemos
“Não”, não quer dizer que não estamos ou vamos cuidar do paciente com as suas
patologias, mas iremos cuidar da forma como ele precisa, não da forma como ele
quer.
ESTIMULAR A EXPRESSÃO DE SENTIMENTOS SUBJACENTES:
O uso desta técnica requer conhecimento do paciente, de seus padrões de
comportamento, atitudes e crenças, pois implica interpretação de sentimentos
implícitos, o que não é tarefa fácil. Estimular a expressão dos sentimentos
subjacentes é uma estratégia que requer mais concentração de atenção e
percepção acurada para tentar identificar corretamente o que o paciente está
querendo dizer. Implica conhecimento mais profundo da pessoa e exige
interpretação do que ela diz. Seu uso tem como objetivo tornar compreensível o
conteúdo das frases ditas pelo paciente. O profissional de saúde precisa tomar
cuidado para não fazer interpretações à luz de suas crenças e valores.É oportuno
valer ser de outras estratégias para interpretar as idéias expressas pelo paciente,
para não correr o risco de ser inadequado.
USAR TERAPEUTICAMENTE O HUMOR
A utilização do humor como estratégia terapêutica começou a aparecer na
literatura de Enfermagem por volta da década de 1980. Segundo o dicionário
Aurélio, "Humor é a capacidade de perceber, apreciar ou expressar o que é cômico
ou divertido". Há alguns quesitos que têm de ser levados em conta no uso do
humor com pessoas em situação ansiógena ou de doença. Esses dizem respeito
ao conhecimento de padrões de resposta, senso de oportunidade e nível de
desenvolvimento do paciente. O essencial no uso do humor é ter senso de
oportunidade aguçado. Ele pode ser associado a quaisquer das técnicas já
descritas, desde que com propriedade, avaliando o estado geral global do
paciente. O uso do humor requer conhecimento do paciente e da situação em que
enfermeiro e paciente estão envolvidos. Em geral, usa-se essa estratégia com
temas gerais, como futebol, filmes ou outros programas de televisão ou
acontecimentos noticiados pelo jornal, evitando direcioná-lo para a pessoa do
paciente.
BIBLIOGRAFIA
Pontes, Alexandra Carvalho; Leitão, Ilse Maria Tigre Arruda; Ramos, Islane Costa.
Rev. bras. enferm ; 61(3): 312-318, maio-jun. 2008.
OLIVEIRA, Poliéria Santos de; NÓBREGA, Maria Miriam Lima da; SILVA, Ana
Tereza da; FILHA, Maria de Oliveira Ferreira – Comunicação terapêutica em
enfermagem revelada nos depoimentos de pacientes internados em centro de
terapia intensiva. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n. 01, p. 54 – 63, 2005.
Disponível em http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen
Stefanelli, MC. Estratégias de Comunicação Terapêutica. In: Stefanelli, MC;
Carvalho, EC. (Orgs.). A Comunicação Nos Diferentes Contextos da Enfermagem.
Barueri (SP). Manole, 2005.P.73-78.
http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen

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